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18 nov 2010
Manual de Treinamento Prático - Piloto Comercial de Avião PCA 2
18 nov 2010
ÍNDICE
MANUAL DE PADRONIZAÇÃO/MANOBRAS 43
1 - Verificação do livro de bordo/Equipamento de voo 43
2 - Inspeção Pré-Voo 43
4 - Fraseologia 44
5 - Táxi 46
6 - Cheque pré-decolagem 47
7 - Briefing de decolagem 47
8 - Briefing de emergência 48
9 - Decolagem 48
10 - Decolagem com vento de través 49
11 - Saída do circuito de tráfego 50
12 - Voo em subida 50
13 - Voo em linha reta horizontal 51
14 - Identificação da área de instrução 52
15 - Uso dos comandos em voo 52
16 - Uso do Motor 52
17 - Uso do compensador 52
18 - Orientação por referências no solo 52
19 - Voo descendente 52
20 - Voo planado 53
21 - Mudanças de atitude 53
22 - Curvas 54
23 - Retas e curvas subindo/descendo 56
24 - Coordenação de 1° e 2° tipo (C1 e C2) 56
25 - Estol 58
CONSIDERAÇÕES FINAIS 75
ANOTAÇÕES 77
Páginas Data
01- 79 18 nov 2010
1. COMPOSIÇÃO DO CURSO.
A parte Prática do Curso de PCA é composta de duas partes:
NÍVEIS DE APRENDIZAGEM:
- Memorização (M)
O aluno tem informações sobre o exercício e memoriza os procedimentos
para iniciar o treinamento em duplo comando.
- Compreensão (C)
O aluno demonstra perfeita compreensão do exercício e o pratica com o au-
xílio do instrutor.
- Aplicação (A)
O aluno demonstra compreender o exercício, mas comete erros normais du-
rante a prática. Dependendo da fase da prática de voo, poderá treinar solo.
- Execução (E)
O aluno executa os exercícios segundo padrões aceitáveis, levando-se em
conta a maior ou menor dificuldade oferecida pelo equipamento utilizado.
Após a execução de todas as fases com grau satisfatório, o mesmo será sub-
metido a uma avaliação segundo os critérios estabelecidos pela ANAC, tendo
por finalidade a obtenção de licença do PPA.
Manobras Lições/Níveis
LC LC LC LC LC LC LC LC LC LC
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Documentos / Equips de Voo A E E E E E E E E E
Inspeções A E E E E E E E E E
Partida do motor A E E E E E E E E E
Cheques A E E E E E E E E E
Fraseologia A E E E E E E E E E
Táxi A E E E E E E E E E
Decolagem normal A E E E E E E E
Decolagem curta A E E E E E E E
Subida para a área de instrução A E E E E E E E E E
Nivelamento A E E E E E E E E E
Voo reto horizontal A E E E E E E E
Mudanças de atitude A E E E E E
Curvas de pequena inclinação A E E E E E
Curvas de média inclinação A E E E
Curvas de grande inclinação A E E E
Coordenação de 1° tipo A E E E
Coordenação de 2° tipo A E E E
Voo planado A E E E E E E E
Pane simulada A A E E E E E E E E
“S” sobre estradas A E E E
Perdas sem motor A E E E
Perdas com motor A E E E
Perdas sem motor com flape A E E E
Glissadas A E E E E E
Coordenação Pot./Vel./Ati. (CAP) A E E E E E
8 ao redor de marcos A E E E
Circuito de tráfego A E E E E E E E E E
Aproximação de 180° E E
Aproximação de 360° E E
Pouso normal A A E E E E E E E E
Pouso sem flapes A E E E
Pouso curto A E E E E E
Procedimentos após o pouso A E E E E E E E E E
Parada do motor E E E E E E E E E E
Cheque de abandono A E E E E E E E E E
TIPO DE VOO DC DC DC DC DC / / / / /
DURAÇÃO DO VOO 1.0 1.0 1.0 1.0 1.0 1.0 1.0 1.0 1.0 1.0
Observações:
Ao final da lição LC05, solo a critério do instrutor.
Manobras Lições/Níveis
NAV NAV NAV NAV
01 02 03 ...
