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Trabalho Científico
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Metodologia do Trabalho
Científico
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Coqueiral de Itaparica - Vila Velha, ES
CEP 29102-040
Apresentação
Caro estudante,
Seja bem vindo à ESAB. A Escola Superior Aberta do Brasil, funda-se no princípio
básico de atuar com educação a distância, utilizando como meio, tão somente,
a internet. Em 2004,foi especialmente credenciada para ofertar cursos de pós-
graduação a distância, via e-learning, utilizando-se de software próprio denominado
Campus Online.
Você já deve estar se perguntando: o que vamos aprender nesta disciplina? Pois bem,
será uma prazerosa descoberta sobre assuntos muito discutidos entre pesquisadores e
acadêmicos: a metodologia do trabalho científico.
Bom estudo!
Objetivo
O nosso objetivo é formar profissionais qualificados que compreendam o processo
de formação do conhecimento científico, habilitando-os tecnicamente para o
exercício da pesquisa.
Competências e habilidades
• Reconhecer a dinâmica da pesquisa, verificando as diretrizes metodológicas e
técnicas para a elaboração do trabalho científico, ao contemplar suas etapas, seus
aspectos redacionais e suas diversas modalidades, no amplo contexto da vivência
acadêmica.
• Identificar o impacto das tecnologias da comunicação e da informação nos
processos de produção do conhecimento.
• Empregar os procedimentos da metodologia científica para elaboração de
trabalhos técnico-científicos.
• Elaborar os diversos tipos de trabalhos acadêmico-científicos, aplicando as normas
da ABNT.
Ementa
Tipos de conhecimento e ciência. A ciência moderna e o contexto sociocultural.
Tipos de Trabalhos Científicos. Metodologia de Pesquisa. Relatório de Pesquisa.
Normatização de Trabalhos Científicos.
Sumário
1. O que é e para que serve o conhecimento?......................................................................6
2. Tipos de conhecimento..................................................................................................12
3. O que é ciência?.............................................................................................................19
4. Pesquisa científica..........................................................................................................24
5. Sociedade da informação...............................................................................................28
6. Classificação das ciências...............................................................................................32
7. Continuidades e descontinuidades.................................................................................38
8. Ciência, técnica e tecnologia..........................................................................................46
9. Produção científica: fichamento.....................................................................................51
10. Produção científica: resenha crítica................................................................................58
11. Produção científica: artigo científico..............................................................................63
12. Produção científica: monografia, dissertação e tese.......................................................70
13. Para que serve a metodologia científica?.......................................................................77
14. Em torno do método: indução e dedução.......................................................................83
15. Pesquisa quantitativa.....................................................................................................90
16. Pesquisa qualitativa.......................................................................................................94
17. Projeto de pesquisa: finalidades e estrutura...................................................................99
18. Projeto de pesquisa: elaboração...................................................................................105
19. Projeto de pesquisa: finalização...................................................................................111
20. Resultados da pesquisa: a divulgação..........................................................................116
21. Estrutura do trabalho científico: elementos pré-textuais e textuais.............................120
22. Estrutura do trabalho científico: elementos pós-textuais.............................................125
23. Citações.......................................................................................................................128
24. Elaboração das Referências..........................................................................................133
Glossário.............................................................................................................................142
Referências.........................................................................................................................151
O que é e para que serve o
1 conhecimento?
Objetivo
Explicitar o conceito de conhecimento e identificar suas
aplicabilidades.
Severino (2007) nos auxilia nessa tarefa quando explica que a atividade
de ensinar e aprender está intimamente vinculada ao processo de
construção do conhecimento, pois ele é a implementação de uma
equação de acordo com a qual educar – ou seja, ensinar e aprender
– significa, entre outros, conhecer; e, por sua vez, conhecer significa
construir o objeto; enquanto construir o objeto significa pesquisar.
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à sua própria evolução. Essa dinâmica move a ciência a estudar e
descobrir questionamentos que não podem ser explicados apenas pela
presença dos fatos.
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cotidiana, por meio dos relacionamentos interpessoais, das vivências, das
leituras etc.
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1.1 Voltando às origens
No Oriente, a invenção do conhecimento foi tarefa da filosofia e da
religião. A maioria das religiões orientais não apresenta uma distinção
clara entre filosofia e religião. Xintoísmo, budismo, bramanismo
são alguns exemplos das religiões orientais nas quais não se percebe
claramente a diferença entre ensinamentos religiosos e filosóficos, sendo
partes de uma unidade. No Ocidente, somente quando a Europa se
livrou do longo pesadelo das guerras religiosas e se estabeleceu numa
vida de exploração comercial e industrial foi que a ciência começou a ser
incorporada (MÁTTAR NETO, 2011).
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uma caverna escura onde os habitantes, acorrentados de costas para o sol,
veem apenas suas próprias sombras – e as sombras do mundo – projetadas
na parede, iluminada por uma fogueira, que por sua vez ilumina ainda um
palco em que estátuas dos seres, como homens, plantas, animais etc., são
manipuladas, como que representando o cotidiano desses seres. De onde
estão, os habitantes da caverna não conseguem discernir entre o ilusório
e o real, e todo o conhecimento do mundo exterior decorre apenas das
sombras. Somente quando um dos prisioneiros consegue se libertar e
olhar para a realidade iluminada pelo sol é que compreende, de fato, o
que eram as projeções na parede. Isso nos remete à seguinte reflexão: os
prisioneiros somos nós que, conforme nossas tradições diferentes, hábitos
diferentes, culturas diferentes, estamos acostumados com as noções sem
que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas apenas acreditamos e
usamos como nos foi transmitido.
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Outro questionamento que pode ter surgido ao longo desta leitura é
o seguinte: mas, afinal, para que serve o conhecimento? Poderíamos
responder com algumas alternativas:
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2 Tipos de conhecimento
Objetivo
Apresentar os tipos de conhecimento, verificando suas inter-relações.
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inerente às habilidades de uma pessoa, como “saber fazer” (know-how)
alguma coisa. A palavra tácito vem do latim tacitus, que significa “não
expresso por palavras” (MAGALHÃES, 2005).
Esse método pode ser de longa duração, ou seja, servir por muito tempo,
ou pode ser de curta duração, perdendo seu sentido depois de alguns
meses ou anos. Sendo um sistema que permite o aprendizado de forma
escrita ou imagética, atribui-se a esse tipo de conhecimento a característica
de ser objetivo. As formas mais comuns do conhecimento explícito
são os manuais, documentos e procedimentos, onde se sistematizam as
informações, propondo, por exemplo, um método de trabalho.
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Figura 2 – “O pensador”, de Auguste Rodin.
Fonte: <commons.wikimedia.org>.
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2.2 Conhecimento popular, vulgar ou empírico: o
senso comum
O conhecimento popular envolve as opiniões não comprovadas, ou
seja, as experiências do dia a dia. Sua aquisição, em geral, não se pauta
em estudos e pesquisas. E não existe uma preocupação em estabelecer
relações significativas entre os fatos nem em interpretá-los.
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2.3 Conhecimento religioso, ou teológico
Saiba que o conhecimento religioso parte do princípio de que as verdades
nas quais se acredita são infalíveis ou indiscutíveis, posto que se trata de
revelações da divindade.
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construção desse tipo de conhecimento é o racional, predominando o
processo dedutivo que precede a experiência, não exigindo confirmação
experimental, mas apenas coerência lógica (MÁTTAR NETO, 2011).
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Máttar Neto (2011) explica que o ciclo do conhecimento científico
inclui a observação, a produção de teorias para explicar essa observação, o
teste dessas teorias e seu aperfeiçoamento.
Mas é preciso ter em mente que a ciência, tal como a conhecemos hoje,
é uma criação dos últimos trezentos anos. E ela teve pleno êxito na
era moderna, propiciando avanços tecnológicos e progressos nas mais
diversas áreas. Sabemos que a técnica serviu de base para a indústria, por
exemplo, ampliando o poder do ser humano em manipular a natureza.
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3 O que é ciência?
Objetivo
Contemplar a discussão sobre as ciências.
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explicados nem comprovados, pois a crença neles se baseia em nossa fé.
A fé não necessita de comprovação. Já vimos também que outro saber
que não se baseia na comprovação científica é o chamado senso comum.
O senso comum se baseava na observação desprovida de base científica
(MÁTTAR NETO, 2011).
Por mais de dois mil anos se acreditou nessa teoria. Mas, durante a Idade
Média, Galileu Galilei, com o auxílio de um telescópio mais poderoso,
descobriu que não era bem assim. Ou seja, ele descobriu que a Terra não
era o centro do Universo e, longe disso, era a Terra que girava em torno
do Sol, acompanhando o movimento dos outros planetas. Assim, a Terra
se tornou uma peça a mais no quebra-cabeça do Sistema Solar, deixando
de ser o seu centro.
