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EDUCAÇÃO
PELO
TRABALHO
Norbero Odebrecht 1
Educação pelo Trabalho
Jovem de Talento
Para a Organização Odebrecht, Jovem de Talento é aquele possuidor de vontade e
capacidade de servir, bem como da agressividade e da competitividade naturais à sua
faixa etária.
Dotado de liderança natural, o Jovem de Talento que nos interessa sabe como motivar
e coordenar um grupo, conduzi-lo a novas e melhores realizações e estimular cada um
dos integrantes desse grupo a desenvolver-se.
O bom desempenho escolar pode ser um dos indicadores de Talento, vez que denota
disciplina, força de vontade e zelo do Jovem no cumprimento de suas tarefas, mas
jamais pode ser entendido como o único e exclusivo indicador do caráter, talento,
vocação e motivação do Jovem que a Organização necessita para construir seu
Futuro.
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Educação pelo Trabalho
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dos titulares dos direitos.
o
EXEMPLAR N
FICHA CATALOGRÁFICA
Odebrecht, Norberto, 1920 - ........
023 Educação pelo Trabalho / Tecnologia Empresarial Odebrecht / Norberto
a
Odebrecht / Salvador: Odebrecht, 1 ed., 1991
564 pp., il., 22cm
Inclui índice
1. Administração. 2. Filosofia Organizacional.
I. Título
CDD - 658.001
CDU - 65.01
ISBN - 85-85023-11-2
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Educação pelo Trabalho
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Educação pelo Trabalho
Lúcio Costa
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Educação pelo Trabalho
Prefácio
Desde nossas origens, temos sido e deveremos continuar a ser uma Organização na
qual o futuro determina o presente.
Os resultados que obtemos a cada momento, por melhores que possam parecer,
serão sempre insuficientes, quando confrontados com os resultados que precisamos
obter mais adiante, para satisfazer as necessidades e expectativas de todos aqueles
com os quais mantemos um relacionamento de interdependência.
Este livro trata do tema mais estratégico que pode mobilizar uma organização voltada
para o futuro: a educação pelo trabalho.
Segundo entendo, empresário, quando autêntico, é um tipo muito especial de Ser, pois
seu propósito de vida é servir aos seus semelhantes, liderando a produção de
riquezas, isto é, dos bens e serviços de que nossa espécie necessita, para sobreviver,
crescer e perpetuar-se.
É preciso ficar claro que, embora lide com coisas, processos e técnicas, a essência do
trabalho do empresário reside no relacionamento permanente com Seres Humanos,
cada qual dotado de caráter e forças que devem ser conhecidas, bem como de
necessidades e expectativas que precisam ser satisfeitas pelo empresário.
Por seu turno, uma organização empresarial só pode sobreviver enquanto for liderada
por empresários autênticos, capazes de, permanentemente, identificar novas oportuni-
dades de servir.
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Educação pelo Trabalho
Como este livro versa sobre tal estratégia, fica claro que seu beneficiário final é o
Cliente da Organização.
Em primeiro lugar, pelo fato de o livro ora apresentado fornecer as bases para que se
amplie, intensifique e melhore o ciclo permanente de educação pelo trabalho na
Organização.
Desta forma, o Cliente poderá ser servido ainda melhor, por empresários mais
qualificados, mais produtivos e mais competitivos.
Espera-se que o Acionista, diante deste livro, sinta-se igualmente seguro, tranqüilo e
confiante acerca do empenho dos empresários da Organização, no sentido de
preservar e ampliar o Patrimônio Moral e Material que lhes foi confiado, investindo-o
em Negócios rentáveis e de alto potencial de crescimento e assegurando a adequada
liquidez.
*** * ***
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*** * ***
O propósito deste livro não é, todavia, “polemizar” e, tampouco, “impor” pontos de vista
como se fossem “dogmas” de validade universal. Pretende-se, tão-somente,
apresentar as bases sobre as quais repousa nosso ciclo permanente de educação
pelo trabalho, parte inseparável da Tecnologia Empresarial Odebrecht.
Tais princípios e conceitos não foram “inventados”. Foram aprendidos e
sistematizados ao longo de décadas de vida empresarial.
*** * ***
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Educação pelo Trabalho
É preciso enfatizar que este último ponto representa o fundamento sobre o qual
repousam nossas Concepções Filosóficas e, mais especificamente, nossa confiança
no Ser Humano.
Cada Ser Humano possui forças que ele próprio pode desenvolver, desde que tenha
caráter, talento, vocação e motivação e encontre um clima organizacional adequado e
seja orientado por um líder realmente comprometido em apoiar sua educação.
Atendidos tais requisitos, então não haverá limites para o desenvolvimento deste Ser
Humano: ele tenderá a ser o melhor, no campo de trabalho que escolher.
Ora, quem possui o maior poder dentro de uma empresa? De um lado, o Cliente, que
paga pelos bens e serviços por ela produzidos; de outro, o Acionista, proprietário do
Patrimônio Moral e Material da Organização.
Estes dois atores econômicos - o Cliente e o Acionista - são os que decidem de fato,
no dia-a-dia, se a empresa deve sobreviver ou morrer.
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Assim, em uma empresa, que existe para servir, não há lugar para a rivalidade, mas
para a emulação entre parceiros e para a concorrência, em relação a outras empresas
que disputam a oportunidade de melhor satisfazer o Cliente.
O “líder” que estimula a rivalidade entre seus colaboradores não faz jus a esse título,
por estar desperdiçando a criatividade, a energia e o tempo de todos, e por ser tal
desperdício o ponto de partida para a ruína e a degradação humanas.
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Por outro lado, o Líder Autêntico precisa tornar cristalina, na mente de seus Jovens
liderados, a idéia de que - na vida empresarial - só tem valor o conhecimento adquirido
através da prática produtiva, e que possa ser reaplicado, de maneira enriquecedora, a
essa mesma prática.
*** * ***
Este livro não é uma obra literária, feita para distrair o Leitor em suas horas de lazer.
O Leitor encontrará, também, muitas coisas iguais, ditas de maneira diferente, e até
mesmo repetições. Repetições inevitáveis, porém, ao se considerar que este livro
pretende contribuir para forjar uma linguagem única e ao se considerar que, conforme
os romanos já o sabiam, a repetição é a mestra do estudante.
*** * ***
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Agradeço, também, a Antônio Carlos Viard, o qual - há quase uma década - tem-me
ajudado na tarefa de sistematizar e desenvolver a Tecnologia Empresarial Odebrecht.
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PLANO DO LIVRO
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ROTEIRO
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Parte VI
Conclusão....................................................................................................... 304
ÍNDICES
Índice Geral ................................................................................................... 307
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I
Bases para o Diálogo
Trata-se, a rigor, de uma parte introdutória, voltada para situar as bases sobre as
quais deve repousar o Sistema Educacional da Organização.
Como se trata de um fenômeno natural, discute-se neste capítulo a maneira pela qual
podemos assegurar o desenvolvimento das Pessoas e o crescimento das organi-
zações, sem perturbar a harmonia que deve existir entre a Natureza e os Seres
Humanos.
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Educação pelo Trabalho
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TENDÊNCIA À DETERIORAÇÃO
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Educação pelo Trabalho
Göethe
Tudo o que construímos até o presente só mantém seu valor se - e enquanto - estiver
comprometido com a construção do futuro. Futuro que precisamos visualizar, a partir
da adequada identificação das tendências com relação às quais devemos interagir, de
maneira proativa, ou seja, antecipando-nos aos seus efeitos e alterando-os, sempre
que necessário, para que sirvam aos nossos propósitos e ao Rumo estabelecido por
nossos Acionistas.
• o enfoque na contribuição,
Devemos estar alerta com relação a todas elas, mesmo as mais efêmeras, pois cada
uma pode encerrar novas e melhores oportunidades de servir.
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organizações.
Diante desse fato, que atos devemos realizar e que resultados obter, para que nossa
Organização possa crescer, contribuindo para o desenvolvimento das pessoas que a
integram?
Na Natureza, o que não se renova é destruído, precisamente para que o novo possa
crescer e desenvolver-se.
É o que acontece, por exemplo, quando uma folha de árvore cai ao solo: deteriora-se
e, assim, libera nutrientes que serão aproveitados por outras formas de vida.
Portanto, estamos trabalhando em perfeita sintonia com a Natureza, quando, sem ferir
suas leis:
A respeito desse segundo ponto, observe-se que agimos de acordo com as leis
naturais, quando levamos a tendência à deterioração às últimas conseqüências,
através da supressão do que - pelas contingências do desenvolvimento - tornou-se
ultrapassado ou improdutivo, e sua conseqüente substituição por algo novo.
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produtividade e capazes, por isto, de melhorar nossa imagem junto ao Cliente e gerar
maior liquidez para a Organização.
Entretanto, em nosso afã de agir de maneira proativa, precisamos ficar atentos para
não ultrapassar o âmbito de validade de dada tendência, sobretudo quando se lhe
contrapõe uma outra.
Ou ainda, como ocorre no caso das leis do relacionamento humano, sempre que
existirem determinados princípios morais que devem ser cumpridos disciplinadamente,
viabilizando a existência do respeito entre os Seres Humanos.
Princípios morais que não surgiram por acaso: são leis do relacionamento humano
julgadas tão imprescindíveis por nossos ancestrais, a ponto de terem sido explicitadas
da maneira mais imperativa possível.
Conforme sucede com todos os seres vivos, nós próprios tendemos à deterioração.
Além disto, temos algo que nos diferencia de todos os demais seres vivos, qual seja o
fato de que cada um de nós é um Ser Inacabado e, portanto, capaz de desenvolver-
se, através do exercício da vontade e da disciplina.
A educação das crianças é o instrumento pelo qual cada geração tem transmitido à
geração seguinte seu aprendizado na difícil arte de sobreviver, crescer e perpetuar,
inovando a espécie.
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INTEGRAÇÃO DE NOVOS BONS
EMPRESÁRIOS
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Foi nessa época que se constatou a necessidade de criar uma “Holding”, com o
propósito de liderar a crescente diversificação de nossos investimentos. Esta
“Holding”, Odebrecht S/A., foi instituída em 1981.
Em 1988, ocorreu a terceira transição de gerações, abrangendo os níveis
estratégico/empresarial e político/estratégico, no âmbito de uma Organização que hoje
se desdobra em várias áreas negociais e com marcada atuação internacional, sob a
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Durante todo esse tempo, ocorreram profundas mudanças no Mundo, no País, nas
Pessoas e na própria Organização.
Porém, para esta última, tudo mudou, sobre uma base que não muda nunca; qual
seja, a necessidade permanente de satisfazer
• Clientes e
• Acionistas,
Face a tal constatação, pretende-se que este livro sirva de base para a construção do
consenso acerca do futuro da Organização Odebrecht.
Com efeito, produzir - em vez de tarefa de “robôs” - constitui tarefa de Seres Humanos
criativos, capazes de colocar seus músculos a serviço dos respectivos cérebros, pois:
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Se, na esfera econômica, produzir e educar são uma só coisa, então empresário é
quem - ao mesmo tempo - produz para os outros e educa a si mesmo e os outros, na
escola da imagem com produtividade e liquidez.
Por outro lado, se o empresário está comprometido não só em produzir hoje, mas em
produzir sempre, então, deve lembrar-se de que:
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Educação pelo Trabalho
Neste capítulo, foi mostrado que a integração de novos e bons empresários é a chave
do sucesso de nosso empenho em perpetuar a Organização Odebrecht e que, para
haver esta integração, é indispensável a educação pelo trabalho.
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3
EIXO CLIENTE / ACIONISTA
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Assim como no passado e no presente, o futuro que pretendemos construir exige que
a educação pelo trabalho seja realizada sobre a linha reta que une:
Nessa linha reta, ocorre, simultaneamente, o fluxo, por intermédio do qual o espírito de
servir de nossos Acionistas chega até o Cliente; e o refluxo, por intermédio do qual o
Cliente satisfeito retribui, assegurando os resultados de que necessitamos, para que
continuemos a servi-lo.
ACIONISTA CLIENTE
(*)
Estas e as demais frases de abertura transcritas sem aspas e indicação de autor são parte
integrante da Tecnologia Empresarial Odebrecht.
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Educação pelo Trabalho
No eixo Cliente/Acionista, sob a orientação direta de seu líder imediato, cada Jovem
de Talento - coordenando e integrando sabedoria e conhecimento, reflexão e ação,
planejamento e execução - precisará dedicar-se, no cotidiano:
• a obter os resultados esperados pelo Acionista, por intermédio dos quais serão
assegurados a sobrevivência, o crescimento e a perpetuidade da Organização.
É comum citar Robinson Crusoé como exemplo de alguém que trabalhava para si
próprio, satisfazendo diretamente suas necessidades.
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Educação pelo Trabalho
Ao se reler o livro ou, ao menos, ao se puxar pela memória, vê-se que Robinson
Crusoé possuía propósitos muito claros: avaliou adequadamente suas forças, e
formulou - a partir dessas forças - sucessivos planos e programas.
Além de disciplina e energia, Crusoé possuía uma criatividade sem limites e sentia
prazer em trabalhar.
Dessa maneira, Robinson Crusoé foi acumulando bens preciosos que teriam
compradores certos quando retornasse.
Por outro lado, ao nos lembrarmos de Sexta-Feira, fica claro como Robinson Crusoé
obteve sucesso na educação daquele silvícola, pelo trabalho, e como - em função
disto - aumentou a produtividade de sua “empresa” e a qualidade de vida de ambos.
O livro que comentamos é, até hoje, um sucesso editorial, não propriamente por
relatar a vida de um náufrago, mas por transmitir - de maneira agradável e com muito
otimismo - um sólido conteúdo moral que pode ser assim resumido:
• por pior que possa parecer sua situação, o Ser Humano jamais deve perder a
esperança de que dias melhores virão; e
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Educação pelo Trabalho
Esta consciência é universal e está presente nos princípios a seguir enumerados, que
constituem o cerne de nossas Concepções Filosóficas:
Como Clientes são Seres Humanos que só podem ser satisfeitos por outros Seres
Humanos, segue-se que a Organização só pode crescer se, continuamente:
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C OMUNICAÇÃO
Figura 2 - ORGANIZAÇÃO
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PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA
IDADES
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São ainda portadores de uma sabedoria prática que devem transmitir aos demais,
através da liderança, do tempo, da presença e do exemplo.
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De acordo com a tabela, as três idades correspondem, de maneira geral, a três níveis
decisórios bem específicos, graças aos quais o Acionista da Organização se relaciona
permanentemente com cada Cliente.
Como vai percorrer, ao longo de sua vida produtiva, caminho análogo ao dos
integrantes das demais gerações que encontra quando de seu ingresso, é
indispensável que o Jovem de Talento respeite os Líderes de Segunda e Terceira
Idades, porque:
No bojo dessas duas revoluções, foi mudando o conceito de trabalho, o qual - em vez
de dispêndio de energia alienante e embrutecedor, como muitos o consideravam no
passado - passa a ser visto, por um número crescente de indivíduos, como algo
prazeroso e realizador.
Assim sendo, a ampliação do período de vida produtiva será - mais e mais - uma
reivindicação daqueles para os quais servir ao próximo é antes um direito que um
dever.
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CONCEPÇÕES
FILOSÓFICAS
amizade respeito disciplina
RETI- RESULTADOS
RATIFICAÇÃO
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• com base em seu Plano de Vida e no Plano de Carreira de seu Líder imediato,
elabora seu próprio Plano de Carreira;
• estimulado pelo Plano de Ação efetuado pelo mesmo Líder imediato e pelas
características dos Clientes que identifica ao longo de sua trajetória
profissional, vai construindo sua vida e sua carreira, peça por peça, através de
sucessivos Programas de Ação; e
Embora limitada a um só país, minha experiência acumulada revela que não têm sido
muito numerosos os casos nos quais - ao sair do âmbito da educação familiar ou
mesmo da educação acadêmica - o Jovem esteja pronto para ocupar seu lugar na
linha ou no apoio.
Ainda mais grave é o caso dos Jovens vivendo a situação hoje denominada de
adolescência tardia; ou seja, adultos, muitos dos quais graduados ou pós-graduados,
ainda presos ao lar paterno, por vínculos de dependência econômica ou afetiva.
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concepções equivocadas que até então nortearam suas vidas e colocando em prática
as únicas capazes de levá-los ao sucesso e à realização plena.
Que tipo de apoio o Líder de Segunda Idade necessita para que nossa cultura
impregne a mente de Jovens assim despreparados, capacitando-os a adquirir e a
praticar os conhecimentos aplicados indispensáveis ao sucesso?
Pode contar - conforme foi visto - com o apoio de assessores eficazes e eficientes, ou
seja, com especialistas em determinada área de conhecimento ou prestadores de
serviços, desde que se tome o necessário cuidado para que os mesmos não venham
a usurpar a tarefa educacional, indelegável do Líder Empresarial.
Além disto, os Líderes de Segunda Idade podem contar com apoio ainda mais valioso,
ao se considerar que os Líderes de Terceira Idade, além da predisposição de cuidar
da perpetuidade da Organização, terão, cada vez mais vigor e energia, seja pelo
aumento progressivo da expectativa média de vida, seja pelo fato de se sentirem úteis.
Essa constatação abre um campo novo para que tais líderes mais amadurecidos
assumam crescente responsabilidade na educação dos Jovens de Talento e, assim,
possam:
O propósito deste capítulo é servir de alerta aos Seres Humanos que integram a
Organização quanto à necessidade de se estabelecer as bases de um convívio sadio
entre Pessoas da Primeira, Segunda e Terceira Idades, visando ao desenvolvimento
de cada uma e ao crescimento da Organização.
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CONVERSA EM TORNO DA
FOGUEIRA
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Através deste livro, busco colocar em prática tal idéia, na tentativa de transmitir a cada
Jovem Leitor dados, fatos, atos e resultados profundamente entranhados na vida da
Organização Odebrecht.
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Porém nesta parte inicial, vale relatar uma história muito rica em ensinamentos: muito
moço, conheci um belo lugar chamado Gamboa do Morro. Havia, ali, um núcleo de
pescadores com cerca de cinco mil almas, há muito tempo isolado do convívio com
outras comunidades.
Nessa época, aprendi que, para sobreviver, crescer e perpetuar-se de maneira sadia,
as comunidades - e também as organizações - precisam constantemente de sangue
novo; de pessoas diferentes, capazes de oferecer novos desafios e motivações
àqueles que há longo tempo convivem entre si.
Esta história mostra como é vital, para nós, continuamente identificar, educar e
integrar Jovens estuantes de vida e cujas idéias - portadoras de “novos genes” -
possam fertilizar e ser fertilizadas pelas idéias daqueles que há mais tempo se
encontram integrados à Organização.
Existem diversas outras histórias que os Jovens precisam ouvir, para aprender como
funcionam as leis da Natureza e da Economia e passar a usá-las em benefício de
todos.
Algumas serão contadas neste livro. Há muitas outras, porém, que só terão o
necessário impacto e servirão como meio de aprendizado quando narradas ao Jovem
de Talento, ao pé de uma fogueira diferente:
Quando a mente está ávida para resolver alguma questão prática, é como se em cio
estivesse: cada nova idéia que se lhe apresenta possui incrível poder fecundante,
gerando instantaneamente novas tentativas de abordar e equacionar tal questão.
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• de onde vim ?
• o que sou?
• para onde vou?
• o que deixou de ser produtivo e precisa ser abandonado, diante de sua decisão
de converter-se em empresário e
Descobrirá, também, o que deverá ser mudado em seu presente, a fim de colocar tal
presente a serviço do futuro desejado.
Este livro pretende ser a primeira das inúmeras conversas ao pé da fogueira que
deverão tornar-se ainda mais freqüentes na Organização.
• o Cliente, que deseja ser cada vez melhor servido, hoje, amanhã e sempre;
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Erigido com base neste espírito, as Pessoas que participarem das tarefas
educacionais da Organização irão sentir-se, certamente, úteis e produtivas e, por isto,
profissionalmente realizadas e pessoalmente felizes.
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II
Da Infância à Juventude
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Esta segunda parte é, por certo, a mais prazerosa de todo o livro, em face das
histórias e dos casos relatados em seus cinco capítulos, quais sejam:
6. Um Pouco de História
7. Infância e Adolescência
8. Desafio da Juventude
9. Praticando a Parceria
10. Conceito de Pequena Empresa
O Capítulo 9, por seu turno, revela de que forma a prática da parceria, aliada a uma
conjuntura favorável, levaram o então jovem empresário ao sucesso.
Sucesso este para o qual, conforme será visto na Parte III deste livro, ainda não
estava preparado para desfrutar, pois faltava-me a necessária maturidade.
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UM POUCO DE HISTÓRIA
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Educação pelo Trabalho
Emílio Odebrecht, meu pai, nascido neste País em 1894, abraçou a carreira de
engenheiro e teve o privilégio de tornar-se discípulo de Emílio Baumgart, pioneiro do
uso do cimento armado no Brasil.
Nasci no Recife, em 1920. Alguns anos depois, atenuada a fase febril de construções
em Pernambuco, minha família mudou-se para Salvador, onde se radicou.
A Bahia, no início deste século, era uma autêntica província, e Salvador, uma pequena
cidade submetida aos então hegemônicos interesses do mundo rural.
A rigor, a Capital baiana não passava de um entreposto comercial, cuja vida era
regulada por uma pequena elite: os grandes atacadistas, dedicados aos negócios de
importação e exportação; os banqueiros, voltados para financiar o comércio, a
agricultura e o governo; e os fazendeiros, aí incluídos os ricos cacauicultores, assim
como a antiga aristocracia rural do Recôncavo, na qual se destacavam os senhores de
engenho.
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Educação pelo Trabalho
Entre os que dominavam a economia baiana nas primeiras décadas deste século,
prevaleciam as relações ditadas pelo compadrio e pelas convenções sociais.
A engenharia, naquele tempo sinônimo de engenharia civil, era tida como profissão
pouco nobre, destinada aos estrangeiros ou então aos filhos de imigrantes e de outras
famílias consideradas de “baixa extração social”.
Afinal, trabalhar com peões e mestres de obras era coisa imprópria a “pessoas de fino
trato”.
Esta prática era tão arraigada que, anos mais tarde, na década de 40, testemunhei o
caso de dois grandes construtores baianos, falecidos repentinamente, cujo patrimônio
pessoal foi arrestado pelos credores, deixando à míngua as respectivas famílias.
Quando, ainda na faixa dos 24 anos, eu mesmo fiquei preso ao leito durante 37 dias,
acometido de paratifo, constatei que a saúde do empresário não lhe pertence;
pertence, isto sim, a seus Clientes, Acionistas, credores, colaboradores e, em último
lugar, à sua família.
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Educação pelo Trabalho
Naquela época, o meio era tão hostil ao desenvolvimento produtivo que, quando
surgia alguém dotado de espírito empresarial, sabia-se - de antemão - o que iria
acontecer: “pai rico, filho nobre e neto pobre”.
Diante do cenário humano de Salvador nas primeiras décadas do Século XX, o Leitor
poderá compreender os cuidados dos pais, relatados no próximo capítulo, no que se
refere à educação do futuro empresário.
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INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
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Devido à sua sólida formação luterana, para meus pais, qualquer tipo de trabalho era
dignificante. Também, para eles, a parcimônia, a poupança e o uso produtivo do
tempo sempre se inscreveram dentre as mais belas virtudes.
Para que fossem preservados crenças e valores familiares, minha educação - assim
como a de minhas irmãs - foi feita de maneira isolada, e aprendemos a falar, primeiro,
o Alemão; depois, o Português.
Para meus pais, educar era muito mais do que instruir, pois entendiam educação
como sinônimo de formação - “Bildung”(*).
Muito mais tarde, dei-me conta de que nossos pais queriam legar-nos uma concepção
de mundo muito específica, própria daqueles hoje chamados de empresários.
(*)
Segundo o dicionário Langenscheidts Wörterbuch, o termo significa: formação, instrução,
constituição (cultural e educacional).
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A base a partir da qual o Ser Humano adquire e aprofunda sua concepção empresarial
de mundo reside:
• de um lado, na crença de que ele existe para servir aos seus semelhantes; e,
Tal crença, ou o Ser Humano a adquire, pouco a pouco, a partir da educação que
recebe na infância, ou precisará aprendê-la, a duras penas, quando alcançar a idade
adulta. No meu caso particular, tive o privilégio de assimilá-la desde tenra idade.
Na rígida educação luterana que recebi, o exercício do amor materno sempre foi
sinônimo de humildade, disciplina e trabalho.
Para cada faixa etária, havia tarefas simples a serem cumpridas, apropriadas às
forças e ao discernimento da criança, cada qual no tempo certo e dentro de um
determinado padrão de qualidade.
Arrumar cama, limpar e lavar a casa, lavar e passar roupa, engraxar sapatos, cuidar
do jardim, rachar e estocar lenha para o fogão: desde que comecei a me entender
como gente, estas eram as obrigações das quais eu participava, ou executava
sozinho, diariamente, antes de ter o direito de brincar.
Como não possuía outro padrão de referência, trabalhar era para mim tão natural
quanto comer, respirar ou andar.
Desta maneira simples, aprendi - sem que disso estivesse consciente - que todo
direito pressupõe um dever; que precisava oferecer, antes, para receber, depois, a
justa retribuição.
Aos 6/7 anos, pronto para ser alfabetizado, meu pai contratou - para tanto - o pastor
responsável pelo razoável rebanho luterano que havia em Salvador, na segunda
metade da década de 20.
Além das aulas diárias, teóricas, passei a receber também aulas práticas, a respeito
de como olhar o mundo, interpretá-lo e agir sobre ele.
Embora não me lembre das exatas palavras de meu preceptor, recordo-me de duas
lições muito úteis, que me têm acompanhado ao longo da vida:
Nem sempre a beleza da vida reside nas conquistas materiais, mas sim na
conquista do respeito e da admiração.