Documentos / Equip de Voo A E E E
Planejamento de Voo A E E E
Consulta à meteorologia A E E E
Regras de tráfego aéreo A E E E
Inspeções E E E E
Partida do motor E E E E
Cheques E E E E
Fraseologia A E E E
Táxi E E E E
Decolagem normal E E E E
Saída de tráfego E E E E
Subida (de acordo com o ATC) E E E E
Nivelamento E E E E
Estabelecimento do regime de cruzeiro A E E E
Voo de cruzeiro A E E E
Manutenção de proas e rumos A E E E
Voo em rota A E E E
Navegação estimada A E E E
Navegação por contato A E E E
Início da descida A E E E
Descida em rota A E E E
Entrada no tráfego A E E E
Circuito de tráfego A E E E
Pouso E E E E
Procedimentos após o(s) pouso(s) E E E E
Procedimentos de estacionamento E E E E
Parada do motor E E E E
Procedimentos para pernoite A E E E
Cheque de abandono E E E E
TIPO DE VOO DC DC SL -
DURAÇÃO DO VOO 2.0 3.0 - -
Manobras Lições/Níveis
NOT NOT NOT NOT NOT
01 02 03 04 05
Documentos / Equipamento de Voo E E E E E
Inspeções E E E E E
Partida do motor E E E E E
Cheques E E E E E
Fraseologia E E E E E
Procedimentos após o pouso E E E E E
Parada do motor E E E E E
Cheque de abandono E E E E E
Táxi noturno A A E E E
Decolagem noturna A A E E E
Saída do Tráfego noturna A A E E E
Nivelamento noturno A A E E E
Orientação espacial A A E E E
Circuito de Tráfego noturno A A E E E
Aproximação noturna A A E E E
Pouso noturno A A E E E
TIPO DE VOO DC DC DC DC DC
DURAÇÃO DO VOO 1.0 1.0 1.0 1.0 1.0
Simulador
Manobras Lições/Níveis
IFR IFR IFR IFR IFR
01 02 03 04 05
Apres. dos auxílios/instrumentos NDB/VOR/ILS A A A
Preparação da cabine M C A E E
Autorização de voo M C A E E
Briefing da saída M C A E E
Briefing de emergência M C A E E
Partida dos motores M C A E E
Táxi M C A E E
Decolagem normal M C A E E
Subida A E
Subida IFR NDB - P/A A E
Subida IFR VOR - P/A A E
Correções de QDR na saída - P/A A E
Correções de radiais na saída - P/A A E
Nivelamento A A A E E
Manutenção de proa e altitude A A A E E
Curvas padrão com inclinação constante A E
Subidas e descidas cronometradas A E
Curvas cronometradas A E
Coordenação Pot./Vel./Ati. (CAP) A
Mudanças de QDM e QDR - P/A A
Mudanças de radiais inbound e outbound - P/A A
Cheque cruzado dos instrumentos C A A E E
Briefing de descida C A A E E
Descida para trafego - vetoração C A A E E
Entrada em orbita A E E
Procedimento NDB - P/A A
Procedimento VOR - P/A A
Interceptação do curso do LOC - P/A A
Interceptação do G/S - P/A A
Procedimento ILS - P/A A
Pouso normal A A A E E
Procedimentos após o pouso A A A E E
Parada do motor A A A E E
Cheque de abandono A A A E E
DURAÇÃO DO VOO 1.0 1.0 1.0 1.0 1.0
Avião
Manobras Lições/Níveis
IFR IFR IFR
06 07 08
Inspeções C E E
Partida do motor C E E
Cheques C E E
Fraseologia M C E
Táxi E E E
Decolagem normal E E E
Subida para a área de instrução E E E
Voo reto horizontal C E
Voo em rota E
Interpretação dos instrumentos C E
Curvas de pequena inclinação C E
Curvas de média e grande inclinação C E
Curvas padrão C E
Curvas cronometradas C E
Curvas cronometradas subindo com velocidade
C E
constante
Curvas cronometradas descendo com velocidade
C E
constante
Mudanças de QDM e QDR M C E
Entrada em órbita NDB M C E
Órbita NDB M C E
Mudanças de radial TO/FROM M C E
Entrada em órbita VOR M C E
Órbita VOR M C E
Curvas de reversão M C E
Procedimentos de descida NDB C E
Procedimentos de descida VOR C E
Arremetida por instrumento C E
Circuito de tráfego E E E
Pouso E E E
Procedimentos após o pouso E E E
Parada do motor E E E
Cheque de abandono E E E
TIPO DO VOO DC DC DC
DURAÇÃO DO VOO 1.0 1.0 3.0
Local | Lição LC 01
Duração: 01:00 - Tipo: DC
4 - FRASEOLOGIA
A fraseologia é um procedimento estabelecido com o objetivo de assegurar a
uniformidade das comunicações radiotelefônicas, reduzir ao mínimo o tempo
de transmissão das mensagens e proporcionar autorizações claras e concisas.