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Como se percebe nesse exemplo, a ciência precisa de comprovações (o
modelo aristotélico que comprovou o movimento dos corpos celestes),
porém o avanço tecnológico (o novo telescópio de Galileu) pôde alterar
a maneira como interpretamos os sistemas (o novo sistema demonstrou
que a Terra não era o centro do Universo).
Mas podemos dizer que, ao fazer ciência, o ser humano parte de uma
determinada concepção acerca da natureza do real e do seu modo
de conhecer. A sistematização dessas posições pode ser chamada
de paradigmas (ou paradigmas epistemológicos). E, para que o
conhecimento produzido pelo pesquisador tenha consistência, é
fundamental admitir algumas verdades universais, ou seja, a ciência
precisa apoiar-se em determinados pressupostos.
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Pode-se dizer que o conhecimento científico é resultante da investigação
metódica, sistemática da realidade, pela transcrição dos fatos e fenômenos
em si mesmos e analisando-os, com a finalidade de descobrir suas causas
e concluir sobre as leis gerais que a governam. Nesse sentido, note que
o objeto da ciência consiste no universo material físico, perceptível por
meio de órgãos dos sentidos ou da ajuda dos instrumentos investigativos.
E, desse modo, sua busca consiste em desvendar os segredos da realidade,
demonstrando suas relações de predomínio, igualdade ou subordinação
com outros fatos ou fenômenos.
Você já deve ter percebido que a ciência ocorre a partir do emprego dos
métodos que permitem a comprovação de determinada teoria, conforme
o objeto de estudo escolhido, gerando então conhecimento científico.
Magalhães (2005) nos traz uma reflexão interessante quando destaca que,
por ser “conhecimento”, a ciência é processo, é algo que se transforma,
não estando acabada. Conhecer significa, portanto, o constante
recomeçar desse processo. Ao levar em conta o que já foi pesquisado e
conhecido, o pesquisador segue adiante de modo a aperfeiçoar os níveis
anteriores de conhecimento.
Estudo complementar
Sugerimos que você aprofunde seus
conhecimentos ao ler o artigo “O que é ciência?”,
em que o autor apresenta algumas das principais
concepções de ciência defendidas por filósofos da
ciência desde o surgimento da ciência moderna,
no século XVII. Clique aqui, vale conferir!
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Não há espaço, no âmbito das ciências, para crenças, superstições ou
“achismos”: é preciso primar pela objetividade, focar no problema a
ser investigado, deixar as crenças de lado e, por meio de um método
adequado, buscar a resolução para o fato pesquisado.
Eis que são palavrinhas que merecem nossa atenção. Por isso, são
assuntos de nossa próxima unidade.
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem da instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá?
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4 Pesquisa científica
Objetivo
Discutir o ato de “fazer ciência” hoje.
“Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do Universo. O único
caminho é o da intuição.” (Albert Einstein)
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Para lidar com tal situação, a metodologia de pesquisa existe. Ela nos
mantém atentos àquilo que estamos buscando, de forma a selecionar
e ordenar adequadamente as informações, os dados que surgem. E
é fundamental, também, a formação do pesquisador, que requer
instrumentos básicos para empreender trabalhos de natureza científica.
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condições e épocas em que foram enunciadas e testadas. As leis são
elaboradas em todas as áreas das ciências.
Saiba mais
A teoria geral da relatividade, formulada
por Einstein, teve mais algumas hipóteses
comprovadas quase 100 anos após sua
formulação. Para Einstein, tempo e espaço são
deformados pela gravidade.
Cientistas trabalharam por quatro décadas em
uma sonda gravitacional (GP-B) que, em 2011,
confirmou cientificamente a influência do
campo gravitacional da Terra sobre o espaço e
tempo. Antes disso, a hipótese foi comprovada
matematicamente, e agora pode ser testada e
validada devido ao avanço tecnológico. Então,
note como os avanços da pesquisa podem ser
lentos e graduais ou em saltos.
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supostas causas e efeitos, sugerimos e acreditamos que exista um elo que
denominamos causalidade (MAGALHÃES, 2005).
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5 Sociedade da informação
Objetivo
Refletir sobre o desenvolvimento da ciência no atual contexto
sociocultural.
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plantas têm permitido o avanço científico na produção de alimentos e de
remédios. Descobrir como o DNA funciona pode auxiliar na descoberta
da cura de diversas doenças.
Para muitos estudiosos, a vida na Terra mudou mais nos últimos 20 anos
do que no século XX inteiro. Tornou-se necessário aprender a conviver
com uma série de novidades tecnológicas que mudaram a forma como
fazemos as coisas (trabalho, estudo, diversão etc.).
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Para sua reflexão
Você já parou e refletiu sobre como a cultura
digital modificou os hábitos das pessoas de sua
geração? Pense no seu dia a dia e verifique a forma
pela qual você se comunica com seus amigos,
com sua família, em seu trabalho ou estágio,
como estuda e pesquisa, como você se diverte e se
entretém nas horas livres.
As respostas a essas reflexões formam parte de sua
aprendizagem e são individuais, não precisando
ser comunicadas ou enviadas aos tutores.
De fato, você já deve ter notado que a cultura digital trouxe uma nova
complexidade para nossas vidas. Isso porque temos agora uma infinidade
de posições e de propostas que precisam ser revistas ou revisitadas
constantemente. Pode-se pensar na cultura digital como um advento
meramente tecnológico, sem ter no horizonte a mudança nos padrões de
comportamento do consumidor, dos idosos ou da garotada, que vivem
amparados por uma série de ferramentas que auxiliam nas diferentes
formas de mediação.
Pode-se pensar, por outro lado, que a discussão sobre a cultura digital
é fruto exclusivo das redes sociais, mas de fato a discussão em torno da
cultura digital ainda está em formação. É importante que você entenda
que a cultura digital é promovida pela tecnologia e por suas ferramentas,
mas são as pessoas que a promovem em seu dia a dia, usando bancos
via web, jogando em sua rede favorita, baixando filmes e músicas ou
discutindo seus assuntos favoritos.
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abrangente e em condições de mudar de profissão e, portanto, mudar
também de posição no interior da organização social do trabalho.
Máttar Neto (2011) ainda destaca que, nesse novo cenário tecnológico,
o conhecimento deixa de ser localizado, estático, objetivável,
territorializável, para se tornar também virtual. Na educação, por
exemplo, não podemos mais pensar os horizontes da arena do
aprendizado circunscritos à sala de aula; é preciso levar em conta os
ambientes de realidade virtual. A educação deixa de ter um momento
específico, como foi em outros tempos, para passar a ser pensada como
formação continuada ao longo da vida das pessoas.
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6 Classificação das ciências
Objetivo
Apresentar dois modelos distintos de classificação das ciências, assim
como seus critérios.
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• ciências teóricas: em que o objetivo seria o conhecimento puro,
como a matemática e a física;
• ciências práticas: em que o conhecimento do ser humano seria o
objeto de estudo, como a economia e a política;
• ciências poéticas: que abrangeriam as artes.
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não implicam considerações mais rigorosas quanto à unicidade e às
fronteiras da ciência.
Saiba mais
A classificação das ciências ocorreu com o advento
do positivismo no século XIX. https://
mundoeducacao.uol.com.br/
sociologia/auguste-comte.htmvocê
encontrará algumas das referências históricas mais
conhecidas sobre o assunto.
Note, então, que são vários campos disponíveis dentro de cada área das
ciências e cabe ao indivíduo, com seu espírito de curiosidade, ir em busca
de novas descobertas. Para isso, é preciso exercitar o questionamento, a
indagação do porquê de as coisas serem como são, a busca constante por
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respostas. E a partir daí treinar os sentidos e a inteligência para selecionar,
ordenar e associar ideias provenientes da observação dos fenômenos.
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Resumo
Você aprendeu também que, ao fazer ciência, o ser humano parte de uma
determinada concepção acerca da natureza do real e acerca do seu modo
de conhecer. O conhecimento científico é resultante da investigação
metódica, sistemática da realidade, pela transcrição dos fatos e
fenômenos em si mesmos e analisando-os, com a finalidade de descobrir
suas causas e concluir sobre as leis gerais que a governam. Ressaltamos
que métodos e linhas de pesquisa são ferramentas que facilitam e
potencializam a geração de conhecimento; e as hipóteses de uma pesquisa
devem ser testadas para serem confirmadas, ou não, em um confronto
com a realidade.
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Nesse sentido, a classificação das ciências jamais parou de evoluir, e são
várias as tipologias que encontramos. Por exemplo, vimos que podemos
pensar as ciências a partir de três eixos: as biológicas, as exatas e as
humanas.
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7 Continuidades e descontinuidades
Objetivo
Contemplar algumas das continuidades e descontinuidades das
ciências.
Caro aluno, agora que você já sabe que a prática da pesquisa requer a
crítica, o questionamento e a exteriorização das dúvidas, vamos adiante
para refletir sobre as continuidades e descontinuidades das ciências.
