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UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO

SUL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Thalis Luís Bolfe

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA CIVIL

Santa Cruz do Sul


2020

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Thalis Luís Bolfe

Relatório de Estágio Supervisionado


apresentado ao curso de Engenharia Civil, da
Universidade de Santa Cruz do Sul (RS), na
área de Construção Civil.

Santa Cruz do Sul, 23 de dezembro de 2020


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - fachada da obra


Figura 2 - planta humanizada
Figura 3 – check list diário
Figura 4 – check list concreto armado
Figura 5 – canteiro
Figura 6 – material de proteção guardado no canteiro
Figura 7 - canteiro
Figura 8 – verga e contraverga
Figura 9 – verga e contraverga moldado na obra
Figura 10- guincho elétrico
Figura 11 – traço da obra
Figura 12 – areia
Figura 13 - funcionário fazendo massa
Figura 14 – assentamento tijolo
Figura 15 – escada tijolo maciço
Figura 16 – amarração alvenaria com o pilar
Figura 17 - isopor
Figura 18 - isopor
Figura 19 – mesa de dobramento
Figura 20 – forma pilar
Figura 21 – forma pilar
Figura 22 – forma viga
Figura 23 – escoras de madeira
Figura 24 – escoras metálicas
Figura 25 – molhando a laje que vai receber concreto
Figura 26 – concretagem pilar
Figura 27 – concretagem laje
SUMÁRIO

1. HISTORICO DA EMPRESSA ..................................................................

2. DESCRIÇÃO DA OBRA ..........................................................................

3. RELATO DE ATIVIDADES........................................................................

4. ACOMPANHAMENTO DA OBRA.............................................................

5. REFENCIA BIBLIOGRAFICAS ............................................................

6. CONCLUSÃO ..........................................................................................
1. HISTÓRICO DA EMPRESA

A Juruena Engenharia é uma empresa familiar fundada em 16 de outubro


de 1991, dirigida pelo engenheiro José Luiz Juruena e sua esposa Carmen
Gruendling Juruena. A empresa sempre funcionou na Rua Ernesto Carlos
Iserhard, 456, onde também se encontra o depósito de materiais utilizados.
Os edifícios construídos são de pequeno e médio porte e podem ser
administrados e financiados diretamente em até 60 vezes pela construtora.
Atualmente a empresa dispõe de uma equipe com 13 funcionários que trabalham
na única obra em construção no momento. Para a execução de serviços elétricos
e hidráulicos são contratados profissionais terceirizados de empresas locais que
dão sempre a devida garantia após a entrega da obra.
A instituição busca sempre estar operando de acordo com as normas de
trabalho vigentes, por isso conta com a Ergoss como assessora. Desde a sua
origem nunca se envolveu em ações trabalhistas, pois sempre procura seguir
corretamente as leis que regem o setor. Além disso, tem como meta e maior
preocupação cumprimento nos prazos de entrega das cons-truções.
2. DESCRIÇÃO DA OBRA

A obra escolhida para a realização do estágio supervisionado em


Engenharia Civil foi a do edifício Cozumel, localizada na Rua Santa Amaro,
número 138, Bairro universitário e sendo executada pela empresa Juruena
Engenharia e Construções Ltda. O responsável técnico da obra é o Engenheiro
Civil José Luiz Juruena e a Engenheira Christina Gruendling Jurena, cuja
identificação no CREA é 34080 e 245.189
O edifício terá 5 andares, sendo o térreo com uma peça comercial A obra
Na figura 1 é possível ver a fachada da edificação.

Figura 1 - Fachada da obra

Fonte: agiliza

O residencial possui 5 jk, 10 apartamentos de 1 dormitório e 5


apartamentos de 2 dormitórios.
O sistema estrutural escolhido para a obra foi de Concreto Armado, com
pilares, vigas e lajes pré-moldadas e as paredes são de alvenaria convencional.
A planta baixa e fachadas foram realizadas por uma arquiteta que a empresa
contratou para esta edificação, porém, sempre com a ajuda do
engenheiro para solucionarem as dificuldades encontradas. Depois de prontas,
uma empresa contratada finaliza o projeto arquitetônico e faz a fachada e a
planta humanizada apresentada na figura 2.

