Você está na página 1de 17
DELEUZE, OS MOVIMENTOS ABERRANTES DAVID LAPOUJADE TRADUCAO LAYMERT GARCIA DOS SANTOS MA REVISAO TECNICA LUIZ 8. ORLANDI ee inTRODUCKO (05 MOVIMENTOS ABERRANTES nientn terrane bigs consis = Opa cae come AS sie i fc ua? ad ine captor ‘AQUESTAO DA TERRA |Aimpetnc de unto qj = A quot do fndemenoe Pag Sasa pars Giemsa capiruo2 (05 CIRCULOS D0 FUNDAMENTO ted cera finden ome da pero ‘SO gar ls eps! A Dire 8 deena = ‘ete do endameno rte doa = Or et do de poe te deer gre nono aps era pe io capmuos ‘TRES SINTESES (OU “O QUE Fo! aUE ACONTECEUP”) ear tb pr ll ‘Prine sins do emp A fanaa do ib es petensee “err = Spas otempn fundamen oes ‘conceals de Bos Patni don ojo vst Oa = “Tera ies do enpa O eno comecimenta. Tt, mo pacp trance ero tres ees Ame Fi eo cosmos captrutos ‘CONSEQUENCIAS: 0 EMPIRISMO TRANSCENDENTAL na Crit da pur emamc etne lees Tei {ries emor ee Asner Ai pe ‘marae = Alda. ww capituos © PERVERSO 0 ESaUIZOFRENICO ‘Seiden seid. Oscancinenn Of d ngage = Ath requeleniscont too princi de atic = 0 het ‘utp de Lig do soda pre Abra om oe ‘aco perena = O conf ne» perena e agua = ‘porn de Gastar Do entre ao mqanieme capiruio6 ‘SCHIZO SIVE NATURA Remora da questo gud ri = O cope Ibi home tr = Os corps vcs deo igada = O corp soc ot ‘Scrgens x mara tra ex ender —O soo scl oy ‘tarres wscendtcs Fudan span de ma mers = Octal esx 0 gande ine {o pendlr parma ecg = Tada sees Kat ‘Maret ds mine (Espiner) Natale ceOout bape caviri07 [AS TRIADES DA TERRA ‘Mi pus o8 0 poveament da era Pao epee plan G1 slgeen shear G) w Saget oe to (3) = Ov us exon elon ip stopomsri) ‘tip rc ren rpg s roa = ‘scant tt = Uncen tng Ts ‘op de mig ren capituoe Povos & DesPovoADORES Pals humans «certs dar ea formas soit ‘= Arner de lls = Os cls do spr de sade tera taba aio A gue da eben pli ta reo = andr eng he freee = ‘Rtn de ur cn pics de es, Asters ‘Atonees ra cngatea = Asoc bie ese =” Jantar vere © Aber 0 Fore capmmuio 10 0 DELIRIO ‘imagem deletion 0 deere humane = mrs nes Came repo desert A eli" dos corps = Cre ee ‘rand oie CcONCLUSAO. FILOSOFIALIMITE ‘Onde eshte Lint ner nant = No Inc evrer pats, user ormperilomgr = Ente Sees Ace age LUSTADE EDIGOES UTILIZADAS. ICAPITULO S. (© PERVERSO E © ESQUIZOFRENICO Em Légica do sentido reencontramosa duplarelagio etéca/datica través da grande demarcagio estoca entre os corpos os incorpo ras. De um lado, 0 conjunto de todos os corpos e de suas relagdes, suas determinagdesrecipocas segundo nexos de causalidade variados, Juma vasta sia; de outro 0s incorporais que se produzem na super fcie dos corpos, como tants acontecimentos ou efeitos que ascer da relagdo ou da mistura entre os corpos, mas dees se distinguem radiealmente Segundo o exemplo clissco, corte considerado como acontecimento se distingue ao mesmo tempo do corpo cortado edo Corpo cortant, mas também da mistura que os ne. O corte ¢ dito dos corpo, exprimeo sentido do que acontece com 0 corpos, como igo de inteiramente distinto do que nees se produz, Nese sentido, ‘os incorporas compéem uma nova ldgica — que os estoicoschamam dialética numa acepeo que concorda com a acepcio que Deleuze Ihe ‘confer. Sea fisicaconcerne ao mundo dos corpos e suas relagbes de ‘ausalidade em profundidade a lgicaconcerne ao mundo dos efeitos «que deles resulta em superficie tl como alinguagem os expeime Em Delewze, lgica quer dizer gnese. Ligica do sentido & um iro sobre a ginese do sentido, Todo o problema ¢ saber como o sentido advém paraa linguagem c a coisas das quas ea fla. Se é preciso conferir um lugar espcifico ao livo Légica do sont so, & porque ele parece atravessado por um problema, uma espécle ‘de conflito intern, Tlvez ele até corrobore uma espécie de impasse, ‘mas ques pode aparece progrssivamente, depois