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PROCEDIMENTO COMUM:
I – Ordinário: pena de 04 anos ou mais;
II – Sumário: pena menor que 04 anos e maior que 02;
III – Sumaríssimo: pena igual ou inferior a 02 anos, cumulada ou não,
submetidos ou não a procedimento especial (JECRIM; menor potencial
ofensivo).
IV – Qualificadoras: levar-se-á em consideração a pena máxima
prevista pela qualificadora.
V – Causas de aumento e diminuição de pena: deve-se buscar o
máximo de pena para o delito: causas de aumento, o quantum que mais
aumentar a pena; causas de diminuição, o quantum que menos diminuir
a pena. Ex.: Se a causa de aumento é de 1/3 até a metade, o critério
será até a metade (quantum maior de aumento).
VI – Concurso de crimes: soma-se as penas para qualificar o
procedimento. Não há separação dos processos devido ao rito, mas sim
a soma da pena destes crimes.
VII – Crimes conexos: ocorrendo crimes dolosos contra à vida,
prevalecerá sempre o júri, independentemente do crime conexo.
Entretanto, ocorrendo a conexão de crimes que preveem o rito especial
e o rito comum, prevalecerá o rito comum pois é o mais benéfico ao réu.
me leva a concluir que esses dois fatos poderiam ser objeto de duas
denúncias distintas, mas tendo sido reunidos pela conexão se tenha 08
testemunhas por fato delituoso.
II – Início do processo: corrente majoritária: uma vez oferecida a peça
acusatória, o processo já teria início, mesmo que porventura essa peça
fosse rejeitada pelo juiz.
2) Lei de Drogas;
4) Jecrim.
CITAÇÃO:
I – Ato processual pelo qual se leva ao conhecimento do acusado a
notícia de que contra ele foi recebida peça acusatória, para que possa
se defender.
II – A citação acaba sendo um misto de dois princípios básicos do
processo: contraditório e ampla defesa.
III – Vício na citação: causa de nulidade absoluta. Exceção: se o
acusado comparecer mesmo com o vício na citação, este vício será
sanado (corrigido); princípio da instrumentalidade das formas (art. 570,
CPP).
ESPÉCIES DE CITAÇÃO:
I – Citação real (pessoal);
II – Citação ficta (presumida).
CITAÇÃO REAL:
I – Realizada pelo oficial de justiça, onde o acusado é citado
pessoalmente. Pode ser dividida em subespécies:
II – Citação por mandado (art. 351); citação por carta precatória (art.
353); citação do militar (art. 358); citação do funcionário público (art.
359); citação do acusado que estiver preso (art. 360); citação do
acusado no estrangeiro (art. 368); citação do acusado em legações
estrangeiras (art. 369).
V – Citação Por Hora Certa: caso em que o réu se oculta para não
ser citado.
Ocorrendo, será nomeado advogado dativo e o processo terá o
seu curso (não suspende o processo);
Identidade física do juiz: art. 399, § 2º, CPP: o juiz que presidiu
a instrução é o juiz que deverá proferir a sentença. Este
princípio não é absoluto, devendo ser analisado à luz das
regras específicas do art. 132, do CPP: nos casos de
convocação, licença, promoção ou outro motivo que impeça o
juiz que tiver presidido a instrução de sentenciar o feito, os
autos passarão ao sucessor do magistrado (entendimento STJ
e STF).
SENTENÇA:
I – Princípio da correlação entre acusação e sentença: no processo
penal, o acusado defende-se dos fatos que lhe são imputados. Por esse
motivo, a sentença deve guardar plena consonância com o fato descrito
na peça acusatória, não podendo dele se afastar, sob pena de violação
aos princípios da ampla defesa e do contraditório.
II – O acusado defende-se dos fatos e não da classificação formulada
na acusatória; de acordo com os fatos narrados é que a defesa é
arquitetada.
III – Se eu fui denunciado por peculato-apropriação, eu não posso
amanhã ser condenado por peculato-furto porque essa condenação por
um fato que não constou da peça acusatória seria uma surpresa
indevida e essas surpresas são causas de violação ao contraditório e à
ampla defesa.
INDENIZAÇÃO CIVIL:
I – Art. 91, I, CP: são efeitos da condenação: I – tornar certa a
obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. Ou seja, a partir do
momento em que a questão penal está sedimentada, existe uma
sentença condenatória com trânsito em julgado, tornou-se certo o seu
dever de indenizar o dano causado pelo delito.
II – Na própria sentença condenatória o magistrado irá fixar o valor
mínimo a título de reparação pelos danos causados pelo delito.
III – O dano fixado pelo juiz é apenas o dano material. Entretanto há
julgados no STJ corroborando com a possibilidade do juiz fixar o valor
mínimo a título de danos morais.
IV – Os efeitos desta indenização geram uma execução por quantia
certa.
