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MUSEOLOGIA E
ARQUIVÍSTICA
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
História.
Os conteúdos em Museologia e arquivística ajudarão a ampliar as
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memória instigando a percepção desse espaço como possibilidade de
formação.
Bom estudo.
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PROGRAMA DA DISCIPLINA
Ementa
Importância da arquivística e museologia na preservação do patrimônio
Objetivos
Programa da Disciplina
O ponto de partida – documento, acervo e memória
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Documento e sua função no ensino de história
Acervo – tipologias
Arquivos – conceitos, finalidades e formas de organização.
2008.
2000.
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UNIDADE 01. O QUE É UM MUSEU?
ESTUDANDO E REFLETINDO
A primeira etapa desse processo é identificar nosso ponto de partida, ou
O que é um Museu?
tempos.
Disponível em: http://museudebenavente.wordpress.com/2006/10/06/o-que-e-um-museu/
histórica, uma vez que contêm verdadeiras riquezas culturais que revelam
aspectos imprescindíveis para o entendimento de diferentes sociedades em
de tirar proveito das obras expostas nos museus, ocorre que somente alguns
têm a possibilidade real de concretizá-la. (BORDIEU; DARBEL, 2007, P. 37).
ainda existem muitos entraves na forma como esses espaços precisam ser
disponibilizados para as pessoas de todas as classes sociais.
8
Assim, dada as preocupações inerentes ao curso de formação de
BUSCANDO CONHECIMENTO
Definição de Museu
Qui, 20 de Janeiro de 2011 21:09 Bianca Costa
entorno;
As instituições que conservam coleções e exibem exemplares vivos de
9
Os centros de ciência e planetários;
ou da Formação.
características:
I - o trabalho permanente com o patrimônio cultural, em suas diversas
manifestações;
II - a presença de acervos e exposições colocados a serviço da sociedade com o
oportunidades de lazer;
III - a utilização do patrimônio cultural como recurso educacional, turístico e de
10
inclusão social;
manifestações;
V - a democratização do acesso, uso e produção de bens culturais para a
Referência
INDICAÇÃO DE LEITURAS
Princípios básicos da Museologia. Disponível no endereço eletrônico
http://www.cosem.cultura.pr.gov.br/arquivos/File/downloads/p_museologia.pdf
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UNIDADE 02. O QUE É UM ARQUIVO?
Histórico.
ESTUDANDO E REFLETINDO
A ideia de arquivo nos leva a pensar em classificações e padronizações
para garantir que documentos1 possam ser preservados e, dessa forma,
garantam a manutenção da memória das sociedades, instituições e demais
formas de organização dos agrupamentos humanos.
1
Documento, como estudaremos na unidade 08, é toda forma de registro que possibilita suporte para a informação. Por
essa razão podemos considerar que existem várias formas de documentos (registros escritos – livros, folhetos, revistas,
relatórios entre outros, fita magnética, disco, microfilme, monumentos e demais formas de registro da produção
humana em diferentes tempos e sociedades)
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O estudo do arquivo pode ser conduzido por caminhos diferentes: a
arquivologia e a arquivística.
A arquivologia ocupa-se do estudo da ciência e da organização dos
arquivos. Busca uma ampla visão do conhecimento dessa área e inclui conceitos
teóricos e práticos.
públicas e privadas.
Por essa razão, torna-se especialmente importante para o historiador,
campo da História.
É importante lembrar que tais técnicas também ajudam muito no
BUSCANDO SABERES
INDICAÇÃO DE LEITURAS
Como Implantar Arquivos Públicos Municipais de autoria de Helena Corrêa
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Disponível em:
http://www.professordarlan.com.br/arquivos/ARQUIVOS_CONCEITOS_PRINCIPIOS.pdf
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UNIDADE 03. RELAÇÃO MUSEU, ARQUIVO E HISTÓRIA
ESTUDANDO E REFLETINDO
É longa a trajetória que aproxima os museus das dinâmicas escolares.
Vários estudos indicam que os estudantes tem sido um dos públicos mais
expressivos, que frequentam os museus.
escolar.
No entanto, existe uma crítica à possibilidade de ações de “escolarização”
afirmar que:
(...) museus importantes do país costumam receber levas e mais levas de
escolares cuja missão, imposta por seus mestres e passivamente aceita pelos
15
Esse movimento ganha expressividade com o significativo aumento, não
apenas da adequação das estruturas para o atendimento dos escolares como
como as escolas.
Essa interatividade, sem dúvida, gera um movimento dinâmico que
população escolar.
No entanto, é importante se destacar que essa relação exige um
BUSCANDO CONHECIMENTO
A pesquisa realizada por Mariana de Queiroz Bertelli, intitulada
“Identidades, imagens e papéis museais nos discursos institucionais sobre a
[...]
Especificidades e aproximações entre escola e museu
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favorecer a prática da cidadania, formar indivíduos críticos, criativos e
especificidades como conclui Triquet (2000) ao fazer uma revisão sobre o tema.
Para este autor, somente nos anos 1970, notadamente em investigações
17
Nesse momento algumas discussões sobre complementaridade e
parceria ainda tratavam esses termos como similares. O avanço dos estudos
relação com a escola é bastante evidente e, sem dúvida, essa é uma questão
que merece ser pesquisada.