O principal objetivo das comunicações radiotelefônicas entre pilotos e controladores
de tráfego aéreo ou operadores de estação aeronáutica é o entendimento mútuo.
Antes de se transmitir uma mensagem, deverá ser observado:
- Se a freqüência desejada foi selecionada corretamente;
- Nenhuma aeronave está transmitindo no momento;
- O que deseja transmitir foi preparado previamente; e
- A mesma foi escrita antes de iniciar a transmissão, conforme se recomenda
ao se tratar de mensagem longa.
Em todas as comunicações, deverá ser observada, a todo o momento, a maior
disciplina, utilizando-se a fraseologia adequada, evitando a transmissão de men-
sagens diferentes das especificadas, tais como “bom dia”, “boa viagem”, etc.
Quando se desejar estabelecer contato, a comunicação deverá ser iniciada
com uma chamada e uma resposta.
O piloto em comando deverá repetir (cotejar) totalmente as autorizações ou
instruções contidas nas seguintes mensagens emanadas dos órgãos ATC:
a) Autorizações: entrar na pista, pousar, decolar, cruzar a pista em uso, re-
gressar pela pista em uso, condicionais e níveis de voo ou altitudes.
b) Instruções: proas e velocidades, ajuste de altímetro, código SSR (trans-
ponder) e pista em uso.
- Pensar antes de transmitir: o piloto deve saber exatamente o que pretende dizer
antes de apertar o botão do microfone. Se o texto for longo ou difícil, escreva-o;
5 - TÁXI
Quando a aeronave iniciar o movimento o aluno deverá ficar atento somente
no táxi, os checklists deverão ser realizados somente com a aeronave para-
da. Em pistas pavimentadas, o táxi deverá ser feito sobre a faixa amarela, uti-
lizando apenas os pedais; o freio será utilizado somente quando necessário.
Para redução da velocidade ou parada da aeronave, deverá reduzir primei-
ramente a RPM do motor na quantia requerida e, após, aplicar os freios. Em
condições extremas, frear e reduzir a RPM instantaneamente. Para pistas de
gramas, saibro ou areia a RPM será conforme o necessário.
6 - CHEQUE PRÉ-DECOLAGEM
O cheque pré-decolagem é executado para observar alguma anormalidade
nos instrumentos em altas e baixas rotações do motor.
É recomendada atenção para não ultrapassar a linha do ponto de espera.
O aluno deve estar ciente de que os aviões que estiverem pousando têm
prioridade em relação aos que estiverem decolando, por isto, fazer o check
de área em todas as direções e também, realizar os briefings de decolagem
e emergência antes de ingressar na pista em uso.
Caso não ocorra queda de RPM nos checks mencionados acima, o respon-
sável pela manutenção deverá ser consultado. Quando o motor estiver em
lenta, ou seja, todo reduzido, a RPM deve estar entre 500 e 800RPM. Após
ter realizado todos os itens do check pré-decolagem, o piloto deve fazer o
briefing de decolagem e o de emergência.
7 - BRIEFING DE DECOLAGEM
No briefing de decolagem o aluno deverá citar qual decolagem irá fazer, a
pista em uso, o flape a ser utilizado, velocidade de rotação, velocidade a ser
mantida na subida. Exemplo: “Vamos fazer uma decolagem normal da pista
19, flapes up. Vamos rodar a aeronave com 60Kt acelerar para 70kt durante
toda a subida e realizar o AFTER TAKE-OFF CHECK LIST. Após 500Ft, cur-
va a esquerda cumprindo o circuito de tráfego padrão.
9 - DECOLAGEM
Antes de ingressar na pista verifica-se a direção do vento, pois as decolagens
devem sempre ser efetuadas com vento predominantemente de proa.
Efetuar o CLEARED FOR TAKE-OFF CHECKLIST alinhado na cabeceira.