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Ainda muito jovem, absorvi - através dos ensinamentos do pastor luterano - o milenar
aprendizado de um povo constituído de pequenos agricultores amorosamente ligados
ao seu pedaço de terra.
Seduzidos pelo sonho do Novo Mundo, muitos filhos desse povo atravessaram o
Oceano e, tão logo chegados ao Brasil, sentiram a necessidade premente de ligar-se
a um pedaço de chão e de entender uma Natureza bastante diversa, sujeita a suas
próprias leis, muitas das quais incompreensíveis para aqueles que desconheciam o
clima tropical.
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Educação pelo Trabalho
• por fim, evoco esse acontecimento para lembrar que o Sonho que acalento
sobre o Futuro da Organização deve parecer-se muito com o Sonho de meu
bisavô, que plantou aquele bosque não apenas para ele, mas sobretudo para
as gerações vindouras.
No momento, está sendo aceita no meio científico a idéia intuitiva, segundo a qual os
seres vivos modelam nosso planeta por intermédio de sua interação com o ar, o solo,
a água, o clima e entre si mesmos.
Ora, para os povos que preservam suas raízes rurais, isto não constitui nenhuma
novidade; é algo que seus ancestrais já sabiam, desde que abandonaram a vida
nômade.
Esse conceito de interação Ser Humano/Meio Ambiente sempre foi muito útil em toda
a minha vida profissional.
*** * ***
Logo percebi a diferença entre a formação que recebera em casa e aquela de vários
colegas meus, pertencentes a famílias tradicionais da Bahia, os quais - para minha
estranheza - achavam que tinham vindo ao mundo para serem servidos e não para
servir.
Também por essa época, começou a mudar a qualidade da conversação entre os pais
e o adolescente, cada vez mais estimulado a refletir e opinar sobre os fatos do
cotidiano.
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Dentre inúmeras trocas de idéias com meus familiares, muitas permanecem ainda em
minha memória. Uma delas, pela sua atualidade, cabe aqui relatar.
Em 1934, aprendi que “controle de qualidade” não pode ser considerado como uma
“fase isolada” do ciclo produtivo.
Para manter o renome de seus produtos, a empresa havia implantado - na ponta final
de sua linha de produção - o “controle de qualidade”, exercido sobre os charutos já
prontos, com todos os detalhes luxuosos, tais como anéis dourados, papel celofane,
caixas de cedro etc.
Antes de lacrar a luxuosa caixa de cedro, cujo acabamento interno e externo também
era verificado, o “supervisor de qualidade” examinava os charutos um a um, rejeitando
todos aqueles que não preenchessem os padrões desejados, principalmente no que
dizia respeito ao dimensionamento de cada unidade; dimensionamento este
determinado no início do ciclo produtivo, pela artesã que enrolava as folhas de fumo.
Tal refugo era reembalado e distribuído pelo proprietário da fábrica, como brinde a
seus amigos.
Meu pai recebia pacotes e mais pacotes dos charutos refugados. Eram charutos
bonitos, com fumo de excelente qualidade, muito bem acabados e apresentados,
caríssimos, mas fora das dimensões-padrão.
Mostrando-me aqueles charutos, meu pai procurou estimular meu raciocínio, para que
descobrisse - eu mesmo - o que neles havia de errado.
A tarefa do supervisor - seu negócio - não deveria ser “jogar fora” o resultado do
trabalho daquelas Mulheres situadas na ponta inicial do ciclo produtivo, mas sim
ensiná-las a produzir melhor, para reduzir a quantidade de refugo, desde o início do
processo produtivo.
Norbero Odebrecht 57
Educação pelo Trabalho
A riqueza desta lição, aprendida aos 14 anos de idade, posso sintetizar em cinco
pontos:
Tanto estas lições espelhavam a verdade, que - tempos depois - aquela e outras
fábricas de charutos do Recôncavo entraram em dificuldade e somente agora,
décadas depois, voltam à normalidade, sob a liderança de outros empresários.
*** * ***
Norbero Odebrecht 58
Educação pelo Trabalho
Na mesma área, tendo internado as normas necessárias para manter esses carros,
passou a ensiná-las aos operadores, cuidando para que as absorvessem e ficassem
condicionados a lavar, lubrificar, manter a pressão dos pneus e guardar os carros em
locais próprios, ao término da jornada de trabalho.
Mais adiante, veio a construção de esquadrias de ferro e o zelo pela manutenção das
mesmas, e assim sucessivamente.
Todo esse treinamento visava iniciar o jovem nos segredos de cada ofício,
impregnando seu cérebro, para que os respectivos manuais ficassem indelevelmente
gravados em sua memória.
Norbero Odebrecht 59
Educação pelo Trabalho
Foi assim que, com os novos preceptores - os mestres da Emílio Odebrecht & Cia. -
aprendi, entre os 14 e 18 anos:
Alguns desses mestres já eram idosos, com décadas de experiência e uma sabedoria
prática superior ao conhecimento de qualquer engenheiro recém-formado. O convívio
com eles foi minha segunda experiência em lidar e assimilar o conhecimento daqueles
hoje chamados Seres Humanos de Terceira Idade.
Como se vê, tive uma infância e uma juventude realmente privilegiadas, pois - sem
traumas ou sobressaltos - fui aos poucos absorvendo Concepções Filosóficas e
adquirindo hábitos muito importantes para quem pretende ser empresário e vencer na
vida, quais sejam:
• o hábito da disciplina; e
• o domínio sobre o uso do próprio tempo - o único recurso que não pode ser
reproduzido pela Natureza e pelo Ser Humano.
*** * ***
Norbero Odebrecht 60
Educação pelo Trabalho
Até este ponto, foi apresentada a formação que recebi no ambiente familiar, durante
meus primeiros 18 anos.
Como o Leitor já percebeu, tais princípios e conceitos nada mais são do que o
resultado das reflexões de um Ser Humano amadurecido, acerca dos valores que
aprendeu a respeitar e a praticar, ainda no lar paterno.
Norbero Odebrecht 61
Educação pelo Trabalho
8
DESAFIO DA JUVENTUDE
Norbero Odebrecht 62
Educação pelo Trabalho
Fayga Ostrower
A primeira crise que enfrentei na juventude coincidiu com o início da vida empresarial
e o conseqüente convívio com os Clientes, os fornecedores e, em especial, com os
credores.
Como conseqüência, a firma Emílio Odebrecht & Cia. foi obrigada a entregar aos
banqueiros o patrimônio da empresa e de seu principal sócio-proprietário, visando à
conclusão das obras em andamento.
Coube-me ajudar meu pai, substituindo-o, não de direito, mas de fato, na direção da
firma.
• produtividade e
Norbero Odebrecht 63
Educação pelo Trabalho
Conforme disse Camões, “vendo, tratando e pelejando” com meus primeiros Clientes,
adquiri inicialmente a convicção, anteriormente mencionada, de que:
Deveria simplesmente esquecê-la, criar uma empresa nova com o meu nome, como
era praxe na época, e dedicar-me a resgatar as dívidas.
Porque me faltou humildade, custei a compreender que aquele banqueiro não queria
Norbero Odebrecht 64
Educação pelo Trabalho
• em segundo lugar, para que crescesse, gerando novos negócios para seu
banco.
Com o apoio daquele empresário amadurecido, afinal dei-me conta da tríade já referida
que impera no mundo dos negócios, cujo centro é ocupado pelo líder empresarial e
pelos liderados, mas em cujos pólos de poder ficam o Cliente e o possuidor do
Patrimônio da empresa.
LIDERADOS
Ao se considerar o caso de uma sociedade anônima, a figura acima não muda muito,
pois o Acionista é - com ainda maiores direitos - o Credor da empresa.
LIDERADOS
Credor com ainda mais direitos, pois o Acionista, além de possuidor do Patrimônio
Material da empresa, tem de considerar-se detentor de seu Patrimônio Moral, porque
comprometido com a sobrevivência, o crescimento e a perpetuidade da organização
na qual investiu suas economias e cujos rendimentos espera, não só para si, mas
para sua família.
No caso específico da crise vivida pela Emílio Odebrecht & Cia., pode-se constatar
como se assemelham a realidade do mundo econômico e aquela do mundo físico e,
também, como os Seres Humanos comprometidos com o ato concreto de produzir se
adiantam aos conhecimentos do mundo científico.
Norbero Odebrecht 65
Educação pelo Trabalho
Hoje, 50 anos depois, constatam os cientistas que, acima dessa lei, embora não a
anulando, existe uma lei mais geral - a lei da interdependência das espécies.
Ora, criar, aprofundar e manter a interdependência entre seres distintos é o que faz
permanentemente o engenheiro responsável por qualquer canteiro de obras.
Aprendi essa lição, quando - após ter conquistado minha admiração e respeito -
Fernando de Góes me chamou, interessado em realizar uma obra.
Recusei-me, de pronto, a fazer a obra, alegando que o Banco jamais iria recuperar
seu investimento, construindo um edifício com tais características naquele bairro em
deterioração.
Acabamos construindo, no local, uma agência muito simples, ainda hoje ocupada pelo
BRADESCO, que incorporou o Banco da Bahia S.A., na década de 70.
Norbero Odebrecht 66
Educação pelo Trabalho
passou a ser contratada para todas as obras que Fernando de Góes decidia realizar.
Não me canso de repetir este ensinamento para os Jovens que comigo trabalham,
pois sintetiza o compromisso do empresário de servir aos seus semelhantes:
Dei-me conta desta verdade em meados dos anos 50, quando o Governo do Estado
da Bahia convocou a Odebrecht para construir a Avenida do Contorno, em Salvador.
Severas restrições de tempo, custos e liquidez caracterizavam a obra, desde seu início,
parecendo impossível conciliar a satisfação do Cliente, representada pela inauguração
da avenida na data certa, com os resultados necessários à satisfação dos liderados,
dos fornecedores e dos Acionistas.
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Educação pelo Trabalho
Ao concluir este capítulo, deve o Leitor guardar em sua memória que o empresário
autêntico não confunde humildade com “humilhação”, pois sabe que:
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Educação pelo Trabalho
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Educação pelo Trabalho
9
PRATICANDO A PARCERIA
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Educação pelo Trabalho
Como disse, iniciei minha vida empresarial cheio de dívidas a pagar, ou seja, com um
grande passivo.
Em plena Primeira Idade produtiva, passei a lidar com Seres Humanos muito mais
velhos, de Segunda e de Terceira Idades, dotados de sólido caráter, de grande
disciplina no trabalho e com amplo domínio da tecnologia construtiva.
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Educação pelo Trabalho
• cada Mestre experimentado tornava-se responsável por uma obra, com inteira
liberdade para constituir sua equipe, bem como para alcançar e superar os
resultados previamente pactuados, os quais seriam compartilhados entre o
Mestre e o empresário; e
Para tanto, foram negociados três pactos, um de cada vez e todos ao mesmo tempo:
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Educação pelo Trabalho
Imbuído desses princípios e com base nos pactos firmados, em 1944, aos 24 anos de
idade, o jovem empresário reestruturou o seu negócio, a atual Construtora Norberto
Odebrecht S/A., tendo os Mestres e suas equipes em seu Ativo e, no Passivo:
Ao aceitar a recomendação dos banqueiros, criando uma empresa com meu nome,
explicitava, de modo inequívoco, sua responsabilidade pessoal de liqüidar todas as
dívidas assumidas.
Para que - algum dia - tais dívidas fossem pagas em sua totalidade, era indispensável
inovar.
A título de exemplo, basta mencionar que, anteriormente, levava-se três anos para
construir um edifício. Graças ao planejamento e à adoção de avançadas técnicas, a
Odebrecht era capaz de fazê-lo em nove meses, sem prejuízo da qualidade.
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Educação pelo Trabalho
• descentralização,
• delegação planejada e
• parceria.
Para implementar esses conceitos da maneira certa, cuidados haviam sido tomados
para que os Mestres não carregassem o peso morto representado pelas tarefas de
apoio ou por aquelas de caráter meramente burocrático.
Quero aqui deixar claro que as tarefas de apoio e os serviços burocráticos não são um
“peso morto” em si mesmos, mas sim para aquele que se encontra na linha, lidando
diretamente com o Cliente.
Um dos propósitos do líder é manter sempre - com toda pureza e simplicidade - a linha
reta que deve unir o Acionista ao Cliente, para que este último receba toda a atenção
e o carinho do empresário que com ele diretamente se relaciona.
• satisfazer o Cliente,
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Educação pelo Trabalho
10
CONCEITO DE PEQUENA EMPRESA
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Educação pelo Trabalho
Claudia Leonardos
• voltada para satisfazer bem e cada vez melhor um determinado Cliente que se
encontra, claramente, no “topo” da “hierarquia”; e
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Educação pelo Trabalho
APOIO DO
LÍDER EMPRESARIAL
ACIONISTA CLIENTE
EMPRESÁRIO
PARCEIRO
O empresário é um Ser Humano insatisfeito com o mundo, tal qual ele existe.
Pretende, pois, transformar este mundo, tornando-o melhor para si próprio e para seus
semelhantes, inovando e criando, sem cessar, melhores e maiores riquezas para a
comunidade.
Porém o Ser Humano, e somente ele, tem o poder de criar o novo de maneira
consciente e deliberada; quer dizer:
Norbero Odebrecht 77
Educação pelo Trabalho
Como tais recursos são inalienáveis da Pessoa, segue-se que - na empresa - não há
lugar para paternalismos ou para qualquer outra forma de tutelagem.
Este é o motivo pelo qual deve ser encarado com reservas o hábito generalizado de se
considerar os Homens e as Mulheres como meros “recursos humanos”.
Em primeiro lugar, os recursos do Ser Humano são seu cérebro, suas mãos e sua fala;
e, como vimos, é ele o único possuidor de seus próprios recursos.
Em segundo lugar, tais recursos só serão úteis e produtivos se seu dono soberano
assim o desejar.
Caso falte pelo menos um destes requisitos, não se tenha dúvida: o Ser Humano irá
converter-se em “anti-recurso”.
Como sua tarefa é liderar e coordenar as Pessoas rumo a propósitos comuns, então,
além de servir bem e cada vez melhor aos seus Clientes, faz parte indelegável da
missão do empresário de servir aos seus liderados:
Quer dizer, o empresário - sob qualquer ângulo que seja visto - não existe para “ser
servido”; o empresário existe para servir.
Norbero Odebrecht 78
Educação pelo Trabalho
Embora os Acionistas sejam uma das fontes deste poder, a fonte primordial de poder,
em uma empresa, está no Cliente, uma vez que:
Caso o Cliente se recuse a comprar os bens e serviços que lhe oferece a empresa,
esta vai inapelavelmente à falência e todos perdem seus “empregos”, inclusive o
empresário, que não honrou a confiança nele depositada pelos Acionistas, pelos
liderados e pela comunidade como um todo, aí incluído o governo que a representa.
Daí porque, nos canteiros, projetos, empresas e mesmo na Odebrecht S/A., busca-se
superar a “estrutura piramidal” e os hábitos que dela decorrem.
Visto sob a ótica de servir, o poder se despe de toda a sua complexidade; simplifica-
se, ao se levar em conta que:
Esta verdade, a de que o único poder que existe é o poder de servir, é a principal idéia
que se procurou transmitir neste capítulo. Idéia que só pode ser levada à prática em
uma estrutura descentralizada, horizontal, constituída de pequenas empresas ligadas
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por laços federativos a uma Grande Empresa criada para apoiá-las a satisfazer o
Cliente.
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Educação pelo Trabalho
III
Alcançando a Maturidade
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Educação pelo Trabalho
Nesta terceira parte do livro, traço um paralelismo entre meu amadurecimento como
empresário e a história da Organização, na década de 50.
O Capítulo 12 relata uma experiência mal sucedida, ocorrida na primeira metade dos
anos 50, cuja superação foi o marco inicial do longo caminho que precisei trilhar para
converter-me em um Ser Humano maduro: um Ser capaz de realizar-se integralmente
como cidadão, trabalhador, membro de uma família, indivíduo e presidente de uma
organização.
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Educação pelo Trabalho
O Capítulo 17, por sua vez, faz colocações, a meu ver muito instigantes, acerca da
possibilidade de uma determinada Pessoa ser dona de seu próprio destino, traçando-o e
realizando-o, através da sábia conjugação das forças das circunstâncias, das forças de
seus semelhantes e de suas próprias forças.
Embora a carga genética, a saúde física e mental, bem como o meio em que vive o
Ser Humano, influenciem a inteligência de cada um de nós, esta depende
fundamentalmente da freqüência de seu uso e este, por sua vez, da motivação, do
estímulo e do entusiasmo de cada Pessoa em interagir com a Natureza, com os
demais Seres Humanos e com as circunstâncias.
O Capítulo 19, finalmente, mostra - sob a forma de regras práticas - como o Ser
Humano deve agir para desenvolver sua capacidade de liderança.
Concluída a leitura destes capítulos, o Leitor deverá ter elementos para refletir acerca
de sua própria trajetória de vida e perguntar-se, caso convidado a ingressar em nossa
Organização:
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Educação pelo Trabalho
• Que crenças e valores preciso adquirir, hoje e agora, para ter sucesso?
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11
INTUITIVO x RACIONAL
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Educação pelo Trabalho
Kant
Nos anos 40, porém, ainda não haviam sido sistematizados e apresentados em forma
de livro: eram, tão-somente, verdades intuitivas que absorvi através da educação
familiar e que regulavam, de maneira quase inconsciente, minha conduta, na vida
pessoal e empresarial.
Somente aos 48 anos, marco fundamental em minha vida, tomei consciência de que,
em minhas crenças e valores, havia uma coerência interna e de que o intuitivo e o
racional estavam igualmente presentes, em equilíbrio dinâmico.
No entanto, há, ainda, mesmo nos países mais avançados, um ranço patriarcal que,
embora em desagregação, gera condicionamentos que privilegiam o racional,
Norbero Odebrecht 86
Educação pelo Trabalho
Ora, a mente humana não é una, mas múltipla, plena de pensamentos, nos quais o
intuitivo e o racional se combinam, de modo dinâmico e até contraditório, permitindo
que ora um ora outro prevaleça.
Ao excluir tudo aquilo que fuja à norma, por ele mesmo determinada, o pensamento
racional induz a comportamentos ativos, competitivos e, por isto, é equivocadamente
identificado com “o modo masculino de pensar”.
Tal predomínio deve ser atribuído, em muito maior grau, ao tipo de educação, aos
condicionamentos e às oportunidades com as quais o Ser Humano se depara ao longo
de sua vida. E, portanto, à medida que se promove a igualdade entre os sexos, caem
as barreiras que o impediam de usar integralmente o poder de seu cérebro.
Um belo exemplo, extraído da Natureza, pode ilustrar muito bem como o intuitivo e o
racional, exatamente pelas suas diferenças, em vez de excludentes, se integram.
Veja-se o rio em contraposição ao mar. O rio corre, salta e ruge, inunda as margens,
arranca o que pode pelo caminho; caminho este, porém, que o conduz
inexoravelmente em direção ao mar.
O rio chega tenso, cheio, enquanto o mar o espera, paciente, aberto, receptivo.
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O mar que recebeu o ímpeto do rio retribui em troca: sem alarde, evapora-se, gerando
a chuva que, ao alimentar as cabeceiras e os tributários do rio, torna-o perene.
Através desta imagem, pode-se concluir que não tem sentido dizer que o pensamento
racional é “superior” ao pensamento intuitivo ou vice-versa: são, ambos, produto do
cérebro humano e, por isto, igualmente valiosos.
Assim procedendo, torna-se um Ser Humano Integral, isto é, capaz de usar, por
inteiro, o poder de sua mente, colocando-a a serviço de seus propósitos.
Propósitos que, aliás, serão realizados mais facilmente caso compartilhados com seus
semelhantes.
Segundo entendo, para ser capaz - ao mesmo tempo - de todas essas atitudes, a mente
do Líder Autêntico há de ser intuitiva, enquanto planeja, com seus liderados, o que
fazer; há de ser racional, no momento em que todos se reúnem para executar o
planejado.
Por outro lado, como os resultados obtidos durante a execução exigem a permanente
reti-ratificação do planejamento, segue-se que a mente do Líder Autêntico há de ser -
simultaneamente - intuitiva e racional.
Muito tempo transcorreu, até que me pudesse considerar um Ser Humano Maduro,
igualmente apto a ser influenciado e a influenciar, na busca de O QUE É O CERTO.
Isto porque o Ser Humano Maduro é, também, humilde. Conforme já foi apontado,
sabe que, em grande medida, os sucessos obtidos devem ser creditados mais às
forças das circunstâncias e de outros Seres Humanos, do que às próprias forças.
Sabe, igualmente, que uma das fontes mais ricas de seu aprendizado se encontra na
Norbero Odebrecht 88
Educação pelo Trabalho
Sobre este aspecto - o de ter a humildade para aprender com os erros -, no capítulo a
seguir relato uma experiência muito valiosa, vivida no início dos anos 50, que me
marcou profundamente.
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12
CRESCIMENTO x “INCHAMENTO”
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Corria o final da década de 40. A Construtora já era uma das mais importantes da
Bahia, realizando inúmeras obras por todo o Estado.
Forçado a freqüentes visitas à região de Ituberá, acabei por encantar-me por suas
belezas e riquezas naturais.
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Pancada Grande, no Rio Serinhaem, com 63 metros de altura e uma vazão mínima,
no auge da estiagem, de 1,5 m3/seg.
• da beleza do conjunto;
A partir dessa idéia, o projeto foi tomando forma e, em pouco tempo, montei uma
hidrelétrica, uma serraria e uma unidade de autoclavagem.
• serraria; e
• autoclavagem.
Para atrair trabalhadores qualificados, precisava construir uma vila residencial, além
de aduzir, tratar e distribuir água potável.
Norbero Odebrecht 92
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Parti pois para um acordo com a T.A.S. - Transportes Aéreos Salvador, negociando o
pouso diário de dois monomotores, bem como três vôos semanais de um avião -
grande para a época - com 14 lugares, em troca da cessão das instalações
aeroportuárias e da garantia de lotação mínima nos aviões, houvesse ou não
passageiros.
Para garantir a lotação mínima, fui forçado a criar um novo negócio: o agenciamento
de passagens aéreas.
Dado o porte da hidrelétrica, com o propósito de “diluir o investimento fixo por unidade
de produto”, a S.A. Ituberá Comércio e Indústria - SAICI, passou a fornecer energia
elétrica à comunidade, o que implicou, porém, investimentos adicionais, representados
pelas linhas de distribuição.
• autoclavagem;
• vila residencial;
• distribuição de energia.
Cada um desses negócios não era individualmente lucrativo. Porém, fascinado com os
conceitos de “integração horizontal e vertical”, acreditava que, diversificando ainda
mais, tornaria lucrativo o conjunto de negócios.
Raciocinava: tudo aqui é investimento fixo. Se instalar novas indústrias neste mesmo
local, é possível “diluir o investimento fixo por unidade de produto” e, assim, obter
resultados.
Norbero Odebrecht 93
Educação pelo Trabalho
Sem hesitar, importei da Alemanha dois grandes cavalos mecânicos MAN, a óleo
diesel, com reboques, e capacidade de 15 toneladas cada.
Para ter-se uma idéia do porte desses veículos, basta lembrar que no Brasil os
caminhões ainda eram todos movidos a gasolina e a capacidade de carga dos maiores
não ultrapassava oito toneladas.
Que riquezas levar de Ituberá para Conquista, Jequié e outros municípios vizinhos,
ocupando os caminhões na ida e na volta?
Só havia uma carga cujo frete era compensador: os produtos claros de petróleo, tais
como a gasolina, o diesel e o querosene.
No início dos anos 50, a gasolina e o diesel eram transportados em tambores de 200
litros e o querosene era acondicionado em latas.
Os empresários da área, o que não era o meu caso, sabiam que esse tipo de
transporte estava condenado: embora embrionário na época, o transporte em
caminhões-tanque crescia rapidamente em todo o País e em 1954 já era responsável
por 70% do transporte de derivados.
Mas, na época, ocorreu-me envolver a Standard Oil, a ESSO de então, que já havia
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A Standard Oil respondeu que era viável instalar o terminal em Ituberá, desde que a SAICI
assumisse dois compromissos:
Como encascalhar 62km de estradas? Onde achar o navio necessário para a SAICI
ingressar no novo negócio de transporte de combustíveis líquidos?
Quanto ao petroleiro, através da Wilson Sons & Cia., havia identificado um navio-
tanque com as características desejadas, liberado pelo armador original, depois de
transportar - durante oito anos - vinhos a granel no Mediterrâneo.
Régis Pacheco determinou que seu Chefe da Casa Civil redigisse ofício para Rômulo
de Almeida, eminente baiano, na época Assessor Econômico do Presidente Getúlio
Vargas para assuntos do Nordeste.
Norbero Odebrecht 95
Educação pelo Trabalho
Francisco Valladares foi em seguida avistar-se com Coriolano Góes, Diretor do Banco
do Brasil, e, às 16h, avisava-me que os dólares já estavam sendo transferidos do
Banco do Brasil para o Banco da Bahia. Às 17 h, em Salvador, o câmbio foi fechado e
o navio finalmente comprado, à vista.
Surgiu então um “pequeno problema”: como a SAICI não era armadora, a Alfândega
nos impediu de entrar na posse do navio. Aliás, por este motivo, sequer o Banco do
Brasil poderia ter liberado os dólares.
Sem dúvida era estranho: um empresário brasileiro, com apenas 29 anos, insistindo
para fazer uma doação àquela que, na época, era considerada a maior empresa
petrolífera do mundo. Esclareceram-me que, terminantemente, a Standard Oil não
aceitava doações.
Por que não entrar no negócio de laminados, o mais nobre dos produtos da madeira,
aproveitando a infra-estrutura disponível?
Norbero Odebrecht 96
Educação pelo Trabalho
Pouco tempo depois, ficou demonstrado que aquela como qualquer outra máquina não
era “produtiva” por si só.
