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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DO

JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE XXXXX,


ESTADO DE SÃO PAULO

QUALIFICAÇÃO COMPLETA, vem com o devido respeito à honrosa


presença de Vossa Excelência, via de seu advogado infra firmado, propor a presente AÇÃO
DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO – APOSENTADORIA POR
IDADE c.c PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA em face do INSS – INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, Autarquia Federal, com Agência e Representação
legal, através de sua Superintendência Regional, sito na Rua Nove de Julho, n. 2794, Vila
José Bonifácio, na Cidade e Comarca de Araraquara, CEP: 14802-300, Estado de São Paulo,
pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:

I - PRELIMINARMENTE – PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO – IDOSO

Conforme documentos pessoais da Autora anexados à Inicial, esta conta hoje


com 64 (sessenta e quatro) anos de idade, por isso, faz jus ao benefício da prioridade na
tramitação de procedimentos judiciais, nos termos do art. 1.048, inciso I do Código de
Processo Civil e art. 71 do Estatuto do Idoso.

II - DOS FATOS

A Autora ingressou com o seu pedido de aposentadoria por idade urbana –


espécie 41, em XX.XX.XXXX, conforme NB: XXX.XXX.XXX.X, sendo por final
injustamente indeferido, sob a seguinte justificativa (doc. j):

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“Em atenção ao seu pedido de Aposentadoria por Idade, apresentado em
XX.XX.XXXX, informamos que, após análise da documentação apresentada, não foi
reconhecido o direito ao benefício, pois foi comprovado apenas 134 meses de
contribuição, número inferior ao exigido na tabela progressiva, 180 contribuições exigidas
no ano de 2011.”

Conforme se infere da decisão acima transcrita tem-se que tal decisão não
condiz com a verdade, vez que na data do requerimento realizado a Autora contava com 16
(dezesseis) anos 02 (dois) meses e 24 (vinte e quatro) dias de contribuições, sendo que
estas são mais que suficientes para cumprir a tabela de contribuições mínimas para
aposentadoria, quando do seu pedido administrativo, conforme cópia da contagem da
própria Autarquia Previdenciária (doc.j), vez que perfazem mais de 180 contribuições, tendo
ela à época mais de 60 (sessenta) anos de idade.

Observa-se que da contagem técnica realizada pela Autarquia


Previdenciária, está deixou de considerar para fins de carência o período em que a
Autora esteve em gozo do benefício previdenciário auxílio doença (NB:
XXX.XXX.XXX.X), indeferindo a concessão da aposentadoria postulada de maneira
totalmente descabida e arbitrária, em total afronta a decisão judicial proferida na
Ação Civil Pública nº 2009.71.00.004103-4 (novo nº 0004103-29.2009.4.04.7100) e
0216249-77.2017.4.02.5101 que assegurou os efeitos da decisão a todos os segurados do
RGPS.

Por fim, oportuno retratar que tamanho absurdo no presente indeferimento do


benefício, ora pleiteado, uma vez que nos pedidos realizados junto a Autarquia ré verifica-se
divergências quando ao tempo de contribuição que a Autora possui.

Pelo exposto, nota-se que a postura argüida pela Autarquia não se coaduna com
a realidade dos fatos, motivo pelo qual pugna a Autora pelo deferimento do pedido de
aposentadoria por idade requerida em 20.04.2018, conforme NB: XXX.XXX.XXX.X, sob
os fundamentos que passa a expor:

III - DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

De acordo com a determinação da Justiça Federal, na ação civil pública em que


Ministério Público Federal moveu contra o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, que
alterou a redação do parágrafo 1º do art. 153 da Instrução Normativa INSS/PRES n.°
77/2015, a fim de que seja garantido a todos os segurados o direito ao cômputo, para fins de
carência, do tempo em que fora percebido benefício por incapacidade (auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez), desde que intercalado com períodos de contribuição ou
atividade. Vejamos:

Art.153. Considera-se para efeito de carência:

[omissis]

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§ 1º Por força da decisão judicial proferida na Ação Civil Pública nº
2009.71.00.004103-4 (novo nº 0004103-29.2009.4.04.7100) é
devido o cômputo, para fins de carência, do período em gozo de
benefício por incapacidade, inclusive os decorrentes de acidente
do trabalho, desde que intercalado com períodos de contribuição
ou atividade, observadas as datas a seguir: (Nova redação dada
pela IN INSS/PRES nº 86, de 26/04/2016.

No presente caso, o período em que Autora esteve em gozo de benefício


previdenciário, foi intercalado por contribuições, conforme comprova através do CNIS
(doc.j.), sendo que o indeferimento na via administrativa do benefício previdenciário
postulado é totalmente descabida.

