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Sueli
Carneiro
Do epistemicídio. In: _________. A construção do outro
como não-ser como fundamento do ser. São Paulo, USP,
2005, p. 96-124.[online/pdf]
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"É o olhar do Eu hegemônico instituindo o
Não-ser. Um olhar educador, que carrega
e explicita a verdade do Outro, o nada
que o constitui. E que a nossa resistência
permanente, desmente." (p. 322)
— Sueli Carneiro
Espaço, cultura e diferença
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Espaço, cultura e diferença
Biografia
Nascida na Lapa, oeste de São Paulo, em 1950, Sueli é uma
das principais articulistas da luta contra o racismo, com
atuação semelhante à da também filósofa norte-americana
Angela Davis, personagem emblemática do movimento
em defesa dos direitos civis. Na trincheira desde o início
dos anos 1970, se tornou militante sob a influência da
revolução cultural e sexual de maio de 1968 e de
pensadores como o norte-americano Malcolm X e os
africanos Nelson Mandela, Patrice Lumumba e
Samora Machel, entre outros que atuaram pela
independência de países do continente. Sua única filha, a
bailarina Luanda, de 38 anos, hoje radicada em Oslo
(Noruega), foi batizada em homenagem à capital de
Angola.
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Biografia
Pai de sua filha, Maurice entrou com Sueli na Faculdade
de Filosofia da USP, e eles se casaram em 1973. Ao seu
lado, ela passou a frequentar o candomblé, religião de
matriz africana decisiva em sua formação, mas sua
grande virada aconteceu no mesmo ano da separação,
em 1982, quando ao lado de Dulce Pereira, Teresa
Santos “e outras negronas da época”, como descreve
Sueli, formou o Coletivo de Mulheres Negras de
São Paulo.
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Espaço, cultura e diferença
Biografia
No coletivo, Sueli teve ainda o
desafio de convencer o movimento
negro. “Eles tinham o mesmo
problema das feministas: só
enxergavam a questão da raça, sem
considerar o gênero. Essa
contradição foi objeto de crítica das
mulheres, que transformaram
questões como a saúde em
prioridade”, diz Sueli.
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A tese
"Pano de fundo"
Da negação do problema à admissão completa, passando pela sua aceitação
relativa, descortina-se um cenário de disputas em torno do problema da
racialidade no plano teórico e no da ação política, que encontra
contemporaneamente o seu grau mais elevado de explicitação nas polarizações
que atravessam as iniciativas de implementação de iniciativas de políticas públicas
que possam atuar positivamente na reversão das condições desfavoráveis de vida
em que se encontram imersas as populações negras no Brasil..
Espaço, cultura e diferença 06
A tese
"10 capítulos divididos em três partes
Da negação do problema à admissão completa, passando pela sua aceitação
relativa, descortina-se um cenário de disputas em torno do problema da
racialidade no plano teórico e no da ação política, que encontra
contemporaneamente o seu grau mais elevado de explicitação nas polarizações
que atravessam as iniciativas de implementação de iniciativas de políticas públicas
que possam atuar positivamente na reversão das condições desfavoráveis de vida
em que se encontram imersas as populações negras no Brasil..
Espaço, cultura e diferença 06
A tese
"Parte I
“Poder, saber e subjetivação”, é composta de quatro capítulos.
A tese
"Parte I
“Poder, saber e subjetivação”, é composta de quatro capítulos.
A tese
"Parte I
“Poder, saber e subjetivação”, é composta de quatro capítulos.
Epistemicídio
O termo cunhado pelo sociólogo português argumentava
sobre como a produção do conhecimento científico foi
construída de acordo com um único modelo
epistemológico. Dessa forma, o mundo, apesar de sua
complexidade, ganhou contornos monoculturais que
barravam a popularização de outras formas de
conhecimento que destoassem do modelo vigente.
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Espaço, cultura e diferença
Epistemicídio
O termo cunhado pelo sociólogo português argumentava
sobre como a produção do conhecimento científico foi
construída de acordo com um único modelo
epistemológico. Dessa forma, o mundo, apesar de sua
complexidade, ganhou contornos monoculturais que
barravam a popularização de outras formas de
conhecimento que destoassem do modelo vigente.
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Espaço, cultura e diferença
3.1- Da instalação do
epistemicídio no Brasil: (des)
humanismo e educação
o epistemicídio terá sua primeira expressão,
enquanto tentativa de supressão do
conhecimento nos processos de controle,
censura e condenação da disseminação de
idéias empreendido pela Igreja Católica durante
o vasto período da história do Brasil com
desdobramentos específicos sobre a população
negra.
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3.1- Da instalação do
epistemicídio no Brasil: (des)
humanismo e educação
...o saber que era ministrado pelos jesuítas foi
qualificado como portador de um conteúdo
profundamente humanista por vários autores,
como consenso. A bula papal que decretou que
o negro não tinha alma é o que vai permitir a
constituição de um tipo singular de humanismo,
o humanismo que se constitui sem negro:
porque não tem alma, não é humano...” (p. 105)
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Espaço, cultura e diferença
3.2- Da desqualificação de
saberes e sujeitos
o papel estratégico que a escola formal
desempenha no Brasil, na reprodução de uma
concepção de sociedade ditada pelas elites
econômicas, intelectuais e políticas do país.
Nesta concepção, raça e cultura são categorias
estruturais que determinam hierarquias (...)
instituir e naturalizar em uns, consciência de
superioridade, e em outros, consciência de
inferioridade.
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Fonte: https://www.jesuitasbrasil.org.br/2016/10/05/atuacao-
educativa-dos-jesuitas-no-brasil-e-tema-de-livro/