O uso dos cintos de segurança abdominal e transversal é compulsório na
decolagem até o nivelamento e também ao iniciar a descida para o pouso.
12 - VOO EM SUBIDA
É o voo em subida com ângulo normal de ataque, nariz acima da atitude de
voo reto horizontal, em seguida deve-se avançar o manete de potência para
a RPM de subida da aeronave, mantendo a velocidade de 70kt no C152 e
80kt no P28A.
16 - USO DO MOTOR
É importante que o aluno saiba identificar as situações em que é necessária a
aplicação ou diminuição da potência em solo ou voo. Um exemplo para isso,
é saber que ao parar uma aeronave, deve-se primeiro diminuir a potência
para após aplicar o freio.
17 - USO DO COMPENSADOR
O compensador é um dispositivo que visa facilitar o voo. É destinado a dimi-
nuir a pressão necessária na aplicação de comandos em que atua. É impor-
tante saber que para uma utilização eficiente, deve-se primeiro configurar a
aeronave do modo desejado (potência e atitude) para só após configurá-lo.
19 - VOO DESCENDENTE
É a descida com ângulo normal de ataque e nariz abaixo da atitude de voo
reto horizontal, onde a aeronave perde altura de uma maneira controlada.
Primeiramente deve-se reduzir a potência para um ajuste que proporcione a
razão de descida de 500 Ft/min (C152 1800RPM; P28A 2000RPM). Depois
coloque o nariz da aeronave numa atitude abaixo da linha do horizonte até a
razão de descida pretendida, estabilize a aeronave usando o compensador e
cuide para manter a proa pré-determinada.
20 - VOO PLANADO
O treinamento do voo planado é de grande importância na eventualidade de
uma emergência real, onde terá que ser feito um pouso forçado sem potên-
cia. Esse treinamento ajuda no julgamento para a escolha de um campo de
pouso mais adequado.
Este treinamento é executado com o motor todo reduzido e aeronave é colo-
cada num ângulo de modo a ter a melhor velocidade de planeio:
C152-65Kt e P28A-75Kt.
Se a velocidade do voo planado for acima da ideal, a aeronave voará por
mais tempo antes de perder o excesso de velocidade e poder tocar na pista.
Se a velocidade for mais baixa que a velocidade normal de voo planado, a
aeronave afunda mais depressa, encurtando a distância, assim o pouso se
dará antes do ponto de toque pretendido.
Dar rajadas de motor a cada 30 segundos.
O ar quente do carburador deverá ser usado no treinamento de voo com
temperaturas abaixo de 15° C (e com umidade do ar alta).
21 - MUDANÇAS DE ATITUDE
O treinamento de mudanças de atitude permite ao aluno conhecer as ca-
racterísticas do avião, assim como coordenar potência e atitude. Todas as
mudanças de atitude (exceto passagem de voo nivelado para descendente)
seguem a sequência: Atitude - Potência - Compensador
Já para mudar de voo nivelado para descendente deve-se seguir a sequên-
cia: Potência - Atitude - Compensador
22 - CURVAS
O objetivo desta manobra é mudar a proa da aeronave, mantendo altitude cons-
tante. Existem três tipos de curvas quanto ao ângulo de inclinação das asas:
Dicas importantes:
- Inicie a inclinação devagar.
- Mantenha fixa uma referência no horizonte e tente mantê-la o máximo possível.
24.1 - 1° Tipo
Essa manobra consiste em inclinar o
avião alternadamente para um lado e
para o outro sem, contudo, modificar
sua trajetória. O piloto toma uma refe-
rência no horizonte e a partir disso co-
manda uma curva de média inclinação,
porém, antes que a aeronave mude a
trajetória, curvar para o lado oposto, e
assim sucessivamente, esta manobra
poderá ter inclinação de até 45°, lem-
brando que com maior inclinação pre-
cisará de 100 RPM adicionais. Essa
manobra é realizada somente após o
domínio da coordenação de 2° Tipo.
24.2 - 2° Tipo
Essa manobra consiste em curvas de média inclinação com abertura de 45°
para direita e esquerda a partir de uma referência fixa na linha do horizonte.
Essa manobra termina na mesma altura e referência inicial.