de vriosdesvos. Se Deleuze retorna & questo do sentido, é porque este dexempenhsa © papel de um principio transcendental a nivel diléico — que co responde intensidade ao nivel estéico. Or, a caracteristicaesencial do principio transcendental em Deleuze ade serum principio distri- ‘buldor. Tao sentido que articula "as plavras eas coisas’ os corpos ‘eos incorporals sobre um mesmo plan. Ele passa entre as palavras © ts coisas para distingui-las eaticulr sua difereng. De um lado, ele pertenee a linguagem na medida em que é expresso pelas proposigbes: {le €0 que siz dos corpos. De outro, éimanente as corpos porque atribuido a eles Eo que se diz dos corpos. Se compo e linguagem si0 Inseparveis, em virtude do sentido que articula a diferenga dele: fo sentido cicula entre as duas ordens. Como € possvel?Justamente porque ele no ¢ nem uina coisa nem outa. “Ele volta uma face para Ss coisas, uma face para as proposigdes. Mas ndo se confunde nem. Com a proposigio que o exprime nem com o estado de coisas ou a ‘qualidade que a proposicio designa. E exatamente a frontelra entre {5 proposices eas coisas” ‘Sem divide no ¢ fl compreender em que o sentido — enguan- to acontecimento — é exterior i cosas e aos corpos embora seja tum “feito” de suas elagBes. A esse respeito Delewe di muitos exem= plo, os quai toma emprestados dos estoicos eda literatura. Assim 0 Econtecimento “verdejar como inteiramente istinto do verde que {Qualfica uma folha de drvore ou distinto da mistura de dgua, de a, ‘Se clorofila, da qual resulta. Ou ainda o acontecimento da batalha, ‘com iniciramentedistinto dos combatentes, da poeira, do sangue, {da polvora que se misturam por ocasto dos combutes. Assim como guy podia dizer que i pontoscrtcos de fusio, de congelamento ‘ou de ebuligio’ hé um pontocritco que faz com que “aj” batalha, ‘ama cristlizagio ideal que sobrevoa impassivelmente os combatenes. ‘Numa outra vertente, pode-se facilmente compreender em que ‘oacontecimento ou o sentido tem uma existéncia na froneira da Tinguagem, pois nos remete ao lado das coisas de que fla. Porém, ‘os exemploscitados sempre possivlreduzir sentido a uma das timensdes da proposicSo,Pode-t dfini-lo em relagio significacio {dos termos quo exprimem, ou entdoreconduz-lo ao que a propo- ‘igo design, ou ainda rlacion-lo com as intengSes do sujelto que ‘ocnuncia, cada dimenséo desempenhando, sua maneira, 0 papel gid somp 49.23 {rn cago de Poy Ditton 245 pp. 268-60 «de fundament. Er todos 08 casos, o sentido ser identifica com a posblldade que a proposico tem de ser verdaeirs, mesmo gue fsa ‘aiaras defnigbex do verdadero. Ora correspondencia com ui ext {To dais (desgnago) ora auenticidade ou veracidade do suet da enunciagS (manlestato), or validade da forma de demons Gio (sigicagio).Ocore que a“possbldad para ua proposiio de ser verdadeira no € nada além do que a forma de posstidade da ‘ropongdo mesma. ls que noslevamo a um fendamento a8 © fandado continua a sr o queer independentemente da opera- {fo que funda, no afta por ea.” Como cada uma das rs SlmensOes supe uma das das outras para se funda, as forma, ‘um cirulo que Deleuze denomina “irculo da propos Uma ver ‘nao fundamen fr crea com que de funda’ Ea presenga de tal ciclo que permite airmar que mio se ai da linguagem. Com sentido sempre pressuposto ee sempre preciso ‘uma otra propos para aero sentdo da precedente, nfo sé como poderamos fazer génese do sentido ou Ihe datum fundamen ‘osem gira num cece Nio hi mada fora da inguager eds coisas de que e fala reconhecemos a um dos pincpios das “oso ‘alnguagen ms, se verdad que no ht nada fora da inguageD fem Deleuze, entetant hi wn oad linguagem que consti oe lite eo qual cortespondeo uso transendente ques pode fazer

Você também pode gostar