Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A sociologia define violência como sendo uma ação que gera, de maneira intencional,
dano, ou intimidação moral, a outro indivíduo ou ser vivo. A violência pode implicar em um trauma,
dano psicológico, ou também em uma morte. Então, ela tem consequências relativamente
diversas, mas todas incidem em traumas.
Existem diferentes tipos: a violência entre pessoas, a violência de Estado, a violência
criminal, a política, a econômica, a natural ou também a simbólica.
A sociologia da violência e da criminalidade é um ramo da sociologia que estuda as
relações e estruturas sociais da violência e criminalidade.
A violência (do latim violentia) remete ao emprego de força física para infligir dano ou
lesão, Segundo Zaluar, "essa força física torna-se violência quando ultrapassa um limite ou
perturba acordos tácitos e regras que ordenam relações, adquirindo carga negativa ou maléfica"
e é a percepção da sociedade, histórica e culturalmente que vai determinar, a partir da
identificação e estabelecimento desses limites e do sofrimento que sua ultrapassagem carrega, o
que é um ato violento.
Sendo identificada e definida de diferentes formas dependendo da cultura e do contexto
temporal de uma sociedade, a violência assume diversas definições e rótulos e portanto, diferentes
áreas, em diferentes momentos e lugares, têm se debruçado sobre a violência, entre elas o direito
penal, a psiquiatria e psicologia, a antropologia e a sociologia.
Segundo Souza, a mídia também assume um papel na difusão da violência, principalmente
entre as classes com menor nível de escolaridade, ao explorar o caráter mercadológico da
violência simbólica.Segundo Bourdieu, "Violência simbólica, que é violência que se exerce com a
cumplicidade tácita dos que a sofrem e, também, com frequência dos que a exercem, na medida
em que uns e outros são inconscientes de exercê-la ou de sofrê-la. Consiste nos mecanismos
anônimos, invisíveis, através dos quais se exercem as censuras de toda ordem que auxiliam a
manutenção de uma ordem simbólica". É através da mídia também que podemos reconhecer as
imagens da violência, suas representações e significados.
Crime se qualifica como a prática de conduta tipificada pela lei penal como ilícita. Já a
criminalidade pode ser conceituada como sendo o conjunto de crimes cometidos em um
determinado espaço. Há, portanto uma distinção entre ato violento e crime, onde o primeiro não
necessariamente, aos olhos da lei, constitui crime, mas o segundo sempre é uma forma de
violência.
PREFEITURA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
SECRETARIA MUNICIPAL DE DEFESA SOCIAL
A violência na escola é aquela que se produz dentro do espaço escolar sem estar ligada a
natureza e as atividades da instituição escolar: quando um bando entra na escola para acertar
contas de disputas de bairro, a escola é apenas um lugar em que ocorre uma violência que poderia
ter acontecido em qualquer outro local (...). A violência à escola, esta está ligada a natureza e as
atividades da instituição escolar: quando os alunos provocam incêndios, batem nos professores
ou insultam, eles se entregam á violências que visam diretamente instituição e aqueles que a
representam, esta violência contra a escola deve ser analisada junto com a violência da escola:
uma violência institucional simbólica, que os próprios jovens suportam através da maneira como
a instituição e seus agentes o tratam (modos de distribuição das classes, atribuição de notas de
orientação; palavras desdenhosas dos adultos atos; considerados pelos alunos como injustos ou
racistas, etc.).
Na escola recorrentemente a manifestação de violência entre professores e alunos, são
através de agressões verbais e físicas. Enquanto que entre alunos manifesta-se através do
bullying depredação escolar, interferência de grupos externos (gangues).
Homofobia
Movimentos Sociais
Os movimentos sociais podem agir em diversos âmbitos. Os mais conhecidos são o trabalhista,
ambiental, político, racial, gênero, entre outros.
Ou seja, qualquer grupo de pessoas que defenda, lute e corrobora para uma causa é considerado
um movimento social ao se manifestar através de suas pautas. Porém, os movimentos sociais
podem ser caracterizados em maneiras diferentes:
Movimento de transformação: são criados para modificar algum aspecto político ou social
através de reivindicações;
Movimento de conservação: esse tipo de movimento social surge para manter algum aspecto
político ou social;
Movimentos tradicionais: ocorridos principalmente no século XIX, após a Revolução Industrial,
esses movimentos possuem temas voltados para classes sociais, com uma grande luta entre o
proletariado e a burguesia;
Movimentos novos: são aqueles que têm em sua luta questões de classes, porém sua maior
pauta é de cunho identitário, ou seja, são minorias que pedem representatividade e voz dentro da
sociedade;
Movimento conjuntural: são aqueles que aparecem em uma conjuntura. É um movimento que
se organiza e se estrutura de acordo com uma demanda instantânea, em uma situação específica;
Movimento estrutural: é aquele que tem demandas e objetivos que serão conquistados em longo
prazo. Ou seja, demanda uma alteração completa na estrutura social. Um exemplo de movimento
estrutural é o movimento negro, contra o racismo.
