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Victor José Milet C.

Ferreira
7º período – Economia – 2012.1
Método Científico em Economia I
Desde o início, a economia já surge com problemas em estabelecer um princípio metodológico. Embora, desde sempre, já
destacasse a importância da “razão”.

 David Hume (séc 18; iluminismo escocês)


 Filósofo, mas que contribuiu muito à economia (já trazia idéias como a de fluxo circular)
 Determinada que os indivíduos seguiam – independentes de suas vontades – leis gerais de
comportamento (Hume não detalhou essas leis) individuais que resultavam em relações/efeitos de larga
escala.
 o comportamento microeconômico dos indivíduos resulta nos fenômenos macroeconômicos. (ex:
explica o aumento do nível de preços a partir de mudanças no comportamento individual).
 Adam Smith (1776)
 As implicações sociais das escolhas individuais são não-intencionais (as escolhas são intencionais, mas as
implicações não) => “ordem social espontânea”

A preocupação no século 18 era mais ligada a princípios gerais/iniciais para fundamentar a análise econômica (clássicos. A
discussão para começar a refletir sobre a natureza metodológica propriamente dita começa no século 19.

 John Stuart Mill (séc 19)


 Método dedutivo
 Acreditava que o economista vive observando, refletindo o mundo, e daí surgem as premissas básicas.
Essas premissas, então, são empiricamente estabelecidas através da introspecção e de experimentos, e
não é necessariamente uma demonstração. Elas podem ser geradas, por exemplo, a partir de
experimentos físicos, como é o caso da lei de RMg decrescente.
 Entretanto, os fenômenos econômicos envolvem vários fatores causais, muitos dos quais são deixados de
fora das teorias. As implicações serão, então, não exatas e imprecisas (porque nenhuma teoria será capaz
de incluir todos os fatores que afetam a teoria econômica).
 A economia como uma ciência de tendência.
 Escola histórica alemã (séc 19) - fortemente contrários a abstrações, leis gerais, etc. As leis são específicas e
refletem o momento histórico a partir de dados observados. Escola institucionalista americana (séc 20) –
suplantada pela teoria ortodoxa
 Teorias se aplicam a circunstâncias históricas específicas.
 Impossibilidade de separar questões normativas e positivas.

A crise de 29 vai estimular a formulação de vários pensamentos econômicos.

 Lionel Robbins (1932)


 Ortodoxia atual se firmou a partir de Lionel. Consolidação do método em economia.
 O objeto de estudo da economia é o comportamento humano. A produção, consumo, investimento,
distribuição, etc. derivam desse comportamento.
Assim:
 Definição de economia

Ciência que estuda o comportamento humano como uma


relação entre fins e meios escassos que têm usos alternativos

 Terence Hutchinson (1938)


 Crítico à teoria de Robbins.
 Não tão influente.
 Determinou que a economia pudesse ser ciência apenas se suas teorias forem sujeitas a testes empíricos.
 Apesar desse argumento, muitos economistas continuarão desenvolvendo muitas teorias sem a
preocupação com o empirismo.

 Ludwig Von Mises (1949)


 Rejeita a crença de que a economia pode ser uma ciência matematizada.
 Acredita que a ciência econômica é dedutiva (através da instropecção, etc.)
 Ênfase em fatores subjetivos – o fenômeno econômico é produto de decisões individuais, que são
subjetivas.
 Conclusões em economia estão além de disputas racionais
Victor José Milet C. Ferreira
7º período – Economia – 2012.1
 Milton Friedman (1953)
 O único teste relevante de sua teoria econômica é seu sucesso em prever fenômenos
 se a sua teoria parece irrealista, isso é irrelevante.
 a relevância está na capacidade de conseguir prever fenômenos.
 Não realismo de hipóteses é algo irrelevante

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