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Outro ponto importante que vale a pena mencionar: imparcialidade,
autonomia e neutralidade do conhecimento científico são facilmente
questionáveis quando se nota a filiação desse conhecimento a
determinadas estruturas de poder.
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pode compreender o mundo em que vive pelas leis da probabilidade, por
meio de aproximações que, em geral, são passíveis de erro.
7.1 Empirismo
Magalhães (2005) menciona a influência de uma “linhagem” empirista
na ciência, que se desenvolveu do século XVII ao XIX e engloba vários
pensadores ingleses.
O empirismo foi definido pela primeira vez pelo filósofo inglês John
Locke no século XVII, que entendia que a única fonte de nossas ideias é
a experiência sensível, valorizando, desse modo, os sentidos (MÁTTAR
NETO, 2011).
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John Locke considerava que o cérebro de um bebê recém-nascido é como
uma tábua rasa, lousa vazia em que as experiências deixam marcas. De
modo similar, o empirismo considera que os seres humanos não têm
ideias inatas.
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7.3 Pragmatismo
O pragmatismo constitui uma escola de filosofia estabelecida no final do
século XIX, e está associado ao filósofo, cientista e matemático norte-
americano Charles Sanders Peirce (1839-1914), que se soma a vários
outros pragmatistas clássicos e contemporâneos.
A confrontação entre as ideias gera uma síntese, que por sua vez é
submetida a uma nova tensão, e assim por diante, explica Máttar Neto
(2011).
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Outra marca importante: as ideias são resultado das relações históricas
sociais.
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Como podemos observar em nossa apresentação sobre as contribuições
de Popper, o cientista propôs uma perspectiva de pensar e de se fazer a
ciência no século XX.
Vale a pena ainda chamar sua atenção para outro termo-chave quando se
discute os movimentos metodológicos contemporâneos.
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defende que os enunciados têm caráter provisório e a ciência não opera
com verdades irrefutáveis.
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8 Ciência, técnica e tecnologia
Objetivo
Refletir sobre ciência, técnica e tecnologia.
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Dessa forma, surgiu o grupo das Ciências Exatas (matemática e física,
por exemplo), que eram capazes de provar, por meio de experimentos, a
veracidade de suas teorias. Por outro lado, surgia um grupo de ciências
que não podiam comprovar as suas teorias antes que a prática ensinasse
os benefícios e os malefícios de uma determinada teoria, como acontece
com as chamadas Ciências Sociais (história e sociologia, por exemplo).
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Técnica, explica-nos Magalhães (2005), vem da palavra grega techné,
que significa “prática”, isto é, saber fazer algo conforme um conjunto
de instruções ou regras. Nesse sentido, a técnica é, sobretudo, prática
equivalente ao saber fazer, podendo ser uma ligação da razão com a
experiência, e às vezes se apoia na ciência, esta entendida a partir da
acepção do conhecimento generalizante e crítico.
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extensão de nossas pernas, o computador, de nossas mentes, e assim por
diante.
Estudo complementar
Para aprofundar os seus conhecimentos sobre este
assunto, sugerimos a leitura do artigo “Técnica,
tecnologia e ciência”, de Milton Vargas, disponível
clicando aqui.
Desse modo, você pode notar que são muitas as implicações em nosso
cotidiano em função do desenvolvimento da ciência e tecnologia em
nossa sociedade, impactando nos campos do pensamento, do ensino, do
estudo, da produção do conhecimento e da pesquisa científica.
Em pleno século XXI, essa influência serve para romper com valores
que assumiram novos significados nesses tempos pós-modernos, como
os conceitos de comunicação, interação, distância, espaço, tempo,
entre outros, contribuindo para mudar o ambiente natural, os padrões
de trabalho, entretenimento e consumo, afetando nossa consciência e
impondo sua presença nas diversas atividades cotidianas.
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Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidade 1 a 8. Para isso, dirija-se
ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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9 Produção científica: fichamento
Objetivo
Abordar as regras de estruturação e finalidade do fichamento.
E a proposta é que iniciemos com um dos mais simples, mas que possui
grande importância. Trata-se do fichamento de uma obra. É um trabalho
de extração das ideias, de um exercício de leitura que possui enorme
utilidade didática e interesse científico. Vamos descobrir por quê?
Mas, antes, vamos abordar os tipos de análises e seus graus, que nos
ajudarão a fazer os diferentes tipos de fichamento.
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a ser lida, procede-se a uma leitura seguida e completa de toda a obra.
Nesse primeiro contato, deve-se fazer o levantamento de todos os
elementos básicos para a devida compreensão, buscando-se tanto dados
a respeito do autor e da obra quanto a pesquisa de vocabulário de termos
desconhecidos do leitor.
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Você já sabe que a demonstração do conhecimento é necessidade na
comunidade acadêmica, em que esse conhecimento é o critério de mérito
e acesso. Difundir o conhecimento às esferas externas à comunidade
acadêmica é atividade cada vez mais presente nas instituições de ensino,
pesquisa e extensão. E aqui não é diferente, não é mesmo?
Espero que, ao longo de sua trajetória neste curso, você se habitue a fazer
os fichamentos das leituras realizadas, assim chegará ao fim deste com
um extenso e rico material de consulta para alçar voos mais longos, que
poderão servir de subsídios para suas pesquisas científicas e elaboração da
monografia, se for o caso.
9.2 Fichamento
O fichamento refere-se a uma técnica de trabalho intelectual que consiste
no registro sintetizado, ou seja, resumido e documentado das ideias e
informações mais importantes de um texto.
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Podemos definir a técnica do fichamento, conforme Medeiros (2006),
como o ato através do qual se registra os estudos de uma obra ou texto,
em fichas ou em folhas de papel. Desse modo, fichar significa selecionar,
organizar e registrar informações que no futuro servirão como material
organizado para consulta e fonte para estudos posteriores.
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Vamos ver um exemplo.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo:
Brasiliense, 1993.
A obra insere-se no campo da história e da antropologia social. A autora utiliza-se de
fontes secundárias colhidas por meio de livros, revistas e depoimentos. A abordagem é
descritiva e analítica. Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil a partir
do ano de 1500. A autora descreve em linhas gerais todo o processo de lutas e conquistas
da mulher.
Vamos a um exemplo?
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9.2.3 Fichamento de citações
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autor, o ano e também a página em que consta aquela citação. Veremos
isso adiante, em outra unidade.
Saiba mais
O objeto educacional disponível clicando
aqui auxilia a fixação sobre em que consiste o
fichamento.
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10 Produção científica: resenha crítica
Objetivo
Apresentar as normas de estruturação e finalidade da resenha crítica.
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Receitas para manter o coração em forma
Na apresentação, textos curtos definem os diferentes tipos de gordura e suas formas
de atuação no organismo. Na introdução, os médicos explicam numa linguagem
perfeitamente compreensível o que é preciso fazer (e evitar) para manter o coração
saudável.
As receitas de Cozinha do coração saudável vêm distribuídas em desjejum e lanches,
entradas, saladas e sopas; pratos principais; acompanhamentos; molhos e sobremesas.
Bolinhos de aveia e passas, empadinhas de queijo, torta de ricota, suflê de queijo,
salpicão de frango, sopa fria de cenoura e laranja, risoto com açafrão, bolo de batata,
alcatra ao molho frio, purê de mandioquinha, torta fria de frango, crepe de laranja e
peras ao vinho tinto são algumas das iguarias.
Agora, vamos ler outro trecho, desta vez de uma resenha crítica, que
é o foco desta unidade. A resenha intitulada “Um gramático contra
a gramática”, escrita por Gilberto Scarton, refere-se à obra “Língua e
liberdade: uma nova concepção da língua materna e seu ensino”, de
Celso Luft.
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levantamento dos elementos básicos), a análise temática (compreensão
da mensagem global, identificando a(s) tese(s) defendida(s) pelo autor),
a análise interpretativa (interpretação do texto, situando o contexto e os
pressupostos) e a síntese pessoal (na medida em que você se posiciona
sobre a obra resenhada). A qualidade da crítica, como se vê, dependerá
da experiência do resenhista.
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do texto. Outro ponto de grande valia a ser observado é a quantidade
e procedência das referências em outras línguas e de fontes da
internet. O ano das publicações também poderá mostrar a qualidade
de um estudo, pois este deve guiar-se por referências mais recentes,
porém não deixando de consultar os clássicos quando necessário.
• Crítica do resenhista (apreciação): a crítica deve iniciar com o
julgamento da obra sobre o posicionamento do autor com relação
às fontes escolhidas; em seguida, o mérito da obra, ou seja, qual a
contribuição cultural, social, econômica e histórica. Profundidade
e amplitude dos conhecimentos proporcionados e possíveis
abordagens diferenciadas; logo após, deve ser observado o estilo da
linguagem utilizado pelo autor (concisão, objetividade, simplicidade,
clareza, coerência, originalidade e criatividade); e, por fim, deve ser
comentado sobre a forma de sua apresentação formal por meio da
lógica e da sistematização, bem como seu direcionamento (grande
público, especialistas ou estudantes).