Ainda, com intuito de demonstrar os períodos contributivos da Autora,


anexa a seguinte contagem:

Data Início Data Final C/E Ano Mês Dia


         
02/04/1979 09/04/1979   0 0 8
02/07/1979 11/07/1980   1 0 10
01/10/1980 11/12/1980   0 2 11
01/06/1981 10/10/1981   0 4 10
27/05/1982 06/04/1983   0 10 10
01/07/1983 17/01/1984   0 6 17
01/02/1984 05/06/1984   0 4 5
01/09/1989 15/08/1990   0 11 15
01/03/1996 31/12/1996   0 10 0
01/03/1997 31/05/1997   0 3 0
01/06/2009 30/09/2010   1 4 0
01/12/2010 07/11/2011   0 11 7
08/11/2011 09/06/2017   5 7 2
10/06/2017 31/07/2017   0 1 21
01/09/2017 30/09/2017   0 1 0
01/10/2017 28/02/2018   0 4 28
01/05/1973 30/04/1975   2 0 0
12/05/1976 09/09/1976   0 3 28
           
Total   16 2 22

Obs: O período destacado de amarelo esteve em gozo de benefício previdenciário.

Neste contexto, imperioso destacar a Súmula 73 da Turma Nacional de


Uniformização dos Juizados Especiais Federais:

”O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por


invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser
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computado como tempo de contribuição ou para fins de carência
quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento
de contribuições para a previdência social.”

Conforme demostrado na tabela acima, e corroborado por documentos que


seguem acostados a inicial, inclusive contagem da própria Autarquia, o período em que
Autora percebeu o benefício previdenciário foi intercalado por períodos contributivos.

O direito da Autora ao recebimento do benefício encontra-se totalmente


comprovado através dos documentos carreado aos autos, e pela leitura dos dispositivos supra
transcritos, inclusive encontra respaldo jurisprudencial firmado pelo C. STJ e Cortes
Federais de Justiça, como se vê das ementas a seguir transcritas:

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE. PERÍODO DE GOZO DE


AUXÍLIO-DOENÇA. CÔMPUTO PARA FINS DE CARÊNCIA. CABIMENTO. 1. É
possível a contagem, para fins de carência, do período no qual o segurado esteve em
gozo de benefício por incapacidade, desde que intercalado com períodos contributivos
(art. 55, II, da Lei 8.213/91). Precedentes do STJ e da TNU. 2. Se o tempo em que o
segurado recebe auxílio-doença é contado como tempo de contribuição (art. 29, § 5º,
da Lei 8.213/91), consequentemente, deve ser computado para fins de carência. É a
própria norma regulamentadora que permite esse cômputo, como se vê do disposto no art.
60, III, do Decreto 3.048/99. 3. Recurso especial não provido. (REsp 133.467/RS, Rel. Min.
Castro Meira, Segunda Turma, j. 28/05/2013, DJe05/06/2013).

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE. TRABALHADOR


URBANO. CARÊNCIA COMPROVADA. CÔMPUTO DO PERÍODO DE FRUIÇÃO
DE BENEFÍCIO DE AUXÍLIO DOENÇA INTERCALADO COM PERÍODOS
CONTRIBUTIVOS. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA DO DISPOSTO NO ART.
29, §5º, DA LEI DE BENEFÍCIOS. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA
SOBRE AS PARCELAS DEVIDAS. OBSERVÂNCIA DA LEI Nº 11.960/2009 A
PARTIR DA SUA VIGÊNCIA, COM RESSALVA DA SÚMULA 56 DO TRF-2ª
REGIÃO. HONORÁRIOS DE ADVOGADO. FIXAÇÃO QUANDO DA LIQUIDAÇÃO
DO JULGADO. ART. 85, § 4º, II, DO NCPC. CUMPRIMENTO DE DECISÃO
CONCESSIVA DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA ANTES DA SENTENÇA.
INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 111/STJ. PARCIAL PROVIMENTO DA
APELAÇÃO DO INSS E DA REMESSA NECESSÁRIA. (TRF2, APELREEX
01609562720144025102, Rel. Des. Fed. Messod Azulay Neto, 2ª Turma Especializada, j.
06/10/2016, p. 18/10/2016).

Destarte, uma vez negado a concessão do benefício na via administrativa


justifica-se a propositura da presente ação, para que se reverta a decisão do órgão
previdenciário, tendo em vista que todos os requisitos foram implementados.

Neste cotejo, ainda se faz necessário transcrevermos o dispositivo constitucional


que expressa um dos princípios fundamentais que regem nosso Estado, senão vejamos:

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“Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático e Direito e tem como
fundamentos:

III – a dignidade da pessoa humana.”

Dentre as normas que visam assegurar o princípio da dignidade humana,


nossa Constituição Federal dispõe em seu artigo 196 que:

“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido


mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do
risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário
às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”

Assim, quanto à proteção a saúde, prescreve a Carta Magna que dentre as


atribuições da Previdência Social encontra-se:

“Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de


regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:

I – cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade


avançada.”

