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IDIOMA FELINO

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Primeira edição, 2020

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Sumário

5 Introdução

Capítulo 1
9
História dos Gatos

Capítulo 2
15
Compreendendo as Posturas Corporais

Capítulo 3
35
Compreendendo as Expressões Faciais

Capítulo 4
53 Compreendendo o Contato Físico e os
Feromônios

Capítulo 5
68 Compreendendo os Sons Vocais

Capítulo 6
80 Sons Vocais Excessivos

Capítulo 7
Como Dizer “Eu te amo” para o Seu
97
Gato

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101 Capítulo 8
Comportamentos Estranhos

107 Capítulo 9
Hierarquia Felina

115 Capítulo 10
Adotando um Novo Gato

132 Dicas Gerais

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Introdução

Os gatos domésticos não são tão diferentes dos gatos


selvagens, eles apenas escolheram viver com os
humanos, mas também são capazes de sobreviver
muito bem na natureza, embora eles provavelmente
prefiram os cobertores macios e a comida enlatada.

Ao contrário dos cães, os gatos não foram


domesticados com o propósito de servir aos seres
humanos. Os gatos começaram a se aproximar dos
humanos porque havia mais comida em volta dos
celeiros e casas, e, então, passaram a simplesmente
tolerar conviver conosco. Os gatos quiseram assim, e
não os humanos.

No entanto, naquela época essa aproximação foi


conveniente para as pessoas também, pois os gatos
ajudavam a manter sob controle as populações de
roedores nos celeiros. Portanto, ao aceitar os gatos
em suas vidas, as pessoas eram igualmente
beneficiadas.

Com o passar dos séculos, embora os gatos sejam um


pouco mais reservados que os cães, eles
definitivamente conseguiram conquistar um lugar no
coração dos humanos com seu jeito atrevido, carente

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e incrivelmente amoroso. O fizeram tão bem que
atualmente representam os animais de estimação
mais populares do mundo, superando até mesmo os
cachorros e os pássaros.

Aqueles que realmente amam esses pequenos felinos


sabem que ter um gato de estimação é muito mais do
que ter apenas um animal. É ter de fato um amigo,
um companheiro, um membro da família e que o
amor, cuidado e respeito por ele podem ser tão
grandes quanto por qualquer pessoa.

Mas ainda assim a insegurança é um sentimento


frequente no que concerne ao relacionamento dos
humanos com esses bichanos. É comum donos de
gatos se perguntarem o que seu gato está pensando,
se preocuparem com o fato de não conseguirem
demonstrar amor e carinho suficientes ao seu
gatinho e que ele não esteja se sentindo tão amado
quanto realmente é.

Essas dúvidas e preocupações decorrem


principalmente do despreparo das pessoas para se
comunicarem e conectarem apropriadamente com
seus estimados felinos.

Primeiramente, é importante lembrar que o gato não


é um ser humano, tendo ele, portanto, sua própria
forma de comunicação, linguagem corporal e padrões
vocais. Embora os gatos sejam capazes de

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compreender uma porção de palavras humanas, é
muito mais fácil nos comunicarmos no idioma deles
que o contrário.

Diferentemente do idioma humano, que é pautado


primordialmente na comunicação verbal, o idioma
felino se baseia essencialmente na análise das
posturas corporais, expressões faciais e na
comunicação olfativa, adicionalmente ao falar e
ouvir.

Ademais, é importante saber identificar quando ele


não está bem e tomar as devidas medidas para
ajudá-lo a se sentir melhor, por exemplo, levando-o
ao veterinário e examinando-o para que ele receba
uma medicação adequada ou eventualmente algum
procedimento cirúrgico de que possa precisar. Se
você não souber reconhecer seus sinais de dor e
pedidos de ajuda, seu animalzinho pode não receber
a ajuda que ele precisa.

À medida com que você aprender mais sobre a


maneira como os gatos se comunicam e como a mente
deles funciona, você se tornará automaticamente um
melhor tutor para o seu amigo felino e estará apto a
dizer a ele o quanto ele significa para você.

A boa notícia é que esse livro traz as respostas para


os questionamentos que a maioria dos donos de gatos
já teve em algum momento da vida.

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Você está a um passo de uma conexão real e
profunda com o seu amado felino.

Boa leitura!

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CAPÍTULO 1

História dos Gatos

O primeiro registro histórico de humanos e gatos


vivendo juntos de que se tem notícia vem de um
túmulo neolítico no Chipre, onde um esqueleto
humano e um esqueleto de gato foram escavados e
encontrados bastante próximos um do outro. Estima-
se que os esqueletos tenham cerca de 9.500 anos de
idade e acredita-se que os gatos tenham sido
domesticados no Crescente Fértil — região localizada
no Oriente Médio — e depois levados de lá para o
Chipre e o Egito.

Contudo, devido à grande facilidade que os felinos


têm de socializar com humanos, há relatos de gatos
domesticados por todo o mundo, desde que os
humanos tenham recursos atrativos para oferecer,
como alimentos e uma casa quentinha. Além disso,
os gatos também são capazes de sobreviver em
diversas partes do planeta, desde as montanhas
nevadas até os desertos escaldantes.