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Convém ainda destacar a você que o título da resenha também será de
sua autoria. O ideal é que você elabore o título após concluir o texto,
pois isso ajudará a fornecer subsídios para um título instigante.
Mas o título deve guardar estreita relação com alguma ideia mais
destacada da obra, conforme a percepção do resenhista.
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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Produção científica: artigo
11 científico
Objetivo
Descrever as características e finalidades do artigo científico.
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Vejamos o complemento dessa explicação com Rodrigues (2006): o
artigo científico constitui-se em um trabalho escrito que trata sobre um
determinado assunto e que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas e
resultados de trabalhos nas diversas áreas do conhecimento científico. O
artigo científico tem como principal finalidade a difusão de informações
sobre pesquisas realizadas.
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Dica
Para acompanhar melhor a explicação referente à
estrutura do artigo científico, clique aqui.
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Título do artigo,
Modelo de artigo de periódico
centralizado
baseado na NBR 6022 (2003)
RESUMO
Este trabalho apresenta os elementos que
constituem a estrutura de um artigo científico bem
como apresenta de forma geral as regras de
apresentação, o resumo, a citação no texto e as
referências. As orientações aqui apresentadas
baseiam-se na norma para apresentação de artigo
científico, a NBR 6022 de 2003.
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No corpo do artigo, inclui-se a introdução, a revisão da literatura
(embasamento teórico), a metodologia adotada para realizar o estudo, os
resultados e as conclusões. Todos os autores que forem citados ao longo
do artigo devem aparecer nas referências (com as fontes consultadas no
padrão das normas da ABNT).
Acompanhe o exemplo:
REFERÊNCIAS
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O artigo apresenta a estrutura comum ao trabalho científico, mas
deve destacar os objetivos, a fundamentação teórica e a metodologia,
seguindo-se a análise dos dados coletados e as conclusões a que se
chegou, contemplando ainda o registro das referências utilizadas para
elaboração do estudo (SEVERINO, 2007).
Saiba mais
Agora, sugerimos a você que faça a leitura do
artigo “Desconstruindo um artigo científico”,
que pode ser acessado aqui. Existem vários sites
em que você pode pesquisar artigos a partir de
palavra-chave. Segue uma indicação aqui. Confira!
Como todo trabalho científico, você deve lembrar que se deve primar
pela objetividade na apresentação das ideias, utilizando linguagem
adequada e demonstrando conhecimento suficiente acerca do tema
abordado. Portanto, clareza e coerência são características fundamentais.
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• quando estudamos algo que já foi motivo de estudo há muito
tempo, sendo possível apresentá-lo sob nova perspectiva;
• quando temos a possibilidade de questionar determinada pesquisa
realizada.
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Produção científica: monografia,
12 dissertação e tese
Objetivo
Abordar as peculiaridades da monografia, da dissertação e da tese.
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Depois da graduação, o aluno poderá cursar uma especialização ou
mestrado. A formação da especialização é chamada de lato sensu, que
quer dizer “em sentido amplo”, enquanto o mestrado e o doutorado são
chamados de stricto sensu, que significa “em sentido estrito”.
12.1 Monografia
Mas qual o significado de monografia?
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que o pesquisador irá investigar os estudos já existentes, na bibliografia
disponível, sobre o tema escolhido. Vamos a um exemplo?
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12.3 Tese de doutorado
A tese é o último dos textos monográficos exigidos nas instituições
de ensino e está relacionada com a diplomação de doutorado, título
superior ao de mestre. A tese exige o domínio de mais de um assunto, de
um conjunto de referências mais amplo e do uso da citação de forma a
esmiuçar o que os autores abordam sobre o tema. Pode ser um trabalho
de pesquisa quantitativa ou qualitativa e, obrigatoriamente, deve ter uma
análise aprofundada sobre o assunto em pauta.
www.esab.edu.br 73
maneira, possibilitam o acesso às pesquisas que possam interessar ao
leitor. Esse acesso permite a familiaridade com esses tipos de trabalhos e
com assuntos que podem despertar em você algum interesse.
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Resumo
Ao longo dessas unidades, você aprendeu que não há ciência sem método
e, portanto, o método fundamenta a busca científica em qualquer área
do conhecimento. Sobre a abrangência de um método, pode-se dizer
que varia conforme sua aplicação, podendo ser geral ou específico.
Geral é o método usado com a finalidade de dar conta de situações
que expressam uma generalização, enquanto específicas são aplicações
associadas a situações particulares. Vimos as diferenças dos movimentos
metodológicos, que nos permitiram refletir sobre os métodos em
ciências, destacando-se o empirismo, positivismo e neopositivismo,
marxismo e dialética, Popper e a falseabilidade, bem como alguns
aspectos da discussão contemporânea. Aprendemos que a técnica, como
poder de manejo do mundo físico, atuou como mais um argumento a
favor da veracidade da ciência, contribuindo para sua consolidação.
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indicativa. A propósito do artigo, vimos que são pequenos estudos, mas
completos, que abordam uma questão verdadeiramente científica.
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Para que serve a metodologia
13 científica?
Objetivo
Refletir sobre o porquê da existência da metodologia científica e seus
princípios gerais.
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E cabe ainda acrescentar: há alguns métodos dos quais se pode afirmar
que são mais adequados aos trabalhos de pesquisa. Ora, se consideramos
que o método é um caminho, podemos também dizer que há vários
caminhos para se chegar a um destino. Resta sempre saber qual o mais
apropriado para aquele tipo de pesquisa. Como se vê, não há uma
receita infalível. Nesse sentido, as propostas de metodologia devem
servir de fio condutor e de embasamento para nortear a investigação
que se faz em diversas áreas do conhecimento, sem perder sua dimensão
epistemológica.
Ao observar os fatos, o cientista pode querer saber por que tais fatos
ocorrem de tal maneira. Nesse caso, o problema pode ser formulado
a partir da questão pela causa dos fenômenos observados. Entra em
cena novamente o poder lógico da razão: formula-se, em alguns
casos, uma hipótese, propondo uma determinada relação causal como
explicação. E após formulada a hipótese (no caso), chega o momento da
verificação experimental, do teste da hipótese. Mas é preciso esclarecer:
nem sempre seguiremos esse procedimento. Há casos em que não se
utilizam hipóteses. Há casos em que o pesquisador busca solucionar
um problema verificado em seu entorno ou busca refutar determinado
conhecimento. Como se nota, o caminho a ser seguido depende de uma
série de variáveis, e também das próprias particularidades de cada área do
conhecimento.
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Saiba que métodos são sistemas de interpretação cuja finalidade consiste
em auxiliar o pesquisador a justificar suas ideias e conclusões.
Creswell (2007) sugere que ao iniciar uma pesquisa, devemos nos deter a
responder quatro questões:
www.esab.edu.br 79
O método pode ser entendido, então, como o conjunto de atividades
sistemáticas e racionais que possibilitam alcançar determinado objetivo,
traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e contribuindo nas
decisões do cientista.
Básica
Finalidade Aplicada
Exploratória
Objetivos Descritiva
Explicativa
Bibliográfica
Critérios Procedimentos Documental
Experimental
Outros
Qualitativa
Natureza Quantitativa
Local de Campo
realização Laboratório
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• pura (básica): satisfação do desejo de adquirir conhecimentos, sem
que haja uma aplicação prática prevista;
• aplicada: os conhecimentos adquiridos são utilizados para aplicação
prática voltados para a solução de problemas concretos da vida
moderna.
www.esab.edu.br 81
• ex post facto: refere-se a um fato já ocorrido. Assim, o pesquisador
não pode controlar ou manipular variáveis;
• participante: não se esgota na figura do pesquisador; dela tomam
parte pessoas implicadas no problema investigado, fazendo com que
a fronteira pesquisador/pesquisado seja tênue;
• pesquisa-ação: tipo de pesquisa participante e de pesquisa aplicada
que supõe intervenção participativa na realidade social;
• estudo de caso: é circunscrito a uma ou poucas unidades,
entendidas como pessoa, família, produto, empresa etc.
Como vimos, métodos são sistemas que nos ajudam a interpretar melhor
a vida e a conviver com as pessoas, com a natureza e com as coisas em
geral. Neste caso, esta “ajuda” precisa ser entendida como um tipo de
educação da nossa percepção, que nem sempre é uma tarefa fácil de
colocar em prática. E no que se refere ao desenvolvimento da pesquisa,
vale enfatizar: não é o emprego de um método que garante o sucesso
de uma pesquisa. O que garante a qualidade é a fundamentação que
podemos realizar a partir de um método. Dessa forma, é preciso que
fique claro a você que a capacidade do pesquisador é que definirá a
qualidade e a confiabilidade de sua pesquisa
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Em torno do método: indução e
14 dedução
Objetivo
Abordar o universo dos métodos científicos, contemplando as lógicas
indutiva e dedutiva.