18
professores de utilizar o museu como complemento aos conteúdos escolares
museu e escola.
Presumindo-se que várias são as formas de buscar compreender
elementos dessa tensão e que diversos olhares são possíveis, este trabalho
empreende um caminho alternativo na busca por esses elementos. Ao invés de
instituições.
Para evidenciar os aspectos da relação entre as duas instituições,
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Curriculares do Município de Belo Horizonte – as imagens e papéis dos museus
OBJETIVOS
Objetivo geral
Investigar identidades, imagens e papéis museais nos discursos institucionais
Objetivos específicos
1. Investigar se o museu aparece nas propostas curriculares dos Parâmetros
curriculares;
20
7. Relacionar os papéis atribuídos à instituição museu nas políticas curriculares a
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UNIDADE 04. CONCEITO E FUNÇÃO SOCIAL DO MUSEU
ESTUDANDO E REFLETINDO
“De fato, o que sobrevive não é o conjunto daquilo que existiu no passado,
mas uma escolha quer pelas forças que operam no desenvolvimento temporal
Vidal (1999, p. 107), o Mouseion significava a casa das filhas de Zeus com
Mnenosine considerada a deusa da memória.
da memória das sociedades, sobretudo pela sua dimensão pública. Por essa
razão, muitos estudiosos atribuem à França o vanguardismo na área de estudos
no campo da museologia.
2
Você aprendeu sobre a Revolução Francesa nas disciplinas de História Moderna e como processo de transição para a
História Contemporânea. De qualquer forma vale lembrar que a Revolução Francesa caracterizou-se por um movimento
revolucionário campones-burgus, ocorrido na França na segunda metade do século XVIII, com o intuito de transformar a
ordem política de Monarquia para o regime Republicano.
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Considerando seu caráter de depositário e propagador das memórias da
apresentado à sociedade.
Le Goff (1990) reforça a ideia de que foi após a Revolução Francesa, em
BUSCANDO CONHECIMENTO
3
Estruturas políticas da monarquia absolutista na França do século XVIII.
23
Um bom exemplo dessa preocupação em usar o espaço dos museus como
Como você pode notar, o século XVIII foi um período muito marcado por
profundas reflexões sobre o papel de representação dos museus na sociedade.
Esse século é apontado por muitos museólogos como o período que promove
significativas mudanças de concepção no que diz respeito ao entendimento de
derrotados.
O comportamento dos alemães que confiscaram um acervo inestimável
24
Essa situação de subjugação/dominação de uns povos por outros,
também repercute nas práticas museológicas e na forma de representar os
25
UNIDADE 05. MUSEUS, DESENVOLVIMENTO E MUDANÇA
histórica.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Para o pesquisador Cícero Antonio F. d Almeida “os museus são
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Na sua análise, a origem das mudanças na estrutura dos museus pode
largamente a ideia que sustentou sua gênese. Ou seja, avançou demais na sua
condição inicial de “lugares de memória” para “lugares de ação”.
Jacques Le Goff
27
BUSCANDO CONHECIMENTO
Observe os vídeos dos links indicados a seguir, leia o fragmento de texto
http://www.youtube.com/watch?v=KXRX_w4lmIo&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=-Kv2i7lXk9s&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=2spdW5NSs5k&feature=related
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simbólico e as associações culturais e históricas que os sujeitos fazem dele,
29
UNIDADE 06. MUSEU: PATRIMÔNIO CULTURAL
erige o conceito de museu como instituição que abriga, em si, o duplo papel de
depositária da cultura e representante do patrimônio cultural.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Antes de iniciarmos nossa conversa sobre o sentido de tratar e entender
Patrimônio
30
Assim, a importância do patrimônio para a História reside na sua
da indústria cultural:
A mundialização dos valores e das referências ocidentais contribuiu para a
31
Cultura
Marconi (2005) define cultura como um conceito de significado amplo,
com compreensões diferentes que variam com o tempo, espaço e sua essência.
Para ela a cultura pode ser assim definida:
A cultura, portanto, pode ser analisada, ao mesmo tempo, sob vários
entendida como natural pelos povos que a praticam, como, por exemplo,
poligamia, rituais religiosos etc...
espaciais e temporais.
Dado o seu caráter de mutabilidade, que expressa as demandas de
32
As lutas, embates políticos, conflitos de interesses promovem as
BUSCANDO CONHECIMENTOS
Pierre Nora (1993) chama os museus de “lugares de memória”, pois,
ser analisado como uma instituição isenta dos conflitos de interesses. Não
podemos acreditar que exista uma produção museológica neutra, desvinculada
cidadania plena.
