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Delegação de Nampula
Código: 708221267
Juma Nicolau
Delegação de Nampula
Código: 708221267
Juma Nicolau
Alice Ferro
Índice
Introdução.........................................................................................................................................4
Objectivos.........................................................................................................................................5
Geral.................................................................................................................................................5
Específicos........................................................................................................................................5
Metodologia......................................................................................................................................5
Leitura...............................................................................................................................................8
Análise de textos...............................................................................................................................8
Considerações finais.......................................................................................................................15
Bibliografia.....................................................................................................................................16
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Introdução
A educação universitária, cada vez mais, vem sendo discutida em congressos, palestras e demais
eventos com o intuito de sinalizar quanto às competências necessárias para o sucesso de
estudantes e professores. Visto isso, o presente estudo científico tem como objectivo principal
verificar o nível de conhecimento dos estudantes universitários quanto os objectivos, métodos,
regras e ferramentas atreladas à Metodologia Científica, antes e após o seu ingresso à
universidade.
O artigo está sistematizado, em cinco seções, com o intuito de facilitar a compreensão de seu
conteúdo. Sendo assim, no primeiro momento tratar-se-á sobre A Importância da Metodologia
para a Construção do Conhecimento Científico, pois a metodologia propõe métodos e técnicas
que subsidiam educandos e educadores a constituírem o conhecimento, genuinamente, científico.
Na seção seguinte será tratado quanto A Missão do Estudante num Contexto Universitário, visto
que é necessário que saiba seu papel diante as acções inerentes e que o cerca a partir de seu
ingresso na universidade.
Além disso, são notórias as novas realidades e possibilidades no ensino superior contemporâneo,
bem como nas demais modalidades de ensino. O avanço das tecnologias educacionais com o
advento dos computadores em sala de aula é exemplo dessa inovação, o professor precisa ser
sensível às ferramentas que contribuem com suas práticas de ensino e aprendizagem. Dessa
maneira, a seção A Competência do Professor Universitário em Novos Tempos discorrerá sobre
conceitos inerentes às praxes docentes.
Para tanto, utilizar-se-á dos seguintes autores como referências: Teixeira (2010); Severino
(2007); Demo (1995); Imbernón (2012); além de outros para suprir a contento as expectativas
lançadas neste trabalho.
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Objectivos
Geral
Analisar a relevância da metodologia científica para estudantes no contexto universitário
Específicos
Compreender quais as estratégias de leitura, análise e interpretação de texto na
universidade;
Demostrar a importância de metodologia científica para estudantes no contexto
universitário.
Metodologia
Visando a sistematização do raciocínio utilizou-se neste trabalho as fontes teóricas como livros,
revistas e artigos científicos, perfazendo assim um levantamento bibliográfico com o intuito de
fundamentar os objectivos da pesquisa com autores que são referências no contexto da disciplina
Metodologia Científica.
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(Vieira, 2003), aponta que o conhecimento tomou proporções que vão além dos limites das
instituições de ensino ou do que o professor pode dispor, podendo ser construído em várias
formas e lugares.
Nesse sentido, Severino diz que a pesquisa assume três dimensões na Universidade:
Nesse contexto, a pesquisa assume papel importante, pois tanto docente, quanto o estudante fará
uso da pesquisa para aprimorar, pôr em prática e construir conhecimento de maneira significativa.
(Severino A. J., 2007) diz que o “professor precisa da prática da pesquisa para ensinar
eficazmente; o aluno precisa dela para aprender eficaz e significativamente [...]”.
Segundo (Teixeira, 2010), para que se alcance uma educação de qualidade esta deve estar
atrelada ao conhecimento. Dessa maneira, será possível a construção do conhecimento voltado
para uma educação comprometida e, realmente, construtiva.
(Teixeira, 2010), ao mencionar sobre as competências transversais do ofício do aluno, diz que o
estudante precisa desenvolver três actos académicos: os hábitos de estudar, ler e escrever textos
para torna-se actuante na sociedade. Isso servirá como requisito para que o estudante torne-se um
pesquisador.