Os movimentos sociais podem ser classificados de acordo com a atuação e os projetos que
defendem:
Organizações sociais sem fins lucrativos que se organizam para promover mudanças ou prestar
assistência a grupos e realidades sociais específicas. Podem atuar na área da educação, saúde,
saneamento, meio ambiente e nas mais diversas áreas.
PREFEITURA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
SECRETARIA MUNICIPAL DE DEFESA SOCIAL
2. Movimentos rurais/do campo
Lutam por questões de ligação com a reforma agrária, a produção industrial e massificada de
alimentos e outros produtos agrícolas e contra a troca de mão de obra humana por máquinas.
3. Movimentos de classe
Ligados às diversas classes sociais e lutam por mudanças sociais e eliminação das desigualdades
e exclusão social.
4. Movimentos reivindicatórios
Movimentos que reivindicam a solução de questões urgentes para um determinado grupo ou para
toda sociedade.
5. Movimentos Políticos
Tem como objetivo ressaltar a importância da participação política. Pode ou não estar ligado a
partidos políticos. Independente do foco e dos objetivos do movimento, a intenção de todos é
conquistar as mudanças e alterações, sejam elas políticas, sociais ou econômicas de acordo com
o projeto que defendem e o grupo social que representam.
PREFEITURA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
SECRETARIA MUNICIPAL DE DEFESA SOCIAL
Para compreender a sociedade brasileira, tal qual ela é hoje, é preciso, antes, compreender
sua história e evolução, para tanto, este artigo se propõe a apresentar uma breve história a
respeito dos principais movimentos sociais que fazem parte da luta pela democracia brasileira.
A história dos movimentos sociais no Brasil, começam ainda durante o período colonial,
neste, o mais importante foi o movimento abolicionista, em função da exploração escravagista
vivida, primeiro pelos índios que aqui abitavam, e logo depois pelos negros trazidos da África.
A mistura dos diferentes povos que se encontraram neste país, são um reflexo da
sociedade como ela é, em termos culturais, étnico, político e social, principalmente, desigual, ou
seja, enquanto as minorias eram abastadas, e por esse fato tinham cidadania, seus “inferiores”,
não possuíam quaisquer direitos cívicos.
Neste contexto, “[…] É claro que não se poderia esperar dos senhores qualquer iniciativa
a favor da educação de seus escravos ou de seus dependentes. Não era do interesse da
administração colonial, ou dos senhores de escravos, difundir essa arma cívica. Não havia
também motivação religiosa para se educar.
A Igreja Católica não incentivava a leitura da Bíblia. A educação, neste período, não era
uma prioridade, tão pouco de ser passada aos seus escravos, desta forma deixariam de ser
alienados para lutar por seus direitos quanto civis. O que se pode dizer sobre esse momento é
que houve educação religiosa difundia pela Igreja Católica, com a finalidade de catequisar índios
e africanos, considerados hereges por cultuar outras formas religiosas.
A partir da Independência, a Constituição passou a dar o direito de voto a homens a partir
dos 25 anos de idade, ou aqueles que possuíssem uma renda superior a 100 mil reis. Mulheres e
escravos, continuavam a margem da sociedade, não eram considerados cidadãos e tão pouco
tinha direitos.
O exercício do voto tinha cunho político, na verdade, não social de cidadão, mas para
angariar um maior número de votos. Com o passar das Republicas, verifica-se que não houveram
mudanças significativas na sociedade brasileira da época, diferentemente das sociedades inglesa,
francesa, as quais foram marcadas pela luta pela liberdade, pelos direitos civis, político,
trabalhista, marcada também, muitas vezes com sangue, a exemplo da Revolução Industrial e
Revolução Francesa.
Outros movimentos foram surgindo, ainda singelos e de menor expressão, dentre os quais
abre destaque para os movimentos trabalhistas. Os operários agora, lutavam por melhores
condições de trabalho e salários. Os movimentos sociais foram então tomando-se cada vez
maiores e mais propensos a trazer mudanças, diferentemente do que acontecia no início da
sociedade brasileira, quando a sociedade se encontrava inerte as violações cívicas.