33
INDICAÇÃO DE LEITURA
Museus, Museologia e o patrimônio universal. Disponível no endereço
eletrônico http://www.revistamuseu.com.br/18demaio/artigos.asp?id=12838
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UNIDADE 7. MUSEOLOGIA, ESCOLA E ENSINO DE HISTÓRIA
ESTUDANDO E REFLETINDO
Se considerarmos a premissa já anunciada nas unidades anteriores de
que o museu é uma instituição depositária da memória social, encontraremos aí
35
Sob essas referências conceituais, tanto o museu como a escola, por
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pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de
conhecimento e no exercício da cidadania;
conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis
como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com
responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
utilizar as diferentes linguagens . verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e
corporal . como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar
e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a
diferentes intenções e situações de comunicação;
saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir
e construir conhecimentos;
questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,
utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade
de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pcn_5a8_historia.pdf .
BUSCANDO CONHECIMENTO
Nesse cenário de complexidade, no qual a busca de interatividades bem
parceria da escola com o museu pode ser um elemento facilitador das práticas
interdisciplinares e das aprendizagens em História.
355).
nos vem a ideia de grandes instituições. Louvre (Paris), Vaticano (Roma), Prado
(Madri), Museu Nacional (Rio de Janeiro), Museu Paulista (São Paulo). No
produção de uma sociedade cidadã pode ser uma boa alternativa para o
professor.
38
UNIDADE 08. MUSEU E ESCOLA: EDUCAÇÃO FORMAL E NÃO-
FORMAL
podem empreender.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Falamos aqui da aproximação e do movimento de ajuda mútua entre
instituições que atuam nos âmbitos da educação formal e da educação não
sobre isso.
Com estruturas físicas singulares e organização de programas e
Para isso, o processo de formação vai muito além do que pode a escola
oferecer. É importante ressaltar que a escola é muito importante, mas é “uma”
40
INDICAÇÃO DE LEITURAS
Museu e escola: educação formal e não-formal. Disponível no endereço
eletrônico
http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/153511MuseueEscola.pdf
http://www.portaleducacao.com.br/arquivos/artigos/1236192145_OS%20MUSE
US%20E%20O%20ENSINO%20DE%20HIST%D3RIA.pdf
BUSCANDO CONHECIMENTO
Analise, no vídeo indicado no link abaixo, bem como no fragmento do
texto de autoria de Shirleide Pereira da Silva Cruz e José Batista Neto,
http://www.youtube.com/watch?v=459_md8wGeU&feature=related
museu. Lopes (1991) afirma, a partir de um estudo que fez sobre as experiências
de instituições na I Colóquio de relação museu-escola, que o professor é
como espaço educativo, no qual tem destaque a ideia que ele é um local
relevante para o desenvolvimento da educação patrimonial. Outra
vistos de uma forma mais acessível para as professoras. A indicação dos campos
de conhecimento que são suporte para a interpretação do museu apontou para
ESTUDANDO E REFLETINDO
Os programas educativos estão situados no âmbito de
interação/comunicação do museu com a sua comunidade e consistem na forma
poucos.
Diante da abordagem efetuada nas unidades anteriores e que revelam o
entretenimento.
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Além disso, também já observamos que é função do museu atuar como
atividades educativas.
precisam ser preparados para se sentirem agentes das práticas educativas, pois
é essa a natureza do museu.
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museu como instituição guardiã da memória e responsável por práticas sociais
transformadoras.
Os programas educativos servem para estabelecer vínculos do museu
Exposições temáticas
Monitorias especializadas
Apresentações teatrais
Visitas temáticas
Ateliês
Festas para crianças
Jogos
Maletas pedagógicas/exposições itinerantes
Filmes
A realização dos programas educativos pelos museus, bem como a ação
45
BUSCANDO CONHECIMENTO
A prática educativa em museus revela a grande transformação que tem
cuidar.
A ação deste serviço articula atividades para diferentes tipos de público,
território
É um modo de construir o programa do Serviço Educativo do Museu do
aquela instituição.
http://www.flickr.com/photos/museudohomemdonordeste/collections/7215762
2387188708/
47
UNIDADE 10. TIPOS DE MUSEU
ESTUDANDO E REFLETINDO
Nas unidades anteriores, analisamos a origem histórica do museu, sua
função social e suas potencialidades para o trabalho do professor de história.
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MUSEU HISTÓRICO NACIONAL
http://www.museuhistoriconacional.com.br/
49
MUSEU DE ARTE DE ARTE DO RIO
http://www.museudeartedorio.org.br/pt-br/visite
http://www.museudaciencia.org/
50
MUSEU DO HOLOCAUSTO:
http://www.museudoholocausto.org.br/o-museu/objetivos
MUSEU BÍBLICO;
MUSEU BIOGRÁFICO;
MUSEU COMUNITÁRIO;
ECOMUSEUS;
MUSEU DA PESSOA;
MUSEU DA ASTRONOMIA;
MUSEU DE CERA;
MUSEU DO CHOCOLATE;
MUSEU DE MÚSICAS;
MUSEU DE QUADRINHOS;
MUSEU DE PESCA;
51
MUSEU DO FUTEBOL;
MUSEU DO ESPORTE;
MUSEU DO AUTOMÓVEL;
MUSEU ETNOGRÁFICO;
MUSEU DO HOMEM DO NORDESTE;
MUSEU DO LIXO;
MUSEU DO SEXO;
MUSEU DA MEDICINA;
MUSEU VIRTUAL;
CIBERMUSEUS.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Existe uma quantidade muito grande de variações de museus. Para
conhecer mais sobre os museus brasileiros cadastrados no sistema brasileiro de
52
UNIDADE 11. TIPOS DE ACERVOS
ESTUDANDO E REFLETINDO
O conjunto de bens culturais, de natureza material ou imaterial, móvel ou
Por isso, um acervo pode ser constituído de obras de artes, esculturas, peças de
cerâmicas, peças de vestuário, jóias, sons, imagens, espécies animais ou
interpretação do mesmo.