Você pode notar que esses métodos de raciocínio também fazem parte
de nossa vida cotidiana, pois são os tipos de raciocínio que dão forma
a nossos pensamentos e inferências. Mas no âmbito da ciência eles são
burilados através da lógica e ganham repercussão.
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14.1 Dedução
Partindo do estudo do método dedutivo, destaca-se que ele tem seu
histórico a partir da obra de Aristóteles, e por isso também é chamado
de lógica aristotélica. Mas o que vem a ser isso? Máttar Neto (2011)
explica que a parte mais importante da lógica aristotélica é sua teoria dos
silogismos. Ora, se o silogismo é uma representação de nosso processo
de raciocínio, em última instância, o método dedutivo apresenta um
encadeamento de duas (ou mais) premissas que possibilitam uma
conclusão. A conclusão, por sua vez, deve acrescentar algo de novo a elas.
Sócrates é homem.
Todo homem é mortal.
Logo, Sócrates é mortal.
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Como afirma Magalhães (2005), a dedução chega de forma lógica
a resultados que ainda não tinham sido explicitados, a partir de
argumentos verificados como corretos e gerais, aplicados a situações
particulares. E sustenta: “como os resultados deduzidos estavam de
certa forma contidos nos pontos de partida [...], é correto dizer que a
dedução desvela, isto é, tira o véu de uma verdade que estava encoberta”
(MAGALHÃES, 2005, p. 238).
Perceba que, a partir das estruturas lógicas, você parte das premissas
(Todo vertebrado possui vértebras/ Todos os cavalos são vertebrados) e
chega a conclusões (neste caso, todos os cavalos têm vértebras).
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No âmbito das Ciências Sociais, o uso desse método é bem mais
restrito, em função da dificuldade para se obter argumentos gerais, cuja
veracidade não possa ser colocada em dúvida.
14.2 Indução
No século XVI, Galileu Galilei iniciou o questionamento a despeito do
procedimento mais apropriado para se atingir conhecimentos seguros
dos fenômenos naturais. Desse modo, teorizou o método denominado
experimental, o qual infere leis gerais a partir de observações de casos
particulares.
Joaquim morreu.
Joana morreu.
Paulo morreu.
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Note que de alguns fatos particulares observados faz-se uma generalização
e, desse modo, o cientista passa do particular para o universal.
www.esab.edu.br 87
Existe, porém, o perigo de que os dados não sejam suficientes para a
generalização, levando a falsas generalizações.
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Saiba mais
Sugerimos que você clique aqui e assista à
explicação sobre o filósofo Hume e o problema da
indução.
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15 Pesquisa quantitativa
Objetivo
Destacar as particularidades da pesquisa quantitativa, analisando os
casos em que ela pode ser útil.
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Saiba ainda que esse tipo de pesquisa pressupõe que os números obtidos
produzam uma base imparcial que sirva de base para conclusões
específicas. A pesquisa de abordagem quantitativa trabalha a partir de
estatísticas capazes de gerar conclusões que sirvam para analisar um
conjunto de participantes.
www.esab.edu.br 91
utilizada quando o pesquisador se depara com uma amostra grande a ser
pesquisada.
www.esab.edu.br 92
• por conglomerados: seleciona conglomerados, entendidos esses
como empresas, famílias, universidades e outros elementos. É
indicada quando a lista dos elementos é muito difícil;
• por acessibilidade: longe de qualquer procedimento estatístico, a
seleção é feita por elementos em função da facilidade de acesso a
eles;
• por tipicidade: constituída pela seleção de elementos que se
considera representativo da população-alvo, representando profundo
conhecimento dessa população.
Saiba mais
Sugerimos que você consulte o site clicando
aqui a fim de se aprofundar um pouco mais
na abordagem do cálculo da amostra de uma
pesquisa.
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16 Pesquisa qualitativa
Objetivo
Destacar as particularidades da pesquisa qualitativa.
www.esab.edu.br 94
Assim, aos poucos, os métodos conhecidos como pós-positivistas
ganhavam reconhecimento na academia. As questões sociais que
surgiram nos anos 1960 e 1970 tiveram uma importante participação
no desenvolvimento das pesquisas qualitativas, sobretudo questões
ligadas aos novos movimentos sociais contemporâneos, como, por
exemplo, o advento do feminismo e as questões relativas à raça ao
gênero à sexualidade. Esses desdobramentos sociais influenciaram no
desenvolvimento desse tipo de pesquisa a partir da década de 1980,
criando novas abordagens com características cada vez mais reflexivas.
www.esab.edu.br 95
partir das respostas informadas pelos entrevistados. Porém, as abordagens
quantitativas também estruturam hipóteses fundamentais de investigação.
www.esab.edu.br 96
mensagens, os enunciados dos discursos, a busca do significado das
mensagens. Em geral, os pesquisadores organizam as informações
coletadas por categorias que lhes interessam, de modo a facilitar o
processo de análise. Tais discursos, em boa parte das pesquisas, são
coletados por meio de entrevistas e depoimentos.
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem da instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá?
www.esab.edu.br 97
Ao conhecer as especificidades e diretrizes da pesquisa qualitativa, e
também da quantitativa (abordada na unidade anterior), podemos
reconhecer as riquezas de cada uma das abordagens e também a
possibilidade de utilizar, conforme o teor da pesquisa realizada, métodos
mistos, que abrangem tanto a qualitativa quanto a quantitativa. E isso
deverá ser definido em seu projeto de pesquisa, tema de nossa próxima
unidade. Vamos adiante?
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 9 a 16. Para isso, dirija-se
ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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Projeto de pesquisa: finalidades e
17 estrutura
Objetivo
Apresentar as finalidades do projeto de pesquisa e sua estrutura.
Dica
Sugerimos que você pesquise sobre normas
de trabalhos acadêmico-científicos. A
Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) é responsável pela elaboração das
Normas Brasileiras e há diversos sites que
orientam sobre a formatação de trabalhos.
www.esab.edu.br 99
o processo metodológico, validando as pesquisas e os resultados obtidos,
sendo o principal instrumento de apresentação à comunidade científica
de sua produção de conhecimento. Afinal, se a produção acadêmica e
científica não tivesse parâmetros claros em sua organização, certamente
seria caótica e contraditória, e hoje não teríamos tantos avanços
científicos e tecnológicos.
www.esab.edu.br 100
mas também em termos de organização e distribuição de tempo,
funcionando como um eficaz roteiro de trabalho.
Veremos, nesta e nas duas unidades subsequentes, como fazer uma breve
descrição da estrutura de um projeto de pesquisa, podendo perceber,
assim, como estruturá-lo. A estrutura está pautada nas proposições de
Vergara (2007) e Severino (2007).
17.1 Introdução
A introdução é a contextualização do assunto na sociedade atual e a
área que envolve o tema de pesquisa escolhido. Deve apresentar o tema
e os motivos de ordem teórica ou prática que justificam sua escolha. O
tema proposto deve ter relação com o contexto social. Como destaca
Magalhães (2005), deve ser objetiva, evitando divagações.
www.esab.edu.br 101
autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso, criará um
questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. Não há
regras para se criar um problema, mas alguns autores sugerem que ele seja
expresso em forma de pergunta.
17.2 Objetivos
Os objetivos devem ser redigidos iniciando com verbos no infinitivo
como: identificar, levantar, buscar etc. É fundamental que esses objetivos
sejam possíveis de serem atingidos. O objetivo geral deve ser formulado
com dimensões mais amplas, articulando-o a outros objetivos mais
específicos.
www.esab.edu.br 102
Os objetivos específicos são aqueles que se deve buscar atingir no
decorrer do trabalho para atingir o objetivo geral. São as etapas
intermediárias do trabalho.
17.3 Justificativa
Na justificativa (ou relevância do estudo), deve-se descrever o motivo
da escolha do tema, a importância do tema de pesquisa para a área, a
contribuição que esperam trazer com o desenvolvimento da pesquisa,
demonstrar a importância do problema, explicitar a contribuição para
a construção do conhecimento e ressaltar a utilidade para determinada
área profissional e relevância para a sociedade. De suma importância, é o
elemento que contribui mais diretamente na aceitação da pesquisa pela
pessoa ou entidade que vai financiá-la, se for o caso. Cabe destacar aqui
que cada agência financiadora possui regras e procedimentos distintos a
serem seguidos na busca por recursos para a realização do projeto, ainda
que boa parte dos trabalhos acadêmicos não tenha financiamento.
www.esab.edu.br 103
Depois de apontar as contribuições de ordem prática ou ao estado da arte
na área, é hora de estruturar o referencial teórico do estudo.
