COMO EVITAR O

DESGASTE DOS
EQUIPAMENTOS
FERROVIÁRIOS

Como evitar o desgaste dos equipamentos ferroviários

 SUMÁRIO

Introdução 3
O desgaste dos equipamentos ferroviários 4
A manutenção preditiva como alternativa 5
A análise de óleo 6
A análise estrutural 8
A análise do estado das superfícies 9
O estudo das vibrações 10
Conclusão 11

Como evitar o desgaste dos equipamentos ferroviários 2

 INTRODUÇÃO
O transporte ferroviário é um dos meios de transporte
mais antigos e, como sugere seu nome, é realizado
sobre linhas férreas. A invenção das locomotivas
potencializou o transporte de mercadorias e matérias-
primas. Pela primeira vez, tornou-se possível carregar
um grande número de toneladas por longas distâncias.
Em geral, no Brasil, o modal ferroviário é utilizado para
a locomoção de pessoas e de mercadorias pesadas,
como minério de ferro, ferro-gusa, celulose, carvão,
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fertilizantes, derivados de petróleo, soja e outros
produtos siderúrgicos e agrícolas.
A malha ferroviária brasileira se estende por 28.190
quilômetros de ferrovias. Para dimensionarmos a
importância desse modal, a Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) prevê investimentos de
R$ 91 bilhões para esse meio de transporte de 2014
até 2038.
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 O DESGASTE DOS
EQUIPAMENTOS FERROVIÁRIOS
De janeiro a abril de 2014, foram transportadas
140.356.356 TU (Tonelada Útil Tracionada) de carga
pelo sistema ferroviário brasileiro. Isso faz dele o
maior sistema ferroviário da América Latina em
termos de carga total transportada.
Em razão dessa grande quantidade de material e das
distâncias percorridas pelos trens em velocidade cada
vez maior, o desgaste dos equipamentos ferroviários
é um problema que se faz presente nesse segmento.
Nesse modal de transporte, os trilhos exercem papel
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central. Além de serem os elementos estruturais de
maior custo, os defeitos observados neles podem
gerar consequências negativas para a locomotiva e
toda a composição e vias.
A locomotiva é guiada sobre trilhos metálicos por meio
de rodas também metálicas. O atrito entre a roda e o
trilho pode resultar em desgaste dos componentes de
ambos. Diante disso, a supervisão regular dos trilhos
e das rodas é um dos caminhos para se combater
o problema de desgaste. Essa supervisão pode ser
realizada via manutenção preditiva.
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 A MANUTENÇÃO PREDITIVA
COMO ALTERNATIVA
A manutenção preditiva consiste no acompanhamento
contínuo de equipamentos e máquinas, a fim de
antecipar futuros serviços de manutenção. Ela é feita por
intermédio de monitoramento e inspeções periódicas.
Uma vez que os reparos são precocemente constatados,
torna-se possível reduzir as chances de desmontagens
desnecessárias e paradas de emergência. Por conseguinte,
aumenta-se o tempo de disponibilidade e aproveitamento
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da vida útil dos equipamentos, o que afeta positivamente a
produtividade de todo o corpo maquinário.
Atualmente, estão disponíveis diferentes técnicas de
manutenção preditiva. Dentre as mais comuns, estão a
análise de fluidos, a análise estrutural, a análise do estado
das superfícies e o estudo das vibrações. Cada uma delas
possui seus objetivos e práticas específicos, que serão
abordados nos capítulos seguintes.
5
 A ANÁLISE DE ÓLEO

Para ser aplicado no motor de uma máquina, o óleo deve

estar puro. No entanto, com o tempo, o atrito entre
os componentes móveis libera micropartículas que
contaminam o óleo. A análise de óleo é capaz de detectar
a presença dessas micropartículas e outras substâncias
contaminantes.

Com isso, é possível verificar os desgastes dos fluidos

e indicar o momento ideal para realizar sua troca
ou a renovação. Existem quatro tipos de análise de
óleo: análise de contaminação, análise físico-química,
espectrometria e ferrografia.

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 Uma amostra de lubrificante tem dois destinos:
avaliar o desgaste da máquina e determinar se o
lubrificante ainda está em condições de uso. Os
principais critérios levados em consideração por
essas análises são: a) desgaste: metais e partículas em
suspensão; b) condições do lubrificante: viscosidade,
oxidação, reserva alcalina (para óleo de motor),
acidez (para óleo hidráulico), contaminação por água,
resíduos sólidos e fuligem e vários outros.

Além de ser um método que demanda baixo valor de

investimento, a análise de óleo é realizada rapidamente
e com alta precisão. Quando feito regularmente, esse
processo possibilita o aproveitamento máximo da vida
útil dos equipamentos, aumentando sua disponibilidade,
confiabilidade e produtividade.

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 A ANÁLISE ESTRUTURAL

Outro método de manutenção preditiva é a análise

estrutural com técnicas de Ensaios Não Destrutivos.
Ela é responsável por detectar o aparecimento de
fissuras, rachaduras ou bolhas nos equipamentos e em
seus componentes.

Algumas das técnicas exploradas pela análise estrutural

são a ecografia, a ultrassonografia, a gamagrafia,
a interferometria holográfica e a radiografia. Os
dados extraídos dessas técnicas são sistemática
e rigorosamente analisados por profissionais
especializados nesse tipo de manutenção.

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 A ANÁLISE DO ESTADO
DAS SUPERFÍCIES

As superfícies dos componentes do maquinário

ferroviário podem sofrer degradação com o atrito que
produzem entre si. Assim, a análise do estado dessas
superfícies é um processo importante para determinar
o grau de desgaste dos equipamentos.

Em geral, tal método é executado por averiguação

visual, com a ajuda ou não de lentes de aumento. Para
monitoramento detalhado das peças, outras técnicas
podem ser empregadas, como holografia, endoscopia,
estroboscopia, molde e impressão, além dos já citados
Ensaios Não Destrutivos.

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 O ESTUDO DAS VIBRAÇÕES
A análise de vibração é o processo de medição e
acompanhamento das vibrações produzidas por um
equipamento enquanto ele está em atividade. Esse
monitoramento é muito importante, uma vez que
as vibrações podem desgastar os componentes do
maquinário.
Visando captar os níveis de vibrações, são colocados
sensores em diversos pontos estratégicos dos
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equipamentos. Tais sensores são responsáveis por
transformar a energia mecânica resultante das
vibrações em sinais elétricos.
Por esse processo, é possível antecipar diversas falhas
e defeitos, como rolamentos deteriorados, rotes
desbalanceados, eixos deformados, acoplamentos
desalinhados, engrenagens defeituosas, folgas
excessivas em buchas e lubrificação inadequada.
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 Conforme visto neste e-book, as longas distâncias e as
grandes quantidades de carga transportadas pelos trens
podem gerar desgaste nos equipamentos ferroviários.

Esse é um problema que pode ser resolvido por meio

do monitoramento constante dos componentes do
maquinário. Nesse cenário, a manutenção preditiva
e os seus diversos métodos representam um bom
caminho a ser seguido, já que resultam em aumento da
disponibilidade, da confiabilidade e da produtividade
dos equipamentos.

CONCLUSÃO

Como evitar o desgaste dos equipamentos ferroviários 11

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