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TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DÉCIMA CÂMARA CÍVEL
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010587-64.2019.8.19.0211
Apelante: VIVIANE DE SOUZA (autora)
Apelado: LIBBS FARMACÊUTICA LTDA. (réu)
Relatora: Desembargadora PATRICIA RIBEIRO SERRA VIEIRA
DECISÃO
(Fundamentação legal: artigo 932, inciso IV, a, do CPC)
12. Na espécie, apesar de o réu figurar como revel (índice 101), segue
reiterada a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que relativos os
13. No caso posto, infiro, por primeiro, que a bula do fármaco sub judice
consigna, de forma clara e/ou precisa, que o produto não possui 100% (cem por cento)
de eficácia, muito ao contrário, no seu item 2, nominado resultados de eficácia,
esclarece que (índice 67):
Trata-se de agravo nos próprios autos (..) contra decisão que inadmitiu o recurso
especial. O acórdão recorrido está assim ementado (...): "RESPONSABILIDADE
CIVIL CASO DO ANTICONCEPCIONAL INEFICAZ DA SCHERING -
INEXISTÊNCIA DE PROVA DA INGESTÃO - IMPROCEDÊNCIA CONFIRMADA".
(...) O acórdão recorrido consignou que (...): "No entanto, no presente caso, não
se vislumbra o nexo de causalidade entre a conduta da apelada (distribuição de
anticoncepcionais ineficazes) e o alegado dano (gravidez indesejada). (...) Além
disso (...) ela disse que a gravidez ocorreu em abril, tanto que, segundo seu
depoimento, parou nesse mês de tomar o anticoncepcional. Entretanto, a
ultrassonografia de fls. 8 mostra que a data da concepção foi entre quatro e dez
de maio". (...) (AREsp n. 194.649, Ministro Antonio Carlos Ferreira, DJe de
13/8/2012.)
16. Pelo exposto, com fundamento no artigo 932, inciso IV, alínea a, do Código
de Processo Civil, NEGO PROVIMENTO ao recurso, sem majoração da verba honorária
recursal, à míngua de condenação na origem.
Publique-se.