Vergara (2007) destaca que tão importante quanto ler os autores clássicos
no qual se insere o problema, é também contemplar a bibliografia recente
(dos últimos cinco anos), sobretudo artigos de periódicos e revistas
acadêmicas da área pesquisada, demonstrando a atualidade da proposta.
Por fim, destacamos que este capítulo pode ser dividido em seções, cada
uma com seu título. E lembre-se de empregar as normas de citação
propostas pela ABNT, conforme veremos mais adiante, para elaborar esta
importante seção de seu projeto.
Estudo complementar
Clicando aqui, você poderá acessar um texto
explicativo sobre a elaboração do projeto de
pesquisa. Confira!
www.esab.edu.br 104
18 Projeto de pesquisa: elaboração
Objetivo
Dar continuidade à abordagem de construção do projeto de pesquisa
tratando da metodologia, orçamento e cronograma.
18.1 Metodologia
É aqui que o pesquisador indica o caminho traçado para atingir os
objetivos do projeto. Deve-se relacionar o que for necessário à execução
do trabalho, com detalhamento suficiente para que qualquer outro
pesquisador possa repetir todos os procedimentos, de forma independente.
www.esab.edu.br 105
Também nesta seção se deve delimitar a pesquisa indicando onde
será o local de realização do estudo, em que período será realizado, e
qual o universo e a amostra (se for o caso). Ou seja, a população a ser
investigada e suas características (seleção da amostra). No caso em que
se trabalha com toda a população, sem definição de amostra, chama-se
pesquisa censitária.
www.esab.edu.br 106
A forma mais usual de apresentação dessas informações é a do gráfico,
no qual são cruzados o tempo (março, abril, maio etc.) e as tarefas da
pesquisa (coleta de dados, tabulação e análise dos dados, elaboração do
relatório, divulgação dos resultados).
Então, temos uma linha temporal, com os meses em que será realizada a
pesquisa e o cruzamento das atividades a serem desenvolvidas.
18.3 Referências
O objetivo das Referências no projeto de pesquisa consiste em identificar
as bases mais relevantes para o assunto a ser tratado, o qual já foi
brevemente conceituado e discutido na fundamentação teórica.
www.esab.edu.br 107
Você deve ter consciência da importância de se fazer o registro de todas
as obras pesquisadas durante a elaboração de trabalhos acadêmico-
científicos. Esse é um compromisso ético de todo pesquisador para
com o trato das informações compartilhadas. Ou seja, se você utilizou
determinada fonte de informação, é fundamental citá-la no texto e
incluir a referência completa ao final do trabalho.
www.esab.edu.br 108
Resumo
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Apresentamos ainda as finalidades de um projeto de pesquisa e sua
estrutura. Você aprendeu que o projeto é um documento de apresentação
da proposta de pesquisa, inclusive servindo, muitas vezes, para se aprovar
verbas para a sua execução, e que o planejamento da pesquisa pode ser
entendido como o processo sistematizado, mediante o qual se pode
conferir maior eficiência à investigação para, em determinado prazo,
alcançar o conjunto das metas estabelecidas.
www.esab.edu.br 110
19 Projeto de pesquisa: finalização
Objetivo
Contemplar a finalização do projeto de pesquisa, abordando a
redação do referencial teórico e as referências.
E você poderia questionar: mas para que serve a teoria? Ora, a teoria é
que fornece embasamento ao trabalho teórico e prático.
A teoria deve ser utilizada tanto quanto for necessária, mas é preciso
ficar atento para que seu uso seja criterioso. Pode-se dizer, então, que o
uso da teoria serve para se fundamentar, discordar, criticar, enfatizar ou
concordar com determinadas perspectivas.
www.esab.edu.br 111
Você deve ter claro para si e também deixar claro para seu leitor
quais são os métodos, sistemas ou ideias com as quais está se filiando,
concordando, discordando ou criticando. Atente sob o risco de se tornar
paradoxal ou contraditório, para se utilizar de autores que, no geral,
pensam os sistemas de forma semelhante. Ou, caso você vá mostrar
sistemas diferentes, separe adequadamente as exposições e procure ser o
mais claro possível.
Magalhães (2005) explica que a metodologia científica não é uma receita pronta ou
fórmula a ser seguida que oferece um resultado certeiro e preciso; o autor a entende
como um modo de organizar o conhecimento.
www.esab.edu.br 112
Dica
A redação dos trabalhos acadêmicos deve ser
elaborada na terceira pessoa do singular, na forma
impessoal. Lembre-se de que a compreensão dos
resultados da pesquisa depende da clareza da sua
apresentação e um texto deficiente pode esconder
qualidades de um trabalho bem estruturado.
Neste site, você pode conferir exemplos de
trabalhos acadêmicos. Acesse clicando aqui.
www.esab.edu.br 113
Sugerimos que você siga um plano racionalizado de estruturação do
trabalho, evitando as subdivisões demasiado longas ao lado de outras
muito curtas. Isso significa que a subdivisão dos capítulos deve ser bem
distribuída, evitando-se colocar, por exemplo, cinco páginas para tratar
de um assunto e apenas uma para abordar outro. Nesse sentido, deve
haver um equilíbrio.
www.esab.edu.br 114
tudo o que está na rede é seguro; é importante, por isso, verificar
quem são os autores do texto, em quais institutos de pesquisa ou
universidades eles estão vinculados, enfim, checar os dados para analisar
sua credibilidade. Recomenda-se também que você visite a biblioteca
com tempo, manuseando os livros, consultando, de modo a ampliar seu
referencial teórico.
Dica
Para conferir a credibilidade dos autores e
informações a respeito das instituições, você pode
acessar o portal Lattes, clicando aqui. Ali se tem
a possibilidade, por exemplo, de buscar currículo
de determinado autor e conferir sua formação,
atuação profissional, publicações, dentre outras
informações.
www.esab.edu.br 115
Resultados da pesquisa: a
20 divulgação
Objetivo
Abordar as principais formas de divulgação dos trabalhos acadêmico-
científicos.
Máttar Neto (2011) explica que os resultados das pesquisas podem ser
disseminados em diversos formatos: oralmente (em palestras, cursos,
encontros, seminários, congressos, jornadas, simpósios, workshops
etc.), pôsteres (cartazes com fotos, figuras, esquemas, textos concisos
apresentados em eventos científicos) e impressos (relatórios, artigos,
monografias, dissertações, livros publicados, anais de congressos etc.).
www.esab.edu.br 116
publicação em periódicos científicos, ou por uma exposição oral em
eventos de sua área de conhecimento ou áreas afins.
Máttar Neto (2011) ainda chama atenção para o fato de que é cada vez
mais comum que apresentações em conferências sejam acompanhadas
de recursos visuais. Alguns softwares possibilitam que o usuário crie
apresentações visuais de alta qualidade, produzindo slides que tornam a
apresentação mais completa e rica.
www.esab.edu.br 117
discursivo ou formato tradicional de uma palestra com perguntas
e respostas. O debate é presidido por um coordenador, e a reunião
destina-se apenas a especialistas, que se reúnem para discutir tema
previamente determinado.
• Congresso: caracteriza-se pela reunião formal e periódica de pessoas,
pertencentes a grupos de estudantes e profissionais com o mesmo
interesse. Normalmente, é promovido por entidades associativas ou
universidades, com o objetivo de disseminar e debater as teses que
expressam a evolução do conhecimento dessas áreas.
• Jornada: encontro que faz referência a um certo tempo, em termo
de dias. Trata-se de um evento de menor porte que um Congresso e
mais amplo que uma reunião.
• Mesa redonda: visa à apresentação de pontos de vista diferentes
sobre uma mesma questão, mas a partir da exposição de um dos
participantes; os demais participantes tomam conhecimento prévio
do texto do expositor, a fim de preparar seus comentários críticos.
• Painel: apresentação de trabalhos sobre um mesmo tema, abordando
pontos de vista diferentes, todos expostos livremente.
• Oficinas e Workshops: trata-se de reuniões mais restritas no que
se refere ao número de expositores e de participantes, destinados à
apresentação de trabalhos, de pesquisas, possibilitando oportunidade
de divulgação e debate; possuem um caráter de realização
participada, com o propósito de levar os participantes a vivenciarem
experiências, projetos etc.
• Revistas científicas: os periódicos têm caráter estritamente
acadêmico. São utilizadas como fonte de pesquisa para trabalhos
científicos e caracterizadas como jornalismo científico. Geralmente
se especializam em áreas específicas e se caracterizam pelas inovações
tecnológicas. Podem ser impressas ou digitais.
• Livros: de acordo com a NBR 6029 (ABNT, 2002), a publicação
não periódica que contiver um mínimo de cinco páginas e o máximo
de 49 páginas, excluídas as capas, caracteriza-se por folheto. E a
publicação não periódica que contém acima de 49 páginas, excluídas
www.esab.edu.br 118
as capas, caracteriza-se por livro. É comum que os pesquisadores
publiquem livros ou ainda capítulos de livro, reunindo trabalhos de
diversos autores.