PREFEITURA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
SECRETARIA MUNICIPAL DE DEFESA SOCIAL
Em 1917 houve a Greve Geral de São Paulo, movimento operário, no qual os grevistas
reivindicavam a redução da jornada de trabalho, as quais excediam 12 horas, proteção ao trabalho
infantil e feminino, etc. Este período ficou marcado pelas mudanças adotas pelo governo nos
aspectos trabalhista, industrial e comercial, decorrentes dos movimentos do período anterior,
consolidando a lei do trabalho em 1943.
Em 1934, a Constituição regulou a jornada de trabalho, sendo esta, agora de oito horas, e
um salário base, o salário mínimo, que fosse capaz de nutrir as necessidades familiares. Durante
esta “Marcha acelerada”, a sociedade brasileira passou por diversos momentos distintos, e as
greves outrora proibidas, passaram a ser direito soa trabalhadores, sendo em 1964, aprovada a
primeira lei de greve.
No período que compreende de 1964 a 1985, o Brasil foi marcado pela Ditadura Militar,
este período ficou caracterizado pela regressão política vivida no país durante este período em
decorrência dos conflitos entre Política x Cidadãos, onde a liberdade ficou limitada e novas normas
foram instauradas pelo governo ditatorial, sendo a pena de morte reintroduzida ao ordenamento
jurídico.
“Dado o golpe, os direitos civis e políticos foram duramente atingidos pelas medidas de
repressão, por essa razão, eles merecem atenção especial. Como era maior a mobilização em
1964 e como estavam mais desenvolvidos os meios de controle, a repressão política dos governos
militares foi também mais extensa e mais violenta do que a do Estado Novo.
Em bora presente em todo o período, ela se concentrou em dois momentos: entre 1964 e
1965, e entre 1968 e 1974. Os instrumentos legais da repressão foram os “atos institucionais"
editados pelos presidentes militares.
O primeiro foi introduzido logo em 9 de abril de 1964 pelo general Castelo Branco. Por ele
foram cassados os direitos políticos, pelo período de dez anos, de grande número de líderes
políticos, sindicais e intelectuais e de militares. (CARVALHO, José Murilo de. 2002, p. 160)”
Tal período compreendeu os Atos Institucionais, instrumentos normativos repressivos,
pelos assaltos a bancos, tortura sofrida por opositores e repressão da imprensa que não podia
noticiar os fatos que estavam acontecendo.
Ainda, durante este período, embora, repressão seja a primeira palavra que vem à cabeça
quando o assunto é ditadura, em 1968, o país passou por uma grande transformação econômica,
conhecida como “milagre econômico”, quando o produto interno bruto chegou a 13,6 % durante o
governo Médici.
Mas não houve só crescimento econômico, houve também social, foram criados, durante
esse o período, o um Fundo de Garantia por Tempo de Service (FGTS), o Banco Nacional de
Habitação (BNH) e criado o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), como meios de
estabilizar a economia do país Após um período de trevas, acontece com a volta dos direitos civis
e políticos, período que compreende os anos de 1974 a 1985.
PREFEITURA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
SECRETARIA MUNICIPAL DE DEFESA SOCIAL
A abertura dos direitos se deu em quando o general/presidente minimizou as restrições
quanto a propaganda eleitoral, e mais tarde, com a revogação do AI-S, com o fim da censura
previa e a volta dos primeiros exilados políticos.
Embora o general Geisel, governasse sob um período ditatorial, conhecido pela repressão,
como já supracitado, foi durante seu governo que a repressão passou a diminuir, desautorizando
este, as ações repressivas e propondo uma abertura política, este momento ficou marcado, ainda,
pelos movimentos sindicais renascidos através dos movimentos oposicionistas trazendo o nome
de Luís Inácio da Silva, Lula, como um dos mais importantes.
Tais movimentos oposicionistas contaram com a presença de artistas e intelectuais, dentre
os quais destaca-se Chico Buarque de Holanda, graças a sua popularidade expandiu e
personificou a resistência e a luta pela redemocratização em suas canções.
Neste período, Tancredo Neves ficou conhecido como homem símbolo da
redemocratização, sendo possível a retomada da democratização civil em 1985 embalada pelas
eleições, ficando, a redemocratização marcada, neste período, pelos caras pintadas que foram as
ruas pedir o impedimento do então presidente eleito, Fernando Collor de Melo, sendo este
substituído pelo seu vice-presidente Itamar Franco.
A partir dos movimentos sociais vividos no pais, foi promulgada em 1988 uma nova Carta
Magna, a Constituição Federativa do Brasil de 1988, a qual está vigente nos dias atuais, foi mais
um marco importante para a redemocratização brasileira, trazendo inovações legais e
institucionais afim de trazer melhorias a coletividade, trazendo direitos e deveres aos cidadãos.