Este, porém, não era o caso daquele que se encontrava à frente da SAICI, conforme
será visto adiante.
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13
APRENDENDO COM OS ERROS
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Um dos membros dessa ilustre família, o Conde Hoyos, chegou a residir com a mulher
e os filhos em Ituberá, exercendo o cargo de Diretor-Superintendente da SAICI.
Mas, a despeito dessa movimentação toda e dos pesados investimentos, onde estava
a saúde da empresa?
Norbero Odebrecht 99
Educação pelo Trabalho
Algumas casas também em Salvador, construídas no início dos anos 50, devem
preservar intacta a estrutura de seus telhados.
O aeródromo foi desapropriado pelo Governo do Estado, assim como a Usina Hidrelétrica
de Pancada Grande, hoje em ruínas.
Restam algumas casas destruídas e resta, acima de tudo, uma grande lição.
Por que a S.A. Ituberá Comércio e Indústria foi liqüidada cinco anos depois de sua
criação?
Antes de mais nada, porque, diante de sucessos anteriores que o jovem empresário
obtivera, mais por força das circunstâncias favoráveis ocorridas no imediato pós-
guerra do que por seus próprios méritos, ele deixara de praticar a humildade,
acreditando que, para ter sucesso, bastava a audácia.
Em função dos livros sobre guerras, mais lidos do que estudados durante a juventude,
achava-se capaz de lidar com os conceitos de:
• estratégia,
• tática e
• logística,
Por isto, conforme bem mais tarde me dei conta, o estrategista precisa saber integrar
muito bem o pensamento intuitivo com o pensamento racional.
O logístico, por seu turno, é o responsável pelo fornecimento dos apoios requeridos
por todos os coordenadores, estejam onde estiverem (canteiro, fábrica, usina ou
escritório).
Conforme pensei na ocasião, cada um desses negócios devia ter um tático à sua
frente, com um Programa de Ação bem definido, em termos de resultados, custos e
prazos, coordenando, respectivamente:
• os madeireiros,
• os transportadores,
• os operários da serraria e da autoclavagem e
• os vendedores.
Ao empresário caberia coordenar os táticos, dar-lhes todo o apoio logístico que fosse
necessário e integrar seus respectivos resultados, obtendo desta maneira o retorno
compensador.
Por ter sido almoxarife, sabia onde, quando e quanto cada Mestre Construtor
precisava em termos de apoio logístico. Mas não tinha a menor idéia do que - de fato -
precisavam os responsáveis pelos negócios madeireiros.
Isto porque o empresário, em seu negócio, é como a árvore no Meio Ambiente: ele se
desenvolve, engrossa o tronco de seus conhecimentos, cria novos ramos de negócios,
produz frutos - ou seja, resultados - cada vez melhores e maiores e, ao desenvolver-
se, de sua copa descortina uma visão cada vez mais ampla.
Entretanto, para desenvolver-se, precisa deitar raízes cada vez mais profundas na
terra; quer dizer, na Pequena Empresa.
É da Pequena Empresa que retira a seiva que o sustenta. Seiva representada pelas
informações e conhecimentos sobre os liderados, seus respectivos negócios e
resultados.
Começou o empresário “bem sucedido”, com isto, a romper o equilíbrio dinâmico entre
os componentes intuitivo e racional de seu pensamento, deixando que ora um ora
outro se tornasse o guia virtualmente exclusivo de suas decisões e ações.
14
CONSOLIDANDO O APREDIZADO
Fayga Ostrower
A Lógica ensina que, se as premissas são erradas, o raciocínio pode ser impecável,
mas as conclusões serão necessariamente erradas.
Em vez de partir do único e correto começo da Tarefa Empresarial, qual seja, o Cliente
que precisa ser servido e satisfeito, havia eu partido dos “processos” e das “coisas”.
• identificação do equipamento;
• criação do Cliente.
• conquista do Cliente;
integração dos respectivos resultados, quando então dominaria o todo formado pela
SAICI.
Uma Grande Empresa deve ser concebida como uma federação de pequenas
empresas, cada qual com seu negócio, seu empresário/parceiro e seus resultados, aí
compreendidas a imagem, a produtividade, a liquidez e a decorrente competitividade.
A Grande Empresa só será sadia se cada uma das pequenas empresas que a
constituem também o for.
Basta que uma delas adoeça, para que todo o conjunto fique contaminado,
ameaçando a sobrevivência da Grande Empresa.
Há outros “conceitos” - entre aspas - que servem apenas para “justificar” o sucesso,
depois que este ocorre.
Se o foco de sua atenção recai sobre “coisas”, em vez de recair sobre os Seres
Humanos, não há “equação econômica” ou “estratégia” que o salve da ruína.
Além de criar a SAICI e estabelecer uma parceria com a Standard Oil, havia atraído
para a região a Matarazzo e a Firestone.
A Matarazzo perdeu rios de dinheiro em suas plantações de dendê, por uma razão
muito simples:
(*)
A respeito da primeira e da segunda metades da tarefa empresarial e, vide a Figura VIII, no
capítulo seguinte. Vide também o livro SOBREVIVER, CRESCER E PERPETUAR, 2a edição,
pp. 95/105.
Entretanto, dada a diversidade entre a Natureza no Sul da Bahia e a das regiões que
seus técnicos conheciam, a Matarazzo ganhou uma plantação de dendê totalmente
improdutiva.
A Firestone, embora por motivos diferentes, também perdeu dinheiro com a plantação
de seringueira que lá fizera.
Tanto com essa empresa quanto com a Pirelli, cujo plantio de seringueira na Bahia
também fracassou naquela época, aprendi que cada negócio possui suas
peculiaridades próprias, que o tornam completamente diferente de qualquer outro, por
mais assemelhado que seja.
Aprendi com ambas as empresas que, na área rural, um negócio não pode ser
organizado nos moldes fabris, com trabalhadores “batendo ponto”, limitados a uma
jornada de trabalho de oito horas por dia.
As ervas daninhas não param de crescer durante a noite e nem descansam aos
sábados e domingos.
Por outro lado, uma plantação não é um “coletivo abstrato”: só existe se cada uma e
todas as árvores que a compõem existirem individualmente.
Ao longo do relato do caso SAICI, pôde-se constatar que não faltou à empresa o apoio
governamental.
Sob este aspecto, fora desenvolvida uma interação correta, a ponto de o Presidente
da República intervir, pessoalmente, para resolver os problemas de câmbio.
O estímulo prestado pelos governos é sempre de grande valia, inclusive porque a eles
cabe estimular o autodesenvolvimento das empresas, enquanto a estas cabe estimular
o autocrescimento dos Seres Humanos que nelas trabalham.
O conjunto de Seres Humanos que trabalhavam na SAICI não havia sido dotado do
espírito certo e não tinha como definir seus respectivos programas de ação, pois não
estava em sintonia com os respectivos Clientes e suas necessidades.
Um negócio terá sucesso ou insucesso, a depender do espírito que lhe for imposto
pelo empresário.
Este relato deixa claro porque escolhi, como epígrafe do livro SOBREVIVER,
CRESCER E PERPETUAR, este Canto dos Lusíadas:
15
CONCEITO DE TECNOLOGIA
EMPRESARIAL
• visão,
• coragem,
• disciplina,
• trabalho duro,
• humildade e
a par de uma sintonia fina com a Natureza, os Seres Humanos e as circunstâncias que
agucem sua intuição acerca do espírito que deve impregnar seu negócio e do Rumo a
tomar, diante do cenário existente ou a criar, bem como das tendências, das quais ele
deve ser intérprete e fiel servidor.
o planejamento é indissociável
da execução e vice-versa.
Fazendo uma analogia entre a arte empresarial e a arte militar, o empresário - depois
de ter formulado a estratégia de seu negócio - não pode descurar-se da tática.
Segundo dizia-se, a idéia era vantajosa, pois se uma empresa fosse incumbida do
planejamento e outra da execução, as duas exerceriam entre si uma “fiscalização
recíproca”, em “benefício do Cliente”.
Com o correr do tempo, a idéia foi ainda mais “sofisticada”, introduzindo-se uma
terceira empresa, intitulada “gerenciadora do projeto”, incumbida de “fiscalizar” as
outras duas.
• da qualidade,
• dos custos e
• dos prazos
dos bens ou serviços que o Cliente quer, então não há por que um “fiscalizar” o outro.
VISÃO
ENFOQUE VISÃO
EMPRESARIAL
PREDOMINANTE BUROCRÁTICA
(quando autêntica)
CONFIANÇA NO DESCONFIANÇA
CONTRIBUIÇÃO
SER HUMANO NO SER HUMANO
OPORTUNIDADE PROBLEMA A
OPORTUNIDADE
DE SERVIR RESOLVER
SATISFAÇÃO DE CONCESSÃO DE
RESULTADOS
SERVIR FAVORES
ESPÍRITO HUMILDADE AUTORITARISMO
Enquanto o empresário se satisfaz em servir cada vez mais e melhor ao seu Cliente, o
burocrata, a contragosto, “concede favores” àqueles que lhe cobram o mero exercício
do dever.
Uma coisa é o responsável pelo contacto direto e permanente com o Cliente, movido
pelo propósito de identificar suas necessidades e satisfazê-lo.
Não pode haver dúvidas sobre quem está a serviço de quem: empresário e assessor
têm de estar, ambos, a serviço do Cliente, sendo que o papel do assessor é
exatamente este: complementar as forças do empresário, na matéria de sua
especialidade.
As convicções até aqui expostas foram sendo adquiridas, através de sucessivos erros
e acertos, sobretudo no que se refere à parte mais nobre da tarefa do empresário - a
pesquisa sobre as Pessoas que com ele trabalham.
Lembro-me das reuniões que, na década de 40, mantinha - todos os sábados - com o
jovem advogado Walter Caymmi Gomes, atual Responsável pelos Assuntos
Societários da Organização, com o propósito de pesquisar sobre as Pessoas,
identificando como integrá-las em equipes mais sinérgicas e produtivas e como
recompensar e propor maiores desafios aos trabalhadores que mais se destacavam.
O escultor, diante do lampejo de uma idéia, não pega imediatamente nos cinzéis e
tampouco se põe a executar seu trabalho no primeiro pedaço de pedra que encontra.
Concluída a fase de planejamento, tem início a execução. Mas o artista não conclui a
obra de pronto, para depois ver se o resultado efetivo corresponde ao resultado
esperado.
RETI-RATIFICAÇÃO
Enquanto o escultor tem que pesquisar cuidadosamente seu bloco de pedra, com igual
cuidado precisa o empresário pesquisar sobre os Seres Humanos com os quais vai
interagir.
Qual o caráter de cada um? Quais forças possui? Quais são suas necessidades e
motivações?
*** * ***
Toda arte pressupõe que quem a exercite possa fazer e saiba fazer.
Portanto:
• empresário é aquele que domina e exerce, na prática, este tipo muito especial
de tecnologia.
PODER FAZER
TECHNE
SABER FAZER
TECNOLOGIA
LOGOS
LIDERAR O FAZER
16
REQUISITOS PARA A PRÁTICA DA
TECNOLOGIA EMPRESARIAL
Como a Tecnologia Empresarial tem seu ponto de partida e seu ponto de chegada no
Ser Humano, o sucesso de sua aplicação pressupõe:
Buscar “quem está certo” e “quem está errado” é danoso para a Organização, pois
orienta a pesquisa rumo à identificação das “fraquezas” das Pessoas, dos processos e
das coisas. Ora, isto não nos interessa, porque sobre as “fraquezas” nada se pode
construir.
Como se trata de servir, então a pesquisa correta é aquela que se orienta segundo os
enfoques:
• na contribuição,
• nas oportunidades e
• nos resultados.
Identificar O QUE É O CERTO segundo estes enfoques é ser eficaz, ou seja, ter a
capacidade de tomar a decisão mais adequada, no momento preciso.
Fazer bem O QUE É O CERTO é ser eficiente, quer dizer, ter a capacidade de
executar corretamente o que foi decidido, com o menor dispêndio de tempo e de
recursos.
PROPÓSITOS RESULTADOS
SOBREVIVÊNCIA • IMAGEM
• PRODUTIVIDADE
• LIQUIDEZ
• COMPETITIVIDADE
CRESCIMENTO • INOVAÇÃO PERMANENTE
• EDUCAÇÃO DE NOVOS E BONS
EMPRESÁRIOS
• FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO
• MATERIAL
PERPETUIDADE • INTEGRAÇÃO DE NOVOS E BONS
EMPRESÁRIOS
• ATENDIMENTO DA
RESPONSABILIDADE PÚBLICA DA
ORGANIZAÇÃO
Acreditamos que o lucro não é um fim em si mesmo, pois deve ser visto como um
instrumento a serviço dos resultados que perseguimos e uma conseqüência da
obtenção destes mesmos resultados.
A ênfase apenas no curto prazo corrói a confiança que deve existir entre líder e
liderado, destruindo - assim - a base sobre a qual se assentam os princípios de
descentralização, delegação planejada e parceria.
Como é feito através do diálogo direto entre o liderado e seu líder imediato, nosso
planejamento nada tem de complicado.
17
SER DONO DO PRÓPRIO DESTINO
Bertold Brecht
Para saber o que está acontecendo em sua organização, além de possuir um Sistema
de Comunicação adequado, o empresário precisa estar atento, consciente de que as
informações recebidas são mero reflexo do que está acontecendo no mundo real e
concreto.
Sua mente deve estar aberta, para perceber - em cada circunstância - onde se
encontra o princípio regulador, o qual, só ele, pode mostrar porque e como as coisas
acontecem e tenderão a acontecer se o empresário nada fizer ou poderão mudar
através de sua ação.
capaz de retribuir.
graças ao poder de sua mente e de seu corpo, o Ser Humano pode refletir
sobre seus erros e acertos, mudar a si mesmo e, assim, desenvolver-se.
Segundo as mais recentes pesquisas sobre o cérebro humano, uma Pessoa pode
tornar-se criativa e aumentar sua criatividade sem limites, desde que se exercite a
pensar.
A carga genética, a saúde física e mental e o meio, por certo, contribuem para que a
Pessoa seja mais ou menos criativa.
Daí, o empenho que todos devem ter, na Organização, no sentido de atrair Pessoas
criativas e desenvolver a criatividade de todos.
Enquanto os animais, mesmo aqueles mais parecidos com o Ser Humano, são seres
completos e acabados, este último é um Ser Inacabado.
Inacabado porque:
• tem o dom da fala, que lhe possibilita comunicar-se com outros Seres
Humanos, buscando o alinhamento, a sinergia e a produtividade; e
Na prática, muitos se convencem que são capazes de mudar quando lhes ocorre uma
doença cuja terapia exige o abandono de hábitos arraigados, ou mesmo de vícios
prejudiciais à saúde.
Bem mais difícil é mudar as concepções que o indivíduo adquiriu no lar paterno acerca
do relacionamento com seus semelhantes.
Quem nasceu para “ser servido” terá extrema dificuldade de aprender, compreender,
aceitar e praticar o princípio econômico fundamental de que existimos para servir.
E ainda mais difícil será esse mesmo Indivíduo entender que sua felicidade somente
poderá ser alcançada na medida em que tiver sucesso na tarefa de servir ao próximo
e ser por este adequadamente recompensado.
O Ser Humano, pelo medo da miséria e da fome, pode ser compelido a trabalhar
duramente. Entretanto, será infeliz, porque despossuído de uma filosofia de vida
correta.
Não se sentirá dono de seu destino; não terá prazer em servir. Será um pessimista,
movido por suas fraquezas e não por suas forças.
Eis a primeira mudança que o Ser Humano deve produzir em si mesmo, para
humanizar-se e ser feliz :
Convencido de que veio ao mundo para servir e de que somente servindo será feliz, o
indivíduo pode passar ao segundo ponto de seu programa de mudança: a análise de si
mesmo.
Para saber que atitudes e comportamentos precisam ser acrescentados, reforçados,
mudados ou suprimidos, o Ser Humano deve analisar seus condicionamentos :
• genéticos,
• antropológicos,
• biológicos e
• psicológicos,
buscando extrair informações úteis, a partir da história de sua família e de sua própria.
Ainda há pouco, foi apontado que o cérebro precisa de exercício constante; pois bem:
o primeiro e mais valioso dos exercícios que cada um pode fazer é pensar sobre si
mesmo, analisando suas forças e decidindo como usá-las para desenvolver-se.
18
DESENVOLVIMENTO DO SER
HUMANO
Fayga Ostrower
1a FASE:
A grande massa de crianças, infelizmente, passa esta fase apenas sob o ponto de
vista cronológico, chegando à adolescência e à vida adulta sem ter obtido os
conhecimentos necessários para relacionar-se de maneira sinérgica e produtiva com o
mundo da Natureza e dos Seres Humanos.
Quem não supera esta fase passa toda a sua vida desorientado e ansioso,
sem encontrar um papel para desempenhar.
Em vez de aceitar que o erro reside em sua concepção de mundo, este falso “adulto”
vê tudo o que ocorre como pura manifestação da maldade alheia e, além de
desorientado e ansioso, torna-se mais e mais angustiado, à medida que cresce seu
sentimento de estar sendo perseguido.
Superar estes sentimentos é muito difícil e somente terão sucesso os mais bem
dotados, sobretudo em termos de força de vontade.
2a FASE:
Nesta fase, o mundo imaginário infantil vai cedendo lugar a um mundo real,
constituído de relações de causa e efeito.
3a FASE:
Já nesta fase, tem-se o Jovem, em geral na faixa dos 20 aos 35 anos, isto é, em sua
Primeira Idade Produtiva, preocupado - quando sadio - não apenas em compreender,
mas em aceitar o mundo real e alterar somente o que é possível ser alterado.
Através da tentativa e do erro, o Jovem vai tomando conhecimento das leis inelutáveis
da Natureza e da Economia e aprende a não desrespeitá-las; pode, apenas, delas se
servir - tais quais são - para realizar seus propósitos.
Mas dificilmente nesta fase, os propósitos do Jovem já estão em plena sintonia com as
necessidades inelutáveis da Natureza e da Economia e com as mutáveis circunstâncias
de ambas.
É ainda menor o número daqueles que superam esta fase, pois, para tanto, é preciso
que o Jovem:
4a FASE:
Se o Ser Humano consegue promover tal coincidência entre o querer e o dever, ele
tem condições de atingir a Maturidade e, através desta, preencher um dos requisitos
essenciais para tornar-se feliz.
Nesta fase, o indivíduo é capaz de identificar objetivos, bem como os meios para
realizá-los, e a coragem, determinação e disciplina para servir-se adequadamente
desses meios.
Também nessa altura de sua vida, o Ser Humano tem a humildade necessária para
identificar e adquirir os conhecimentos que ainda não possui e que são essenciais
para o sucesso.
Conscientiza-se também da verdade que serve de lema ao Rotary Club, qual seja:
Ou terá avançado, podendo responder a si mesmo e aos outros: “PARA ONDE VOU?”
Para responder a esta terceira pergunta, com honestidade em relação a ele próprio e
aos outros, o Ser Humano:
• em segundo lugar, deve ter convicção e segurança para colocar o seu presente
a serviço do futuro desejado.
Caso o Leitor ainda não possua estes Planos muito bem delineados, ou caso lhe
faltem a convicção e a segurança necessárias, ei-lo diante de uma questão importante
para refletir.
*** * ***
Somente o Ser Humano pode ser eficaz ou ineficaz, a depender de sua capacidade
de:
O Ser Humano de que a Organização precisa para ocupar posições na linha, no apoio
e nos serviços não pode estar preso a condicionamentos; ele precisa ser livre para
mudar e, em conseqüência, para desenvolver-se.
E seus Planos de Vida e de Carreira são a maneira real, concreta e eficaz de exercer
seu dever e seu direito de optar; em suma, de ser livre.
Por certo, melhor opção fará quem souber responder às três perguntas básicas:
*** * ***
Há, entretanto, alguns princípios gerais que dizem respeito ao espírito que deve
nortear a formulação destes planos:
• o otimismo, sem o qual não tem sentido, sequer, formular Planos de Vida e de
Carreira. Afinal, o pessimista já parte da certeza de que é impossível
transformar-se e de que - mesmo se tentar - suas decisões e ações não irão
conduzi-lo a lugar algum; e
• a parceria, sem a qual - seja em sua família, seja em sua empresa - o indivíduo
nada poderá realizar, pois nenhum Ser Humano é uma ilha.
A consciência de que precisamos dos outros para ter sucesso, mesmo nas dimensões
mais pessoais de nossas vidas, é um ponto a não ser esquecido jamais.
E, a este respeito, há duas leis da Natureza, também válidas para os Seres Humanos.
Esta lei, porém, atua em um espaço restrito, pois - por exemplo - quando o
cruzamento se dá entre animais de mesmo gênero, mas de espécies diferentes, não
há resultado, ou este, quando existe, é estéril, incapaz de perpetuar-se.
No caso dos Seres Humanos, embora sejamos todos da mesma espécie biológica,
somos animais culturais e, portanto, quando se unem dois seres com culturas incom-
patíveis, não há resultado ou este é também estéril.
Devemos, assim, buscar aqueles que - além de ver o lado bom da vida, dos Seres
Humanos, dos negócios e das circunstâncias - sentem prazer em servir aos outros e
estão comprometidos com a criação de algo novo que dê sentido à sua existência.
Em contraposição, devemos fugir daqueles que - embora Seres Humanos como nós -
não compartilham de nossa cultura, acham que vieram ao mundo “para serem
servidos” e, por isto, em vez de criar, querem apenas consumir e dilapidar o que
existe.
Também para não nos tornarmos semelhantes, devemos igualmente afastar-nos dos
que enfatizam o lado negativo de tudo, que vivem em eterna desconfiança com
relação a todos e que, em vez de dialogar, querem impor sua vontade, através da
prepotência e do autoritarismo.
Assim como procedemos com relação aos demais, devemos proceder com relação a
nós mesmos, exercendo um trabalho vigilante para combater o próprio pessimismo, a
desconfiança com relação aos outros, e a eventual tendência de impor unilateralmente
nossa vontade.
Necessitamos, ainda, aprender a suportar e a não nos deixar afetar quando, por
motivos superiores, somos obrigados a conviver com aqueles aos quais falta a
perspectiva de futuro e que são incapazes de usar positivamente o apoio que lhes
oferecemos.
Somente sobre esta força e todas as demais que cada um possui, bem como sobre as
forças dos parceiros, é que podemos construir o futuro de cada um e o futuro de
todos.
Feito este alerta ao Leitor e tendo pedido que o mesmo reflita sobre sua história e
19
REGRAS PRÁTICAS PARA O
EXERCÍCIO DA LIDERANÇA
Logo, o diálogo entre o líder e seu interlocutor precisa ser breve, intenso e direto,
evitando-se a discussão de “problemas”.
“Problemas” não interessam a quem possui uma visão otimista do Mundo e está
comprometido em fazer acontecer.
Para disciplinar e tornar mais produtivo o uso do tempo, é preciso reduzir a freqüência,
o número de participantes e a duração das reuniões ao mínimo indispensável.
Esses dois documentos devem ser escritos em linguagem telegráfica, com frases
curtas e impactantes.
Quem faz a agenda e a súmula de suas reuniões adquire o domínio sobre os assuntos
discutidos e lidera os demais participantes, pois sabe quem, quando, como, onde e o
que precisa ser feito em conseqüência de cada encontro.
A educação, todavia, é um caminho de mão dupla: da mesma forma que o líder educa
o liderado, este - por exercer corretamente os princípios de disciplina, respeito e
amizade - pode e deve contribuir para o desenvolvimento de seu líder.
É necessário ter em mente que, por estar mais próximo do Cliente e comprometido em
servir a este último, o liderado deverá possuir, sempre, uma visão mais acurada do
que é preciso fazer, para a conquista do Cliente comum a ele próprio e ao seu líder.
Se tem mais poder quem está mais próximo do Cliente, então, a decisão mais poderosa é
aquela de quem convive de perto com o Cliente e suas necessidades: o
empresário/parceiro.
Neste eixo, a Pessoa dotada de autêntico espírito empresarial sabe como investir
produtivamente seu tempo.
Por isto, está permanentemente em busca da pergunta certa que precisa fazer ao seu
liderado, para dele obter - em troca - a resposta certa, que irá embasar o propósito de
ambos em melhor servir.
O líder de qualidade superior não é propriamente aquele que toma o maior número de
decisões corretas. É sobretudo aquele que decide com maior rapidez e - com maior
velocidade ainda - corrige as decisões erradas.
o líder só pode obter aquilo para o qual seus liderados foram previamente
identificados e educados.
Ao considerarmos que os Seres Humanos têm existência finita, enquanto o que nos
interessa é assegurar a existência infinita da Organização, a chave da
PERPETUIDADE reside na:
Já que estamos a tratar de regras práticas, foi acrescentado a este capítulo um anexo,
no qual se procura mostrar como é possível servir à Organização e aos companheiros
de trabalho em um tema muito específico e como - servindo - exercitamos nossa
liderança.
ANEXO DO CAPÍTULO 19
PARTICIPAÇÃO EM SEMINÁRIOS
• segundo, separar o que é útil e inovador do que é inútil e superado, seja nos
conhecimentos alheios, seja em seus próprios conhecimentos; e,
Mais do que “ouvir”, o líder precisa escutar os argumentos dos demais participantes
do evento, com vistas ao entendimento e à compreensão.
Depois de ter escutado, entendido e compreendido as idéias que lhe são expostas, o
líder deve adotar uma postura crítica, para selecionar o que é coerente com as
crenças e valores da Organização.
Todo ano, saem milhares de artigos e livros expondo idéias acerca da arte de
empresariar.
Dessas idéias, algumas são efetivamente úteis e inovadoras, mas a maioria constitui-
se de “lixo reciclado” ou de “modismos” que nada acrescentam ou até mesmo podem
prejudicar aquele que está comprometido a melhor servir aos seus Clientes.