Documentação Museológica
O documento “Princípios básicos da museologia”, de autoria de Evanise
54
Outra dimensão bastante importante diz respeito à conservação do
A gestão museológica
Para Moura (2006), a Gestão de museus pode ser dividida em três níveis
ou etapas:
O primeiro nível define os objetivos, a missão, os princípios e estratégias do
Patrimônio Histórico e
a sistematização do trabalho
longo dos tempos difíceis que muitos deles estão enfrentando atualmente,
resultando em melhores serviços e maior eficiência, bem como em um
documento útil”.
estabelece esse terceiro nível, podendo ainda ter suas operações básicas
BUSCANDO SABERES
Visite o site dos principais museus e analise as características de cada acervo.
http://www.museuafrobrasil.org.br/
MIS - Museu da Imagem e do Som de São Paulo
Museu da Pessoa
http://www.museudofutebol.org.br/
Memorial da Imigração
Fundação Museu do Homem Americano - FUMDHAM
56
UNIDADE 12. ARQUIVO E MEMÓRIA
ESTUDANDO E REFLETINDO
Já estudamos que o arquivo, assim como o museu, é uma instituição
social de grande importância e que se destina a preservar documentos e
dos séculos 400 a 350 a.C. Em Roma, data de 509 a.C. a criação do primeiro
arquivo. A manutenção da estrutura imperial expansionista teria contribuído
57
biblioteca e arquivo. Sabe-se que os mosteiros eram os guardiões das
produções documentais.
Com a superação da ordem feudal e a criação da imprensa aumentam o
governamental.
Na contemporaneidade, Jardim (1987) menciona o surgimento da ciência
arquivo.
Mais recentemente, no Brasil, a lei 8159, de 1992, definirá a política
arquivística.
O Dicionário de Terminologia Arquivística define arquivo como conjunto
privadas (1996).
De acordo com Belotto (2005) o arquivo também é de natureza
58
Rodrigues (2006) ao pesquisar sobre a natureza, origem histórica e
função social dos arquivos infere que os “arquivos são um reflexo da sociedade
que o produz e o modo de interpretá-lo também acompanha as mudanças que
ocorrem”
Para essa autora o atual estágio da produção de conhecimento em
por meio das suas técnicas de organização, também uma instituição, cuja
finalidade está voltada à preservação da memória e, por essa razão, é objeto de
59
BUSCANDO SABERES
Com base no princípio de que o arquivo também é uma instituição
datado;
deve possuir atribuições específicas e estáveis, legitimadas por um texto
claramente estabelecida;
deve ter um chefe responsável, em pleno gozo do poder decisório
60
Entretanto, para poder produzir um fundo de arquivos que seja próprio,
ivisticosConceitoClassifica%C3%A7%C3%A3o.pdf
INDICAÇÃO DE LEITURA
A teoria dos arquivos e a gestão de documentos. Disponível no endereço
eletrônico http://pt.scribd.com/doc/445140/A-teoria-dos-arquivos-e-gestao-de-
documentos
61
UNIDADE 13. CONCEITO DE DOCUMENTO
ESTUDANDO E REFLETINDO
Um documento é tudo o que pode ser utilizado para a comprovação de
um fato. Assim, o conceito de documento pode ser apresentado como toda
informação que poderá ser utilizada para estudo e outras maneiras de consulta
BUSCANDO CONHECIMENTO
Estude nos excertos a seguir a conceituação de Documento nos
territórios da arquivologia e da museologia.
[..]
O Conceito de Documento na Arquivologia
62
Os arquivos são instituições públicas ou privadas, que têm como
63
matéria qualquer” (GOMES, 1967, p. 5). Pode-se inferir, então, que o documento
obstante, para Paes (2006, p. 26), o documento consiste no “[...] registro de uma
informação independente da natureza do suporte que a contém”. A autora
arquivo reside na diferença de sua origem e de sua coleta, a saber: “1) Aquele
que, produzido e/ou recebido por uma instituição pública ou privada, no
antes de adentrar a essa questão específica, ele define documento como sendo
“[...] todos os papéis contendo informações que ajudem a tomar decisões,
64
crescimento dos arquivos pessoais, arquivos literários, arquivos fotográficos,
descritivo dos documentos. Essa distinção leva Paes (2006, p. 18) a concluir que
“a Biblioteconomia trata de documentos individuais e a arquivística, de conjunto
diferentes.