Alguns fatos, entretanto, marcaram negativamente este período de retomada da democratização.
A Magna Carta de 1988, apenas transferiu o controle dos policias militares, para os
governos estaduais. Um exemplo da violência militar neste período foi a invasão do Carandiru, o
qual ficou marcado pelo sangue de mais de 100 presos.
Embora a nova Constituição tenha trazido muitas inovações escritas, na pratica, tais
inovações ainda custam a se desenvolver. O que nos faz pensar o atual período brasileiro, onde
a população tem ido as ruas.
Em 2013 iniciou uma onda de protestos que foi se alastrando pelo pais, as manifestações
que iniciaram devido ao aumento das tarifas dos transportes públicos, foram dando lugar a novos
movimentos em face de velhas indignações, eis que vieram, os movimentos em prol da saúde e
educação, tendo em vista os autos valores gastos na construção de estádios e outros para copa
de 2014, enquanto a sociedade brasileira apresenta um déficit nesses.
Durante os protestos pode-se observar, que como em 1992, a maioria dos manifestantes
eram jovens estudantes, buscando melhoria de vida, o que demonstra uma sociedade mais
participativa nas questões político-sociais, e o importante papel das redes sociais para os
movimentos, já que estes eram marcados através do Facebook, Instaram, Whatsapp e outros.
PREFEITURA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
SECRETARIA MUNICIPAL DE DEFESA SOCIAL
Os movimentos sociais podem acontecer em território local, nacional ou até mesmo global. Abaixo
listamos alguns dos movimentos sociais mais conhecidos ao redor do mundo.
1. Movimento Feminista
O movimento feminista, também conhecido como o movimento pelo direito das mulheres,
e tem por característica ser um movimento social estrutural, ou seja, que busca desconstruir
a longo prazo o machismo, um aspecto presente na estrutura social. Esse movimento teve
seu início no período da Revolução Francesa.
Os movimentos feministas da primeira onda do século XIX e início do século XX se
concentravam nos direitos legais das mulheres, especialmente no direito ao voto.
Nos anos 1960 e 1970, a segunda onda feminista, surgida nos Estados Unidos, buscava direitos
e oportunidades iguais entre homens e mulheres e a maior liberdade pessoal para as mulheres.
Essa segunda onda tocou em todas as áreas da vida pessoal e social das mulheres - incluindo
política, trabalho, família e sexualidade.
O ativismo organizado por e em nome das mulheres, continua até os dias atuais, se
espalhando em território global. Seu maior objetivo é acabar com a desigualdade entre os
gêneros.
Um exemplo do manifestação do movimento feminista foi a Marcha das Vadias, que se
iniciou em Toronto, no ano de 2011, e se espalhou pelo mundo inteiro.
No Brasil, a Marcha das Vadias ganhou força em 2014, e tinha o foco em protestar pelo
direito da mulher usar roupa e se comportar da maneira que quiser.
PREFEITURA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
SECRETARIA MUNICIPAL DE DEFESA SOCIAL
2. Movimento Negro
Martin Luther King, um dos principais ativistas do movimento negro nos Estados Unidos, durante
seu discurso "Eu tenho um sonho", em 28 de agosto de 1963
3. Movimento Estudantil
5. Movimento Ambientalista
poluição;
uso intensivo de agrotóxico;
desmatamento;
a perda da biodiversidade;
a caça excessiva e o comércio ilícito de espécies selvagens;
urbanização descontrolada;
PREFEITURA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
SECRETARIA MUNICIPAL DE DEFESA SOCIAL
esgotamento dos recursos hídricos;
manipulação genética, aquecimento global.
6. Movimento LGBTQIA+
O movimento social LGBTQIA+ (sigla que significa: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis,
Transexuais, Transgêneros, Queer, Intersexo, Assexual e mais) surgiu na Europa, ainda no século
XX.
É um movimento estrutural, que luta contra a homofobia e violência contra homossexuais
e casais LGBTQI+.
No Brasil, o movimento nasceu no final de 1970, predominantemente formado por homens
homossexuais. Em sua pauta, o movimento luta pelos direitos civis que defende a igualdade de
direitos para toda a comunidade LGBT.
Alguns dos principais objetivos do movimento são:
PREFEITURA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
SECRETARIA MUNICIPAL DE DEFESA SOCIAL
Eliminação das leis que proíbem atos homossexuais entre adultos que consentiram;
Luta contra a homofobia e violência contra homossexuais;
Fim da discriminação contra gays e lésbicas no emprego;
Liberação de empréstimos de crédito, habitação, acomodações públicas e outras áreas da vida
que são proibidas em diversos países;
Criminalização da homofobia.