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
www.esab.edu.br 119
Estrutura do trabalho científico:
21 elementos pré-textuais e textuais
Objetivo
Abordar as regras de normalização para os trabalhos científicos,
contemplando a estrutura.
www.esab.edu.br 120
Opção ou
Estrutura Elemento
obrigatoriedade
Parte Capa Obrigatório
Pré-textuais
externa Lombada Opcional
Folha de rosto Obrigatório
Errata Opcional
Folha de aprovação Obrigatório
Dedicatória(s) Opcional
Agradecimentos Opcional
Epígrafe Opcional
Pré-textuais Resumo na língua vernácula Obrigatório
Resumo em língua estrangeira Obrigatório
Lista de ilustrações Opcional
Lista de tabelas Opcional
Parte interna Lista de abreviaturas e siglas Opcional
Lista de símbolos Opcional
Sumário Obrigatório
Introdução Obrigatório
Textuais Desenvolvimento Obrigatório
Conclusão Obrigatório
Referências Obrigatório
Glossário Opcional
Pós-textuais Apêndice(s) Opcional
Anexo(s) Opcional
Índice(s) Opcional
www.esab.edu.br 121
• local (cidade em que o curso está sediado);
• ano (quatro dígitos).
• nome do autor;
• título e subtítulo (se houver);
• nota de apresentação (natureza, objetivo, nome da instituição, área
de concentração);
• nome do orientador;
• local (cidade da instituição);
• ano (quatro dígitos).
Dica
Saiba que as páginas começam a ser contadas
a partir da folha de rosto (mas ainda não são
paginadas). Isso quer dizer que somente a capa
não é contada. Mas atenção: as páginas só
recebem numeração a partir da introdução.
• autor;
• título do trabalho e subtítulo (se houver);
• termo de aprovação (natureza, objetivo, nome da instituição a que é
submetido, área de concentração e data de aprovação);
• nomes e titulação dos professores (componentes da banca);
www.esab.edu.br 122
Dedicatória (título não consta na página) – folha em que o autor dedica
o trabalho a alguém que colaborou, de alguma forma, para a produção da
pesquisa.
Epígrafe (título não consta na página) – citação que pode ser incluída
desde que tenha relação direta com o conteúdo do trabalho. Apesar de ser
escrita por outra pessoa, não deve vir entre aspas. A autoria da mensagem
deve ser apresentada do lado direito, abaixo do texto, fora dos parênteses.
www.esab.edu.br 123
desenhos etc.) na ordem em que aparecem no texto, com respectivos
nomes e números de página. Um só item não justifica uma lista.
www.esab.edu.br 124
Estrutura do trabalho científico:
22 elementos pós-textuais
Objetivo
Contemplar os elementos pós-textuais de um trabalho científico.
Dica
Você pode acessar clicando aqui, um Trabalho de
Conclusão de Curso, por exemplo, e identificar os
elementos mencionados nesta Unidade.
www.esab.edu.br 125
• Apêndice: elemento opcional. Deve ser precedido da palavra
APÊNDICE, identificado por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e pelo respectivo título. Trata-se de elemento
complementar ao texto, de autoria do pesquisador. Exemplo:
APÊNDICE A – Questionário de avaliação do clima organizacional.
• Anexo: elemento opcional. Deve ser precedido da palavra ANEXO,
identificado por letras maiúsculas consecutivas,travessão e pelo
respectivo título. Nesse caso, também é complementar ao texto,
mas não é de autoria do pesquisador. Exemplo: ANEXO A – Lei n.
59/2008.
• Índice: elemento opcional. Trata-se da lista de palavras ou frases,
ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete para
as informações contidas no texto. Elaborado conforme a ABNT
NBR 6034.
Os textos devem ser digitados em cor preta, podendo utilizar outras cores
somente para as ilustrações. Deve-se utilizar papel branco ou reciclado
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no formato A4. As margens devem ser: esquerda e superior de 3 cm e
direita e inferior de 2 cm.
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23 Citações
Objetivo
Abordar as regras da ABNT para elaboração das citações nos trabalhos
acadêmico-científicos.
Citar as ideias de outro autor não é nenhum problema. Mas pode passar
a ser problemático caso você cite as ideias sem mencionar a autoria.
Então, o problema é copiar e não citar a fonte. Pois fazendo isso você
estará se apropriando da ideia de outro autor e não lhe dando crédito.
Isso é considerado plágio, é antiético e completamente deselegante.
Portanto, prime por usar as regrinhas de citação corretamente e
certamente seu trabalho será valorizado por esse uso.
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autor-data, as entradas pelo sobrenome do autor devem vir com a 1ª letra
em maiúscula e demais letras em minúsculas, e quando estiverem entre
parênteses no fim da citação, devem vir em letras maiúsculas. Veja os dois
exemplos a seguir, sendo que ambos estão corretos e cabe ao pesquisador
optar por um estilo ou outro:
Vamos a um exemplo?
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Ex.: Máttar Neto (2011, p. 31) afirma que “Hoje as ciências utilizam
uma tal diversidade de métodos que fica impossível para um cientista
dominá-los [...]”.
Dica
Fique atento! Ao usar os colchetes para indicar
supressão, verifique se a sua oração faz sentido
para o leitor.
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técnicas dos processadores de texto, que nos auxiliam com os recursos
disponibilizados, funcionando como suporte para o trabalho.
Ex.: Carraher (1993 apud MÁTTAR NETO, 2011, p. 36) afirma que
“[...] a pessoa dotada de senso crítico é aquela que possui a capacidade
de analisar e discutir problemas inteligente e racionalmente, sem aceitar,
automaticamente, suas próprias opiniões”.
Perceba, nesse caso, que a obra consultada é a de Máttar Neto, que está
citando Carraher. Aqui, optou-se pela citação direta, mas o mesmo
procedimento pode ser feito para a citação indireta.
Ex.: Senchuk (apud MÁTTAR NETO, 2011, p. 30) expõe que “[...] nós
somos conhecedores ativos, não recipientes passivos, vítimas cognitivas,
de tudo o que o mundo atira bem casualmente em nossa direção”.
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23.4 Considerações
No caso de informação oral, a mesma norma prevê a seguinte disposição:
quando se tratar de dados obtidos por informação oral (tais como
palestras, debates ou comunicações), deve-se indicar entre parênteses a
expressão “informação verbal”, mencionando-se os dados disponíveis
somente em nota de rodapé.
Estudo complementar
Sugerimos que você acesse e leia o Tutorial para
usar as normas da ABNT, sobretudo no que se
refere às citações, clicando aqui.
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24 Elaboração das Referências
Objetivo
Apresentar as regras da ABNT para elaboração das Referências dos
trabalhos acadêmico-científicos.
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montar a referência de um vídeo, por exemplo, é distinto da referência de
um artigo de periódico.
Exemplo:
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De toda forma, se houver citação de um determinado documento no
texto, é obrigatória a sua identificação na lista das referências. Então,
vamos aos exemplos para auxiliar na elaboração das referências.
Livro
AUTOR(ES). Título do livro. nº edição (ex: 3. ed. Esse dado deve ser suprimido quando
for primeira edição). Cidade de publicação: Editora, ano de publicação. (Coleção ou
Série)
Existindo até três autores em uma mesma obra todos devem ser
referenciados. Se forem mais de três, deve-se mencionar o primeiro autor
seguido da expressão latina et al. (que significa “e outros”).
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Capítulo de livro
Veja um exemplo:
• Artigo de periódico:
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• Artigo sem autoria:
Dissertação ou Tese
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Trabalho apresentado e publicado em eventos
AUTOR. Título. Data de acesso. Tipo de mídia. Cidade, data. Seção (se houver).
Disponível em: <site>. Acesso em: dia mês ano.
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• Artigo, matéria, reportagem publicados em periódicos, jornais e
outros, em meio eletrônico, sem autoria (Somente a primeira palavra
do título em maiúscula):
TÍTULO. Data de acesso. Tipo de mídia. Cidade, data. Seção (se houver) Disponível em:
<página>. Acesso em: dia mês ano.
Verbete de dicionário
VERBETE. In: Nome do dicionário. Edição (se for o caso). Cidade: Editora, ano. (caso seja
documento on-line, incluir o site e a data de acesso).