Por outro lado, depois de jogar fora tudo o que não presta, o líder necessita integrar
harmoniosamente ao seu próprio sistema de idéias o que de útil e inovador ele
aprendeu no seminário.
Uma vez realizada tal integração, embora reconheça o crédito intelectual, o líder “se
esquece” de “quem” foi a contribuição específica que incorporou ao seu sistema de idéias.
Tudo se passa como se, a partir do momento no qual a integração ocorreu, fosse
impossível pensar sem o uso dos conceitos que a mente do líder tornou seus, até que
surjam outros melhores.
IV
Crescimento com Desenvolvimento
O Capítulo 21, por sua vez, evidencia como o desafio do crescimento forçou a
Organização - mais adiante - a identificar novas e maiores oportunidades de servir, no
concorrido mercado do Centro-Sul, e a projetar o nome da Construtora, em âmbito
nacional.
Esta, a razão pela qual recorreu-se ao termo parâmetro: de acordo com a Matemática,
uma função paramétrica é aquela capaz de gerar uma infinidade de curvas
semelhantes, permanecendo sempre a mesma.
20
DA ORGANIZAÇÃO LOCAL À
ORGANIZAÇÃO REGIONAL
Walter Kannengiesser
Esta é uma das razões pela qual, ao contrário das congêneres do Sudeste que
adotaram a centralização como partido organizacional, a Odebrecht viu-se obrigada a
aperfeiçoar a prática da descentralização, da delegação planejada e da parceria.
Corria a segunda metade dos anos 50, época da construção de Brasília, da qual não
participamos, pois preferimos trabalhar para os Clientes privados que investiam no
Nordeste.
No final dos anos 50, a Construtora Norberto Odebrecht já era uma empresa de porte
médio, com marcada atuação regional.
No início dos anos 70, a Odebrecht foi aos poucos conquistando espaço nas áreas
mais desenvolvidas do Brasil, embora com extrema dificuldade, devido:
Hoje, essa mesma geração, em sua Segunda Idade Produtiva, integra o nível
estratégico/empresarial e parte dela já ocupa o nível político/estratégico da Organização
Odebrecht.
21
DA ORGANIZAÇÃO REGIONAL À
ORGANIZAÇÃO NACIONAL
CBPO
A Grande Depressão, iniciada com o “crack” da Bolsa de Nova York, em 1929, teve
graves conseqüências políticas e econômicas sobre o Brasil e, particularmente, sobre
São Paulo, já então o Estado mais próspero da Federação.
Para se ter idéia da instabilidade política em que viveu o País nos primeiros anos da
Grande Depressão, basta mencionar as revoluções ocorridas no curto espaço de dois
anos:
No início dos anos 40, assegurado o propósito inicial de sobrevivência, a CBPO estava
pronta para participar do surto de desenvolvimento que ocorreu no Brasil logo após a
eclosão da II Guerra Mundial e para firmar seu nome - entre 1940 e 1945 - no campo da
construção rodoviária e ferroviária.
Hoje, certamente, é difícil para os Jovens entender como era possível construir
estradas de rodagem e ferrovias, nas primeiras décadas deste século, contando
apenas com carrinhos de mão, carroças de tração animal, máquinas leves, bem como
raros e precários caminhões com reduzida capacidade de carga.
x
F
TEM PO
Foi assim, exatamente, que procedeu o fundador da CBPO, fazendo com que sua
empresa logo se situasse dentre as maiores no campo da construção pesada.
No final dos anos 50, depois de uma fase intensa de crescimento industrial, era
generalizada a escassez de energia elétrica no Brasil, notadamente em São Paulo,
forçando o Governo paulista e o Governo federal a lançar ambiciosos programas de
construção de hidrelétricas.
Afora o risco de insolvência, havia o fato de que a CBPO ainda não possuía credenciais
que permitissem sua pré-qualificação nas licitações para construção de grandes
barragens.
Mas, novamente, o Engenheiro Oscar Americano estava certo de sua intuição, qual
seja: nas décadas seguintes, somente iriam crescer rapidamente as empresas de
Engenharia que se dedicassem à construção de hidrelétricas.
Por isto, quando foi licitada a obra da primeira grande usina paulista a ser construída
na década de 60, o fundador da CBPO não hesitou, adquirindo os direitos da empresa
que havia ganho a concorrência.
• da empresa construtora.
Quase trinta anos depois, esse tipo de operação já é corriqueiro. Entretanto, à época,
foi uma iniciativa totalmente inédita, que balizou o caminho para as grandes barragens
construídas no Brasil.
No início dos anos 70, começou-se a falar daquela que seria uma das maiores
hidrelétricas do mundo: a UHE Itaipu, na fronteira entre o Paraguai e o Brasil, a ser
construída por uma empresa binacional.
Como ter sucesso em uma concorrência que se antevia das mais acirradas?
A experiência foi aos poucos demonstrando que as duas Grandes Empresas poderiam
apoiar-se mutuamente, não só para assegurar o crescimento de cada uma, mas -
sobretudo - para promover a perpetuidade do patrimônio por ambas constituído,
especialmente no campo das tecnologias construtivas.
Isto é o que vem ocorrendo desde quando se formalizou a associação, viabilizada pelo
fato de que as duas Empresas compartilham do mesmo espírito de servir e da mesma
cultura.
TENENGE
O fato é que, alguns meses depois da criação da empresa, os dois sócios cuidavam
simultaneamente da Usina de Xisto e da ampliação de uma hidrelétrica no Rio Tietê, a
que se seguiram duas termelétricas no Vale da Ribeira, todas em São Paulo.
Foi muito difícil convencer os sócios japoneses - responsáveis por 40% do capital inicial -
de que existia uma empresa brasileira capaz de assumir parte da obra. O pensamento
inicial desses sócios era trazer do Japão até mesmo os pedreiros responsáveis pelo
assentamento dos tijolos dos prédios da administração da Usina.
Já no final da década de 60, ao mesmo tempo em que alargava sua área geográfica
de atuação, a TENENGE teve a oportunidade de especializar-se nas operações mais
nobres de montagem de refinarias do petróleo, com a construção da unidade de
processamento da Refinaria Alberto Pasqualini, no Estado do Rio Grande do Sul.
No início dos anos 70, a empresa já dominava a tecnologia de montagem nas áreas
estratégicas de qualquer economia que pretenda romper as limitações do
subdesenvolvimento, quais sejam, energia elétrica, siderurgia e petróleo.
Em 1975, foi criada a Tenenge del Paraguay, para dar suporte à montagem da UHE
Acaray II, trabalhando em conjunto com a CBPO.
Também em 1975, foi contratada, com a Aceros del Paraguay, a construção de usina
siderúrgica a carvão vegetal considerada, até hoje, a mais moderna do mundo. Essa
obra foi realizada pela TENENGE no sistema “turn key”, ou seja, abrangendo desde o
estudo de viabilidade à entrega das chaves.
Em 1976, foi criada a Tenenge Chile, a qual - desde então - tem contribuído na
montagem de empreendimentos em mineração, siderurgia, energia e refino, bem
como na montagem de plataformas de exploração de petróleo.
Nos últimos anos, a par da prestação de serviços nas áreas que já domina, a
TENENGE continua a desenvolver ou adaptar tecnologias de ponta de que seus
Clientes necessitam, em conjunto com parceiros altamente qualificados, em âmbito
internacional.
Ao longo de todos esses anos, devido à natureza de seus negócios, a empresa foi
aprofundando um relacionamento amistoso com a CBPO, no campo energético, e com
a Construtora Norberto Odebrecht, especialmente quando esta última começou a
especializar-se na realização de obras civis para as siderúrgicas estatais.
Por força da sinergia criada nos trabalhos conjuntos, foi natural que - quando surgiu a
oportunidade - os vínculos, até então de natureza operacional, dessem lugar à
associação duradoura entre a TENENGE, a CBPO e a Construtora Norberto
Odebrecht, no âmbito da mesma Organização.
Reinvestindo e Diversificando
Esse tipo de Acionista tem sido a força motriz da Organização Odebrecht desde suas
origens e, graças à parcimoniosa distribuição de dividendos e ao vigoroso
reinvestimento dos lucros, a Odebrecht vem crescendo organicamente - dentro e fora
do Brasil - e diversificando sua carteira de investimentos.
22
CONSOLIDAÇÃO DA TECNOLOGIA
EMPRESARIAL ODEBRECHT
Desde o início de minha vida empresarial, adotei hábitos que mantenho até hoje:
• para qualquer reunião que exija minha presença, sempre tenho uma agenda
mental ou escrita (esta última, distribuída ou não, a depender das
circunstâncias), contendo os dados indispensáveis para tornar produtivo o
encontro, embora permaneça aberta para acolher novos dados, quando
necessário; e,
Eram notas muito simples, com frases curtas e impactantes, nas quais buscava
transferir - para estes liderados - o conhecimento prático que ia acumulando, através
da coordenação das obras e do convívio com a Natureza e os Seres Humanos, nas
mais variadas circunstâncias.
Depois de alguns anos, revendo essas notas, tomei consciência de que havia uma lei
As notas - casos e soluções - que havia acumulado formavam um conjunto com cabeça,
tronco e membros; ou seja, possuía um corpo de conhecimentos organicamente
estruturados capaz de servir como instrumento de nosso Sistema Educacional, válido
para todos os integrantes da Organização.
Foi por esta razão que, em maio de 1968, saiu da gráfica o livro intitulado DE QUE
NECESSITAMOS?, constituído exatamente a partir da organização daquelas súmulas
e notas.
Este primeiro livro foi refundido e ampliado, dando origem - em março de 1970 - ao
livro PONTOS DE REFERÊNCIA, nosso guia filosófico na conquista de novos Clientes
e na realização da palavra-de-ordem de construir a Grande Empresa Nacional, na
década de 70.
Com relação a este segundo ponto, é importante frisar mais uma vez que - desde
aquela época - os Acionistas não estão em busca de oportunidades episódicas de
valorização do seu Patrimônio.
Até o início dos anos 70, existia uma só Grande Empresa, constituída pela Construtora
Norberto Odebrecht.
Odebrecht S/A. e várias Grandes Empresas, ligadas - por laços confederativos - a essa
“Holding” e cuja liderança coube aos Líderes Empresariais em fase de transição da
Segunda para a Terceira Idade Produtiva.
Para liderar este todo complexo, sem abrir mão do princípio da confiança no Ser
Humano, é preciso que os liderados - qualquer que seja sua posição na “geografia” da
Organização - compartilhem das mesmas Concepções Filosóficas; quer dizer,
possuam uma cultura comum, mediante a qual o todo possa crescer de maneira auto-
sustentada, garantindo, assim, a perpetuidade da Organização.
LIDERANÇA
PESSOAL E
ESTILO DE
DIRETA
A
CRESCIMENTO
SOBREVIVÊNCI
PERPETUIDAD
RESULTADOS
IDADE/MATURIDADE E ESTILO DE LIDERANÇA
ESPERADOS
ORGÂNICO
A
E
EMPRESA QUE
“HOLDING”
PORTE DA
PEQUENA
EMPRESA
EMPRESA
GRANDE
Tabela 4
LIDERA
POLÍTICO/ESTR
EMPRESARIAL/
ESTRATÉTICO/
OPERACIONAL
EMPRESARIAL
DECISÓRIO
ATÉGICO
NÍVEL
TERCEIRA IDADES
SEGUNDA IDADES
PRIMEIRA IDADE
MATURIDADE
SEGUNDA /
PRIMEIRA /
IDADE /
Daí o empenho, levado à prática desde 1944 e até hoje em curso, no sentido de:
*** * ***
Nas poucas ocasiões em que falei a respeito de coisas, tais como bens e serviços, as
mesmas foram sempre tratadas como resultado do trabalho dos Seres Humanos.
O ponto de partida para o exercício integral desta disciplina são as crenças e valores
dos Acionistas, os quais estão convencidos de que podem e devem colocar seu
Patrimônio Moral e Material à disposição do empresário, para que este satisfaça as
necessidades de um tipo especial de Ser Humano chamado Cliente.
Não existe empresário sem Cliente e sem um negócio muito bem definido com esse
mesmo Cliente.
Se o liderado, a despeito do apoio que lhe conferiu o líder, não consegue definir seu
negócio, então o primeiro não é um empresário e não tem sentido continuar o diálogo.
Mas, considerando que o Líder Empresarial é uma Pessoa com “sensibilidade” para
identificar outras Pessoas dotadas de vocação empresarial, sejamos positivos,
admitindo que o futuro empresário/parceiro identificou o que virá a ser o seu negócio.
É preciso ser definida, logo em seguida, qual a filosofia do negócio; ou seja, o como
Por isso, uma vez tendo definido o negócio e sua filosofia, o empresário tem de medir
este negócio, expressando-o em números.
Somente depois de respondida esta pergunta, ambos poderão negociar entre si,
acerca da produtividade esperada do futuro negócio.
*** * ***
No momento em que cada líder aprova o Programa de Ação do liderado, este último
conclui a primeira metade de sua Tarefa Empresarial - o planejamento - e começa a
segunda metade - a execução propriamente dita.
Na primeira metade da Tarefa Empresarial, o espírito de servir dos Acionistas flui até o
Cliente.
Vistas sob este aspecto, as duas metades da Tarefa Empresarial são conduzidas
simultaneamente.
Mas, para o Jovem ansioso em saber - imediatamente - quais as regras práticas que
deve seguir, agora que ingressou na Organização, o capítulo seguinte mostra como
deverá proceder para:
23
PARÂMETROS PARA PARCEIROS
O texto continua válido, hoje ainda mais do que ontem, ao se considerar que:
• está havendo uma radical mudança nas necessidades dos Clientes, cada vez
mais exigentes, o que irá requerer da Organização saltos na produtividade de
suas empresas, para melhor enfrentar concorrentes, cada vez mais compe-
titivos; e
• Na vida dos Seres Humanos, parâmetros são a base moral e material que não
muda nunca, de acordo com a citação de Ruy Barbosa, apresentada na
epígrafe deste livro.
Visto que o Ser Humano é o princípio, o meio e a finalidade de todas as coisas nas
organizações, somente ele pode ser o parceiro, o instrumento e o beneficiário da luta
em favor da inovação e da renovação permanentes da Organização, especialmente
em se tratando da Pessoa de Conhecimento, a qual, para servir os Clientes, ocupa
posições:
• na linha,
• no apoio ou
• nos serviços.
- novas tecnologias; e
Estas perguntas ocorrem, a todo momento, na mente do Líder Autêntico e este sabe
que precisa respondê-las, a cada instante, com base em princípios filosóficos e morais
que não sejam somente seus; mas que sejam entendidos, compreendidos, aceitos e
praticados por todas as Pessoas que integram a Organização.
Por isto, a eficácia do apoio e a eficiência dos serviços são um importante indicador da
saúde da Organização.
Os conceitos e regras expostos neste e nos dois capítulos seguintes, portanto, visam
ajudar a Pessoa de Conhecimento que trabalha na linha, no apoio ou nos serviços:
24
PESSOA DE CONHECIMENTO
“Decifra-me ou te devoro.”
Aquele que possui o saber, a informação e o espírito e que, além disto, comunica-se,
toma decisões e faz acontecer, a este
Ser Humano, nós chamamos Pessoa de Conhecimento.
Pessoa de Conhecimento
A essa Pessoa são delegados todos os poderes para transformar as condições pré-
existentes, recriando uma nova realidade mais favorável a todos, a partir da satisfação
do Cliente.
Situe-se esta Pessoa na linha, no apoio ou nos serviços, a mesma terá o seguinte
padrão de comportamento:
• sabe que, para criar, é preciso questionar e confrontar a burocracia, pois esta -
levada ao exagero - fossiliza os apoios e os serviços.
A falta de conhecimento sobre o que é essencial para o sucesso de seu negócio impede o
empresário de formular a pergunta certa àqueles aos quais recorre em busca do apoio,
bem como de solicitar o serviço adequado às necessidades de seu Cliente. Em
decorrência, o empresário recebe uma resposta inútil ou um serviço inadequado, o
que desperdiça o tempo, as energias e os demais recursos da Organização.
A pergunta deve decorrer da curiosidade honesta e, qualquer que seja, deverá ter
propósito sadio, visando ao esclarecimento.
• cumprir com pertinácia e disciplina as tarefas que ele próprio se impôs em seu
Programa de Ação; e
• aprender a controlar os únicos recursos que estão realmente sob seu domínio:
ele próprio e seu tempo.
• onde,
• quando,
• por quem e
• como
tais recursos são usados e, em seguida, alocar sua energia, sua criatividade e seu
tempo da maneira mais produtiva para o Cliente, para os seus companheiros de
trabalho e para si .
Líder
O líder deve atuar em uma dimensão nova, qual seja, a de educar, orientar, motivar e
recompensar os liderados, para que estes se desenvolvam, transformando-se em
novos e bons líderes ainda mais eficazes.
• trabalho em planejamento;
• músculos em cérebro; e
• suor em conhecimento.
Para continuar a existir como líder, o indivíduo precisa ter consciência de que:
Por isto, nada tem de “ridículo” ou “piegas” afirmar que são traços fundamentais do
caráter do Líder Empresarial:
• a ausência de egoísmo;
Em vez de complacente consigo mesmo, o empresário precisa ficar alerta para o fato
de que, ao perder o senso crítico, está induzindo os liderados a procederem da
mesma forma.
E, em vez de dissipar suas energias na vida social intensa, o empresário autêntico tem
a consciência de que “seu” tempo e “sua” vida verdadeiramente não lhe pertencem.
Pertencem, isto sim, à empresa, à comunidade e à família.
O empresário que possui estas virtudes é um Ser Humano realizado ou um Ser Humano
que tem a certeza de realizar-se.
Cada sucesso gera uma crise e cada crise é uma nova oportunidade de sucesso.
Servir sempre, cada vez mais e melhor: esta é a sina do Ser Humano que pretende
crescer e desenvolver-se como empresário.
Apoio
O Responsável pelo apoio é aquele que pode contribuir - e contribui de fato - para a
multiplicação das forças dos responsáveis pela linha, através de seus conhecimentos,
entendendo-se como tais não apenas o saber, mas também o caráter, o espírito, a
informação, a comunicação e a decisão.
Como o que faz diferença, hoje e sempre, é a satisfação do Cliente, não importa a
relação “hierárquica” que exista, internamente, entre quem recebe e quem presta
apoio.
A única e real hierarquia é aquela que considera o Cliente como o detentor do poder e
que confere maior poder ao Responsável pela linha, quanto maior for sua proximidade
com o Cliente.
• por um especialista, quer dizer, por alguém que domine a tecnologia específica
da qual o Cliente necessita; ou
Tanto o apoio quanto o serviço - a partir daqui entendido cada qual em sua acepção
O apoio está orientado para a eficácia, pois seu papel é ajudar o Responsável pela
linha a tomar a decisão adequada.
O funcionamento sadio da Organização só pode fundar-se nas leis naturais que regem
o relacionamento entre Pessoas que compartilham das mesmas Concepções
Filosóficas, atitudes e comportamentos, falam uma linguagem única e, por este motivo,
comunicam-se muito bem.
Para saber onde tendem a situar-se os possíveis “focos” e eliminá-los antes que
surjam, o Líder Empresarial tem de pesquisar permanentemente o relacionamento
entre os empresários/parceiros das pequenas empresas e as demais Pessoas de
Conhecimento que lhes prestam apoio e/ou serviços.
Visto o papel que deve caber aos líderes, aos apoios e serviços, na luta sem quartel
contra a deterioração, cabe prosseguir examinando como a Pequena Empresa e a
Grande Empresa devem relacionar-se, para assegurar a sobrevivência e o
crescimento orgânico do todo que formam.
25
PEQUENA EMPRESA x GRANDE
EMPRESA
D. Helder Câmara
a satisfação do Cliente; e
a obtenção de resultados que asseguram a sobrevivência da Organização.
Pequena Empresa, pois ele é soberano para decidir o que precisa para satisfazer o
cliente e onde, como e quando e por quem deve receber tal apoio ou serviço.
Dado seu compromisso com a educação de novos e bons empresários, bem como seu
compromisso em combater os “focos” de deterioração, o responsável pela Grande
Empresa deve avaliar criteriosamente se o empresário/parceiro:
• está solicitando todo o apoio e todo o serviço de que necessita para o sucesso
de seu negócio;
O apoio somente pode ser oferecido a quem o solicita e seja capaz de usá-lo para
decidir de maneira certa; ou seja, na satisfação do Cliente e do Acionista.
Esta afirmativa reflete com toda a precisão o espírito, isto é, o significado do termo
apoio na Organização Odebrecht; somar, multiplicar e potenciar as forças do
empresário/ parceiro e da Pequena Empresa, coma ativa participação do Líder
Empresarial da Grande Empresa.
Se esta é uma verdade confirmada pela prática, então carece de sentido chamar de
“Cliente interno” aquele que recebe apoio: quem apóia e quem é apoiado estão
voltados, ambos, para a conquista do mesmo Cliente, qual seja, aquele a que o
empresário/parceiro irá servir.
O apoio só se converte em resultados se:
O apoio só é útil, eficaz e eficiente quando não gera dependência daquele que é
apoiado.
O empresário experimentado sabe, por sua própria experiência, que há momentos nos
quais os Jovens ainda em formação sentem-se desamparados, solitários e até mesmo
órfãos diante dos desafios. Nestes momentos, o Líder Empresarial pode e deve
oferecer seu apoio.
A Pequena Empresa pode existir sem a Grande Empresa, enquanto a recíproca não é
verdadeira: sem a Pequena Empresa, a Grande Empresa desaparece.
Nesta avaliação e neste julgamento, o líder precisa ser humilde, pois nada mais fácil
para o indivíduo prepotente do que atribuir aos seus liderados a exclusividade dos
erros pelos quais é co-responsável.
A Grande Empresa, precisamente pelo seu porte, tende a voltar-se para o que já é
conhecido e dominado.
Por isso, é melhor prevenir do que remediar, inovando e criando continuamente o que
existe na Grande Empresa, pois:
Ainda mais do que nos apoios, a inovação e a renovação devem ser particularmente
intensas nos serviços, pois estes são os mais facilmente contaminados pelo
automatismo e por todas as desgraças dele derivadas.
A Pessoa que lidera cada um dos serviços precisa aceitar o desafio permanente de
atuar como agente de renovação da Grande Empresas à qual está integrado,
impedindo que ela e, em particular, os serviços que presta, se burocratizem.
O responsável pelos serviços, para atuar como agente de renovação, precisa ser um
aliado da simplicidade, da agilidade e da criatividade do líder de cada Pequena
Empresa e capaz, portanto, de chegar a um acordo acerca do que ele necessita
efetivamente em termos de serviços.
• de um lado, que o líder da Pequena Empresa saiba exatamente o que seu Cliente
necessita e quer para ser satisfeito; e
• de outro lado, que o responsável pelo serviço seja humilde para aprender com as
pequenas empresas a recusar-se ao “papel” - tão fácil quanto nocivo - de “ditador
de regras” uniformes para negócios que atendem a Clientes muito específicos, que
não podem ser “massificados”.
O responsável pelo serviço deve ficar sempre alerta para a tendência ao “inchamento”
e avaliar, com muito critério, qualquer novo investimento ou aumento de custos no seu
negócio.
Isto não quer dizer que tal responsável deva rejeitar sistematicamente a inovação,
porque novo - no sentido correto do termo - nada tem a ver com “sofisticações” ou
“modismos”: a renúncia ao “novo” traz consigo o perigo da “fossilização” do serviço.
• o trabalho que executa não alcança resultados esperados que possam ser
medidos e expressos em números; e
Em minha juventude, aprendi um ditado que hoje pode não parecer de “bom tom”, mas
que continua verdadeiro, a despeito do transcurso do tempo:
Superação do Conflito
mudanças x permanência,
avanço x consolidação.
No caso dos responsáveis pela linha, este desafio assume uma conotação positiva,
pois tais responsáveis estão próximos do Cliente e os resultados de seu trabalho
podem ser objetivamente medidos e avaliados.
Vimos que, no caso do apoio e, de maneira mais específica, no caso dos serviços, tal
desafio assume conotações negativas, pois os responsáveis pelos serviços lidam como o
binômio:
“inchamento” x fossilização.
Daí porque, no campo dos serviços, travam-se as lutas mais duras contra a
deterioração e daí porque, no caso dos responsáveis por este campo, é indispensável
que o Líder Empresarial, com muito amor, zelo e carinho:
26
AUDITAGEM E FISCALIZAÇÃO
Nas sucessivas etapas e níveis em que ocorre a produção de bens e serviços, cada
agente econômico contribui - a seu modo - para gerar riquezas morais e materiais,
sendo que a maior dessas riquezas morais é a educação dele próprio e dos outros.
Através das respostas a essas perguntas, na prática, é que ocorre a efetiva educação
pelo trabalho; que cada parte envolvida aprende a influenciar e a ser influenciada na
busca de O QUE É O CERTO.
tudo que ele precisa para decidir e agir já está à sua disposição.
Como os relatórios dos “auditores” e “fiscais” internos podem ser a fonte de “punições”
e “demissões”, o Cliente tende a ser relegado para uma posição secundária, por dois
motivos:
Tende a ser criado um “mundo do faz-de-conta”, no qual o importante não é fazer bem
e cada vez melhor O QUE É O CERTO, mas “parecer que se faz certo”.
Por outro lado, ainda que tudo seja feito “direitinho” para não contrariar a “polícia
interna”, resta a tensão de ficar aguardando - durante todo o ano - a chegada dos
“auditores” e “fiscais” e o desconforto de com estes conviver, o tempo que os mesmos
julgarem necessário.
Desconforto muito grande, pois, como o Responsável pela linha pode criar e
aprofundar sua confiança com o Cliente, se este constata que tal Responsável não
merece sequer a confiança de sua organização?