O ato ou hábito de estudar está directamente ligado ao de aprender através de boas práticas de
leitura e atenção às aulas, dando ao aluno a possibilidade de participar, interpretar e envolver-se
no desenvolvimento de tais práticas. Sendo assim, deve-se aproveitar ao máximo as aulas em
sala, pois “esse material didáctico científico deve ser considerado e tratado pelo estudante como
base para seu estudo pessoal, que complementará os dados adquiridos através das actividades de
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classe” (Severino A. J., 2007), além das leituras de bons livros que possibilitem actuação e/ou
reflexão do estudante.
Leitura
A leitura faz-se necessária à vida do estudante, visto a necessidade que este tem em produzir
trabalhos académicos. Para (Teixeira, 2010) “a leitura envolve a prática de dar significado ao
mundo que nos cerca”. Dessa forma, a autora divide a leitura dirigida em duas etapas:
Momento 1 no ato de ler: Ler para identificar a fonte do texto, o autor. Fazer uma leitura
geral para aprender a ideia/mensagem central. Não sublinhe nada, não anote nada
ainda, só leia o texto inteiro.
Momento 2 no ato de ler: Ler para procurar os significados, ideias correlatas, conceitos,
para destacar os trechos significativos e informações complementares à ideia
central. Sublinhe / destaque tais trechos no texto. Não anote nada ainda. Só na terceira
leitura é que você de iniciar o seu trabalho de escrita. (grifo da autora)
Para escrever textos o estudante deve possuir alguns conhecimentos prévios, tais como:
“conhecimento linguístico; conhecimento dos tipos de texto e suas características; conhecimento
de mundo”. (Teixeira, 2010).
Diante todo o exposto, quanto as suas atribuições, será necessário, para que obtenha sucesso na
universidade, que o estudante se empenhe, pois dele serão exigidas responsabilidades condizentes
do ensino superior e que superam as de suas experiências anteriores.
Análise de textos
Consultando o dicionário observa-se que a definição da palavra análise, significa “decomposição
de um todo em suas partes constituintes; exame de cada parte do todo” (Bueno, 1996).
Para (Lakatos & Marconi, 2001), “analisar é, [...], decompor um todo em suas partes,
a fim de poder efectuar um estudo mais completo. Porém, o mais importante não é reproduzir a
estrutura do plano, mas indicar os tipos de relações existentes entre as ideias expostas.
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Para que nos tornemos um bom leitor, é preciso que saibamos analisar os textos com os quais nos
deparamos, realizando uma leitura significativa e proveitosa destes. Com base em (Severino A.
J., 2002), as etapas de análise de um texto são:
Análise textual: esta é a primeira abordagem do texto com vistas à preparação da leitura.
Uma espécie de primeira leitura do texto, buscando uma visão panorâmica, o que permite
ao leitor sentir o estilo de escrita do autor e a estrutura do texto. Nessa etapa, é preciso
que o estudante busque esclarecimentos para melhor compreensão do texto:
a) Dados a respeito do autor do texto (busca que fornecerá elementos úteis para uma
elucidação das ideias expostas no texto);
b) Estudo do vocabulário (levantamento dos conceitos e dos termos fundamentais para
a compreensão do texto);
c) Esquematização do texto (que permitirá apresentar uma visão do conjunto da
unidade);
d) Resumo do texto com as ideias mais relevantes;
Análise temática: é a etapa em que se procura ouvir o autor, apreender, sem intervir nele,
o conteúdo da mensagem. É aqui que fazemos uma série de perguntas ao texto, como: de
que fala o texto? como o texto está problematizado? qual dificuldade deve ser resolvida?
qual problema a ser solucionado? como o autor responde à dificuldade, ao problema
levantado? que ideias paralelas (secundárias) são apresentadas ao tema central?