V – OBS.: a lei usou a expressão “fixação de valor mínimo”, ou seja,
quer demonstrar que a fixação desse valor não impede que você corra
atrás, por meio da liquidação, do dano efetivamente sofrido, hipótese em
que os valores a receber serão compensados.
VII – Jurisprudência do STF E STJ: “para que seja fixado o valor
mínimo não é necessário que esse pedido tenha sido formulado na
denúncia, por se tratar de efeito extrapenal da condenação, mas deverá
constar na instrução para que seja realizado o contraditório”;
Entendimento da 6º Turma do STJ: “para que seja fixado o valor da
reparação, deverá haver pedido expresso e formal do MP ou do
ofendido, a fim de que seja oportunizado ao réu o contraditório e sob
pena de violação ao princípio da ampla defesa”.
VIII – Se o acusado impugnar por meio da apelação o capítulo
referente à sua condenação, não será possível a execução por quantia
certa do valor mínimo fixado pelo juiz, pois tal execução pressupõe o
trânsito em julgado de sentença condenatória.
V – Classificações da sentença:
Sentença simples: proferida por juiz singular;
DA SENTENÇA:
I – Requisitos: relatório (síntese processual); fundamentação (tese
jurídica aplicada); dispositivo (delito praticado); e parte autenticativa
(local, data e assinatura do juiz).
II – Natureza jurídica: não é ato que declara, mas cria o direito; cria a
regra.
III – Princípio da imodificabilidade da sentença: uma vez publicada a
sentença, ela se torna inalterável, imutável, imodificável. Entretanto, há
4 hipóteses de exceção em que o juiz pode mexer na sentença, mesmo
que depois de publicada:
1) Para corrigir inexatidões materiais;
TEORIA DA PROVA:
I – Conceito de prova como atividade probatória: ato ou complexo de
atos que tendem a formar a convicção da entidade decidente sobre a
existência ou não de uma situação fática.
II – Conceito de prova como resultado: consiste na convicção da
entidade decidente quanto à existência ou não de uma situação fática,
formada no processo;
III – Conceito de prova como meio: são os instrumentos aptos a
formar a convicção do juiz quanto à existência ou não de uma situação
fática.
DESTINATÁRIO DA PROVA:
I – É o órgão jurisdicional (pode ser juiz, desembargador, ministro).
SUJEITOS DA PROVA:
I – São as pessoas responsáveis pela produção da prova: vítimas,
testemunhas, peritos, assistentes.
FONTE DA PROVA:
I – 1º Sentido: fonte de prova é tudo aquilo que indica algum fato ou
afirmação que necessita de prova;
II – 2º Sentido: são as pessoas ou coisas das quais pode se
conseguir a prova.
III – O acusado pode ser fonte de prova (confissão);
MEIOS DE PROVA:
I – Instrumentos aptos a formar a convicção do juiz quanto à
existência ou não de uma situação fática.
INDÍCIOS:
I – Sinônimo de prova indireta e prova semiplena (prova de menor
valor persuasivo).
II – Ex.: para prender alguém preventivamente, eu não preciso ter a
mesma certeza necessária para condenar. Bastar ter indício.
SUSPEITA E INDÍCIOS:
I – Indicio não se confunde com uma simples suspeita. Enquanto
indício é constituído por um fato demonstrado que autoriza a indução de
um outro fato ou, pelo menos, constitui um elemento de menor valor, a
suspeita é pura intuição, que pode gerar desconfiança, dúvida, mas
também conduzir ao engano.
PROVA EMPRESTADA:
I – É possível a utilização da prova emprestada, desde que aquele
contra quem ela será utilizada tenha participado do processo onde a
prova foi produzida.
II – Em caso de testemunha, onde o acusado teve o seu direito ao
contraditório em um processo “A”, no processo “B” esta prova terá o
mesmo valor que tinha no outro, ou seja, valor de prova testemunhal. O
valor da prova emprestada é o mesmo da prova originariamente
produzida, desde que observado o contraditório e a ampla defesa.
III – Requisitos para a corrente minoritária: ser produzida em
processo formado entre as mesmas partes; ser colhida perante o juiz
natural da causa.
ÔNUS DA PROVA:
I – É o encargo que recai sobre a parte de provar a veracidade do
fato por ela alegado.
II – Ônus objetivo: funciona como uma regra de julgamento destinado
ao juiz acerca do conteúdo da sentença que deve proferir, caso não
tenha sido comprovada a verdade de uma afirmação feita no curso do
processo.
III – Ônus subjetivo: deve ser compreendido como o encargo que
recai sobre as partes de buscar as fontes de provas capazes de comprar
as afirmações por elas feitas durante o processo.
DESCONTAMINAÇÃO DO JULGADO:
I – Projeto anticrime: o juiz que tiver contato com a prova ilícita não
poderá exercer a jurisdição no processo.
II – Crítica da doutrina: pode-se manipular o princípio do juiz natural,
uma vez que poderia ser plantada no processo uma prova ilícita só para
afastar o juiz.