O objetivo desta manobra é abandonar a curva e sem parar, iniciar uma curva
para o lado oposto, utilizando o horizonte como referência, e a coordenação
entre pedal e manche para que a aeronave voe alinhada. As curvas de 45°
utilizadas a partir da referência central servem para dar noção aeroespacial.
Dicas importantes:
- Inicie as curvas sempre devagar.
- Utilize referências externas.
- Utilize a bolinha de nível apenas quando a curva estiver estabilizada, para
fazer os “ajustes finos”.
25.1 - Pré-estol
Partindo-se do voo reto horizontal, iniciar uma subida com ângulo aproximada-
mente de 45° em relação a linha do horizonte, reduzir a potência para 2000 RPM
e aguardar nesta atitude até soar a buzina de estol. Para recuperar, dar potência
total no motor e simultaneamente baixar o nariz, provocando um leve mergulho
até recuperar a velocidade suficiente para voltar ao regime de voo reto horizontal.
25.2 - Estol
Partindo-se do voo reto horizontal, iniciar uma subida com ângulo aproximada-
mente de 60° em relação a linha do horizonte, reduzir a potência para 2000 RPM
e aguardar nesta atitude até a aeronave estolar por completo. Para recuperar, dar
potência total no motor e simultaneamente baixar o nariz, provocando um mergulho
até recuperar a velocidade suficiente para voltar ao regime de voo reto horizontal.
26 - PERDAS
Nada mais é do que uma perda momentânea da sustentação. O objetivo des-
ta manobra é desenvolver a habilidade de sentir o afundamento da aeronave
com a perda de sustentação. Esta manobra é o principio de um estol e ajuda-
rá o aluno a antecipar as correções verticais durante a aproximação e pouso.
Utilizaremos 3 tipos de perda com motor, e 3 tipos sem motor, a diferença
entre elas será a razão da perda de velocidade.
Antes de efetuar qualquer perda devem ser observados estes três fatores:
1) Altura mínima (2500Ft)
2) Referência
3) Cheque de área (curvas de 90° - 180° - 90°)
3° Tipo:
Partindo-se do voo reto horizontal, coloque a aeronave num ângulo de 60°
acima da linha do horizonte, reduza o motor para 2000RPM, mantenha o
nariz na posição determinada cabrando gradativamente até a iminência de
estol (35kt). Inicie a recuperação aumentando a potência e simultaneamente
cedendo o nariz para um mergulho moderado, ao passar por 70kt, retorne ao
voo nivelado fazendo o ajuste de potência.
Dicas importantes:
- Com a perda de velocidade e o motor acelerado, aumentará a necessida-
de de manter o pedal direito calçado, devido torque do motor.
- A potência e velocidade são referencias durante a manobra, deverá dar
ênfase a atitude da aeronave.
- Na perda de 3° tipo com motor, devido ao estoL completo, aeronave tenderá
a cair de asa, se isto acontecer utilizar somente os pedais para a correção.
Erros comuns:
- Usar o manche para correção de asa no pré-estol.
- Não calçar os pedais, e perder a referencia.
- Deixar o nariz ficar variando de atitude.
- Perder tempo olhando o painel, deixando variar o nariz.
2° Tipo:
Partindo-se do voo reto horizontal, coloque a aeronave num ângulo de 45°
acima da linha do horizonte, reduza todo o motor, mantenha o nariz na posição
determinada cabrando gradativamente até atingir 40kt. Inicie a recuperação
aumentando a potência e simultaneamente cedendo o nariz para um mergulho,
ao passar por 70kt, retorne ao voo nivelado fazendo o ajuste de potência.
3° Tipo:
Partindo-se do voo reto horizontal, coloque a aeronave num ângulo de 60° acima
da linha do horizonte, reduza todo o motor, mantenha o nariz na posição determi-
nada cabrando gradativamente até a iminência de estol (35kt). Inicie a recuperação
aumentando a potência e simultaneamente cedendo o nariz para um mergulho mo-
derado, ao passar por 70kt, retorne ao voo nivelado fazendo o ajuste de potência.
Erros comuns:
- Usar o manche para correção de asa no pré-estol.
- Não calçar os pedais, e perder a referência.
- Deixar o nariz ficar variando de atitude.
- Perder tempo olhando o painel, deixando variar o nariz.