Organizar as próprias ideias com relação aos elementos relevantes - Nesse ponto, é
preciso um posicionamento do leitor que decorrerá da avaliação do que foi dito com base
nos critérios que se resolveu adoptar para a elaboração da síntese. É importante verificar
os conhecimentos prévios que se já possui sobre o tema. Com base nesses conhecimentos,
adopta-se uma posição em relação às novas informações: concorda com elas? discorda
delas? por quê?
Demonstrar capacidade para interpretar dados e fatos apresentados - Agora, a partir das
relações estabelecidas, o leitor deverá construir uma resposta para a seguinte pergunta:
que sentido faz o que eu acabei de ler?
Elaborar hipóteses explicativas para fundamentar sua análise das questões tematizadas no
texto - O leitor deve procurar uma explicação para a razão de elas serem o que são. A
elaboração das hipóteses explicativas para o conjunto de informações obtidas pela leitura
do texto vai além do que foi dito pelo autor e permite que se construa um novo
conhecimento acerca da questão tematizada. Estamos, pois, diante da conclusão do
processo de leitura e construção de sentido do texto, isto é, a apropriação do texto lido
pelo leitor.
Todos esses passos sugeridos para a garantia de uma boa leitura podem ser sintetizados nos cinco
elementos que todo leitor deve identificar num texto. Ei-los:
Tema – ideia central ou assunto tratado pelo autor, o fenómeno que se discute no decorrer
do texto;
Problema – aquilo que “provocou” o autor, isto é, pode ser visto como o questionamento
de motivação do autor;
Tese: a ideia de afirmação do autor a respeito do assunto. O que o autor fala sobre esse
tema? Que posição assume, que ideia defende? O que quer demonstrar?
Objectivo – a finalidade que o autor busca atingir. O objectivo pode estar implícito ou
explícito no texto;
Ideias centrais – ideias principais do texto. A cada parágrafo podemos seleccionar ideias
centrais ou secundárias.
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O professor ao utilizar o computador poderá ministrar uma aula diferenciada, mais criativa, que
estimule o aluno que deseja aprofundar-se, buscar e investigar, transformando o conhecimento
abstracto (a teoria) em concreto (a prática). Contribuindo de maneira eficaz no processo de ensino
e aprendizagem, estimulando o interesse à pesquisa e desenvolvendo o raciocínio. Sendo assim,
“o conhecimento deve ser construído pela experiência activa do estudante e não mais ser
assimilado passivamente [...]”. (Severino A. J., 2007).
Podemos ensinar e aprender sem eles, porém sua apropriação é importante tanto ao estudante
como aos professores, mais a este, pois os computadores com seus aplicativos podem ser
‘próteses‘ maravilhosas para o cérebro humano em suas funções tanto de aprendizagem como de
produção. (Bettega, 2010)
Sendo assim, “o computador deve permitir criar ambientes de aprendizagem que façam surgir
novas formas de pensar e de aprender”. (Bettega, 2010).
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Não se deve deixar que essa ferramenta perca o seu carácter pedagógico e funcione, somente,
como um instrumento de mera reprodução, em que o conhecimento venha pronto, não
oportunizando sua construção. O computador utilizado sem objectivo, certamente, trará sérias
consequências ao estudante, tornando-o um mero repetidor de informações sem consciência
crítica e opinião própria.
Não se trata apenas do uso do computador como uma simples ferramenta, como a antiga máquina
de escrever, mas sim do conhecimento de um sistema simbólico, de mais linguagem, que se lhe é
apresentada, também, como um meio de organização cognitiva da realidade pela constituição de
novos significados, expressão, comunicação e informação.
Com tudo isso, a informática na educação tem papel importantíssimo na aplicação acerca dos
conteúdos que constam nas ementas das matrizes curriculares de cada disciplina e na interacção
dos estudantes. A informática na educação “tem o objectivo de atender diferentes interesses
educacionais e económicos” (Valente, 2011).