Ter sua empresa varejada periodicamente por “auditores” e “fiscais”, sob as vistas do
Cliente, retira, de qualquer Pessoa de caráter e competência, a alegria de trabalhar e o
prazer de oferecer ao Cliente um bem ou serviço superior, ou, ao Acionista, um
negócio mais produtivo e de melhor liquidez.
Que realização pode ter uma Pessoa, se a organização que integra, em vez de
valorizar seus acertos, usa uma lupa para julgar seus erros; se está voltada mais para
punir essa Pessoa, do que para incentivá-la, recompensá-la e promovê-la?
Por outro lado, devemos lembrar que a auditoria e a fiscalização - tanto externas
quanto internas - concentram-se no desempenho passado, enquanto o que interessa a
uma organização é seu desempenho presente e futuro.
O Líder Autêntico, Superior, afora as lições que deve guardar, esquece-se do passado
que deixou de ser produtivo, pois sabe que só pode construir o presente e o futuro
sobre as forças e não sobre as “fraquezas”.
É uma Pessoa otimista, voltada para a educação e a realização daqueles que lidera e
para sua própria realização.
Tal Líder quer algo muito melhor, que só pode ser encontrado através do autocontrole,
da auto-ajuda, da auto-responsabilidade, ou seja, da
auto-educação.
Como principal educador em sua organização, o Líder Autêntico considera como tarefas
mais nobres a identificação, a seleção, a formação e a integração de Jovens de Talento.
Por estar convencido da nobreza dessas tarefas, sente real alegria cada vez que encontra
a Pessoa certa para o lugar certo.
O Líder Autêntico tem genuíno prazer quando, depois de ter contribuído para
educação do Jovem, este tem seu caráter, talento, vocação e motivação devidamente
comprovados na prática e integra-se, de fato, à Organização.
Identifica Jovens de Talento pois é um pesquisador infatigável que, ao longo dos anos,
foi montando uma rede de relacionamentos, através da qual fluem, de maneira
Para o Líder Autêntico, é inadmissível confiar, aos apoios e serviços, a educação dos
responsáveis pela linha.
Também não permite que decidam por ele questões cruciais, tais como admissão,
demissão e remuneração dos responsáveis pela linha e dos integrantes de sua
Organização Dinâmica.
Pode usar, como usa de fato, sua Organização Dinâmica para enriquecer a educação
dos Jovens, mas isto é feito sob sua direta coordenação.
Embora responsável por uma Grande Empresa, tudo se passa como se fosse ele o
responsável por uma Pequena Empresa, enxuta, leve, ágil.
Por esse motivo, estão com os olhos e os ouvidos atentos, prontos para identificar
aqueles que mais se destacam, bem como para barrar o caminho à deterioração,
antes mesmo que esta se instale.
(*)(*)
Para uma análise mais aprofundada, vide Capítulo 33.
Exposto nas linhas anteriores, temos o paradigma que devemos seguir na prática.
Paradigma cuja construção irá levar-nos a valorizar e a projetar com maior vigor a
imagem da Odebrecht como uma Organização de Conhecimentos.
27
RESPONSABILIDADES BÁSICAS
DO EMPRESÁRIO
• em terceiro lugar, contribuir para servir cada vez mais e melhor a Clientes muito
especiais.
1a RESPONSABILIDADE:
empresários/parceiros; e
2a RESPONSABILIDADE:
Estes deveres devem ser tratados hoje, amanhã e sempre, ao mesmo tempo.
Para ter saúde, isto é, para sobreviver, as empresas da Organização - como qualquer
organismo vivo - exigem um funcionamento harmônico, visando a alcançar um cresci-
mento orgânico, biológico.
3a RESPONSABILIDADE:
conseqüentes; e
• a Organização não esteja endividada, para que possa financiar seu capital de
giro.
28
SISTEMA EDUCACIONAL
ODEBRECHT
• Empresários/Parceiros,
• Líderes Empresariais e
Nas diversas áreas negociais, os Talentos devem ser preparados para as funções que
terão de desempenhar no contexto da Organização e perfeitamente harmonizados
com a concepção de mundo, com o tipo de Pessoas e o modelo organizacional que
deriva de nossa cultura.
• explicam com carinho quais são suas tarefas e como corrigir os inevitáveis erros
que irá cometer; e, sobretudo,
Além da presença e do tempo de seu líder, bem como do exemplo e experiência deste
e de seus colaboradores, o Jovem de Talento estará - ele próprio - praticando a
mesma Tecnologia Empresarial, por intermédio da formulação e execução de
sucessivos Programas de Ação, sentindo que - através da integração de suas forças
às dos demais - está também contribuindo para o sucesso do Programa de Ação de
seu líder.
A tarefa mais nobre do líder, à qual ele deve empenhar-se com a maior satisfação, é
desenvolver - nos Jovens de Talento - o gosto pela liberdade disciplinada, com
responsabilidade, bem como a vontade de fazer acontecer e de impor sua marca
pessoal sobre os acontecimentos.
Tão logo aculturado o Jovem de Talento, ainda mais prazeroso será para seu líder:
Para o Jovem, mais relevante do que aprender a ser ou se adaptar a uma organização
pronta e acabada, é chegar a ser; isto é, promover seu desenvolvimento, ao mesmo
tempo em que contribui para o crescimento de sua organização.
O clima que leva naturalmente à aculturação é o mesmo que deverá presidir à
educação propriamente dita.
Ao viver esse clima, também sem traumas ou pressões indevidas, o Jovem Talento se
educa no trabalho:
• à igualdade de oportunidades,
• ao trabalho cooperativo.
• um talento invulgar; e
Graças ao seu talento e ao apoio que obtiver, o Jovem poderá adquirir e levar à
prática as crenças e valores de que necessita para realizar-se como cidadão, chefe de
família e empresário participativo, capacitado a atuar como agente de mudança de
seu destino e dos destinos daqueles que nele confiam.
Cabe à estrutura política ou, mais especificamente, ao Estado, criar as condições para
que as futuras gerações tenham acesso à saúde, à educação e à correta preparação
para a vida produtiva.
Uma vez isto feito, cabe-lhe - também - liderar, motivar e estimular a estrutura
econômica, para que esta identifique e realize, em conjunto com a estrutura social,
oportunidades que contribuam para o advento de uma sociedade cada vez mais justa,
próspera e feliz, porque responsável.
29
PERFIL EDUCACIONAL DO LÍDER
Para satisfazer cada vez mais e melhor seus Clientes, os líderes da Organização
precisam de qualificações que os habilitem a atuar como educadores de seus
liderados, apoiando-os a desenvolver-se.
Por outro lado, este amor ao próximo tem de ser praticado da maneira certa e com
naturalidade, pois o Líder Autêntico possui atitudes e comportamentos próprios de um
educador e habilidades de relacionamento interpessoal, que o tornam aceito pelo
Cliente e pelo liderado.
Para o sucesso de sua tarefa como educador, o líder empresarial precisa assumir as
seguintes atitudes e comportamentos em seu relacionamento cotidiano com o
liderado:
• respeito, aceitando conviver com o liderado tal qual ele é, mesmo que possua
algumas características que o desagradem e que só possam ser mudadas aos
poucos, através da criação da confiança mútua e das demais riquezas morais
indispensáveis para que os dois possam, juntos, criar riquezas materiais;
• amplia seu conhecimento, através da experiência que o líder torna ainda mais
rica para ele;
Para melhor servir como educador, o líder precisa, ainda, possuir habilidades de
relacionamento interpessoal, dentre as quais cabe destacar:
SABER MELHOR
RESPONDER PERCEPÇÃO
SABER SABER
INDIVIDUALIZAR COMPREENDÃO
SABER MAIOR
APOIAR EFICÁCIA
• maior entendimento das relações de causa e efeito que existem entre ele próprio e
o mundo circundante e, portanto, do que precisa fazer para realizar seus
propósitos; e
E, seja na esfera estratégica, seja na esfera tática, toda a capacidade de decidir e agir
da Odebrecht como organização empresarial tem de concentrar-se sobre o teatro de
operações que é a Pequena Empresa.
30
RELACIONAMENTO EDUCACIONAL
ENTRE O LÍDER E O LIDERADO
Cada dia será um dia agradável, pois cheio de novas descobertas que darão origem a
inovações e renovações, mediante as quais será superada a tendência à deterioração.
E, quando o dia termina, fica a expectativa também agradável de que - no dia seguinte
- novas descobertas e novas realizações tornarão a ocorrer, sempre voltadas para a
satisfação do Cliente.
Esta maneira de encarar a vida produtiva não será apenas agradável para o líder e
para o liderado, mas para todos com os quais estes se relacionam, seja no trabalho,
seja na família, pois:
integrantes começam a agir segundo “regras”, “padrões” e “normas” cada vez mais
distantes da realidade e a adotar comportamentos estereotipados e falsos, bem como
a usar entre si “frases feitas”, que nada mais comunicam.
Apenas o líder, através de seu tempo, presença, experiência e exemplo pode evitar
que se instale a deterioração, a ela antecipando-se, entusiasmando, motivando e
mobilizando os liderados rumo às inovações que ampliem a imagem, a produtividade e
a liquidez do negócio.
Se essa luta - como deve ser - é parte inseparável da educação do líder e do liderado
e se esta educação é eficaz e eficiente, então tudo é feito no momento certo, com
economia de tempo, energia e demais recursos, evitando-se o desperdício e o alto
risco.
Para que a educação seja eficaz, devemos reconhecer e respeitar os limites dela
própria e daqueles que são seus sujeitos e agentes.
Ter conhecimento de suas fraquezas, aprender com o próprio erro, aceitar o outro tal
qual é, avaliar e julgar corretamente as forças e as potencialidades de todos, estas são
atitudes e comportamentos indissociáveis de um líder.
Ou seja, evocando uma imagem já usual para nós, o líder - enquanto tal - precisa
“olhar cada árvore sem perder de vista o bosque”.
Daqui para a frente, mesmo quando estivermos falando na educação em sua acepção
estrita, envolvendo apenas o líder e o liderado, deveremos entender que as mesmas
atitudes, comportamentos e regras de relacionamento são válidas para a educação em
sua acepção ampliada, abrangendo adicionalmente o Cliente e o fornecedor.
Deve ficar nítido que a educação - tanto em sua acepção estrita quanto ampliada - não
visa à “dominação” de quem quer que seja, pois:
Nos dois exemplos, ambos relatados no Capítulo 8 deste livro, todos os agentes
econômicos ganharam, desenvolvendo-se em conjunto e contribuindo para o
crescimento da Organização.
Para que este resultado positivo ocorra sempre, além da criatividade, é indispensável
a disciplina.
Disciplina que poderá ser mais facilmente praticada, caso o líder em formação venha a
seguir as regras apresentadas no capítulo seguinte.
31
DECÁLOGO DO SISTEMA
EDUCACIONAL ODEBRECHT
Aqui, são enumeradas dez regras que devem ser praticadas para um relacionamento
eficaz e eficiente entre o líder e o liderado.
Tais regras, como tudo o mais que caracteriza as Concepções Filosóficas, foram
surgindo e se impondo naturalmente, ao longo de décadas de aprendizado, na
Organização.
1. DO RELACIONAMENTO
2. DA INTERDEPENDÊNCIA
3. DA CONFIANÇA
4. DO INTERESSE MÚTUO
5. DA EXPECTATIVA
6. DA COMUNICAÇÃO
7. DA ESTRUTURA
A estrutura tem de ser criada a partir daqueles que realmente detêm o poder na
empresa, isto é, o Cliente e o Acionista. Líder e liderado são os elos da cadeia que
unem estes dois pólos de poder, assegurando o fluxo e o refluxo de decisões, ações e
resultados mediante os quais o Cliente e o Acionista são satisfeitos.
O líder e o liderado são movidos pela vontade de servir e pela emulação entre eles.
Portanto, ambos se realizam na medida em que cada um contribui para o sucesso do
outro, em seu mister de servir. Como os dois buscam resultados, sempre melhores e
maiores, não lhes interessa identificar “problemas”, mas oportunidades de melhor
servir ao Cliente e ao Acionista, bem como de melhor contribuir para o sucesso do
outro.
9. DO ACESSO:
10. DO PROPÓSITO:
V
Indicações para o Futuro
No Capítulo 34, são vistos os mecanismos por intermédio dos quais a Tecnologia
Empresarial Odebrecht poderá ser corretamente aplicada, preservada e aperfeiçoada,
“mudando sempre, sobre uma base que não muda nunca”.
No Capítulo 35, enfatiza-se, mais uma vez, o caráter prático e objetivo que deve ser
conferido ao Sistema Educacional Odebrecht.
O Capítulo 36 discute a maneira pela qual o Sistema Educacional deve ser implantado,
sublinhando que sua institucionalização deverá ser feita tendo-se o Ser Humano como
princípio, meio e finalidade de todas as coisas, hoje, amanhã e sempre.
O Capítulo 40 apresenta as consciências que devem ter e as regras que devem seguir
nossos líderes para construir o Futuro, dos Clientes, dos Acionistas e de todos os
demais agentes econômicos com os quais interagimos.
32
DA ORGANIZAÇÃO NACIONAL À
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL
Na organização descentralizada,
o sucesso é conseqüência da
coordenação e da integração que o líder
realiza, a partir dos resultados obtidos
pelos liderados.
• guardam coerência entre si, pois todas têm sempre presente a manutenção do
Rumo da sobrevivência, do crescimento e da perpetuidade: é o “velho” que
continua “novo”, porque atual.
CLIENTE ACIONISTA
• de um lado, a figura do Cliente cada vez mais exigente, que surgiu ainda mais
cedo do que se esperava.
• de outro lado, tem-se a figura do Acionista também mais exigente e cada vez
mais atuante no que diz respeito à liquidez da Organização e ao retorno e
valorização de seu Patrimônio.
ASSEGURAR A SOBREVIVÊNCIA.
• imagem,
• produtividade,
• liquidez e,
De uma empresa local, nos transformamos, no término dos anos 50 e início dos anos
60, em uma empresa regional, com uma ambição que era, ao mesmo tempo, uma
palavra-de-ordem: convertermo-nos, ao longo das décadas de 60/70, em uma Grande
Empresa Nacional.
Para tanto, foi necessário criar espaço para o desenvolvimento desse Jovens e o
simultâneo crescimento da Organização.
O então único Líder Empresarial foi, progressivamente, abrindo mão de seu contacto
direto com os Clientes:
O advento dessa nova geração entusiasmada com o desafio de criar uma Grande
Empresa Nacional permitiu que, mais uma vez, o Rumo da Organização fosse
enriquecido, pois - além de sobreviver e crescer -, era possível sonhar com a
perpetuidade.
– tem havido uma preocupante redução nas taxas de crescimento econômico dos
países desenvolvidos.
O que deve ser feito para transformar estas crises em oportunidades de novos e
melhores negócios, que mantenham a Organização no Rumo da sobrevivência, do
crescimento e da perpetuidade?
• É preciso ter plena consciência de que esse Rumo deve ser perseguido com
ainda maior determinação do que no passado.
4o) atuando, em qualquer lugar do Mundo, como se todos fossem um só, através da
descentralização, da delegação planejada e da parceria;
5o) contando com fornecedores que atuem como parceiros, em busca da satisfação
de Clientes conjuntos;
7o) contando com uma linguagem única que sirva de base a um Sistema de
Comunicação simples e ágil, no qual as agendas embasem as decisões e as
súmulas sirvam de guia para a ação;
Entusiasmo para vibrar com a perspectiva da conquista de um Cliente e para lutar por
essa conquista.
Disciplina para tomar as decisões e realizar as ações no tempo certo e com a eficácia
adequada.
Palavra de ordem que deve ser una, em termos de filosofia, cultura e linguagem, e
diversificada, em termos de negócios e países nos quais atuamos.
Se for possível reunir ideal e prática, então não há dúvida de que teremos sucesso em
tornar realidade a nova palavra de ordem da Organização.
*** * ***
Tais programas, em conjunto, serão o instrumento para consolidar o bosque que ainda
está se formando, a
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL
Graças à imagem e aos resultados obtidos nos diversos países, a Organização será
capaz de atrair os melhores Jovens de Talento, criar as condições para sua auto-
educação, apoiar seu desenvolvimento e integrá-los com níveis sempre crescentes de
responsabilidade.
Para tornar a nova palavra de ordem uma realidade concreta, cada membro da
Organização terá de ser contemporâneo do Mundo em que vive, das necessidades do
Cliente, bem como das tecnologias específicas mais adequadas para satisfazê-lo.
Falei a respeito do bosque que antevejo formado de árvores frondosas, com sólidas
raízes, bem como de arbustos e mudas em rápido crescimento.
Se o capitão de um navio contar com uma bússola que o oriente, irá manter-se sempre
no Rumo desejado, a despeito das tendências, representadas pelas correntes
marítimas e pelos ventos que encontra, em cada momento e lugar.
Ao visualizar este Rumo, válido para a Odebrecht como um todo, o Líder Empresarial
pode e deve fixar o Rumo de seu particular negócio, mobilizando ou desmobilizando
investimentos, com vistas a valorizar o patrimônio dos Acionistas e a acelerar o retorno
dos investimentos.
O Rumo é um só, no singular, seja para a Organização, seja para os empresários que
a constituem:
Norbero Odebrecht
EM PRESARIAL/ O PERACI O N AL EM PRESARIAL
ESTRATÉGICO
a
CO N CEPÇÕ ES ALO CAÇÃO 1
FI LO SÓ FICAS DO S PARCEIRO S
RUM O A SU AS M
PRO PÓ SITO S PRIO RI DADES E
T
A
D
RETI-RATIFICAÇÃO
RETI-RATIFICAÇÃO FO RM U LAÇÃO FO RM U LAÇÃO E
DO PRO GRAM A
DO PRO GRAM A DO PRO GRAM A DE AÇÃO DO PRO GRAM A
DE AÇÃO DO LIDERADO DE AÇÃO
DE AÇÃO
DO LI DERADO
239
Figura 13 – FORMULAÇÃO E EXECUÇÃO DE PLANOS E PROGRAMAS DE AÇÃO.
Educação pelo Trabalho
33
TECNOLOGIA E
AGREGAÇÃO DO VALOR
Vivemos hoje a chamada Revolução Tecnológica, cujos segmentos mais visíveis são a
informática, a robótica, a biotecnologia e novos materiais.
Para as empresas, essa Revolução tem implicações profundas, devido às mudanças que
provoca em sua competitividade.
Por mais elevado que seja o patamar alcançado por uma organização, sua posição de
liderança tende a ser transitória, pois essa posição está sendo permanentemente
questionada.
Na economia global em que vivemos, a todo momento, junto aos mais diversos
Clientes e países, há empresários buscando maior produtividade, seja utilizando
melhor a tecnologia existente, seja introduzindo uma nova tecnologia, com vistas a
agregar valor:
Por isto, com freqüência crescente, as empresas líderes nos mais variados segmentos
da economia têm sido surpreendidas por concorrentes, aparentemente “vindos do
nada”, que se revelam capazes de produzir mais e melhor, a menores custos e
menores prazos.
Como devem reagir os Líderes Empresariais de uma organização, antes mesmo que
se concretize qualquer ameaça à sua competitividade?
Sabemos que:
Como agir proativamente, para que uma organização nunca venha a correr esse
risco?
Não adiante mirar-se no exemplo dos concorrentes, pois - ao agir assim - a empresa
estará sempre a “um passo atrás”, enquanto lhe restar fôlego.
• com o Cliente, cada vez mais exigente, que quer ser satisfeito; e
Acompanhamento
É a maneira pela qual o líder leva à prática o seu compromisso como educador,
investindo tempo, presença, experiência e exemplo em prol do desenvolvimento do
liderado.
Para que possa ocorrer de maneira útil e produtiva para ambos, líder e liderado devem
compartilhar das mesmas Concepções Filosóficas, ou seja, dos mesmos princípios
fundamentais, conceitos essenciais e do mesmo entendimento acerca da função social
da Organização.
Avaliação
Quer dizer, a avaliação parte do confronto entre grandezas materiais e conduz o líder
e o liderado rumo às grandezas morais que irão presidir o julgamento que cada qual
irá fazer, acerca da integração do liderado à Organização.
Julgamento
Diante dos fatos que construiu, o liderado julga e decide se pretende continuar sob a
orientação de seu líder e se a Organização poderá satisfazer seus anseios de futuro.
O líder, diante de seus próprios fatos, tem os elementos para estabelecer um conceito
definitivo, estrutural, acerca do liderado.
Trata-se de momento crucial na vida do líder, pois é nesse momento que o líder estará
levando à prática seu envolvimento e seu comprometimento com o Futuro da Organi-
zação.
Por ser tão importante, o ato de julgamento não pode ser “adiado”, na expectativa de
que as “circunstâncias” ofereçam o veredicto, pois:
Por isto, quem julga um liderado será julgado por seu respectivo líder, igualmente
comprometido em selecionar permanentemente e só conservar os melhores
colaboradores.
Amor ao próximo capaz de lhe dar certeza de que - ao decidir sobre a integração do
liderado - o líder estará oferecendo, a ele a melhor oportunidade de desenvolver-se,
dentro da Organização ou fora dela.
Caso esteja certo de que sua decisão irá oferecer ao liderado a melhor oportunidade
de desenvolvimento, o líder terá a firmeza necessária para decidir e levar à prática sua
decisão.
Agregação de Valor
34
APERFEIÇOAMENTO DA
TECNOLOGIA EMPRESARIAL
ODEBRECHT
O Patrimônio Material dos Acionistas, por sua vez, não é constituído, apenas, pelo
Capital-Dinheiro e pelo Imobilizado que aplicam na Organização. Integram também
este patrimônio o tempo, as tecnologias específicas e a criatividade daqueles que
detêm os conhecimentos requeridos para a contínua satisfação de nossos Clientes.
• existem crenças e valores com relação aos quais não podemos transigir, pois
em caso contrário estaremos seguindo o caminho de degradação do Ser
Humano e deterioração da Organização;
Esta confiança - por ser um princípio universal, válido para toda a nossa espécie - é
também o ponto-de-partida para enfrentar os desafios de:
35
EDUCAÇÃO NO CONCRETO
Para interagir - e este deve ser sempre o nosso caso - precisamos inovar
sistematicamente, impactando o Meio Ambiente no qual estamos inseridos, o que só é
possível se:
• por isto, tranqüilos com relação ao hoje, podemos voltar-nos para o amanhã.
Estar voltado para o amanhã não é viver no “mundo dos sonhos” e tampouco entregar-se
a exercícios de “futurologia”.
Dentre as tendências que irão afetar nosso futuro, destaca-se a automação, acerca da
qual muito se fantasia.
São muitos aqueles que a vêem como um processo mediante o qual seria possível
dispensar os Seres Humanos do processo produtivo, confiando-o a robôs.
Em vez de encarar a automação como “inimiga” dos Seres Humanos, é preciso vê-la
como um aliado, na luta milenar que travamos, em prol da humanização de nossa
espécie e do aumento permanente de nossa qualidade de vida.
O Ser Humano dotado de caráter, bem como de talento, vocação e motivação, não
admite ser “massificado”.
O Ser Humano que precisamos identificar e integrar é aquele motivado a imprimir sua
marca pessoal na vida da Organização da qual concorda participar e o faz com
entusiasmo.
Se tais são as suas características, então temos a oferecer a este Ser Humano algo
muito valioso para ele: a descentralização, a delegação planejada e a parceria.
Destas constatações, reforçam-se ainda mais as bases que temos seguido para a
educação de Seres Humanos pelo trabalho, quais sejam:
• o Ser Humano que possui controle sobre seu próprio trabalho sabe regular a
intensidade, qualidade e produtividade do mesmo, necessitando, portanto, de
participação, satisfação, incentivo e recompensa, além de uma função
claramente definida;
• seja qual for a idade, o sexo, a instrução ou a natureza de seu trabalho, o Ser
Esta educação concreta é que prepara o Ser Humano para a vida; para a realização
pessoal profissional, econômica e política.
O Ser Humano moralmente rico é capaz de alcançar o abstrato, isto é, de usar sua
mente para refletir sobre a experiência concreta e adquirir novos conhecimentos
acerca de seus acertos e erros.
O líder que é feliz e cria as oportunidades para que seus liderados também o sejam
pode transitar do nível de empresário/parceiro para o nível de empresário/estadista.
• aprender e transmitir seu aprendizado, da maneira mais eficaz que lhe for
possível; e
EMPRESARIAL
EMPRESÁRIO / PEQUENA LIDERANÇA ASSEGURAR A
/
PARCEIRL EMPRESA PESSOAL E DIRETA SOBREVIVÊNCIA
OPERACIONAL
APOIAR O
ESTRATÉGICO
LÍDER LAÇOS CRESCIMENTO
/EMPRESARIA GRANDE EMPRESA
EMPRESARIAL FEDERATIVOS DA PEQUENA
L
EMPRESA
LÍDER
COORDENADOR PREPARAR AS
POLÍTICO/EST LAÇOS
E INTEGRADOR “HOLDING” PRÓXIMAS
RATÉGICO CONFEDERATIVOS
DE GERAÇÕES
INVESTIMENTOS
RECOMENDAÇÕES
PRESIDENTE DO POLÍTICO/EST CONSELHO DE E ASSEGURAR A
CONSELHO RATÉGICO ADMINISTRAÇÀO ACOMSELHAMENT PERPETUIDADE
O
Tabela 5 - ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DO LÍDER
Educação pelo Trabalho
258
Educação pelo Trabalho
36
INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SISTEMA
EDUCACIONAL ODEBRECHT
• de liderados que aceitem este objetivo permanente como sendo seu próprio
objetivo , o qual, por isto, servirá de base para a formulação de seus Planos de
Vida e Carreira;
Adotando esta prática, o Cliente de hoje, uma vez satisfeito, poderá ser liderado e
desenvolvido, com vistas a tornar-se um futuro Cliente, mais forte, qualificado,
exigente e, portanto, capaz de melhor nos recompensar pelos nossos serviços e
Através desta coerência e desta persistência é que o líder coordena e integra sua
equipe, obtendo resultados melhores e maiores do que os previamente pactuados,
satisfazendo o Cliente e os Acionistas.