27 - GLISSADAS
O objetivo desta manobra é ensinar o aluno a realizar um incremento acentu-
ado na razão de descida sem aumentar a velocidade. Essa manobra é muito
válida em pousos forçados, o que torna possível aproximar-se por cima de
obstáculos e logo após perder altura e pousar num campo pequeno.
Como o objetivo é perder altitude obviamente o motor não será utilizado.
Partindo do voo planado, basicamente cruza-se os comandos de manche e
pedal, abaixando uma asa e comandando o pedal contrário mantendo 65KT
durante toda a manobra para C152, e 76KT para P28A.
Quanto mais pressão no manche e pedal, mais rapidamente a aeronave irá per-
der altura. A manobra deve ser desfeita a no mínimo 500Ft de altura quando
realizada em áreas de treinamento. Quando necessária para o pouso, desfazê-la
de modo a manter uma margem suficiente para completar o pouso seguramente.
30 - COORDENAÇÃO ATITUDE/POTÊNCIA/VELOCIDADE/ALTITUDE
O objetivo desta manobra é demonstrar a mudança de velocidade de acordo
com as várias atitudes de voo, mantendo o avião em uma velocidade cons-
tante com determinada potência, sem variar a proa e altitude. Deve-se iniciar
a manobra partindo de um voo em linha reta horizontal.
Utilizaremos 3 configurações de voo, sendo as seguintes:
30.1 - Configuração 1
Reduzir para 2000 RPM, aguardar 70kt e fazer os ajustes necessários de
potência e compensador.
30.2 - Configuração 2
A partir da 1ª configuração, aplicar flape 10°, aguardar 60kt e fazer os ajustes
necessários de potência e compensador.
30.3 - Configuração 3
A partir da 2ª configuração, aplicar flape 20° (no P28A, aplicar flape 25°),
aguardar 50kt e fazer os ajustes necessários de potência e compensador.
33 - APROXIMAÇÕES
As aproximações aumentam a confiança do aluno em sua capacidade de efe-
tuar um pouso seguro na ocorrência de uma pane de motor. O treinamento
envolve aproximações de 90°, 180° e 360°.
34 - VOO NOTURNO
O voo noturno difere do diurno, por causa das várias ilusões que podem
ocorrer neste período.
O instrutor explicará ao aluno as várias ilusões visuais que podem ocorrer:
- Falso horizonte;
- Autocinese (ilusão de que os objetos estão em movimento);
- Inclinação da pista;
- Luzes no solo
Para o voo noturno além dos documentos normais, o aluno deve ter em mãos
uma lanterna.
Durante a inspeção externa, o aluno deve verificar o funcionamento das luzes
do avião. Durante o planejamento, o aluno deve dar uma atenção especial
para as condições meteorológicas, da rota a dos aeródromos de destino e de
alternativa.
Os voos noturnos acabam por ser mais confortáveis e fáceis, pois fica mais
fácil a localização das outras aeronaves, geralmente o ar é mais frio e denso,
resultando num voo confortável e com uma melhor performance.
Todas as luzes do avião (internas e externas) deverão estar em perfeitas
condições para o voo.
35 - PANES SIMULADAS
O objetivo desse treinamento é familiarizar o aluno com os procedimentos da
aeronave, para que em caso de pane real o aluno seja capaz de, com calma,
realizar os procedimentos de pesquisa de pane, tentar um reacionamento
caso tenha altura suficiente e, caso não tenha altura suficiente, pousar com o
máximo de segurança possível. Prosseguir sempre de acordo com o checklist
da aeronave, porém a sequência de ações deve ser memorizada.
36 - ENQUADRAMENTO NA PISTA
Como o próprio nome diz, a manobra resume-se em alinhar o avião com o
eixo da pista na perna final, após livrar a perna base ou a final de um proce-
dimento. Consiste ainda em mantê-lo alinhado durante a trajetória toda até o
toque. Para a correta execução da manobra, é necessário que o aluno saiba
julgar a direção e intensidade do vento no momento, fazendo as devidas cor-
reções quando necessário.
37 - POUSOS
A aproximação para o pouso deve ser realizada com a velocidade apropriada
de acordo com o flape utilizado. O piloto deve sempre observar a rampa de
descida, pois é importante o seu julgamento para determinar se aeronave en-
contra-se acima ou abaixo da mesma. Sobre a pista, ainda em voo planado, o
piloto deve manter o avião alinhado com o eixo e a velocidade de planeio até
a pista (aproximadamente 1m sobre a mesma) e ir cabrando a aeronave para
reduzir a velocidade sem deixar o avião tocar o solo. Trazer até a atitude de
pouso e esperar o avião perder a sustentação e tocar a pista.