A proteção prevista no artigo acima mencionado encontra-se inserida na Lei nº


8.213 de 24 de Julho de 1.991 - Planos de Benefício da Previdência Social, regulando em
seu artigo 48, o direito ao:

Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que,


cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se
mulher.            (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

Neste sentido ainda, decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região:

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE


URBANA. REQUISITOS: ETÁRIO E CARÊNCIA.
PREENCHIMENTO. 1. Para a concessão de aposentadoria por
idade urbana devem ser preenchidos dois requisitos: a) idade mínima
(65 anos para o homem e 60 anos para a mulher) e b) carência -
recolhimento mínimo de contribuições (sessenta na vigência da
CLPS/1984 ou no regime da LBPS, de acordo com a tabela do art.
142 da Lei nº 8.213/1991). 2. Tratando-se de aposentadoria por idade
urbana, a carência a ser cumprida é a prevista no art. 142 da Lei º
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8.213/91, observada aquela para o ano em que cumprido o requisito
etário, podendo até mesmo ser implementada posteriormente. 3. O
termo inicial da aposentadoria por idade deve ser fixado na data do
requerimento administrativo, consoante dispõe o art. 49, II, da Lei nº
8.213/1991.(TRF-4 - AC: 50447073420154047100 RS 5044707-
34.2015.404.7100, Relator: ROGERIO FAVRETO, Data de
Julgamento: 14/03/2017, QUINTA TURMA)

Diante dos fatos narrados, nesta incial, data vênia, é evidente que foi cerceado o
direito da Autora a receber o benefício pleiteado, em total afronta aos preceitos legais
vigentes, conforme comprova através dos documentos anexos.

Sendo assim, não há o que se falar em insuficiência de carência para concessão


do beneficio, vez que a época do requerimento, preenchia todos os requisitos para a
concessão do beneficio pleiteado, qual seja, APOSENTADORIA POR IDADE.

IV- DA TUTELA DE EVIDÊNCIA

Ao instituir o artigo 311 do Código de Processo Civil, o legislador buscou


conferir maior efetividade e celeridade à prestação jurisdicional, para que o processo deixe
de ser um fim em si mesmo e cumpra sua missão constitucional, que é a pacificação social,
com a entrega do bem da vida a quem comprovadamente dele faz jus, reduzindo o ônus da
morosidade judiciária que impossibilita o pronto acesso da parte ao que lhe é de direito.
Vejamos:

“Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente


da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do
processo, quando:

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas


documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em súmula vinculante;

[omissis]

IV - a petição inicial for instruída com prova documental


suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu
não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

Pois bem!!!

Conforme já demostrado, a presente lide justifica-se no fato de a própria


Autarquia Previdenciária, em manifesto propósito protelatório, ao não reconhecer o
período de afastamento da Autora para fins de carência, intercalado por contribuições
vertidas ao instituto, conforme comprova através da própria contagem realizada pelo
INSS, contrariou a decisão judicial proferida na Ação Civil Pública nº
2009.71.00.004103-4 (novo nº 0004103-29.2009.4.04.7100) e 0216249-77.2017.4.02.5101
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que assegurou os efeitos da decisão a todos os segurados do RGPS, o parágrafo 1º do
art. 153 da Instrução Normativa INSS/PRES n.° 77/2015 e jurisprudência firmada pelo
C. STJ e Cortes Federais de Justiça.

Diante disso, importante observar que a redação do parágrafo único do artigo


311 do Código de Processo Civil, também estabelece expressamente os casos em que o juiz
poderá decidir na forma inaudita altera parte, quais sejam, os incisos II e III, previsão essa
ratificada pela redação do artigo 9º do Código, que assim dispõe:

“Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela
seja previamente ouvida.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:

II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311,


incisos II e III;”

Diante disso, a tutela de urgência tem cabimento no presente caso, posto que há
prova documental robusta pré-constituída, precedente jurisprudencial e súmula do tribunal
superior.

Ainda neste cotejo, importante mencionar um dos enunciados aprovados durante


seminário realizado pela ENFAM (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
Magistrados) sobre o novo CPC:

“Enunciado 30: É possível a concessão da tutela de evidência


prevista no art. 311, II, do CPC/2015 quando a pretensão autoral
estiver de acordo com orientação firmada pelo Supremo Tribunal
Federal em sede de controle abstrato de constitucionalidade ou com
tese prevista em súmula dos tribunais, independentemente de
caráter vinculante.”

Se não bastasse a demonstração da prova documental inequívoca dos períodos


ora elencados, pois devidamente anotados em CTPS e CNIS e corroborados pela própria
contagem realizada no âmbito administrativo pelo INSS, o benefício pleiteado é de
natureza alimentar e como tal, deve ser prestados de imediato, sob pena de
padecimento físico e afronta ao principio constitucional da dignidade da pessoa
humana, sendo este um dos pilares fundamentais do Estado Democrático de Direito.

