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A perspectiva cognitiva clássica da aprendizagem significativa é a proposta

por David
Ausubel na década de sessenta (Ausubel, 1963; 1968) e por ele reiterada
mais recentemente (Ausubel, 2000, 2003).
    Segundo a  teoria da aprendizagem de Ausubel  “propõe
que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados,
para que possam construir estruturas mentais utilizando,
como meio, mapas conceituais que permitem descobrir e
redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma
aprendizagem prazerosa e eficaz” Na visão clássica, aquilo
que o aprendiz já sabe é o mais importante fator isolado que
influencia a aprendizagem. Naturalmente, então, o ensino
deve, necessariamente, ser conduzido de acordo.
Aprendizagem significativa é o conceito central da teoria da
aprendizagem de David Ausubel.A partir de um conceito geral (já
incorporado pelo aluno) o conhecimento pode ser construído de modo a
liga-lo com novos conceitos facilitando a compreensão das novas
informações o que dá significado real ao conhecimento adquirido. As ideias
novas só podem ser aprendidas e retidas de maneira útil caso se refiram a
conceitos e proposições já disponíveis, que proporcionam as âncoras
conceituais.

      Segundo Marco Antônio Moreira "a aprendizagem


significativa é um processo por meio do qual uma nova
informação relaciona-se, de maneira substantiva (não-literal)
e não  arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura de
conhecimento do indivíduo". Em outras palavras, os novos
conhecimentos que se adquirem relacionam-se com o
conhecimento prévio que o aluno possui. Ausubel define este
conhecimento prévio como "conceito subsunçor" ou
simplesmente "subsunçor". 
     Os subsunçores são estruturas de conhecimento
específicos que podem ser mais ou menos abrangentes de
acordo com a frequência com que ocorre aprendizagem
significativa em conjunto com um dado subsunçor.
 Em outra palavras, conhecimento prévio é simplesmente saber
algo antes de aprender ou fazer, o modo como se aprende não importa,
pode ser sozinho ou com alguém.
    A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o
novo conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento
de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação
com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna
mecânica ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa
incorporação e atribuição de significado, e o novo conteúdo
passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de
associações arbitrárias na estrutura cognitiva. 
Como diz   GOULART:
“uma aprendizagem deve ser significativa, isto é, deve ser
algo significante, pleno de sentido, experimental, para a
pessoa que aprende. [...] Rogers caracterizou a aprendizagem
significativa como autodenunciada, penetrante, avaliada pelo
educando e marcada pelo desenvolvimento pessoal.”
(GOULART, 2000)

   Ou seja, Para que a aprendizagem significativa ocorra é


preciso entender um processo de modificação do
conhecimento, em vez de comportamento em um sentido
externo e observável, e reconhecer a importância que os
processos mentais têm nesse desenvolvimento.

  As ideias de Ausubel também se caracterizam por basearem-


se em uma reflexão específica sobre a aprendizagem escolar e
o ensino, em vez de tentar somente generalizar e transferir à
aprendizagem escolar conceitos ou princípios explicativos
extraídos de outras situações ou contextos de aprendizagem.

Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas


condições. Em primeiro lugar, o
aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo
quiser memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a
aprendizagem será mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar
a ser aprendido tem que ser potencialmente significativo, ou
seja, ele tem que ser lógica e psicologicamente significativo.

 Outros autores mais recentes tratam acerca da aprendizagem significativa


de forma similar, embora hajam pequenas diferenças como Ausubel, Novak
e Hanesian (1978), Thagard (1992) ou Vosniadou (1994). Apesar de
algumas diferenças, os autores tratam de aprendizagem significativa
partindo dos mesmos pressupostos teóricos de Rogers.
Podemos citar PAZO quando diz que:

     “A aprendizagem significativa implicará sempre tentar assimilar


explicitamente os materiais de aprendizagem [...] a conhecimentos prévios
que em muitos casos consistem em teoria implícitas ou representações
sociais adquiridas por processos igualmente implícitos. Nesse processo de
tentar assimilar ou compreender novas situações, ocorre não só um
crescimento ou expansão desses conhecimentos prédios, como também,
como consequência desses desequilíbrios ou conflitos entre os
conhecimentos prévios e a nova informação, um processo de reflexão
sobre os próprios conhecimentos, que, conforme sua profundidade [...]
pode dar lugar a processos de ajuste, por generalização e discriminação,
ou reestruturação, ou mudança conceitual [...] dos conhecimentos
prévios.” (POZO, 2002).

 Tomando por base as palavras de PAZO,acreditamos em uma prática


pedagógica que privilegia a máxima interação do educando com cada
conteúdo proposto, permitindo a vivência e a experimentação. Com isso,
proporcionamos uma aprendizagem prazerosa, estimulante e repleta de
significados. O aprendizado torna-se muito mais agradável quando os
exercícios são atrativos e estimulantes.
    Para Ausubel, o ser humano tem a grande capacidade de aprender sem
ter que descobrir. Exceto em crianças pequenas, aprender por recepção é o
mecanismo humano por excelência para aprender. As novas informações,
ou os novos significados, podem ser dados
diretamente, em sua forma final, ao aprendiz. É a existência de uma
estrutura cognitiva prévia
adequada (subsunçores especificamente relevantes) que vai permitir a
aprendizagem
significativa (relacionamento não arbitrário e substantivo ao conhecimento
prévio). Mas a
aprendizagem por recepção não é instantânea, requer intercâmbio de
significados.
 A aprendizagem significativa é a informação que amarra em materiais
previamente aprendidos e é imediatamente útil para o aluno.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
 MOREIRA, Marco Antônio (1999). Aprendizagem
significativa. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
 MOREIRA, Marco Antônio (1999). Teorias de
Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária
Ltda.
  AUSUBEL, D.P. (2003). Aquisição e retenção de
conhecimentos: uma perspectiva
cognitiva. Lisboa, Plátano Edições Técnicas. Tradução ao
português de Lígia Teopisto, do
original The acquisition and retention of knowledge: a
cognitive view. 219 p.
AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David
Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982.
         GOULART, Iris B. Psicologia da Educação: Fundamentos teóricos.
Aplicações à prática pedagógica. 7º edição. Petrópolis: Ed. Vozes, 2000
 MOREIRA, M.A. (2006). Mapas conceituais e diagramas V. Porto
Alegre, Ed. do Autor.
103p.
 PA ZO, J. I. Aprendizes e mestres. A nova cultura da aprendizagem.
Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre. Art Méd editora, 2002.

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