Segundo Castro (1988), essa abertura do conceito de documento
65
livro, folheto, revista, relatório, entre outros exemplos. Acredita-se que este
dos arquivos com outras instituições que também lidam com documentos não
são unânimes entre os teóricos, todavia, a proximidade entre os arquivos e as
66
dimensões, enquanto nos museus prevalecem os objetos/documentos em três
informação, pode ser extraída deles, de forma mais direta. A totalidade das
informações contidas nos objetos de um museu não se apresenta tão direta ou
claramente como nas linhas de um texto. Estas questões serão tratadas nas
próximas seções, dedicada à Biblioteconomia e à Museologia.
[...]
O Conceito de Documento na Museologia
67
informações que aquele lhe fornece, e desse conhecimento produzido origina o
a primeira remete à própria origem da palavra docere, “aquilo que ensina”, mais
precisamente, o documento se torna um instrumento a partir do qual algo pode
coisas e objetos, pois, para serem vistos como documentos, precisam ser
problematizados e questionados. Para Meneses (1998), por sua vez, o objeto
pode funcionar desde sua criação como um documento, porque pode fornecer
informações diferentes daquelas previstas para a sua funcionalidade.
68
versar sobre as instituições museológicas, a autora ressalta que os museus têm,
museológico.
Assim como Cândido (2006), Julião (2006) demonstra a importância do
1994, p. 547). Tem-se ainda a operação com eles, as quais são sempre de
natureza retórica, pois quem fala não é o documento, e sim o historiador que
fala por ele (MENESES, 1998). É também o homem com a sua subjetividade que
seleciona os objetos para salvaguardá-los para as futuras gerações, o que
69
A musealização, considerada uma das formas de preservação do
2005). Deste modo, para Lara Filho (2009), o objeto musealizado assume sua
função documental, e, ao assumir as consequências dessa transformação, o
museu passa a trabalhar não só com bens materiais, mas também com bens
simbólicos.
ser compreendidos como tudo aquilo que “[...] pertence ao homem, depende
do homem, serve ao homem, exprime o homem, demonstra a presença, a
primeira metade do século XX pela assim chamada Escola dos Annales, houve
uma abertura do conceito de documento, que impactou definitivamente o
70
(re)constituição de uma memória coletiva. Nesta linha, conforme Le Goff a
71
UNIDADE 14. DOCUMENTO E SUA FUNÇÃO NO ENSINO DA
HISTÓRIA
ESTUDANDO E REFLETINDO
As ações decorrentes do uso de documentos com a finalidade de ensino
deverão estar consonantes com os objetivos da aprendizagem. Daí a
Em síntese, com base nos postulados de Henri Moniot, ela nos adverte
Para Bittencourt:
O professor traça objetivos que não visam à produção de um texto
72
aula são utilizadas diferentemente. Os jovens e as crianças estão “aprendendo
precisa ter bem claro os objetivos de cada aula e saber diferenciar as finalidades
da produção do conhecimento histórico, uma vez que o aluno não é um
73
tGmZhOkiFqT/lei_aurea.jpg
Fonte: http://api.ning.com/files/OUAIVSA1v1I42JClYP1GTdGxXew5QB5oPUeeXPdVt7ctXTdyhJaZiVuOhI3GGRi4rwVZCPNGwuowhbqCq-
que a escravidão, do ponto de vista legal, foi substituída por outra forma de
produção.
74
variáveis que determinam as condições e possibilidades do processo de
aprendizagem.
Embora o uso de documento seja fonte importante de trabalho para o
BUSCANDO CONHECIMENTO
LEITURAS
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e
métodos. São Paulo: Cortez, 2004. Pags. 354 a 358.
No lugar do outro
75
O principal problema dessa prática é a utilização de documentos como
não estava lá”? O embaraço das questões leva o docente a reafirmar o papel da
fonte como prova de seu relato. Esta utilização é perigosa, porque leva as novas
gerações a preservarem a noção de História como algo que trata apenas do que
está escrito nos documentos.
Quando perguntado sobre como sabe disso, responde entregando aos alunos
uma cópia de artigos desse tratado. Ora, esta utilização da fonte serviu única e
exclusivamente para reafirmar o que dissera sobre fim da guerra. O correto seria
problematizar o documento quanto ao seu papel na época em que foi
Pedro Américo, é exemplar neste sentido. A pintura influenciou para que esse
acontecimento fosse interpretado como um ato de um grande homem, sem a
76
com as espadas desembainhadas. Ao lado, no canto da tela, aparece um
para se analisar o olhar de uma época sobre outra, sendo apenas auxiliar para o
ensino da disciplina. O recém-lançado “Robin Hood”, de Ridley Scott, por
fotografia “retrata” a realidade tal como ela é. O fotógrafo também está imerso
em um contexto histórico determinado e capturou com sua câmera um
fragmento do real, que não é outra coisa senão a leitura que ele tem da sua
própria realidade. Seria interessante confrontar, na escola, o que é visto pela
lente do fotógrafo com o que é visto pela “lente” do texto do historiador ou do
livro didático. As fotografias do Rio Antigo, do início do século XX, de Augusto
77
Malta, por exemplo, servem também para se pensar o modo como
limites do senso comum. O objetivo é que esta disciplina escolar possa ser vista
como um espaço no qual as novas gerações buscam tanto suas referências
78
culturais – étnicas, de gênero, nacionais, etc – quanto experiências diversas. Em
suma, a História deve servir para que os alunos compreendam quem são hoje.