Sempre que a aproximação estiver desestabilizada (aeronave acima da ram-
pa ou desalinhada com a pista), o piloto deve tomar a iniciativa de arremeter
e fazer nova aproximação.
No través da cabeceira em uso, deve-se efetuar o LANDING CHECKLIST (che-
que para o pouso).
38 - ARREMETIDAS
Arremetida é um procedimento executado durante o pouso ou fase de apro-
ximação final com a intenção de abandonar o mesmo em um determinado
instante. Também conhecido como procedimento de aproximação perdida
(quando em voo), deve ser executado sempre que a aeronave não se apre-
sentar estabilizada para o pouso, quando as condições meteorológicas não
forem propícias para o toque em uma localidade ou qualquer outro empecilho
verificado pelo comandante.
Erros comuns:
- Recolher todas as posições de flape de uma só vez;
- Não aplicar potência de decolagem;
- Esquecer de realizar o AFTER TAKE-OFF CHECKLIST.
Erros comuns:
- Não manter a atenção e perder o eixo após o pouso;
41 - PARADA DO MOTOR
Os procedimentos normais de corte do motor são:
- Ajustar a potência de modo que o tacômetro indique 1000rpm;
- Desligar equipamentos elétricos: luzes (exceto a anti-colisão), rádios, GPS, etc);
- Cortar a mistura;
- Desligar os magnetos;
- Desligar o “master switch”.
Erros comuns:
- Não seguir a sequência determinada.
42 - CHEQUE DE ABANDONO
A fim de não deixar de fazer o correto fechamento e abandono da aeronave, as-
sim como esquecer equipamentos ligados, este procedimento deverá ser feito de
acordo com o checklist da aeronave. O mesmo garantirá que a aeronave estará
em ordem para um próximo voo. Todas as chaves deverão estar desligadas,
retirar documentos e itens de voo, fechar as portas e cobrir o tupo de pitot.
43 - EMERGÊNCIAS
Um avião como qualquer máquina, está sujeito a falhas. Para tais situações,
é fundamental em primeiro lugar manter a calma e o controle da aeronave.
Quando houver tempo para uma pesquisa, deve-se fazer uma busca de pa-
nes e proceder conforme segue o manual da aeronave em questão. Esteja
sempre familiarizado com os procedimentos anormais previstos no manual do
avião. Lembre-se: estar preparado é o melhor caminho para um voo seguro!
44 - NAVEGAÇÃO
Uma boa navegação começa com um bom planejamento. Para isto, o aluno
deve ter em mãos todo o material necessário:
- Cartas;
- Ficha de navegação;
- Computador de voo;
- Transferidor;
- ROTAER;
- AIP-BRASIL;
- Lápis;
- Borracha;
- Régua.
Manual de Treinamento Prático - Piloto Comercial de Avião PCA 72
18 nov 2010
Antes de realizar a primeira navegação, solicite ajuda de um instrutor para
executar o planejamento, e providencie uma WAC 3262 (carta aeronáutica).
Para o dia do voo, é imprescindível que o aluno já traga o planejamento pron-
to e não esqueça de trazer lápis ou caneta e um relógio. Qualquer consulta
meteorológica solicite ao CMA Bauru no telefone (14) 3223-8922 ou acesse
o site na internet: www.redemet.aer.mil.br.
Antes de iniciar o voo, apresente ao instrutor o formulário do plano de voo
(IEPV 100-20) devidamente preenchido, o planejamento de voo, e separe
todo o material necessário para levar a bordo da aeronave:
- Documentos da aeronave;
- Calços;
- 1 litro de óleo no bagageiro;
- Estacas para amarração
- Tanque de combustível cheio (full tank)
- Metar e TAF do destino e alternativa.
Usar o tanque de decolagem nos primeiros 30 min e após fazer trocas de 1
em 1 hora. Esse padrão deve ser observado nas aeronaves P28A e P28T.
ATUALIZAÇÕES E CORREÇÕES
Para atualizações ou correções neste manual,
encaminhe um e-mail para contato@ej.com.br.
Sua colaboração é muito importante para nós.
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