Figura 2 - Planta humanizada

Fonte: agiliza

3. RELATO DAS ATIVIDADES

A seguir serão apresentadas as atividades desenvolvidas ao longo do


estágio supervisionado, tendo como principal atividade o acompanhamento
contínuo da obra, sempre observando o que foi aprendido em aula, porém agora
na prática.
Foram desenvolvidas as seguintes atividades durante o estágio:
- Acompanhamento semanal da obra, nos dias: segunda-feira, terça feira quarta-
feira, quinta feita e sexta-feira;
- Verificar se o canteiro de obras está de acordo com as normas;
- Verificação das instalações;
- Check list diário e- Check list concreto armado.
Na figura 3 é apresentado o check list diários das atividades realizadas
durante o estágio supervisionado em Engenharia Civil. Durante os 2 meses -
setembro, e outubro -, o acompanhamento da obra foi feito em todas as
semanas, sempre visando aprender o máximo possível do dia-a-dia de um
engenheiro civil. No item 4.1 será demonstrado detalhadamente as etapas da
obra.

Figura 3.

Na figura 4 é apresentado o check list diários das atividades realizadas durante


o estágio supervisionado em Engenharia Civil é apresentado o Check list
concreto armado.

Figura 4
4.1 Acompanhamento da obra

De setembro até novembro, semanalmente, foram feitas visitas à obra


para acompanhar o desenvolvimento desta. Os dias da visita eram todos os dias
da semana. As visitas ocorriam sempre no início da manhã e no final da tarde
para que depois o estagiário pudesse realizar as outras atividades.
No início do estágio estava realizando-se a concretagem da laje do quarto
pavimento. Durante os 2 dois meses de estágio foi possível acompanhar a
construção de parte dos dois pavimentos, desde a concretagem de pilares, vigas,
lajes até o assentamento de tijolos.

4.1.2 Funcionários da obra e suas funções

A obra conta com onze funcionários, sendo um mestre de obras, oito


pedreiros e três serventes, além dos funcionários das empresas terceirizadas
responsáveis pelas instalações elétricas e hidrossanitárias.
Observou-se que a função desempenhada pelo mestre de obras é de
passar as informações e ordens vindas do engenheiro responsável pela obra
para os demais funcionários.
Os pedreiros desempenham diversas funções, dependendo de como está
o andamento da obra. Eles auxiliam o mestre de obras no dobramento das
armaduras, assentam os tijolos, fazem os cortes verticais para passagem das
instalações, montam as fôrmas das vigas, lajes e escada, e ajudam no processo
de concretagem destes.
Já os serventes são responsáveis pelo transporte de materiais dentro da
obra, ou seja, eles levam materiais como tijolos do local de armazenamento até
o local de assentamento; além disso eles produzem a argamassa que é feita em
obra
4.1.3 Canteiro de obras

O canteiro de obras se apresenta em boas condições para os seus funcionários,


conforme ilustrado na figura 5,6 e 7.

Figura 5 – Canteiro

Fonte: autor
Figura 6- Materiais de proteção guardado no canteiro

Fonte: autor

Figura 7 -Canteiro

Fonte: autor
4.1.4 Vergas e contraverga
Vergas e Contra Vergas são elementos estruturais presentes na alvenaria que
funcionam como pequenas vigas para a distribuição de cargas e tensões em
vãos como portas e janelas. As vergas ficam na parte de cima de toda porta,
janela ou qualquer outra abertura e a contraverga fica na parte de baixo de
Janelas ou outro tipo de abertura que demande um peitoril. Tanto as vergas
quanto as contravergas devem ter um comprimento maior que a abertura e
serem apoiadas dos dois lados na alvenaria de no mínimo 30 cm de cada lado
do apoio, assim distribuindo corretamente as cargas. Tanto as vergas quanto as
contravergas são feitas de uma peça pré-moldada de concreto, moldada na
obra, conforme ilustrado na figura 8 e 9.