O líder, qualquer que seja sua posição na geografia da Organização, deve estar
continuamente insatisfeito com os resultados que alcança e deve ter coragem para
buscar inovações, mudanças e coisas diferentes que impactem os Clientes e os
Acionistas, surpreendendo-os favoravelmente, sem cessar.
Em sua busca por mudanças, o líder, às vezes, precisa ter a coragem de convencer
seu líder imediato, e até mesmo os Acionistas, a promover a mudança das diretrizes
por eles fixadas.
Pensar apenas em lucros a curto prazo impede a adequada educação das Pessoas,
bem como os necessários investimentos em equipamentos e outras inovações.
Por sua vez, o Cliente, sendo cada vez melhor servido e satisfeito, é conquistado para
sempre.
Esta maneira de proceder junto a cada Cliente é, também, a forma correta de atender
ao permanente anseio de nosso Acionista por um Patrimônio em segura e contínua
valorização e, em conseqüência, capaz de gerar retornos melhores, porque não
condicionados à visão estreita da “maximização do lucro a curto prazo”.
Para obter tudo isto, ao mesmo tempo, é necessária a execução, no concreto, das
regras práticas para a eficácia, com seus cinco componentes, quais sejam:
• administração do tempo, pois não temos lugar para Heróis nem para Prima-
Donas;
- comunicabilidade,
- trabalho em equipe,
- autodesenvolvimento e
- desenvolvimento do todo;
Desligado da prática, não há teoria capaz de dar conta de ensinar ao Jovem Talento a
dominar isto tudo que listamos como necessário ao seu aprendizado.
Somente assim, na prática cotidiana, o Jovem de Talento pode aprender como partir
do zero e alcançar os resultados, com imagem, produtividade e liquidez.
*** * ***
As causas devem ser buscadas junto àquele que o liderou, acompanhou, avaliou e
não julgou corretamente.
*** * ***
Todo apoio pressupõe que a Pessoa desejosa de nos apoiar entenda do nosso
negócio e da sua filosofia específica em qualquer dos níveis:
• político/estratégico;
• estratégico/empresarial; e
• empresarial/operacional.
A qualidade dos planos e programas começa com a qualidade das Pessoas que lhes
dão origem.
O mesmo deve acontecer com os Programas de Ação dos liderados que - inspirados
pelo Plano de Ação do respectivo líder - precisam, também, ser acompanhados,
avaliados e julgados continuamente, conforme preconiza a Tecnologia Empresarial,
para ao chegarem ao líder merecerem credibilidade e confiabilidade e, em
conseqüência, já se encontrarem praticamente aprovados, necessitando somente de
reti-ratificações.
É preciso saber por que um exemplo dá certo ou errado, na prática. Devemos, por
conseguinte, ser capazes de analisar os nossos próprios erros e acertos, em vez de
ficar apenas contemplando os dos outros. A audácia e a coragem do Ser Humano
manifestam-se em toda sua plenitude, quando este aprende com seus erros e acertos
e muda sua conduta, a partir deste aprendizado.
Somente assim, na prática, estaremos nos educando pelo trabalho e contribuindo para
institucionalizar, em novo patamar, nosso Sistema Educacional.
37
REGRAS PARA A PRÁTICA
EDUCACIONAL
1a) Qualquer que seja sua posição na geografia da Organização, cada um deve
assumir, simultaneamente, a postura de educador e de educando e, assim, de
“auditor” e “fiscal”, de acordo com a acepção definida no Capítulo 26 deste livro.
3a) Cada decisão empresarial pode exigir mais ou menos dispêndio de tempo,
energia, saber e criatividade, mas todas exigem o mesmo cuidado e carinho em
seu planejamento.
4a) A eficácia (identificar O QUE É O CERTO) e eficiência (fazer bem feito O QUE
É O CERTO) são a chave para alcançar a imagem com produtividade e liquidez,
nos resultados desejados e exigidos pelos Clientes de hoje e de amanhã.
• trabalho em planejamento;
• músculos em cérebro; e
• suor em conhecimento.
• das forças e fraquezas de cada um, identificadas e honestamente explicitadas sem medos ou
receios;
• da qualidade e quantidade dos líderes que se encontram na linha, bem como de seus
respectivos apoios e prestadores de serviços superiores, os quais - em conjunto - são os
responsáveis pela sobrevivência, o crescimento e a perpetuidade da Organização;
10a) Todos os colaboradores precisam ter plena consciência acerca da utilidade de seu
trabalho.
(*)
Vide a página que serve de abertura a este livro.
(*)
Vide Capítulo 33, sobre o uso do instrumento de acompanhamento, avaliação e
julgamento.
Estas regras servem para evitar a repetição dos erros e multiplicar a repetição dos
acertos.
Quem dominar esta História, esta cultura e esta Tecnologia Empresarial poderá
realizar plenamente as potencialidades de nosso Sistema Educacional e converter-se,
sucessivamente, em empresário/parceiro, líder empresarial, líder coordenador e
integrador de investimentos e empresário/ estadista.
38
CONVÍVIO ENTRE AS GERAÇÕES
Anísio Teixeira
Devido ao convívio permanente entre as três gerações, o ciclo sucessório não é “um
momento” na vida das organizações.
O ciclo sucessório ocupa “todos os momentos” da vida das organizações, pois não
pára nunca: tão logo uma geração ocupa uma posição na “geografia” da Organização,
deve começar seu planejamento para ocupar nova posição e preparar a geração
seguinte para substituí-la.
Já vimos que a tendência à deterioração é parte de uma tendência mais geral, que
força tudo e todos à inovação e à renovação permanentes.
Assim procedendo, faremos com que tal tendência inevitável atue em favor de nosso
propósito maior, qual seja, assegurar a contínua satisfação de nossos Clientes e, por
meio destes, o desenvolvimento daqueles que conosco trabalham e o crescimento da
Organização como um todo.
Mesmo conscientes das leis que regulam o suceder das gerações e dispostos a
trabalhar ativamente para que elas se cumpram, sabemos que nem tudo irá correr em
um “mar de rosas”.
Desde meus 47/48 anos, época em que ocorreram significativas mudanças em meus
Planos de Vida e Carreira e na qual redigi - não por acaso - o livro DE QUE
NECESSITAMOS?, venho preparando minha sucessão.
Se o que tem valor é servir ao Cliente, mais e melhor, a “derrota do competidor” que
disputava o Cliente conquistado será mera conseqüência e, portanto, pouco
valorizada.
Por outro lado, se respeitamos o concorrente “vencido”, não subestimamos seu poder
de recuperação e a possibilidade de vir a ganhar a próxima concorrência, caso nos
descuidemos, entendendo-se por descuido não o fato de “abrir a guarda ao
concorrente”, mas o fato de não satisfazer adequadamente o Cliente, por falta de
disciplina e cultura.
É preciso ter bem presente que o concorrente de hoje - caso o respeitemos - poderá
ser nosso parceiro, diante da oportunidade de servir a outro ou ao mesmo Cliente, no
futuro.
No caso do fornecedor, este precisa ser criado e desenvolvido para ser nosso parceiro, ou
seja, como alguém que tem a certeza de que - ao agir de maneira disciplinada em seu
relacionamento com a Organização - vai desenvolver-se junto conosco e, em
conseqüência, tornar-se nosso amigo e aprofundar sua lealdade à parceria.
O “trote” ajuda a criar a camaradagem em uma turma, mas destrói o respeito entre
esta turma e as demais, que lhe infligiram ou que sofreram tratamento de mau gosto.
No entanto, se eu esquecer o que a turma precedente fez comigo e tratar com respeito
o novato que chega, este tenderá a tratar da mesma forma aqueles que chegaram
antes e chegarão depois.
Por que não usar esta força cultural de maneira positiva na Organização?
Se os Jovens são:
O Jovem, tão logo aculturado, precisa receber a incumbência de aculturar aquele que
entrou mais recentemente, devendo ser acompanhado, avaliado, julgado e
recompensado por isto.
Por isto, para que ela se sinta sempre digna, precisa de oportunidades -
constantemente renovadas - para ser e fazer. Ou seja, precisa de oportunidades de
servir ao Cliente, à Organização, à sua família e à sua comunidade.
Precisa, depois, usar suas forças para transformar estas oportunidades em resultados
e possibilitar a obtenção de resultados ainda melhores, se encontrar um líder com
Se estes Planos existem e são adequadamente valorizados por seu Líder imediato,
essa Pessoa possui a certeza do que poderá ser e fazer no futuro e, portanto, pode
preservar a esperança de dias melhores, para si e para aqueles que a honram com
sua confiança.
Por outro lado, se tem um líder que se considera - na prática - seu educador, pode
confrontar, a todo o momento, sua auto-percepção com a percepção que este líder
possui, a respeito das forças e fraquezas de seu liderado.
Em primeiro lugar, o líder, como todo Ser Humano, não tem limitações para seu
desenvolvimento.
Precisa, porém, estar certo de que as contribuições por ele oferecidas no passado
serão sempre valorizadas, assim como as que puder oferecer no presente e no futuro.
Em segundo lugar, precisa ver o Jovem que chega como alguém que vai contribuir -
necessariamente - para a tranqüilidade e a segurança daqueles que integram a
Organização.
• “vêem o bosque antes das árvores”, podendo assim abrir novos horizontes
para os mais novos;
Porque têm tempo livre, as Pessoas de Terceira Idade podem dedicar-se a ajudar a
comunidade e, desta maneira:
Esta pergunta é, a rigor, síntese das perguntas anteriores e, portanto, deve ser
39
A ORGANIZAÇÃO DO FUTURO
O Sonho
Além do domínio das mais avançadas tecnologias próprias ao seu ramo de atuação,
essa empresa alemã tem uma particularidade: existe e vem crescendo há quase 500
anos.
Assim como essa, muitas outras empresas seculares existem pelo Mundo afora,
combinando tradição e inovação, permanência e mudança.
A Organização Competitiva
Para tornar-se mais e mais competitiva, a Organização deve ser sempre capaz de
conquistar padrões de imagem, produtividade e liquidez superiores aos de seus
concorrentes.
Recurso Crítico
Na mineração, o recurso crítico é o minério, que - assim como qualquer outro recurso
desse gênero - precisa ser exaustivamente conhecido em termos de ocorrências,
cubagem, teor, associação com outros minerais, condições de extração,
beneficiamento, transporte etc.
Por outro lado, a experiência internacional vem mostrando que os serviços tendem a
manter-se como o pólo dinâmico da economia mundial.
Assim como, na agricultura, os melhores frutos são obtidos das melhores árvores, na
prestação de serviços, quanto melhores forem o empresário/parceiro e sua equipe,
melhores serão também os resultados.
Da mesma forma que as árvores serão tanto melhores quanto melhores forem os
tratos culturais, a competitividade da Pequena e da Grande Empresa irá depender do
zelo dos Líderes Empresariais com a educação dos empresários/ parceiros e de suas
equipes.
Alocação de Especialistas
Sistema de Comunicação
• do enxugamento de níveis e equipes, assim como dos dados que deverão ser
coletados e respectivos relatórios;
• da manutenção da linha reta que - mediante o concurso dos líderes - une o Cliente
ao Acionista, reduzindo-se ao máximo a participação de responsáveis por apoio e
serviços no ciclo de transformação dos dados em resultados;
(*))
Para uma discussão mais aprofundada, vide Capítulo 33.
Deve-se levar em conta que não tem sentido investir dez anos ou mais na educação de
líderes em potencial, para depois constatar que apenas 1% ou 2% têm o perfil adequado.
• por uma formação humanística que habilite cada líder a compreender o Meio
Ambiente no qual se insere, bem como traçar os cenários e captar as tendências
que possam contribuir para assegurar o Futuro da Organização.
Respondidas estas perguntas, o líder em formação poderá fazer-se mesmo mais uma
pergunta, que irá denotar a nobreza e a grandeza de seu espírito:
Linguagem Única
Para que tal atualização e tal enriquecimento ocorram de maneira útil e produtiva, eles
têm de ser feitos:
• a acomodação ao que, hoje, é tido como adequado, mas que certamente não
continuará a sê-lo amanhã; e
Em Busca do Futuro
É precisamente para a atual geração e para as que vierem depois que se destinam as
consciências e as regras de comportamento apresentadas no capítulo seguinte.
ANEXO DO CAPÍTULO 39
40
CONSCIÊNCIAS E REGRAS PARA A
CONSTRUÇÃO DO FUTURO
Ao oferecer os bens e serviços que o Cliente quer e precisa, ele retribui pagando
faturas.
O que existe, provavelmente, está mal distribuído, a começar pelo tempo das Pessoas
de Conhecimento.
A Pessoa que não possui estes enfoques quer apenas “ser servida” e, por isto, não
interessa à Organização.
O único controle que o líder necessita é o que diz respeito à qualidade de suas
próprias decisões.
Deixe para os apoios qualificados as tarefas que exijam solução mais lenta ou teórica.
A estrutura deve ter, no máximo, três níveis, com pouca ou nenhuma assessoria.
Procure ter pouca gente de alto valor, com programas muito objetivos, resultados
muito claros e prazos definidos.
Peça ao seu Apoio um trabalho de cada vez, mas encurte os prazos e exija mais
qualidade.
Dedique a maior parte de seu tempo para dialogar e negociar com seu Cliente,
entendendo-o cada vez melhor.
Os participantes de cada programa devem estar sempre bem informados acerca dos
resultados parciais obtidos, para que cada um corrija mais rapidamente seus eventuais
desvios de Rumo e melhore os respectivos resultados.
empresas.
23. Comunique-se
Lembre-se de que construímos não apenas para a geração atual, mas também para
as gerações futuras.
• espírito de servir,
• humildade,
• simplicidade,
• austeridade e
• coragem
*** * ***
Quem assim proceder estará preparado para ter sucesso ao enfrentar o Desafio do
Futuro, que é o tema do capítulo seguinte.
41
DESAFIO DO FUTURO
Victor Hugo
A esta altura, acredito ter contribuído para construir o consenso entre os Acionistas, os
Empresários, os Colaboradores, os Clientes e os Jovens que pretendam integrar-se à
Organização acerca do Futuro desejado por todos.
*** * ***
8a tendência - servir melhor ao Cliente será, cada vez mais, agregar valor aos bens e
serviços que lhe são fornecidos;
• o espírito de servir,
• a humildade,
• a simplicidade,
• a austeridade e
• a coragem
devem formar parcerias e alianças estratégicas entre si, sempre tendo em vista a
melhor satisfação do Cliente;
14a tendência - para servir bem o Cliente, em qualquer parte do Mundo onde se
encontre, cada Organização de Conhecimento necessitará de uma linguagem única,
forjada a partir de crenças e valores compartilhados por todos aqueles que a integram;
16a tendência - em um Mundo cujas fronteiras nacionais serão cada vez mais tênues,
os governos tenderão a reformular seu papel tradicional, concentrando-se no que
importa e faz diferença: a preparação para a vida, a educação, a saúde e a
conscientização de que os deveres precedem os direitos de cidadania;
*** * ***
colocando seu saber a serviço dos desafios de Hoje e, portanto, a serviço da Organização
do Futuro.
Os atuais e futuros líderes da Organização podem cumprir tudo o que deles for exigido
para perpetuá-la. Isto, entretanto, é apenas a condição necessária para o sucesso.
• o trabalho não é apenas uma obrigação, mas um prazer e, até, uma forma de
lazer;
• o que importa a cada um é fazer a sua parte do trabalho, mesmo que os outros
não o façam, através da prática sistemática dos princípios da auto-ajuda, do
autodesenvolvimento e da auto-avaliação;
Se o Jovem de Talento possui ou está disposto a tornar sua tal filosofia de vida, é um
Ser Humano cônscio de suas responsabilidades, capacitado a colocar o presente a
serviço do Futuro desejado e convencido de que pode fazer acontecer esse Futuro
através da integração de suas próprias forças às forças da Organização.
Em sua busca, o Jovem acabará encontrando o futuro cônjuge, disposto - como ele - a
compartilhar da criação de grandezas morais e materiais; criação esta que é a base
sobre a qual repousa o matrimônio duradouro, realizador e feliz.
Se assim ocorrer não só com os atuais, mas também com seus futuros líderes, então
nossa Organização permanecerá - por sucessivas gerações - no Rumo da
sobrevivência, do crescimento e da perpetuidade.
VI
Conclusão
Werner Jaeger
A este altura, peço ao leitor para reler as frases de Camões, Ruy Barbosa e Lúcio
Costa que foram citadas na abertura deste livro e que, em conjunto, mostram quão
cuidadosos devemos ser ao lidar com o delicado e instável equilíbrio dinâmico entre
mudança e permanência, especialmente em uma Organização que pretende ampliar
permanentemente sua competitividade para poder perpetuar-se.
Tudo pode e deve ser questionado; tudo pode e deve mudar, exceto os princípios
fundamentais e os conceitos essenciais que dão à Organização Odebrecht a sua
alma; o seu modo de ser, que a torna diferente das demais organizações.
ÍNDICE GERAL
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - EIXO CLIENTE/ACIONISTA ............................................................. 31
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - IDADE/MATURIDADE E NÍVEL DECISÓRIO............................... 37
Índice Analítico
A agregar valor - 431 : servindo melhor ao Cliente - 539
agressividade - 342
agricultura: jornada de trabalho não pode ter início e fim
abstrato x concreto - 456, 542 rígidos - 194 : x indústria - 194
ação integrada e sinérgica de todos - 309 agroindústria açucareira - 45
ação x reflexão - 19, 272 água potável: tratamento e adução - 165
Aceros del Paraguay - 285 Alagoas - 45, 87
acertos x erros - 474, 482, 487 alcance social - 164
Acionista e Cliente: detêm o poder na Organização - 251 alegria: de trabalhar - 352 : de viver - 66
Acionista e Cliente: pólos do poder - 16 : são os que detém alegrias e prazeres: laboriosamente construídos - 354
o poder nas organizações - 16 Alemanha - 113, 168, 173
Acionista: fonte de onde promana o espírito da Alfândega - 172
Organização - 452 : força motriz da Organização alianças estratégicas - 540
Odebrecht - 288 : ligado ao Cliente, em linha reta - 53 : alinhamento: falta - 307
x Cliente - 416 alma, modo de ser da Organização Odebrecht - 548
Acionistas: administração e valorização de seu Patrimônio Almeida, Rômulo - 171
- 287 : cada vez mais conscientes - 415 : do Futuro - almoxarife - 182
465 : esperam a prática correta da Tecnologia Em- alta tecnologia - 430
presarial Odebrecht - 465 : guardiões das Concepções alto valor agregado - 430
Filosóficas e da memória da Organização - 444 : não amadurecimento do Ser Humano - 207
são especuladores - 444 : pequenos e anônimos - 350 amanhã: estar voltado para o amanhã não é viver no
: propósitos - 287, 288, 548 : renúncia ao consumo pre- “mundo dos sonhos” - 450
sente - 287 : um corpo único, dotado de vontade e de amanhã: exige tranqüilidade com relação ao hoje - 449
espírito únicos - 287 ambiente educacional - 50
ações: não interessa sua valorização circunstancial - 288 Americano, Oscar - 275, 276, 278
acomodação - 514 amizade - 141, 473, 493
acompanhamento, avaliação e julgamento - 48, 193, 263, amor ao próximo - 384, 439
301, 342, 354, 408, 421, 436, 440, 446, 467, 472, 507, amor materno: sinônimo de humildade, disciplina e
518, 523, 524 trabalho - 96
acompanhamento, avaliação, julgamento: e recompensa - amor, zelo e carinho - 344
491 análise: de si mesmo - 229 : x coragem - 539
acompanhamento: líder leva à prática seu compromisso de animais: cruzamento - 241 : culturais - 241
educador - 436 ansiedade - 233
acontecimentos sociais - 88 anti-recurso - 140
acordo - 377, 487 Antigüidade - 432
açúcar - 45 apoio - 69 : à decisão mais adequada - 250 : dê-lhe um
aculturação - 541 : chave - 375 : clima - 376 trabalho de cada vez, mas encurte prazos e exija
aculturamento: sem traumas ou pressões indevidas - 374 qualidade - 529 : designa o especialista ou generalista
adestrar mão-de-obra - 372 de que se serve o líder - 327 : do líder - 299 : e
administração central - 370, 506 orientação - 5 : enxugar estruturas - 413 :
administração: do tempo - 468 governamental - 226 : interno x “apoio externo” - 336 :
administração: e valorização do Patrimônio dos Acionistas não é cargo; é atitude - 326 : necessidades - 181 :
- 287 : participativa - 13 orientado para a eficácia - 328 : ou serviço: na
Administrador: de investimentos - 419 : de negócios - 419 : qualidade, na quantidade e no momento certos - 334 :
do negócio - 419 : do Patrimônio - 419 pouca gente de alto valor, com programas objetivos, re-
admiração - 316 sultados claros e prazos definidos - 529 : reduzir a
adolescência - 233, 544 : tardia - 70 equipe - 529 : se for voltado para “problemas”, torna-se
Adolescente - 234 nocivo e deteriorante - 336 : sempre voltado para fora -
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro - 280 336 : só é útil, eficaz e eficiente quando não gera
aeroporto: vide campo de pouso dependência - 337 : somar, multiplicar e potenciar as
aeroportos - 268 forças do empresário/parceiro e da Pequena Empresa -
aeroportuárias: instalações - 166 336 : somente pode ser oferecido a quem o solicita e
Aflitos: Ladeira dos - 104 seja capaz de usá-lo da maneira certa - 335 : sua
agenda: mental ou escrita - 291 : previamente negociada - conversão em resultados - 337 : tarefas - 132 : usar
249 Pessoas que já passaram pela linha - 529 : visa à
agendas - 403, 421, 531 identificação de O QUE É O CERTO - 328
agendas e súmulas: usá-las para educar - 531 apoios e prestadores de serviços - 473 : e serviços - 320 :
agente de renovação - 340 eficazes - 321 : eficazes - 421 : empresariais
agentes econômicos - 524 : princípio, meio e fim da Tarefa superiores - 372 : mais eficazes - 508 : qualificados -
Empresarial - 349 : são seres interdependentes - 349 529 : superiores - 452, 513
agentes x pacientes - 486 aposentadoria: compulsória - 66 : digna e tranqüila - 127
agilidade - 341, 514 aposentados - 66
agregação: de valor - 408, 439 : eficaz - 512 aprender: capacidade ininterrupta, própria do Ser Humano
- 227 : com o próprio erro - 395 : com os mais velhos - Avenida do Contorno - 120, 397
491
Aracaju - 169, 170, 173
arbustos em rápido desenvolvimento - 423 B
áreas negociais específicas - 298
arenas - 17 bacharéis - 89
aristocracia rural - 88 Bahia - 14, 88, 113, 118, 131, 163, 194, 291, 501 : famílias
armador: de ferro - 107 tradicionais - 101 : Governo do Estado - 120 : Sul - 163,
Arnold: pastor luterano - 98 171, 194
Arquimedes - 336 Baía de Maraú - 169
arrogância - 139, 205 baldes - 106
arrogância do prestador de serviços - 514 balizamento - 308
arte: de empresariar - 156 : empresarial x arte militar - 202, Banco da Bahia - 116, 119, 120, 172
388 : poder fazer e saber fazer - 211: x técnica - 148 Banco do Brasil - 171, 172
árvore x bosque - 396, 518 banqueiros - 88, 89, 113, 131, 226
árvore: cuidado individual - 195 Barbosa, Ruy - 6, 308, 445, 548
árvores: derrubada - 181 : frondosas - 423 barragens: construtoras - 268 : grandes - 278, 279
Assegurar a Sobrevivência: Rumo na década de 40 - 416 base: moral e material que não muda nunca - 308 :
Assembléia Nacional Constituinte - 274 produtiva - ajustar e transformar - 466
assessor: fora do organograma, aconselhando, apoiando “base” (do organograma tradicional) - 17
ou prestando serviço - 205 : seu papel é complementar Baumgart, Emílio - 87
as forças do empresário - 205 Bélgica - 113
assessores: eficazes - 70, 133, 308 bem: de consumo durável - 282 : ou serviço superior - 352
associação duradoura - 286 bens de capital - 282
assunto importante: é aquele que só se torna urgente bens e serviços mais competitivos: são conseqüência da
depois da reflexão - 214 imagem, da produtividade e da liquidez - 38
assunto urgente: é aquele que precisa ser resolvido bens e serviços: resultado do trabalho dos Seres Humanos
imediatamente - 214 - 296
atacadistas - 88, 89 bigorna - 106
atitudes e comportamentos - 230, 239, 308, 309, 487, 488, Bildung - 95, 494
515, 541 : indissociáveis do líder - 396 biológica: fatores de natureza - 150
atuação internacional: crescente - 14 biotecnologia - 431
auditagem e fiscalização - 263 : do tipo tradicional - 357 : bisavô paterno - 95, 100
paradigma - 357 blindados - 275
auditor e fiscal - 352, 479 Blumenau - 98 : bosque de - 100, 425
auditores e fiscais: apoiar os Jovens de Talento a ter bosque - 424, 425 : x árvore - 1, 396, 518
sucesso - 356 : “internos” - 351, 353 : quando o BRADESCO - 120
enfoque é correto, seu papel é impedir que o erro Brasil - 89, 95, 168, 202, 268, 274, 277, 279, 280, 281,
aconteça ou corrigi-lo rapidamente - 356 282, 501 : x Exterior - dicotomia - 506
auditoria: e fiscalização: concentram-se no passado - 353 : Brecht, Bertold - 224
externa - 350 Bureau Veritas - 172
austeridade - 532, 539 burocracia - 339, 342 : dispensa as Pessoas fortes - 340 :
auto-: ajuda - 353, 543 : ajuda, responsabilidade, é uma praga também nas empresas privadas - 203 :
avaliação, percepção - 493 : avaliação - 543 : levada ao exagero, fossiliza apoio e serviços - 320 :
crescimento - 196 : controle - 353 : desenvolvimento - regras - 452
543 :educação - 149, 216, 256, 353, 424 : burocratas: em busca de um “nicho” - 342
responsabilidade - 353 burocrática: estrutura - 189
auto-educação: mediante o desenvolvimento de três burocratismo - 139
capacidades - 456 bússola - 425 : que oriente cada um de nós e a todos - 420
autoclavagem - 165, 166, 181
automação - 450 : não é “inimiga” dos Seres Humanos -
451 C
automatismo: e suas desgraças - 340 : ou inércia - 340
autoridade - 480 cacaueiro - 504
autoritarismo - 139, 204, 242, 452 cachoeira - 164
avaliação e julgamento: o líder precisa ser humilde - 339 cadeia de lideranças - 251
avaliação: em conjunto - 437 : ato mediante o qual líder e Caixa da Organização (disponível) - 269, 417, 423
liderado confrontam resultados efetivos com resultados Calçada: bairro de Salvador - 119
esperados - 437 : não podemos fazer a avaliação dos Calmon, João Augusto - 178
bens e serviços somente quando estiverem “prontos” - Câmara, Helder - 332
475 : seu propósito é medir desempenho - 437 camaradagem: entre gerações - 79
avaliar e julgar os liderados - 319 caminhões: com reduzida capacidade de carga - 275 : -
avanço x consolidação - 343 tanque - 169, 177
adequado - 247, 248 : entre líder e liderado - 248, 299 : em sua acepção ampliada - 397 : em sua acepção
negociação e acordo - 203, 242, 487 : pessoal e direto estrita - 397 : familiar - 68 : luterana - 96 : na empresa -
- 298 84 : na família - 84 : na prática - 68 : no concreto - 446 :
dias melhores - 228 permanente - 149 : sinônimo de formação (“Bildung”) -
dignidade: ser digno - 492 95
direção da empresa - 142 educação pelo trabalho - 263, 350, 454, 455, 457, 458,
direito de optar - 238 465, 475, 491, 509 : base para a diversificação com
direito x obrigação - 96, 108 segurança - 365 : bases do ciclo permanente de - 13 :
direito: pressupõe um dever - 97 ciclo permanente de - 11 : de Sexta-Feira - 57 : desafio
Diretor-Presidente - 142, 298, 412, 413, 415, 419, 445, do Líder Empresarial - 71 : indispensável para construir
495, 542 : recebe do Líder Empresarial o crescimento o futuro - 53 : indispensável para perpetuar a
orgânico e retribui, oferecendo orientação, estímulo e Organização - 50 : no concreto - 210 : o melhor instru-
recompensa - 303 mento de auditoria e fiscalização - 358 : recebida no lar
Diretores da Odebrecht S.A. - 510 e na escola - 485 : reimplantá-la em um patamar
discernimento - 241, 385, 518 superior - 20 : sistema de atração de novos Talentos -
disciplina - 1, 108, 141, 156, 236, 241, 322, 354, 402, 422, 365 : somente ocorre através do relacionamento
493 : distribui tarefas, mas não elimina nem dispensa a produtivo com o Cliente e os companheiros de trabalho
força criadora de ninguém - 380 : intelectual - 155 : - 383 : tema estratégico da organização voltada para o
mental - falta - 257 : respeito e amizade - 473 : vide futuro - 9
virtudes do empresário : x criatividade - 398 educacional: clima - 349, 350
disciplinar as Pessoas - 249 educador x educando - 40, 479
discussão oral exaustiva - 508 educar: é mais do que instruir; é formar -95 : é uma fonte
dissensões - 502 inesgotável de enriquecimento intelectual e moral - 393
divergências e conflitos: solução natural - 290 : o liderado - 384 : x produzir - 48
diversificação - 369, 430 : com segurança - 287, 365, 372 : eficácia : do apoio - 312 : dos apoios e eficiência dos
dos negócios - 273 : “estratégia” - 191 : países e serviços - 319 : e eficiência do líder - 247 : identificar O
negócios - 446 QUE É O CERTO - 479 : na decisão x eficiência na
dívidas - 131, 267 : a pagar - 226 execução - 217 : tomar a decisão mais adequada, no
dividendos: distribuição parcimoniosa - 288 : geração momento preciso - 217
segura e auto-sustentada - 288 eficiência : dos serviços - 312 : fazer bem feito O QUE É O
divisão do trabalho - 55 CERTO - 479 : ter a capacidade de executar
dogmas - 13 corretamente o que foi decidido - 217
dominar diversas e complexas tecnologias especiais - 268 Egito - 317
domínio : completo, sobre os negócios existentes - 361 : egocentrismo - 150
da tecnologia e crescente agregação de valor - 408 : egoísmo - 150, 342 : ausência - 324
do negócio - 189, 226, 364 : dos assuntos discutidos - eixo Acionista/Cliente: vide eixo Cliente/Acionista
249 eixo Cliente/Acionista - 248, 251, 495, 513 : (Figura I) - 53 :
dono do seu destino - 229 vide linha reta
eletrificação - 278
E Emílio Odebrecht & Cia - 45, 104, 107, 113, 115, 118, 127,
130, 369 : vide também Isaac Gondin e Odebrecht
Ltda.