O trabalho com documentos pode e deve ser pensado sob duas óticas: mostrar
produção. Essas são questões que devem ser levantadas sempre em sala de
aula.
meio das fontes. Mesmo assim, é algo que vale experimentar, até para se
aprender a reconhecer e contornar esta alternativa, criando outras
79
autor do livro Possíveis Passados: representações da Idade Média no ensino de
Baldissera, do livro Qual história? Qual ensino? Qual cidadania? (Ed. Unisinos,
1997).
80
UNIDADE 15. TIPOLOGIAS DOCUMENTAIS
organização.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Na definição de tipologias, o princípio da hierarquia tem sido
predominantemente utilizado para a organização e classificação dos
princípio da unicidade.
81
BUSCANDO CONHECIMENTO
Ana Célia Rodrigues enfatiza que os estudos arquivísticos atuais no
campo da diplomática, deram origem a tipologia documental.
[...]
Identificação: a pesquisa em arquivística realizada nos parâmetros da diplomática
e tipologia documental
A identificação é um tipo de investigação científica particular que constitui uma
ferramenta de trabalho para o arquivista. Uma metodologia de pesquisa que se
desenvolve nos parâmetros do rigor científico, como tarefa preliminar e necessária às
funções da classificação, avaliação, descrição e planejamento da produção documental.
No campo da arquivística a identificação se caracteriza como uma tarefa de natureza
intelectual, desenvolvida com o objetivo de determinar a identidade do documento de
arquivo, de reconhecer os caracteres próprios e exclusivos que conferem essa
identidade. Significa determinar os elementos que o individualizam e o distinguem em
seu conjunto.
O documento de arquivo é produzido de forma involuntária, criado no decurso
de uma atividade. É o resíduo material da ação que lhe dá origem. É a própria ação
“autodocumentada”, como define Menne-Haritz (1998). “Uma ação é qualquer exercício
de vontade que objetiva criar, mudar, manter ou extinguir situações”, e constitui o
núcleo do documento, ressalta Heather Mac Neil (2000, p. 93). Desta característica
essencial, inerente a sua gênese, decorre sua natureza probatória.
A identidade do documento de arquivo se mostra através dos elementos que o
integram: sua estrutura e substância. Estão representadas através de regras, que
contém elementos intrínsecos e extrínsecos. Estes caracteres são estudados do ponto
de vista da diplomática e também da arquivística.
82
Esta capacidade de provar o fato que lhe dá origem é resultado da especial
relação que o documento tem com o órgão que o produz, o vinculo que se revela no
conteúdo pela atividade registrada, que constitui o núcleo de sua identidade. Esta fase
da metodologia arquivística denominada identificação, é qualificada pelos autores
como “fase do tipo intelectual” que consiste em estudar analiticamente o contexto e a
tipologia documental produzida na especificidade da gestão administrativa que o
caracteriza. Neste sentido, é um trabalho de pesquisa e de crítica sobre a gênese
documental.
Nesta perspectiva, a identificação tem por objeto de estudos o órgão produtor,
seu elemento orgânico (áreas administrativas que o configuram) e funcional
(competências, funções, atividades e tarefas) e a tipologia documental que decorre
desta gestão.
A metodologia versa sobre os “estudos institucionais”, somados à “análise
documental”, fundamentados na aplicação direta do princípio da proveniência e da
ordem original. “Este conhecimento sobre o órgão produtor combinado a um processo
analítico dos documentos produzidos, a partir do conhecimento das suas características
internas e externas, permite chegar à identificação das séries documentais”, ressalta
Pedro López Gómez (1998, p. 39).
A pesquisa sobre o órgão produtor dos documentos se viabiliza a partir os
dados encontrados em vários tipos de fontes de informações, que variam de acordo
com a natureza do órgão, se público ou privado, ou em função das características do
conjunto documental, se permanente ou em fase da produção O estudo das
características que apresentam a tipologia documental, versando sobre os caracteres
internos e externos que se refere a sua estrutura física e ao seu conteúdo, permitindo a
realização de estudos comparativos, com olhar retrospectivo, para tratar além da
tipologia produzida, também a acumulada nos arquivos. Toda a informação resultante
desta fase da pesquisa será compilada nos manuais ou sistemas de tipologia
documental. (RODRIGUES, 2005).
A identificação pode ser desenvolvida durante todas as fases do ciclo de vida
dos documentos, podendo incidir sobre o momento de sua produção, para efeito de
83
implantação de programas de gestão de documentos, ou no momento de sua
acumulação, para controlar fundos transferidos ou recolhidos aos arquivos.
No âmbito dos processos de identificação interessa verificar como a
identificação de documentos para definir séries, esta relacionada com as atuais
discussões em torno da teoria e da metodologia da diplomática.