Figura 8- Vergas e contraverga

Fonte: autor
Figura 9- Vergas e contraverga moldada no local da obra.

Fonte: autor
4.1.5 Transporte de materiais dentro da obra (vertical e horizontal)

Por se tratar de uma obra de /médio porte, o transporte de materiais dentro


da obra acontece de forma simples, sempre dependendo da mão-de-obra dos
serventes.
Para o transporte vertical dos materiais foi montado um guincho elétrico,
apresentado na figura 10. Este processo depende de dois funcionários da obra:
enquanto um coloca o material (neste caso, argamassa) dentro do balde de
pedreiro e aciona o guincho através de um controle, o outro funcionário precisa
estar no pavimento superior para recebimento do material.
Figura 10- guincho elétrico

Fonte autor.
Assim como é feito o transporte da argamassa pelo guincho elétrico, o transporte
de outros materiais, como tijolos vergas contraverga e vigota, também ocorrem
dessa maneira. Dessa forma, o transporte desses materiais é realizado
lentamente, pois o espaço para carregá-los no balde é muito pequeno.

4.1.6 Produção da argamassa

Segundo a NBR 13529, a argamassa preparada em obra é uma


argamassa simples ou mista, cujos materiais constituintes são medidos em
volume ou massa e misturados na própria obra.
O engenheiro responsável optou pela produção da argamassa em obra,
ao invés de utilizar uma argamassa industrializada. Na figura 11 o traço utilizado
na obra para cada função desejada.

Figura 11

Fonte: autor
Para o armazenamento dos materiais utilizados para produção de argamassa,
verificou-se que a obra possui uma organização boa quanto a isso, pois os
materiais não atrapalham a circulação de funcionários dentro do canteiro de
obras, como mostra na figura 12. O local onde é feito o armazenamento da areia
é coberto, evita perdas quando acontece chuvas.

Figura 12 - areia armazenada

Fonte: autor
Figura 13- funcionário fazendo argamassa

Fonte: autor.
4.1.7 Assentamento de tijolos

Como o processo construtivo dessa obra é de Concreto Armado, as


paredes são apenas de vedação, portanto, não possuem o papel de suportar
esforços; o engenheiro optou por fazer as paredes de alvenaria com blocos
cerâmicos, a escada foi projetada com tijolos maciços.

Figura 14 - pedreiro assentando tijolos

Fonte: autor.

Figura 15 – Escada em tijolo maciço

Fonte: auto
Para a amarração da alvenaria com os pilares, são colocadas telas estruturais,
como mostra a figura 16. Essa etapa da obra é de extrema importância para
evitar o surgimento de fissuras entre a estrutura de concreto armado e a parede
da alvenaria.

Figura 16 - amarração de alvenaria com pilar

Fonte autor

Nesta obra a execução de alvenaria e estrutura de concreto armado, no


assentamento da alvenaria foi utilizado um isopor estrutural o prédio foi
construído na divisa com o prédio vizinho, caso o prédio vizinho dilatar, o isopor
fara essa função e não vai deixar chegar no edifício que está sendo construído
sofrer alterações. Na figura 14 e 15 podemos observar a utilização do isopor no
assentamento da alvenaria
Figura 17 – isopor utilizado no assentamento da alvenaria

Fonte: autor

Figura 18 - Isopor utilizado no assentamento da alvenaria

Fonte: autor
4.1.8 Dobramento das armaduras;