Quanto à didáctica, ou seja, a forma de ensinar, o professor deve actuar de forma a contextualizar
os conhecimentos científicos para que seus alunos superem possíveis dificuldades que são
pertinentes à vida universitária e, consequentemente, para que possam, também, alcançar o
sucesso profissional. (Teixeira, 2010) diz que a sociedade “passou a exigir indivíduos que
pensem globalmente e atuem localmente”.
Sendo assim, o professor deve ter formação adequada para fazer conexão entre os conhecimentos
científicos e os do discente, “descobrir novos métodos e meios de ensino [...] a fim de motivar e
encantá-lo para a aprendizagem” (Abila, 2010), de maneira coesa, que prime pela excelência e
formação da criticidade através do processo de construção do conhecimento. (Freire, 1996) diz
que para que isto ocorra o professor deve reflectir criticamente sob sua prática, analisando o que
já fora aplicado e o que será posto em prática.
Para (Imbernon, 2012) “aprender na universidade já não pode ser tão-somente a repetição
mecânica de conhecimento, mas precisa incluir habilidades como flexibilidade de pensamento, a
comunicação, o trabalho em grupo e a tomada de decisões nos processos”.
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Portanto, é através do conhecimento que países como o Brasil podem alcançar posições elevadas
no quesito qualidade de vida. Sendo assim, a educação superior tornou-se estratégia para o
desenvolvimento humano, sendo necessária à busca de uma nova reflexão sobre o processo. Cabe
aos docentes transformar suas acções, contemplando novas formas didácticas e metodológicas de
promoção do ensino e da aprendizagem, para que não seja um mero expectador dos avanços
estruturais de nossa sociedade, mas um instrumento de enfoque motivador desse processo.
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Considerações finais
Frente aos aspectos que visam além do processo de aprendizagem dos educandos, as exigências
do mercado que devido à globalização dos conhecimentos, exigem cada vez mais empenho do
professor para agregar em suas práticas pedagógicas os diversos recursos didácticos a fim de
melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem. Dessa forma, buscou-se abordar as
competências que professores e alunos necessitam para o sucesso no meio universitário, na
tentativa de estimular, significativamente, para ambos, o processo de ensino e aprendizagem no
ensino superior.
Para a garantia de um nível desejável de leitura, é preciso que se obedeça a alguns passos, como a
identificação de elementos básicos do texto, como: tema, problema, tese, objectivos, ideias
centrais.
Portanto, os dados pertinentes à pesquisa realizada neste trabalho com relação à disciplina
Metodologia Científica, vistas as dificuldades que surgem no momento em que o estudante
ingressa à universidade, puderam confirmar sua importância para o desenvolvimento estudantil
num contexto universitário.
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Bibliografia
Abila, F. (2010). Inovação na Educação. Revista Aprendizagem. Paraná: v.2 n.17.
Abraude, M. L., Pontara, M. N., & Fadel, T. (2002). Português: língua e literatura. (2ª ed.). São
Paulo: Moderna.
Antunes, C. (2009). As inteligências múltiplas inteligências e seus estímulos (15º ed.). SP:
Papirus: Campinas.
Bettega, M. H. (2010). A educação continuada na era digital (2º ed.). São Paulo, Cortez.
Demo, P. (1995). Metodologia científica em ciências sociais (3º ed.). São Paulo: Atlas.
Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa (28º ed.).
São Paulo, SP: Paz e Terra.
Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (2001). Pesquisa bibliográfica. In: ______. Metodologia
Cientifico (6ª ed.). São Paulo: Atlas.
Severino, A. J. (2002). Metodologia do trabalho científico (22º ed.). São Paulo: Cortez rev. e
ampl. de acordo com a ABNT.
Severino, A. J. (2007). Metodologia do trabalho científico (23º ed.). São Paulo: Actual.
Vieira, A. T. (2003). Gestão educacional e tecnologia (1º ed.). São Paulo, SP: Avercamp.
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