ecológica: responsabilidade - 99 emissários submarinos - 268
ecológico: pensamento - 98 empatia - 385
economia - 228, 233, 235, 236 : açucareira - 87 : de empregos - 352
esforço - 252 : de tempo, energia e recursos - 395 : dos empreiteiro ou construtor - 89
Clientes e dos países - 523 : global - 537, 540, 541 : empresa binacional - 279
leis - 225 : mundial - cenários e tendências em curso - empresa local x empresa regional - 417
449 : mundial - pólo dinâmico - 504 empresa x universidade - 370
educação - 540 : acadêmica - 69 : complementar - 511 : empresa: existe para servir - 18
concreta - 455 : criação da Humanidade, com vistas ao empresariar: é uma arte - 156
desenvolvimento e à emancipação do educando - 397 : empresário/estadista - 455, 458, 482 : suas qualidades -
das crianças - 39 : das Pessoas de Conhecimento - 457 : três capacidades - 456
449 : de adultos - através do auto-aprendizado - 39 : de empresário/parceiro - 339, 419, 456, 457, 458, 482 : deve
adultos - só se pode ensinar o que o adulto quer e está saber o que é importante e faz diferença para o cliente
preparado para aprender - 397 : de Talentos - não é a - 337 : é acompanhado, avaliado e julgado por empre-
transferência pura e simples de conhecimentos - 373 : sários mais experimentados, seus educadores - 364 : e
deve ser uma função natural e universal, realizada equipe - 364, 469, 505 : é quem determina os serviços
porém de maneira consciente, organizada e disciplina- de que precisa - 338 : é soberano para decidir o que
da - 392 : do liderado - 141 : dos Jovens - 71 : dos precisa em termos de apoio e serviços - 334 : elabora
liderados - 216 : é danoso delegá-la - 541 : é o seu Programa de Ação - 220 : em potencial - 299, 300 :
instrumento para inovar e renovar o Ser Humano - 41 : líder da Pequena Empresa - 334 : oferece os pré-
é um caminho de mão dupla - 249 : eficaz - 395, 413 : requisitos da sobrevivência ao Líder Empresarial e dele
recebe em troca orientação, estímulo e recompensa - sobre os Seres Humanos - 206 : usa suas forças para
302 : seu Programa de Ação - 301, 338 : sob a criar riquezas para todos - 324 : virtudes - 325 :
orientação do Líder Autêntico, sabe como organizar e- virtudes e habilidades que dele se exige - 148 : x
xemplarmente sua empresa - 355 : sua participação burocrata - 203 : x Cliente - 114: s/parceiros - 132, 133
nos resultados - 300 empresários/parceiros - 189, 372
empresário: a liberdade é indissociável de sua tarefa - 238 empresários/parceiros e equipes - 506 : formação - 509 :
: amadurecido - 116 : amadurecido - 250 : autêntico - identificar e selecionar permanentemente - 523 :
10, 119 : bem-sucedido - 183 : bem-visto na comunida- qualidade assegurada desde o início - 523
de - 226 : cabe-lhe alcançar e superar resultados previ- empresários/parceiros: com liberdade e responsabilidade -
amente pactuados - 156 : capacitado a transformar 219 : devem confiar mais em si mesmos e menos nas
qualidade em quantidade e vice-versa - 300 : compro- estruturas, serviços e apoios - 529 : líderes das
misso de servir a seus semelhantes - 120 : contínuo pequenas empresas - 344
exercício da humildade, da disciplina e do trabalho - 96 empresários : amadurecidos - 502 : autênticos - 513 :
: coordenador e integrador de Seres Humanos - 155 : criativos e competitivos - 310 : do futuro - 54 :
coordenar os táticos e dar-lhes apoio logístico - 181 : generalistas x especialistas - 531 : mais
de “sucesso”, “infalível” - 165 : domínio do negócio - experimentados - 469 : mais qualificados, produtivos e
189 : é o agente catalisador de todas as forças morais competitivos - 11 : nova geração - 269 : novos e bons -
e materiais da Organização - 318 : é quem produz para 49, 219, 334, 335, 404, 503, 537 : qualidade, capazes
outros e simultaneamente se educa e educa os outros - de liderar os negócios de uma carteira diversificada de
48 : é um líder, que deve conhecer os Seres Humanos investimentos - 361 : Seres Humanos comprometidos
- 206 : é um Ser Humano insatisfeito - 139 : eficaz - em produzir riquezas para seus semelhantes - 47 :
337 : elo de comunicação entre o Acionista e o Cliente sucessivas gerações - 502
- 54 : em formação - 468 : essência de seu trabalho é o empresas: preparadas para o futuro previsível e mais além
relacionamento com os Seres Humanos - 9 : existe - 379
para servir - 123 : existe para servir - 141 : existe para emulação - 17, 18, 490
servir a seus semelhantes - 96 : experimentado deve energia - 285 : dissipar - 325 : elétrica - 166, 277, 281, 284
ser integrado à Organização - 49, 337 : infalível - 187 : : geração e distribuição - 282 : linhas de transmissão -
intérprete e fiel servidor das tendências - 201 : lida com 283 : potencial hidrelétrico - 281 : solar - 501 :
Seres Humanos - 210 : lidando com crises, constrói o subestações - 283 : vital - 342
sucesso - 325 : lidar com a matéria prima chamada Ser enfoque: de dono de sua empresa - 334
Humano - 296 : lidera Seres Humanos empenhados enfoque: na contribuição - 457, 468
em produzir bens e serviços - 207 : “madeireiro” - 167 : enfoque: na contribuição, na oportunidade e nos resultados
não basta saber qual é o seu negócio; é preciso - 12, 35, 216, 376, 421,518, 528
conhecer, também, a filosofia do negócio - 299 : não enfoques: praticar os certos - 528
existe sem Cliente e sem um negócio muito bem defini- Engenharia brasileira - 281 : conquistas nos últimos 70
do - 299 : o que é importante e faz diferença para - 192 anos - 286
: ou vive a realidade de sua área operacional ou deixa engenharia: “profissão pouco nobre” - 89
de ser empresário - 182 : para servir sempre mais e engenhos bangüês - 87
melhor - 124 : pode e deve desejar um mundo melhor - ensinamentos teóricos e práticos - 510
201 : precisa conhecer bem aqueles com os quais se entediar-se no trabalho - 394
relaciona, para melhor servir - 10 : precisa estar entendimento - 256
consciente de que as informações são mero reflexo do entusiasmo, criatividade e disciplina - 422
que acontece na realidade - 225 : precisa ficar alerta entusiasmo: vide motivação e estímulo
para não perder senso crítico - 324 : precisa pesquisar envelhecer com dignidade - 493
sobre os Seres Humanos - 210 : precisa ter maior zelo envelhecimento - 490
do que o Cliente, quanto ao patrimônio deste - 119 : envolvimento - 438 : e comprometimento - 5
pretende transformar o mundo, inovando e criando - enxugamento de níveis e equipes - 507
139 : responsabilidades básicas - 263 : sempre enxugar estruturas de apoio - 413
procurando superar os resultados obtidos - 324 : Ser equilíbrio delicado e instável entre inovação e permanência
Humano que lida com o real e o concreto - 143 : seu - 312
compromisso com o real e o concreto - 197 : seu equilíbrio dinâmico: delicado e instável entre mudança e
compromisso para com a produção de riquezas morais permanência - 548
e materiais - 197 : seu propósito de vida é servir - 9 : só equilíbrio dinâmico: entre o todo e as partes - 396
ele pode ser especialista em recursos humanos - 206 : equilíbrio dinâmico: pensamento intuitivo x pensamento
só existe para servir - 143 : só pode assumir o compro- racional - 183
misso de satisfazer o Cliente se dispõe de Pessoas equipe altamente sinérgica - 121
previamente integradas - 215 : sua marca distintiva é a equipes: sinérgicas e produtivas - 311 : formação e
superação dos resultados esperados - 301 : sua mente organização - 215 : mais sinérgicas e produtivas - 206
deve estar aberta para perceber por que e como as era científica - 156
coisas acontecem e como podem mudar, através de erro: aprender com o próprio - 395
sua ação - 225 : sua missão indelegável - 141 : sua erro: impedir que aconteça ou corrigi-lo rapidamente - 356
senda é íngreme e tortuosa - 325 : sua sina é servir erros: evitá-los - 148 : que o Jovem de Talento irá cometer
sempre - 326 : sua tarefa mais nobre é a pesquisa - 374 : sua análise - 160 : x acertos - 474, 482, 487
força : cultural - 491 : de vontade - 233 : de vontade do viver o presente e construir o futuro comum - 290 : ser
Jovem - 70 : do pensamento, que é a maior força de e fazer - 492 : servir no - 537 : sua busca - 514 : sua
que dispomos - 243 : viva, sem a qual a organização construção - 221, 409 : tecnologias do - 515 : visão de -
desaparece - 206 513, 516 : visualizá-lo - 467 : x presente - 254, 518
forças - 353 futurologia - 450
: da Natureza - 121, que devem tornar-se produtivas - 122 : futuros: líderes - 544 : Líderes Empresariais - 510 : líderes
da Natureza, dos Seres Humanos e das circunstâncias no nível estratégico/empresarial - 510 : líderes no nível
- 100, 108, 124 : da própria Pessoa - 149 : das político/estratégico - 510
circunstâncias - 149 : descobrir e construir sobre as
forças de cada liderado, empresa e circunstância - 530
: dos colaboradores - 204 : dos semelhantes - 149 : e G
fraquezas: identificadas e honestamente explicitadas,
sem medos e receios - 333, 481, 493 : físicas e Gamboa do Morro - 76
mentais - 492 : integração das - 543 : morais e gasolina - 168
materiais - 371 : somente sobre elas é possível generalista: empresário mais experimentado, a serviço de
construir - 216 : torná-las produtivas - 468, 518 quem pede apoio - 327
forja - 106 genética: alterações - 139 : carga - 149, 227
formação: cultural - 544 : de empresários/parceiros e geografia do Mundo - 414
equipes - 509 : de lideranças - 465 : de líderes - 372 : geografia da Organização - 294, 308, 319, 414, 444, 479,
de novas gerações - 465 : de novos e bons empresá- 485, 487
rios - 404 : humanística - 510 : moral - 544 geração atual: devidamente educada, aculturada e com
formar humanistas - 542 visão de futuro - 516 : x gerações futuras - 532 : de
formatura do autor - 115 energia - 164
formigas - 195 geração: nova geração de empresários - 333
Formulação e Execução de Planos e Programas de Ação gerações : camaradagem - 79 : ciclo de
(Figura XIII) - 428 integração/sucessão - 487 : conflito - 486 : de
formular estratégias - 450 empresários - sucessivas - 445 : em convívio
fornecedor - 10, 46, 79, 210, 349, 364, 396, 397, 469, 482, permanente - 485 : novas - 465 : novas a serem
495 : precisa ser criado e desenvolvido para ser nosso integradas - 485 : novas gerações, educadas no
parceiro - 490 : que atue como parceiro - 421 : trabalho em parceria - 380 : ou Idades, a conviverem
soviético - 279 entre si - 32 : precedentes - 99 : segunda e terceira -
fossilização - 342 : x “inchamento” - 344 418 : seu convívio - 409 : transição - 45, 46 : vide
fraquezas - 243, 353, 356 : sobre elas nada se pode também Idades : vindouras - 543
construir - 216 : x forças - 108, 493 gerenciamento de projetos - 203
frases curtas e impactantes - 249, 291 gigantismo: evitar - 531
frases feitas - 394 ginásio - 101
FRONAPE - 191 Gizeh - 317
fronteiras nacionais: mais tênues - 540 Góes, Coriolano - 171
função paramétrica - 263 Góes, Fernando de - 116, 119, 120, 397
função social da Organização - 436 Goethe - 34
futuras: gerações - 532 golpe de misericórdia - 433
futuro - 353, 369, 415 : cenário - 415 : Cliente, Acionista, Gomes, Walter Caymmi - 206
Lideranças, Apoio e Serviços do - 465 : compartilhar - gorjeta - 377
241 : comprometimento - 435 : comum - 242 : Governo - 142, 433 : apoio - 226 : brasileiro - 283 : do
confiança no - 543 : construído sobre a linha reta - 414 Estado da Bahia - 120, 168, 170, 178 : do Paraguai -
: construir - 243 : da Organização - 46, 47, 288, 510 : 280 : estadual de São Paulo - 276, 277 : federal - 171,
da Organização - contribuição inestimável - 71 : da 267, 276, 277 : provisório - 274 : seu estímulo é de
Organização - Jovens de Talento responsáveis pelo - grande valia para a empresa - 196
375 : de todos - 243 : Desafio do - 409, 431, 533, 542 : Grande Depressão - 274
desejado - 78, 83, 239, 311, 450, 537 : determina o Grande Empresa - 50, 71, 137, 280, 293, 294, 340, 344,
presente - 9 : determinação do - 418 : do Ser Humano 355, 369, 412, 419, 420, 505, 510, 547, 549 : a serviço
x futuro da Organização - 151 : expectativas - 485 : da Pequena Empresa - 335 : absorve e trata o “lixo” da
fazê-lo acontecer - 543 : frutos - 543 : indicações para - Pequena Empresa - 338 : contribui para promover o
427 : Líder do - 444, 466, 467, 537 : mentalizar - 363 : crescimento da Organização - 333 : existe para
Organização do - 542 : Organização Odebrecht interna- multiplicar as forças e tratar as fraquezas da Pequena
cionalizada do - 523 : Organização voltada para o - 503 Empresa - 333 : federação de pequenas empresas -
: parâmetros da economia do - 502 : perspectiva do - 190, 219, 531 : inovação e renovação permanentes -
243 : pertence à Organização de Conhecimento - 528 : 340 : Nacional (palavra de ordem das décadas de 60 e
pesquisá-lo é compreender o contexto político, 70) - 408, 417, 418 e 422 : não pode existir sem a
econômico, social, tecnológico e competitivo - 450 : Pequena Empresa - 338 : onde estão os responsáveis
planejá-lo - 228 : preparar a CBPO - 276 : previsível - pelos serviços à Pequena Empresa - 328 : ou multiplica
379 : que desejamos - 241 : que pretendemos construir as forças da Pequena Empresa ou é um parasita - 338
- 52 : sentimento de - 241, 290, 357 : sentir o passado, : relacionamento com a Pequena Empresa - 330 : seu
responsável é o Líder Empresarial - 334 : só será sadia identificação do Cliente x identificação dos colaboradores -
se cada uma de suas pequenas empresa também o for 215
- 190 : tende a voltar-se para o conhecido e dominado - identificação dos colaboradores x identificação do Cliente -
339 : x Pequena Empresa - 327 215
Grande Organização Empresarial Brasileira: palavra de identificação e educação de novos e bons empresários -
ordem da década de 80 - 408, 418, 422 219
grandezas materiais - 438 identificar e formar novos Talentos: tarefa mais nobre do
grandezas morais - 438 líder - 382
grandezas morais e materiais - 302, 544 igualdade de oportunidades - 376
Gravatá - 169 Ilha: ninguém é uma ilha - 57
Greshan - 340 imagem - 495 : da Odebrecht - 357
guia de ação - 488 imagem, produtividade, liquidez e competitividade - 15, 19,
20, 38, 48, 54, 104, 122, 123, 190, 202, 216, 302, 362,
H 377, 389, 395, 413, 416, 420, 433, 434, 465, 466, 470,
474, 479, 480, 503, 519
impacto x técnica - 468, 539
habilidades do líder x desenvolvimento do liderado (Figura importa e faz diferença - 322, 337, 540
XII) - 387 Imprevisão: Teoria - 113
hábitos da vida empresarial - 291 incentivar: a todos - 127 : recompensar e promover - 352
Havana - 102 inchamento - 351 : alerta - 341 : x fossilização - 313, 344
Hemisfério Sul - 283 Índia - 274
herança: Ativo - 127 Indivíduo: principal sujeito de sua educação - 541
herói - 395 indústria x agricultura - 194
hidrelétrica - 165, 166, 277, 278, 283 inércia - 340
hierarquia - 480 : “topo” da - 137 : a única correta é infalibilidade - 486
fundada no Cliente - 351 : começa no Cliente - 138 : infância - 544
verdadeira - 142 influenciar e ser influenciado - 160, 216, 220, 449, 451, 512
hierárquica: relação - 326 informação - 524 : eficácia e eficiência - 512 : útil - 319
história - 195, 243, 547, informações: eficazes, úteis e produtivas - 524 : tratá-las -
história da humanidade - 431 : da Organização - 127, 221, 258 : úteis - 230 : corretas - 234
416, 443 : de vida - 221 : empresarial - 501 : cultura e o informática - 431
conjunto de crenças e valores que formam a informatização: só interessa para identificar mudanças nas
Tecnologia Empresarial Odebrecht - 482 : corre mais premissas dos negócios - 524
lentamente para os Acionistas - 444 Inglaterra - 113
hoje, amanhã e sempre - 219, 320, 363, 364, 408, 434 inimigos externos - 433
holandeses: técnicos - 194 inovação - 38 : depois de cada uma, é preciso restaurar a
Holding - 45 : laços confederativos - 294 normalidade - 312 : e renovação - 393, 395 : e
Homem de Sucesso - 131 : sadio - 156 : homens - 140 renovação da empresa - 216 : e renovação
honra - 351 permanentes - 340, 486 : permanente - 416 : perma-
Hoyos, Conde - 177 nente, pois a todo momento estão surgindo novos
humanidade - 229 : patamares de desenvolvimento - 75 Clientes, empresários, tecnologias, situações e
humanização de nossa espécie - 451 circunstâncias - 310 : x permanência - 312 : x tradição -
humildade - 129, 179, 226, 236, 239, 256, 320, 338, 532, 501
539 : diante do sucesso - 324 : do Ser Humano - 160 : inovações: mudanças e coisas diferentes - 464 :
para aprender com os erros - 160 : vide virtudes do tecnológicas para mudar percepções, atitudes e
empresário : x “humilhação” - 124 comportamentos e a estrutura da Organização - 515
humilde - 204, 337, 339 inovar: continuamente - 515 : é indispensável - 131 : e
renovar continuamente - 394 : e renovar
I permanentemente - 526
inquietação: dos que estão em busca do novo e do
inusitado - 1
idade - 453, 454 : idade/maturidade x nível decisório insatisfação permanente - 324
(Tabela I) - 64 insolvência: à beira - 269
idades : bases de um convívio sadio - 71 : vide também institucionalização: é o instrumento que assegura a
gerações : ou gerações: três - 542 : seu convívio - 409 perenidade das Concepções Filosóficas - 310 : facilita
idéia criativa: ponto de partida para criterioso planejamento o ciclo sucessório e a perpetuidade da Organização -
- 208 310
idéia empresarial: precisa ser planejada, para converter-se institucionalizar o pensamento estratégico - 463
em oportunidade e em negócio - 208 instrumento educacional - 467
idéias chave para promover o crescimento auto-sustentado insucesso - 148
- 263 insumos básicos - 282
identidade - 234 integração - 457
identificação das necessidades do Cliente - 188 integração: da Pessoa de Conhecimento - 440 : de novos e
bons empresários - 47 : horizontal e vertical - 167, 191, compreendeu, aceitou e está disposto a praticar as
173, 190 Concepções Filosóficas - 68 : se educa no trabalho -
integrar harmoniosamente a sistema de idéias o que é útil 376 : serve ao próximo, servindo a si mesmo, através
e inovador - 257 da educação pelo trabalho - 54 : sob orientação direta
inteligência - 149 de seu líder imediato - 54 : sua realização como
intenções: “boas” - 318 cidadão, chefe de família e empresário - 379
interação: Ser Humano x Meio Ambiente - 100 Jovem: mente ávida - 77 : propósitos - 235
interagir: inovar sistematicamente, impactando o Meio Jovens de Talento - 356, 388, 422, 446, 495, 523, 538,
Ambiente - 449 541, 549 : aproximação com os mais velhos - 78 : atrair
interdependência - 118, 128, 129, 457, 487 : Acionistas x os melhores - 424 : com sólida formação internacional -
liderados x fornecedores x Clientes - 119 : aprender a 424 : da melhor qualidade - 509 : encaminhá-los à
exercê-la - 349 : dos agentes econômicos - 116 : rela- iniciativa e à ação criadoras - 375 : identificação,
ções - 36 seleção, formação e integração - 354 : motivados,
internacional: construir a Organização Internacional - 506, desafiados e entusiasmados - 417 : prática cotidiana -
515, 516 : experiência - 504 : Organização 470 : que queiram desenvolver-se - 14 : recém-ingres-
Internacional e suas exigências - 506 : sólida formação sos ou convidados a ingressar na Organização - 46 :
- 424 responsáveis pelo Futuro da Organização - 375
internacionalização - 369, 514 Jovens: agressividade natural e saudável - 19 : ainda em
internacionalizada: Organização Odebrecht, no Futuro - formação; sentem-se desamparados, solitários e até
523 mesmo órfãos - 337 : aprender como funcionam as leis
introspecção - 221 da Natureza e da Economia - 77 : de caráter, talento,
instrução - 453, 454 vocação e motivação - 444 : identificação e seleção -
intuição : e condicionamentos - 155 : empresarial - 420 : x 49 : estuantes de vida - 77 : que jamais irão trabalhar
racionalidade - 148, 155 : x razão - 1 numa empresa - 69 : que nunca tinham aprendido a
intuitivos : “modo feminino” de pensar - 157 : devem ser si- servir - 69 : recém-ingressos na Organização - 75
multâneos - 160 : equilíbrio dinâmico - 155 : x racional - julgamento: ato individual solitário, interior - 438 : momento
157, 158, 539 crucial na vida do líder - 438 : não pode ser “adiado” -
investimento: a longo prazo em Pessoas e equipamentos - 439
465 : e reinvestimento - 269 : e reinvestimento - ciclo justiça: princípio - 225
infindável - 287 : fixo - 167
investimentos: acelerar o retorno - 426 : carteira
diversificada - 288, 361, 418 : e reinvestimentos - 298 : K
geração de recursos livres para - 294 : razões de sua
diversificação - 361 Kannengiesser, Walter - 266
investir: maciçamente na educação e formação de Kant - 154
Pessoas de Conhecimento - 451 : no desenvolvimento Kubitschek, Juscelino – 282
das Pessoas de Conhecimento - 449
Isaac Gondin e Odebrecht Ltda. - 45
Itapetinga - 173
Ituberá - 163, 168, 169, 170, 170, 173, 177, 178, 193
Ituberá-Guandu: estrada - 170 L
J laços: confederativos - 549 : federativos - 144, 549
Ladeira dos Aflitos - 104
laminados: de madeira - 173
Jaeger, Werner - 546 Langenscheidts Wörterbuch - 95
Japão - 283 lar paterno - 109
Japoneses: imigrantes - 177 látex - 504
japoneses: sócios - 283, 284 lazer - 543
Jequié - 168, 173 Leakey, Richard E. - 74
João Paulo II, Papa - 379 lealdade - 141, 493 : à parceria - 490
Jovem de Talento - 455, 457, 458, 543 : aculturação - 373, lei: básica a guiar as ações e reflexões do empresário -
375 : caráter, talento, vocação e motivação - 354 : 292 : da criação ou da criatividade - 240 : da