O corte dos ferros utilizados nesta construção é feito na obra: eram


cortados os ferros de vigas e pilares e seus respectivos estribos. Os
equipamentos utilizados para o corte são: uma serra para corte de ferro e uma
máquina para cortar vegalhão.
Como pode-se visualizar abaixo (figura 16), este é o local onde os ferros
das vigas, pilares e escadas eram dobrados: uma "mesa" de madeira com
pregos de diâmetro indefinidos dispostos em determinados lugares para o
dobramento.
Figura 19 - mesa de dobramento

Fonte: autor

4.1.9 Montagem das fôrmas e escoramento das lajes;

As fôrmas utilizadas nessa obra são feitas de madeira e servem de molde


para a execução das peças de concreto. Na figura 20, 21 e 22 podemos observar
as formas de pilares e vigas.
Figura 20 – Fôrma de Pilar

Fonte: autor

Figura 21 - fôrma de pilar

Fonte: autor.
Figura 22 - fôrma de viga

Fonte: autor.
As escoras utilizadas nessa obra são feitas de madeira e escoras metálicas de
aço. Com a execução do estágio e vivenciando o dia, dia da obra, analisando
que as escoras metálicas são mais eficientes do que as escoras de madeiras,
sua utilização muito mais prático, podendo ajustar a altura desejada sem nenhum
tipo de recorte e utilização de cunhas como tem que fazer nas escoras de
madeira com na figura 23 e 24 podemos observar as escoras metálicas e de
madeira.

Figura 23 – Escoras de madeira

Fonte: autor
Figura 24 – Escoras metálica

Fonte: autor.

4.1.10 Concretagem de pilares, vigas e lajes

Antes do concreto chegar na obra, era feita uma averiguação, e feita o


check list como na figura 4. Quando possível, também era realizada uma última
conferência se foram deixadas as esperas para as instalações. Se tudo estivesse
certo, estaria aprovado o recebimento do concreto. Antes de iniciar a
concretagem sempre é molhado a superfície onde vai receber o concreto para
facilitar a aderência.
Figura 25 – Molhando a laje onde vai receber concreto

Fonte: autor.

Na concretagem da viga lajes e pilares são utilizados vibradores para deixar a


concretagem mais uniforme, na figura 26 e 27 podemos observar.

Figura 26 – Concretagem Pilar

Fonte: autor
Figura 27 – Concretagem Laje

Fonte: autor
4.1.11 Instalação de fosa e filtro

A Fossa Séptica é um tratamento primário essencial de esgoto doméstico no


qual é feita a separação e transformação da matéria sólida contida no esgoto. As
Fossas Sépticas são fundamentais no combate a doenças, verminoses e
endemias, como a cólera, e evitam o lançamento da poluição dos dejetos
humanos no lençol freático, rios, lagos e nascentes. A Fossa é regulamentada
pela NBR 7229/93.
Na obra foi feita a instalação de fossa e filtro conforme foi feito em projeto,
conforme as figuras a seguir.

Instalação de fosa e filtro

Fonte: autor
Instalação de fosa e filtro

Fonte: autor
CONCLUSÃO

O relatório de estágio teve como intuito ampliar o conhecimento á respeito dos


desafios e das dificuldades encontradas no dia-a-dia do profissional da
Engenharia Civil, colocando a teoria que ganhamos nas aulas em pratica no
estagio, bem como destacar fatores de grande relevância para sua formação.
Verificou-se que, de modo geral, a obra cumpre com as normas referentes
à Engenharia Civil, porém, deve-se haver uma maior organização dentro do
canteiro de obras como melhor armazenamento de materiais como a areia, a brita
e a cal.
6.0 REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.escolaengenharia.com.br/verga-e-contraverga/

https://www.totalconstrucao.com.br/encunhamento/

https://www.novesengenharia.com.br/alvenaria-estrutural-amarracao/

https://torcisao.ind.br/2019/09/26/escoramento-metalico/

https://blogpraconstruir.com.br/etapas-da-construcao/canteiro-de-obras/

https://www.escolaengenharia.com.br/concretagem/

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15270-1: Componentes


cerâmicos: blocos e tijolos para alvenaria. 2017a.

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