A renovação desta matéria e sua aplicabilidade no campo da arquivística estão
representadas pelas teorias formuladas na Itália por Paola Carucci e Luciana Duranti,
que desenvolve estudos no Canadá; na Espanha, por Luiz Nuñez Contreras, Manuel
Romero Tallafigo, Vicenta Cortés Alonso e Antonia Heredia Herrera e no Brasil, por
Heloisa Liberalli Bellotto, autores cujas ideias vêm contribuindo para a consolidação de
uma tradição arquivística brasileira na área, tanto no campo da construção teórica,
como na aplicabilidade dos princípios metodológicos da nova diplomática no âmbito
dos arquivos.
Entre 1982 e 1992, Luciana Duranti começa a trabalhar com esta nova
perspectiva. Escreve alguns artigos que apareceram em seis edições da Revista
Archivaria1, cujo objetivo era “estender os conceitos e métodos diplomáticos, a fim de
fazê-los relevantes e aplicáveis aos documentos contemporâneos de qualquer tipo e
em qualquer meio (mídia)”.
A revisão da disciplina efetuada por Luciana Duranti e as ideias por ela
divulgadas, na construção da diplomática arquivística, como a denomina, vêm nutrindo
o debate teórico sobre a produção de documentos em ambientes eletrônicos,
orientando as práticas realizadas em arquivos de todo o mundo. A autora ressalta a
necessidade de o profissional conhecer bem o elo que une o documento ao órgão que
o produziu, afirmando que “se o arquivo é um todo constituído por partes e é
impossível entender e controlar o todo sem compreender e controlar suas partes ainda
que as mais elementares”. (DURANTI, 1995, p. 2)
Discutindo o uso da diplomática como metodologia de pesquisa para a
arquivística, Luciana Duranti enfatiza que
é essencial reconhecer como o conteúdo informativo do fundo arquivístico é
85
contemporânea, como quer Bruno Delmas. Para ele, a preocupação da
86
UNIDADE 16. ARQUIVOS – PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO
ARQUIVO
ESTUDANDO E REFLETINDO
O arquivo, na configuração do seu acervo, tem, no documento, como já
definimos anteriormente, a unidade de registro das informações. Esse é a base
Ainda com base nos postulados dessa autora é possível afirmar que a
documentos.
87
Organicidade
Autenticidade
seja, o que está descrito no documento, mas sim a legitimidade da sua autoria e
origem.
Unicidade
Naturalidade
(cumulatividade/serialidade): O arquivo é uma formação progressiva,
88
BUSCANDO CONHECIMENTO
Na dissertação de mestrado de Denise de Almeida Silva, intitulada
[...]
O documento de arquivo traduz os laços entre a informação e o processo
administrativo que o gerou. Para Fonseca (2005, p.59) é nas relações entre o
documento e seus geradores que se estabelecem, mantêm-se e tornam-se
89
conceito de organicidade do documento de arquivo é desmembrado pela
aos princípios arquivísticos, esclarecendo que não existe uma lógica externa que
promova a ligação entre ambos, mas que ambos mantêm uma relação de
dependência:
princípio da proveniência, segundo o qual os “arquivos originários de
90
deve ser respeitada. Tais princípios determinam que o documento de arquivo
91
UNIDADE 17. ARQUIVOS – A GESTÃO DOS DOCUMENTOS
ESTUDANDO E REFLETINDO
A gestão dos documentos está organizada por meio da definição de
atingem essa condição são entendidos, por força de Lei (artigo 10º da Lei
Federal 81590/91), como inalienáveis e imprescritíveis.
92
Arquivos, bibliotecas, centros de documentação e museus têm co-
BUSCANDO CONHECIMENTO
Na dissertação de mestrado de Denise de Almeida Silva, intitulada
[...]
O fundamento da disciplina arquivística constitui-se de três princípios
terceiro princípio arquivístico seria a abordagem das três idades que remete aos
períodos pelos quais passam os documentos de arquivo, permitindo a
também chamado Ciclo Vital que estabelece idades/fases aos arquivos através
do uso em atividades-meio e atividades-fim de uma instituição ou pessoa no
mas permeáveis entre si. A abordagem que define que o documento de fase
corrente é frequentemente utilizado, e que por este motivo deve estar
considerar-se que é o tipo de uso e não a freqüência de usos que define a fase
nascem com valor permanente, mas que podem sofrer alterações ao longo do
tempo e que podem ser frequentemente consultados para apoiar decisões e
que a existência dos dois valores é definida a partir dos usuários dos
documentos, sendo os documentos de valor primário utilizados pelos
94
responsabilidade do Arquivo. Os autores sustentam que estando os
mais abrangente que abarque todas as fases dos documentos13. Assim, sendo a
gestão de documentos um conjunto de procedimentos e operações técnicas
95
Os documentos de arquivo asseguram o valor probatório das atividades
http://apalopez.info/ivcoindear/45rodrigues_txt.pdf
96
UNIDADE 18. A GESTÃO PÚBLICA DE DOCUMENTOS
pública de documentos.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Na administração pública, a teoria das idades dos documentos também
deve ser observada, assim como o domínio das técnicas de arquivística. O artigo
1º da lei Federal 8159/91 corrobora essa afirmação uma vez que determina: é
torna medida imprescindível e que deve ser praticada para evitar problemas
legais uma vez que, nos casos de negligência comprovada, implica
97
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. O
(...)