contribuir para seu desenvolvimento - 49 : deve deterioração - 240 : de desenvolvimento individual -
começar no nível empresarial/operacional - 65 : deve 23625 : de Greshan - 340 : interdependência das
respeitar os Líderes de Segunda e de Terceira Idades - espécies - 118 : sobrevivência do mais forte - 118
65 : em busca de realização - 79 : estimular seu leis da Natureza - 240 : a inovação e a renovação
amadurecimento - 49 : invulgar - 378 : Jovem de permanentes - 312
Talento: ao pé da fogueira - 77 : o que deve encontrar leis da Natureza e da economia - 228, 233, 235, 236, 394:
desde o primeiro dia de trabalho - 374 : para ele, são cegas e implacáveis - 225
chegar a ser é mais relevante do que aprender a ser - leis da Natureza e da humanidade - 486 : devemos ser
375 : partícipe do sucesso - 374 : perfil - 1, 480 : seus fiéis servidores - 36 : do relacionamento humano -
precisa de espaço para florescer - 49 : que entendeu, 36 : não devem ser contrariadas - 36 : naturais - 36 :
movimentação de materiais - 276 novo: engendrá-lo - 139 : para que possa crescer e
mudança: convicção da importância e da necessidade - desenvolver-se é preciso destruir o que não se renova -
228 : deve ser buscada deliberadamente - 312 : é 37 : x velho - 414, 431
sempre um trabalho de análise e de coragem - 229 : novos materiais - 431
efetiva, para melhor - 228 : permanente - 329 : x per- Núcleo de Memória da Organização - 286
manência - 313, 501, 548 números: expressar em - 522 : exprimir em números a sa-
mudanças: externas - 450 : precisa de coragem do líder - tisfação do Cliente - 302 : para expressar desempenho
464 : x permanência - 343 - 344 : resultados que possam ser medidos e
mudar: a “cabeça” - 491 : as concepções - 228 expressos em – 342
mudas ainda muito tenras - 423
Mulher: sadia - 156 : sua entrada no mercado de trabalho -
157 : sucesso profissional - 157 O
Mulheres - 103, 140
mundo - 501, 506 : complexidade - 246 : dos negócios O QUE É O CERTO - 159, 216, 217, 221, 328, 344, 350,
(tríade) - 115 : dos “sonhos” - 450 : econômico - 118 : 352, 360, 414, 487
físico - 118 : Ocidental - 156 : imaginário x mundo real - O QUE SOMOS NÓS? - 243
234 : melhor - 228 : real - 235 : constituído de relações O QUE SOU? - 78, 236, 239, 243
de causa e efeito - 234 : uma nova concepção - 229 objetivo comum e permanente, voltado para o longo prazo
município de Ituberá - 168 - 463
músculos x cérebro - 323, 480 obras de tecnologia especial - 268, 369
mutação: tudo se encontra em permanente mutação - 311 obrigações: vide também deveres : x direito - 96
obstinação: vide virtudes do empresário
Oceano - 98
N ócio forçado dos aposentados - 66
Odebrecht Perfurações Ltda. - 273
Natureza - 31, 36, 98, 194, 201, 228, 233, 236, 240, 296, Odebrecht S.A. - 45, 50, 143, 294, 412, 415, 418, 430, 495,
312, 394 : convívio - 292 : em aparente comunhão - 76 542, 547, 549
: forças - 100, 108, 121 : interação com o Ser Humano - Odebrecht S.A.: Conselho de Administração - 512
149 : leis - 225 : necessidades inelutáveis - 235 : o que Odebrecht : Emil - 98, 99, 425 : Emílio - 87 : família - 87 :
não se renova é destruído - 37 : sua tendência de criar imagem - 357 : uma Organização de Conhecimentos -
o novo - 37 : trabalhar em sintonia com ela - 37 : usar 357
sabiamente suas forças - 532 : viver em harmonia com ofício: mistérios - 105 : segredos - 106
ela - 37 óleo diesel - 169
navio - 172, 177 : vide também petroleiro opinião pública - 139, 325 : formação - 88
necessidades do Cliente: identificação - 188 opiniões: diversidade - 13
necessidades e motivações legítimas - 453 oportunidades: de crescimento auto-sustentado - 523 : de
negociação - 377, 378, 487 : entre o Líder Empresarial e o novos e melhores negócios - 419 : de servir - 192, 204,
empresário/parceiro - 300 262, 401, 492, 526 : de trabalho mais realizadoras -
negócio: antes define-se o Cliente; em seguida, define-se o 451 : e resultados: líder e liderado não conversam
negócio - 299 : começa pela identificação do Cliente - sobre “problemas” 306 : e resultados: só existem fora
188 : domínio - 226 : filosofia, resultados esperados, da Organização - 336 : igualdade de - 376 : para
prazos, estrutura e custos (itens do Programa de Ação) crescer - 262 : priorizá-las, no lugar dos “problemas” -
- 196 : madeireiro - 181, 183 : modificar as condições 525 : que maximizem, a longo prazo, o retorno do
econômicas - 276 : terá sucesso ou insucesso, a capital investido e a valorização do patrimônio - 361 :
depender do espírito imposto pelo empresário - 196 só existem fora da Organização - 322
negócios: existentes - domínio completo - 361 : sólidos e Organização (Figura II) - 60
duradouros - 293 organização competitiva: não precisa modernizar-se, pois
Newton - 36 será sempre atual - 503
níveis “hierárquicos” - 194 Organização de amanhã - 516
nível empresarial/operacional - 369, 472, 510 Organização de Conhecimentos - 528, 540 : é aquela que
nível estratégico/empresarial - 46, 472 tem o saber e o espírito das Pessoas de Conhecimento
nível político/estratégico - 46, 287, 472, 516 - 318 : nela, cada empresário representa plenamente a
nobreza e grandeza de espírito - 511 Organização - 318
nobreza: identificar e formar novos Talentos - 382 organização descentralizada: o sucesso é conseqüência
Nordeste - 45, 87, 113, 171, 267, 268 da coordenação e integração dos resultados - 412
normalidade: depois de cada inovação é preciso restaurar Organização Dinâmica - 355, 362, 363 : equipe formada
a normalidade - 312 por Pessoas de Conhecimento que assessoram o Líder
notas: encaminhadas aos liderados - 291 : muito simples - Empresarial, fornecendo apoio ou serviços - 334
292 Organização do Futuro - 542
nova geração: de empresários - 269 : sua integração - 269 organização doente - 433
Nova York - 274 organização humana: para ser duradoura, precisa de
novidades - 258 crenças, valores e normas explícitas - 442
Novo Mundo - 98 Organização Internacional - 408, 424, 516 : e suas
P 300
passado: do Indivíduo - 230 : para ajudar a alcançar o
futuro - 150 : que deixou de ser produtivo - 514
Pacheco, Régis - 170, 171 passagens aéreas: agenciamento - 166
pacientes x agentes - 486 passivos: têm de ser administrados com o Caixa disponível
pacto: econômico - 129 : político - 129 : social - 129 - 269
pactos - 132 pastor luterano (Arnold) - 97, 98, 101
padrão de qualidade - 96 paternalismos - 140
padrões morais elevados - 452 patriarcal: ranço - 156
pai rico, filho nobre, neto pobre - 90 patrimônio - 95 : da empresa x patrimônio pessoal - 90 :
país-sede x exterior - 538 em segura e contínua valorização - 466 : empresário
países desenvolvidos - 419 com maior zelo do que o Cliente, na preservação do
países em desenvolvimento - 285, 419 patrimônio deste - 119 : material - 118 : material - 444 :
Palácio do Catete - 171 moral - 118 : moral e material - 11, 16, 79, 263, 287,
palavra de ordem: una em termos de filosofia, cultura e lin- 297, 298, 443 : seu retorno e valorização - 416 : valor
guagem, e diversificada, em termos de negócios e futuro - 288 : valorização - 293, 361, 426
países - 422 Pedreira, Nilo Simões - 172
palavra de ordem - 292, 417, 418, 423, 515 : nova, para pedreiro - 105, 107
motivar as gerações vindouras - 418, 424 : (década de pensamento : crítico - 378 : ecológico - 98 : estratégico - é
recursos: concentrá-los sobre poucas prioridades - 527 : resultado: cada qual com prazo definido e previamente ne-
livres, no Caixa da Organização, para a realização de gociado - 530 : do trabalho intelectual do empresário
investimentos - 294 : materiais, tempo, dinheiro, (Figura X) - 277 : efetivo x resultado esperado - 208 :
tecnologias e equipamentos - 363 : morais e materiais - mais em menor prazo e com maior qualidade - 530
252 : naturais - 192 resultados - 403 : a curto prazo x resultados a longo prazo
Refinaria Alberto Pasqualini - 284 - 467 : dependem do Cliente - 250 : do presente x
refinarias: de petróleo - 284 resultados do futuro - 253 : econômicos x não-econômi-
reflexão: tempo para - 291 : x ação - 19, 47, 272, 272 : x cos - 322 : esperados - 47 : esperados a superar - 252 :
prática - 109 esperados expressos em números - 522 : esperados
regras: “impessoais” e “burocratizadas” - 452 : morais - 383 quais são, em que prazos e a que custos? - 300 :
: obsoletas - 310 : praticá-las com zelo e disciplina - esperados x resultados efetivos - 228, 437 : esperados
533 : práticas - 254 : práticas de conduta - 95 : práticas x resultados obtidos - 56 : esperados: alcançá-los é
para a eficácia (cinco componentes) - 468 : práticas algo que um assalariado pode fazer; superá-los é a
para o relacionamento líder x liderado - 401 : práticas marca distintiva do empresário - 300 : medidos e
que assegurem procedimentos eficazes e eficientes - expressos em números - 342, 375 : melhores e
310 : servem para evitar a repetição de erros e maiores - 128 : objetivamente medidos e avaliados -
multiplicar a repetição de acertos - 482 344 : obtidos - 324 : para obtê-los, é preciso satisfazer
reinvestimento: e diversificação - 287 : permanente - 287 : o Cliente - 526 : partilha - 220 : previamente pactuados
políticas - 273 : veja também investimento - 128 : que o Cliente quer e está disposto a pagar - 371
relacionamento: Cliente x Acionista - 416 : com o mundo : são obtidos na Pequena Empresa - 250 : só existem
externo - 37 : entre líder e liderado - 389, 401 : fora da Organização - 525 : superação - 220 : vêm de
produtivo - 383, 393 fora e são trazidos pelo Cliente - 336
relacionamentos: rede - 354 reti-ratificar - 208, 228, 426
relações de produção e produtividade - 377 retorno do capital investido - 361, 431
relatórios frios e impessoais - 328 ruína material - 329
remédio x veneno - 470 reunião - 291
renovação - 38, 340 reuniões: reduzi-las ao mínimo - 248
renovação: permanente - 307, 485 : se não ocorre, revezamento: para experimentar os liderados - 531
precisamos forçá-la - 340 Revolução Constitucionalista de 1932 - 274
renúncia: ao consumo presente - 287 : aos prazeres da Revolução de 30 - 274
vida social - 324 Revolução Industrial - 66
repetição: é a mestra do estudante - 21 : pode levar à Revolução Tecnológica - 66, 237, 370, 431
rotina, que é a fonte da burocracia - 338 ridículo: medo do ridículo de praticar virtudes - 325
Representante dos Acionistas - 416, 417 ringues - 17
reproduzir - 234 Rio de Janeiro - 171
requisitos para ser feliz - 456 Rio Grande do Sul - 284
respeitar: a si próprio - 65, 488 Rio Serinhaem - 164
respeitar: os mais velhos - 65, 101 Rio Tietê - 283
respeito - 141, 374, 385, 473, 493 : amizade e lealdade - rio x mar - 158
402 : aos mais velhos - 488 : dos mais novos - 65 : e riqueza: material sem ética, não é riqueza sadia; é riqueza
admiração - 316 : é uma relação individual; interpes- efêmera - 97 : material - nem sempre a beleza da vida
soal - 488; intergrupal; global - 489; deve começar de reside nas conquistas materiais - 97 : moral é a base
dentro para fora - 489 : filho da disciplina, pai da da riqueza material - 97 : moral e riqueza material são
amizade e avô da lealdade - 488 indissociáveis - 478 : no concreto - 467 : só existe se
responsabilidade: de preservar os frutos do trabalho das há um Cliente a valorizar o que foi produzido - 10
gerações precedentes - 99 riquezas: maiores e melhores - 318 : morais e materiais -
responsabilidade: ecológica - 99 : educacional é 349, 384, 385, 440 : morais superiores - 455
indelegável - 50 risco: relação entre os resultados esperados e os custos -
responsabilidades: básicas do empresário - 263 : básicas 252
do Líder Empresarial - 362 : educacionais dos líderes - rivalidade - 17, 18, 490 : o Líder Autêntico não a estimula -
50 : ninguém nasce sabendo como exercê-las - 364 19
responsáveis: pela linha - 355 : pela linha e seu apoio - robô - 47, 237, 238, 450
507 : por apoios e serviços - 507 robótica - 431
responsável: pela linha - 142, 143 : pela linha e seu dever Rocha, Antônio Maurício - 282
de aprofundar a confiança junto ao Cliente - 352 : pela rosa-dos-ventos - 420
linha, cujo poder tanto maior, quanto maior sua Rotary Club - 236
proximidade com o Cliente - 326 : pelo apoio, contribui rotatividade: ajustar o colaborador recém-ingresso - 470 :
para a multiplicação das forças dos responsáveis: pela deve ser usada com parcimônia - 470 : é útil para
linha - 326 : pelos serviços, deve ser aliado da desenvolver lideranças de alto potencial - 471 : neces-
simplicidade, da agilidade e da criatividade da Pequena sária à formação de autênticas e superiores lideranças
Empresa - 341 : pelos serviços, é humilde, recusando o - 471
papel de “ditador de regras” - 341 rotina - 339, 394
resposta certa x pergunta certa - 251, 539 ruína - 226, 325, 511 : do Indivíduo e da Organização - 55 :
e degradação humanas - 19 : moral - 329 : moral e Ser Humano : à medida que amadurece - 159 : a produção
material - 243 : se a atenção do empresário recai sobre de riquezas impõe-lhe múltiplas formas de
“coisas” e não sobre os Seres Humanos - 192 interdependência - 57 : amadurecido - 148, 160, 207 :
Rumo - 31, 35, 46, 49, 201, 258, 263, 303, 311, 357, 365, amadurecido, equilibrado e feliz - 233 : aprende a
389, 409, 414, 416, 417, 418, 420, 425, 425, 426, 433, inovar a si mesmo - 39 : capaz de realizar-se - 236 :
443, 444, 446, 459, 487, 502, 510, 511, 513, 515, 523, capaz de transformar a si mesmo - 297 : com suas
544, 548 necessidades satisfeitas - 454 : como ser o melhor no
rumo ao fracasso - 187 campo que escolher - 16 : confiança - 446, 548 :
Rumo: da Grande Empresa - 426 : da Odebrecht S/A. - coordenador e integrador de resultados - 130 :
426 : da Organização (Tabela III) - 218 : da degradação - 445 : deve analisar seus condicionamen-
Organização depende do Rumo da Pequena Empresa - tos - 230 : é o princípio, meio e finalidade de qualquer
341 : da Pequena Empresa - 426 : da Pequena organização - 448 : é o princípio, o meio e a finalidade
Empresa: sobrevivência - 341 : desvios - 530 : é um só, de todas as coisas nas organizações - 309 : é um Ser
no singular - 426 : educar, formar e poder mobilizar em- inacabado - 227 : educação, condicionamentos e
presários/parceiros e equipes é a chave para manter a oportunidades - 158 : fases evolutivas do desen-
Odebrecht em seu Rumo - 506 : Propósitos x volvimento - 236 : filho da Natureza - 98 : formá-lo é
Resultados (Tabela III) - 218 : significado único e diver- dotá-lo de uma concepção de mundo e capacitá-lo a
sificado – 427 colocar em prática tal concepção - 95 : graças ao poder
de sua mente e de seu corpo, pode refletir sobre seus
453 : sujeito de sua própria educação - 493 : torna-se Sistema de Planejamento - 549
senhor de seu tempo, através da vontade, criatividade Sistema Educacional - 31, 71, 75, 292, 365, 372, 376, 380,
e disciplina - 57 : x Organização e seus propósitos 408, 459, 549 : a serviço do liderado - 378 :
comuns - 151 democrático - 378 : descentralizado e flexível - 547 :
ser servido - 229, 528 implantado desde nossas origens - 377 : institucio-
Seres Humanos: construir sobre as forças - 138 : convívio - nalizá-lo em um patamar mais elevado - 475 : regras -
292 : crença em sua capacidade de desenvolvimento - 547 : seu cenário é onde a produção se realiza con-
138 : dotados de inteligência, conhecimento e talento cretamente - 383 : suas potencialidades - 482
são escassos - 451 : dotados de personalidade, sistemas educacionais: instrumentos naturais para que as
vontade e controle sobre seu próprio trabalho - 453 : sociedades e organizações possam crescer e
forças - 100 : Integrais - 237 : livres, motivados, desenvolver-se - 372
recompensados e e incentivados - 128 : objeto de sistemas de controle - 203
pesquisa permanente - 210 : que compartilham de situação atual x situação futura desejada - 466
propósitos comuns - 18 : que não compartilham de situação futura desejada - 252
nossa cultura - 242 : serão produtivos se tiverem situação futura desejável x situação presente - 479
espírito adequado e domínio do negócio - 174 : seus sobrevivência - 269 : das pequenas empresas - 293 : e
negócios e a comunicação entre eles - 296 : somente crescimento orgânico - 330 : na Pequena Empresa e
quando livres e responsáveis podem cooperar Crescimento na Grande Empresa (Rumo nas décadas
verdadeiramente - 200 de 50 e 60) - 417 : transformá-la em crescimento
seres vivos - 451 : modelam nosso planeta - 100 orgânico - 302
seringueira - 504 Sobreviver, Crescer e Perpetuar - 10, 14, 31, 39, 46, 49,
serralheiro - 107 54, 100, 118, 206, 218, 253, 258, 263, 313, 353, 365,
serraria - 165, 181 370, 409, 414, 420, 425, 467, 481, 502, 506, 510, 511,
serviço: é a atitude contributiva daqueles que 513, 515, 537, 538, 544, 548 : (livro) - 192, 196, 236,
“descomplicam” a vida da linha - 327 276, 296, 303, 307, 505, 512
serviço: é desperdício se não está pactuado no Programa sócia minoritária, sem responsabilidade na administração
de Ação do empresário/parceiro - 339 : fossilizado - dos negócios - 273
342 : espalha-se como praga - 342 : os fortes são social: alcance - 164
expulsos e os fracos permanecem - 342 : inadequado - sociedade: tradicional - 95 : aberta e participativa - 378
321 : orientado para a eficiência - 328 : só se explica e sócios japoneses - 283, 284
justifica em decorrência do pactuado no Programa de sofisticações - 342
Ação do empresário/parceiro - 338 : visa à execução solução: critérios para a melhor solução - 252
de O QUE É O CERTO - 328 soluções: adequadas à economia brasileira - 285 : para os
serviços: eficientes - 321, 421 : “eficientização” - 328 : “problemas” - 252 : requerem decisões - 432
libera a linha de tarefas burocráticas - 327 : nos quais solvência: em risco - 278
são travadas as lutas mais duras contra a deterioração Sonho - 409, 501, 502, 515 : compartilhado pelos líderes e
- 344 : seus responsáveis devem ser remanejados com colaboradores - 503 : de uma Organização duradoura -
freqüência - 345 503 : sobre o Futuro da Organização - 99
servir: à Organização - 254 : ao próximo - 150 : ao próximo Souza, José Diniz de - 282
e ser recompensado - 229 : ao próximo é antes um Standard Oil - 169, 170, 172, 173, 191, 193 : vide também
direito que um dever - 66 : aos outros - 242 : em vez de ESSO
“ser servido” - 150 : existimos para - 108 : no Futuro é subordinado - ver também “chefe” - 402
educar no presente novos e bons empresários - 537 subordinados - 204
setor elétrico brasileiro - 279 substituto - 90, 424
sexo - 234, 453, 454 : “diferenças” - 157 : promoção da sucessão - 413, 485, 487
igualdade - 158 sucesso - 131, 151, 193, 207, 216, 236, 303, 319, 320,
Sexta-Feira (nome) - 57 324, 334, 338, 356, 361, 389, 402, 449 : altera de
siderurgia - 281, 283, 284, 285 : complexo siderúrgico modo irreversível a realidade precedente - 310 :
estatal - 281 : tecnologia de montagem - 284 anterior não assegura o sucesso seguinte - 310 :
siderúrgicas - 268 : estatais - 284, 286 através da prática de virtudes - 532 : com maior
simplicidade - 341, 532, 539 facilidade - 481 : condição necessária - 542 : condição
sinergia - 17, 377, 457, 539 : entre parceiros - 350 : agir de suficiente - 542 : da integração do Jovem - 70 : o que o
maneira coordenada e integrada, buscando concretizar empresário deve fazer para conquistá-lo - 20 : sua
propósitos comuns - 217 : dotar de - 127 : entre o chave no campo educacional - 5 : de satisfazer o
Cliente e a Organização - 450 : falta - 307 Cliente - 526 : do Desafio do Futuro - 533 : do líder -
sinérgica: equipe - 121 248 : do Ser Humano e da Organização - 514 : e crise
sintomas: têm causas - 432 são irmãos gêmeos - 325 : em educar e formar - 481 :
Sistema de Comunicação - 5, 13, 225, 362, 421, 549 : empresarial - 538 : espírito correto que o assegura -
/informação a criar e implantar - 531 : /informação que 469 : fácil e conjuntural - 325 : na área internacional -
funcione no dia-a-dia, na prática - 463 : baseado na 424 : não basta a audácia - 179 : organização que visa
transmissão e recepção oral - 508 : eficaz - 344, 507 : ao - 539 : partícipe - 374 : passado, esquecido em prol
seu propósito é mostrar o hoje e o amanhã - 356 do sucesso futuro - 527 : só ocorre quando contamos
sistema de fiscalização e punição - 204 com a contribuição dos outros - 240 : só se as Pessoas
de Conhecimento estiverem motivadas - 539 : só virá ser liderados e absorvidos - 523 : seu significado
no concreto, no trabalho cotidiano de satisfazer o (Figura IX) - 212 : vista como fator de produção - 130
Cliente - 466 : x fracasso: sua explicação - 225, 226 tecnologias do Futuro - 516
SUDENE - Superintendência de Desenvolvimento do tecnologias específicas - 108, 149, 181, 183, 215, 252,
Nordeste - 267, 268 296, 421, 444, 510, 524 : especialistas em - 506
Sudeste - 267 : veja também Centro-Sul tecnologias: bélicas convertidas para uso civil - 276 :
Suerdieck: Fábrica de Charutos - 101 construtivas - 280 : de transporte - 276
Sumatra - 102 Teixeira, Anísio - 484
súmula - 291, 403, 421, 531 : registro de decisões e ações tempo - 130, 141, 323, 337, 342, 444 : “assassinando” -
- 249 248 : certo - 96 : conveniente - 470 : custo e liquidez
suor x conhecimento - 324, 480 são severas restrições - 120 : das Pessoas de
Conhecimento - 527 : dedicado à formação dos
Créditos
Coordenação Editorial Revisão dos Originais
Sebastião Freitas Paulo Siqueira