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Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidade 17 a 24. Para isso, dirija-se
ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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Resumo
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Glossário
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas. R
Antiético
É quando se rompe as barreiras da ética. R
Amostra
Parte extraída de um conjunto, considerada uma porção representativa
do mesmo. A amostra estatística é o subconjunto dos indivíduos de uma
população-alvo. Essas amostras permitem inferir as propriedades do total
do conjunto. R
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Bramanismo
Trata-se de uma filosofia religiosa indiana que formou a espinha dorsal da
cultura daquele país. Hoje existe uma versão modificada do Bramanismo
chamado de Hinduísmo. R
Budismo
Trata-se de uma mistura entre religião e filosofia oriental. Buda foi um
homem que viveu e desenvolveu seus ensinamentos no nordeste do que
conhecemos hoje como a Índia, entre os séculos VI e IV antes de Cristo. R
Burilar
Apurar; trabalhar alguma coisa com extremo cuidado. R
Ciências empíricas
São todas as ciências cujas teorias podem ser confirmadas ou refutadas
por dados observacionais. De acordo com esta definição, apenas a
matemática e a lógica não são ciências empíricas. R
Cognoscente
Que possui a capacidade de conhecer. R
Conhecimento subjetivo
Significa um tipo de conhecimento que pertence ao âmbito do
indivíduo, ou seja, trata-se de um conhecimento pessoal, ao contrário do
conhecimento científico, que pretende ser objetivo. R
Comunidade acadêmica
São todos os participantes da vida acadêmica, no caso, a instituição de
ensino. R
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Cultura digital
É um termo que serve para designar as formações culturais ocorridas
depois da década de 1980, quando começou a se consolidar a era da
informação de um lado e a globalização econômica por outro lado. R
Dedutiva
De dedução, procedimento lógico, raciocínio, pelo qual se pode tirar de
uma ou de várias proposições uma conclusão que delas decorre por força
puramente lógica. R
Delimitação
Fixação dos limites; demarcação. R
Dogmas
Crenças estabelecidas ou doutrinas de uma religião, ideologia ou
qualquer tipo de organização, considerada um ponto fundamental e
indiscutível de uma crença. R
Editoria
Corpo editorial de um periódico. Geralmente, é composto por
profissionais com alta titularidade e experiência na área de conhecimento
do periódico. R
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Empirista
Adepto do Empirismo, um movimento filosófico que acredita nas
experiências como únicas (ou principais) formadoras das ideias,
discordando, portanto, da noção de ideias inatas. R
Entrevista
Método de coleta de dados em que o pesquisador faz perguntas a alguém
que, oralmente, lhe responde. A entrevista pode ser informal, focalizada
ou por pautas. A informal é aberta, sem roteiro prévio; a focalizada é
pouco estruturada, mas com um foco; já a por pauta segue um roteiro
com vários pontos a serem explorados pelo entrevistador. Ao final, pode-
se transcrever a entrevista para se fazer a análise (VERGARA, 2007). R
Epistemologia
Teoria do conhecimento, palavra que deriva de episteme (saber) e logos
(discurso, que evoluiu para designar a própria razão). Trata-se então do
estudo de como se dá o conhecimento. R
Ergonomia
Disciplina científica relacionada ao entendimento das interações
entre seres humanos e outros elementos de um sistema ou do aparato
tecnológico. R
Estado da arte
Estado do conhecimento. R
Etimológico
Estudo da composição dos vocábulos e das regras de sua evolução
histórica. Sentido de origem da palavra. R
Fundamento epistemológico
Concepção que norteia o conhecimento; epistemologia está relacionada
à teoria do conhecimento, ramo da filosofia que trata da natureza, das
origens e da validade do conhecimento. R
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Galileu Galilei (1564-1642)
Foi um cientista italiano conhecido por suas descobertas relacionas com
a física, matemática, astronomia. Sua personalidade foi fundamental
durante a chamada revolução científica. Descobriu a lei dos corpos e
enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias
precursoras da mecânica newtoniana. R
Grifo
Destaque na digitação (negrito ou itálico). R
Historicizado
Relativo à historicidade, ou seja, o instante não se entende
separadamente da totalidade temporal do movimento, sendo cada
momento articulado a um processo histórico mais abrangente. R
Homepage
Página de entrada ou de abertura de um site, escrita em linguagem
HTML. R
Idealismo
Trata-se de uma corrente filosófica que surgiu em sintonia com o
advento da modernidade no século XVIII. Para alguns idealistas, existia
a possibilidade de criação de um mundo ideal, onde não haveria espaço
para as injustiças e diferenças. R
Ilustração
Designação genérica de imagem, que ilustra ou elucida um texto. R
Indutiva
De indução, procedimento lógico pelo qual se passa de alguns
fatos particulares a um princípio geral. Trata-se de um processo de
generalização, fundado no pressuposto filosófico do determinismo
universal. R
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Inferências
Tirar por conclusão; deduzir pelo raciocínio. R
Intangível
Aquilo que não pode ser tocado, não palpável. R
Karl Popper
É considerado por muitos como o filósofo mais influente do século
XX a tematizar a ciência. Foi também um filósofo social e político,
grande defensor da democracia liberal e um oponente implacável do
totalitarismo. Austríaco naturalizado britânico, definiu os limites da
atividade científica. Nasceu em 1902, praticamente junto com o século
XX, e morreu em 1994. R
Lei científica
Enunciado de uma relação causal constante entre fenômenos ou
elementos de um fenômeno. Fórmula geral que sintetiza um conjunto
de fatos naturais, expressando uma relação funcional constante entre
variáveis (SEVERINO, 2007). R
Materialismo
Para os filósofos materialistas, o pensamento se relaciona a fatos
puramente materiais, ou seja, são de natureza essencialmente mecânica,
não havendo espaço para subjetividade. R
Observação sistemática
É todo procedimento sistemático que permite acesso aos fenômenos
estudados. É etapa imprescindível em qualquer tipo ou modalidade de
pesquisa (SEVERINO, 2007). R
Paradigma epistemológico
Refere-se à forma pela qual é concebida a relação sujeito-objeto no
processo de conhecimento. Cada modalidade de conhecimento
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pressupõe um tipo de relação entre sujeito e objeto e, dependentemente
dessa relação, temos conclusões diferentes (SEVERINO, 2007). R
Paradoxal
Em sentido amplo, refere-se àquilo que é contrário à opinião comum,
algo que entra em contradição. Já na Filosofia, paradoxo designa o que é
aparentemente contraditório, mas que apesar de tudo tem sentido. R
Pesquisa censitária
Pesquisa que envolve toda a população definida (sem cálculo de amostra).
R
Plágio
Trata-se do ato de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer
natureza contendo partes de uma obra que pertença a outra pessoa sem
mencionar os créditos do autor original. Ou seja, o plagiador apropria-
se indevidamente da obra intelectual de outra pessoa, assumindo a sua
autoria. R
Pós-positivistas
Adeptos do pós-positivismo, instância que critica e aperfeiçoa
o positivismo. Pós-positivistas acreditam que o conhecimento humano
não é baseado no incontestável, mas em hipóteses. Um dos pensadores
que fundaram o pós-positivismo foi Karl Popper. R
Provisório
Transitório, passageiro. R
Questionário
Conjunto de questões, sistematicamente articuladas, que se destinam
a levantar informações escritas por parte dos sujeitos pesquisados, com
vistas a conhecer a opinião dos mesmos sobre os assuntos em estudo.
As questões devem ser objetivas, de modo a suscitar respostas objetivas
(SEVERINO, 2007). R
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Remissão
Ação de transferir a atenção do leitor para outro texto ou outra parte do
texto. R
Senso crítico
A pessoa dotada de senso crítico é aquela que possui a capacidade de
analisar e discutir problemas inteligente e racionalmente, sem aceitar
automaticamente suas próprias opiniões ou opiniões alheias. R
Silogismo
Argumento pelo qual, a partir de um antecedente cujas premissas ligam
dois termos a um terceiro, podemos concluir um consequente que liga
esses dois termos entre si. R
Subsídios
Meios, elementos subsidiários. R
Supressão
Ação ou efeito de suprimir; eliminação. R
Tabela
Forma não discursiva de apresentar informações das quais o dado
numérico se destaca como informação central. R
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Teoria
Conjunto de concepções sistematicamente organizadas; síntese geral que
se propõe a explicar um conjunto de fatos cujos subconjuntos foram
explicados pelas leis (SEVERINO, 2007). R
Testagem
Submeter a teste. R
Valor simbólico
Valor figurado. R
Veracidade
Qualidade de veraz ou verdadeiro: a veracidade de um fato. R
Veemência
Intenso; enérgico; com intensidade. R
Web
Palavra inglesa que significa teia ou rede. O significado de web ganhou
outro sentido com o aparecimento da internet. A web passou a designar
a rede que conecta computadores por todo mundo, a World Wide Web
(WWW). R
Xintoísmo
Em japonês, significa a espiritualidade tradicional, sendo considerado
pelos ocidentais como a principal religião do Japão. R
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Referências
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Como elaborar um
artigo científico. Disponível em: < http://www.bu.ufsc.br/ArtigoCientifico.pdf>.
Acesso em: 6 set. 2012.
ZERO HORA. Receitas para manter o coração em forma. Zero Hora, 26 ago.
1996. Disponível em: <http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php>. Acesso em: 28
ago. 2012.
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