Portanto, é razoável a concessão da tutela de evidência, em homenagem aos


princípios do in dúbio pro mísero e da função social da previdência social.

Em despeito a este último, importante frisar que a Autarquia Previdenciária não


vem cumprindo de maneira efetiva sua função social, posto que são vários os casos em que é
necessário socorrer-se do poder judiciário para ver garantido o direito ao benefício, criando
assim uma judicialização na esfera previdenciária desnecessária, pois, de acordo com o
Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ, o INSS é o maior litigante nacional,
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correspondendo a 22,3% das demandas dos cem maiores litigantes. (Pesquisa Publicada
31.03.2011 - http://cnj.jus.br/noticias/cnj/56911-inss-lidera-numero-de-litigios-na-justica).

Assim, estando presentes os requisitos autorizadores para a concessão da


tutela de evidência, que se faz através da juntada de todos os documentos necessários, é
a medida de rigor a ser adotada no caso em tela.

V – DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Nesta oportunidade, a Autora informa que a única vaga ofertada no sistema de


agendamento da Previdência para realizar cópia do processo administrativo foi para a data
de XX.XX.XXXX, na agência de CIDADE/UF, conforme cópia do agendamento que segue
anexa.

Contudo, os documentos necessários para a análise do benefício estão todos


acostados aos autos, quais sejam, cópia dos documentos pessoais da Autora, CTPS, CNIS e
contagem administrativa realizada pela Autarquia Previdenciária quando da análise do
benefício pleiteado, demonstrando o período não computado para fins de carência.

Destarte, independente da juntada do processo administrativo, requer a


análise da concessão da tutela de evidência, tendo em vista que todos os documentos
necessários encontram-se anexados a presente exordial, sendo certo que indeferimento
administrativo se deu em total afronta as preceitos vigentes.

VI - DA CONCESSÃO DOS BENEFICIOS DA JUSTIÇA GRATUITA

Salienta a Autora, nos termos do Lei 13.105/2015, que não possui condições
financeiras de arcar com às custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do
próprio sustento. Requer e faz jus, portanto, ao benefício da GRATUIDADE DE JUSTIÇA.
Assim preceitua Lex mencionada:

Art. 99.  O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na


petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro
no processo ou em recurso.

[...]

§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida


exclusivamente por pessoa natural.

§ 4o A assistência do requerente por advogado particular não impede


a concessão de gratuidade da justiça.

Cumpre-nos salientar que o requerente junta nesta oportunidade a Declaração de


Hipossuficiência.

VII - DOS PEDIDOS


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Ante o exposto, requer a citação do INSS para que, querendo, defenda-se no
prazo legal, sob pena de revelia, para quando da final decisão, ser condenado a:

I. Conceder à autora o benefício de APOSENTADORIA POR IDADE


ESPÉCIE B - 41, desde a data do indeferimento administrativo ocorrido em XX.XX.XXXX
(NB: XXX.XXX.XXX.XX), observando os períodos constantes na CTPS e CNIS, bem
como a contagem técnica realizada pela própria Autarquia Federal, acostados na presente
inicial.

II. Pagar à parte autora o valor das prestações do benefício na forma desta
demanda, vencidas e vincendas a partir do vencimento de cada uma delas.

III. Acrescer às prestações devidas, juros moratórios que devem ser calculados
de forma globalizada para as parcelas anteriores à citação e de forma decrescente para as
prestações vencidas após tal ato processual. Quanto à taxa, requer que seja de 1% ao mês,
nos termos do artigo 406 do Código Civil e do artigo 161, § 1º, do Código Tributário
Nacional.

IV. Pagar honorários advocatícios no importe de 20% (vinte por cento) sobre o
valor total da liquidação, nos termos do artigo 85 do NCPC.

V. Requer ainda, a concessão dos benefícios da assistência judiciária instituída


pela Lei 13.105/2015 em seu artigo 90.

VI. A concessão da Tutela de Evidência, posto que todos os documentos


necessários à concessão do benefício encontram-se acostado aos autos, o indeferimento do
benefício se deu em total afronta as normas vigentes e entendimento consolidado pelos
tribunais;

Protesta e pretende provar o alegado por todos os meios


de prova em direito adquiridos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante
legal do INSS, oitiva de testemunhas, juntada de documentos, realização de perícias e outras
que possam elucidar o alegado.

Dá-se a causa, o valor de R$ 11.448,00 (onze mil, quatrocentos e quarenta e oito


reais) somente para efeitos fiscais.

Termos em que,

Pede Deferimento.

LOCAL E DATA

ADVOGADO
OAB/UF
9
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