98
BUSCANDO CONHECIMENTO
Leia o texto extraído do Manual de gestão de documentos do governo
providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem" (art. 216,
parág.2). A Carta Magna brasileira ofereceu, assim, o fundamento necessário
99
tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária,
processos;
Utilização e conservação: criação e melhoramento dos sistemas de
100
Destinação: identificação e descrição das séries documentais,
101
UNIDADE 19. PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS PARA O
ARQUIVO
ESTUDANDO E REFLETINDO
A reflexão arquivística, assim como a museológica, tem sido bastante
impactada pelas transformações tecnológicas e sociais. Por essa razão, espera-
dessas instituições.
Bellotto salienta, aos profissionais que atuam no campo da arquivística,
organicidade.
Será preciso que o arquivo e os profissionais da arquivistica se
O Arquivo
Diante da complexidade do papel dos arquivos na sociedade
os estudos contemporâneos.
O arquivo é memória e esta, por sua vez, tem potencialidade para
Para Foucault (1972), a noção de arquivo foi tema central da fase em que
escreveu “Arqueologia do saber” e o conceito foi dado enquanto “estratégia de
103
rememoração”, pondo em evidência as estruturas conceptuais que
p.18) diz que “a mania do arquivo tem a ver com a procura de legitimação de
uma forma de sociedade que destrói crescentemente seus objetos”.
deste texto.
104
Há grandes discussões, e muito bem vindas, acerca do conceito de
importa o tipo de informação que foi gerado e não se pode depreciar um dado
informacional em detrimento de outro. No final, ter-se-á concebido um
contextualizada.
Transportamo-nos a algumas proposições epistemológicas abordadas
por Silva e Ribeiro (1998), quando apontam para o fato de que o objeto da
Arquivologia não é apenas o arquivo, nem só os documentos, mas também a
105
informação social estruturada e dinamizada de forma sistêmica. Nessa
Disponível em http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/6624.pdf
106
UNIDADE 20. PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS PARA O
MUSEU
ESTUDANDO E REFLETINDO
Atualmente, diante das múltiplas formas de representações e
possibilidades de se criarem espaços educativos, a reflexão museológica se
contemporaneidade.
Não se discute mais sobre a representação do museu como instrumentos
107
espaço privilegiado para lidar com o conhecimento, sobretudo, com o
conhecimento histórico.
Veja como o Diretor do Museu de Ciência e Tecnologia CosmoCaixa de
Jorge Wagensberg
sociais intensas que devem estar a serviço da sociedade e atuar em favor do seu
desenvolvimento.
É possível concluir que essa instituição tem muito que nos ensinar. Pode
também ser uma excelente parceira da instituição escolar, no que diz respeito à
108
BUSCANDO CONHECIMENTO
ENTREVISTA
Museus devem divulgar ciência com emoção
para transmitir conhecimento científico para o público, já que ela não impõe
visitantes?
JORGE WAGENSBERG A palavra [chave] 'museística' é a emoção. A
econômico de seus visitantes, nem do lugar onde está situado. Um bom museu
está baseado em emoções, e as emoções são iguais para os jovens, para
uma interatividade mental, mais importante que a manual. Nós queremos que
se faça uma nova museologia.
109
Qual a importância da divulgação científica?
Essa é minha crítica aos museus norte-americanos que têm, exceto poucas
esteja proibida. Uma visita dura 3 horas, não há tempo de educar mas, sim, para
mudar a atitude diante da educação. É importante que, na saída, o visitante
tenha muito mais perguntas do que ao entrar. O museu deve mudar a atitude
do espectador. Creio que é um erro tentar converter o museu em escola. Seus
110
divulgação. Creio que as grandes revistas de divulgação científica, na verdade,
seus colegas vão dar. Acaba confundindo o rigor científico com o rigor mortis.
Mas as boas revistas, como La recherche, estão sendo feitas por 4 ou 5
isso é justamente o que fará com que o cidadão venha ao museu ou compre a
com os colegas.
111
Para o senhor, então, a ciência deve estar inserida nas conversas entre
amigos?
A ciência aspira entrar no cotidiano. Se há uma partida de futebol, os
jornais vão falar sobre isso durante 7 dias; se há uma peça de teatro ou um
concerto, há crítica. Agora, ninguém comenta uma exposição de ciência em um
museu. Isso é muito grave, porque conhecimento sem crítica é mais grave que
crítica sem conhecimento. Há uma enorme contradição: justamente a ciência,
muito bom.
Germana Barata
Disponível em - http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252003000200012&script=sci_arttext
112
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
e seu público. Tradução Guilherme João de Freitas Teixeira. 2ª Ed. São Paulo:
EDUSP, 2007.
Técnico, 1988.
CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. 3ª edição. São Paulo: UNESP,
2006.
COSTA, Evanise Pascoa. Princípios básicos da museologia. Curitiba:
113
SILVA, Marcos; FONSECA, Selva Guimarães. Ensinar História no século XXI: em
114
POLOS EAD
Av. Ernani Lacerda de Oliveira, 100 Rua Américo Gomes da Costa, 52 / 60
Bairro: Pq. Santa Cândida Bairro: São Miguel Paulista
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