Os gatos foram retratados pela primeira vez como


animais domésticos na China, onde a população
armazenava seus grãos em celeiros, o que

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inevitavelmente atraía muitos roedores para o local,
que por sua vez atraíam gatos em busca de alimento.
Essa atração dos gatos pela abundância de ratos
levou a uma aproximação entre gatos e humanos e a
uma consequente domesticação.

No Egito antigo, onde o início da domesticação dos


gatos é o mais amplamente conhecido e
documentado, os gatos eram sagrados e associados à
deusa egípcia Bastet, que era a patrona da família,
da proteção, da dança, do amor e da alegria. Bastet
era originalmente uma leoa deusa do sol, porém,
mais tarde, quando o deus egípcio Rá se tornou mais
amplamente adorado, Bastet passou a ser a deusa
dos gatos domésticos. Ela foi retratada algumas
vezes possuindo uma cabeça de gato ou assumindo a
forma de uma leoa guerreira. Essa deusa dos gatos
estava intimamente ligada aos faraós, protetores
tradicionais do Egito, por conseguinte, os gatos eram
extremamente respeitados.

Os japoneses acreditavam que os gatos eram


sinônimo de boa sorte e representavam a conhecida
escultura Maneki Neko, também conhecida como
Gato da Sorte ou Gato de Boas-vindas, que é sempre
mostrado com uma pata levantada acenando para a
boa sorte. A origem da estátua ainda é debatida, mas
acredita-se que ela teve origem em Tóquio ou Quioto

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e, no entanto, só começou a aparecer nas famílias
reais recentemente na história japonesa.

Muitas religiões antigas acreditavam que os gatos


eram almas exaltadas. Algumas acreditavam até que
os gatos eram guias para os seres humanos, mas
foram criados mudos porque os deuses não queriam
que essas almas exaltadas mudassem o curso da
história da humanidade.

Na mitologia nórdica, a deusa da fertilidade, beleza e


amor, Freya, era sempre mostrada em uma
carruagem puxada por gatos. Esses gatos foram
encontrados por Thor, o deus do trovão. Quando Thor
estava quase adormecido pela canção de ninar
cantada por um gato para seus dois filhotes, Thor
espantou o pai, tomou os filhotes e os levou para
Freya. Ela amou os dois gigantescos gatos, e os usou
para montar em sua carruagem pelos céus.

Embora não haja animais explicitamente


considerados sagrados na fé islâmica, os gatos são
muito amados pelos muçulmanos porque, segundo a
crença, Maomé gostava muito desses felinos e
proibiu a perseguição e morte dos mesmos.

Há uma história muçulmana que conta que certa vez


Maomé, preparando-se para a oração, encontrou seu
gato mais estimado, Muezza, dormindo sobre a
manga do seu manto de oração. Maomé então

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preferiu cortar a manga do seu manto onde Muezza
repousava, ao invés de perturbar o sono do gato.

Os muçulmanos também têm grande afeição pelos


gatos por serem animais excepcionalmente limpos e
organizados, sendo inclusive permitidos nos lares
muçulmanos, diferentemente dos cães. Além disso, os
gatos também ganharam a sua estima, pois eles não
apenas impediam que os ratos comessem os grãos
que haviam sido armazenados, como também
eliminavam os ratos que destruíam suas histórias e
livros em papel.

Os romanos também possuíam grande apreço pelos


gatos, conforme mostra uma conhecida gravura
romana, datada do primeiro ou segundo século, de
uma menina segurando um gato. Domesticar gatos,
contudo, provavelmente já era uma prática comum
muito antes dessa gravura existir.

Esses gatos tiveram que ser contrabandeados para


fora do Egito, porque os egípcios os amavam tanto,
que não permitiam que os gatos partissem. Esses
gatos na verdade viajavam com legiões romanas, pois
eram importantes para manter a salvos de ratos os
grãos que os soldados haviam recebido como
pagamento.

Os gatos também estavam presentes no folclore dos


deuses e deusas romanos nas histórias de Diana, que

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se transformou em um gato para escapar do deus
Tifão. Além disso, a deusa romana Libertas era
frequentemente retratada com gatos em seus pés,
que eram, então, associados à liberdade e à
divindade.

Acredita-se que os gatos domésticos estavam


presentes na Grã-Bretanha durante a Idade do
Ferro, que abrangeu os anos 1200 a.C. a 1 a.C.

Entre os séculos XV e XVIII, na Era dos


Descobrimentos, gatos acompanhavam marinheiros
por todo o mundo em seus navios, tanto em função de
que eles mantinham a população de roedores sob
controle, como também porque eram considerados
amuletos da sorte. Na verdade, acreditava-se que
gatos polidáctilos — ou seja, gatos com dedos extras
— traziam uma sorte especial para viagens. As
esposas dos pescadores também eram conhecidas por
possuírem gatos pretos, pois havia uma superstição
de que gatos pretos tinham poderes e poderiam
manter seus maridos seguros enquanto estivessem
no mar.

A presença de roedores em barcos era


particularmente perigosa, porque eles poderiam roer
e desfiar as cordas, e enfraquecer a madeira do
navio. Além disso, a comida nos barcos era muito
valiosa e limitada, e qualquer comida consumida por
roedores era comida que não poderia ser comida
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pelos marinheiros e passageiros. Os roedores
também transmitiam doenças perigosas, por isso foi
tão importante que os gatos estivessem a bordo dos
navios, para manter os passageiros seguros e
garantir que tudo corresse bem.

Ademais, por todo o mundo há rumores de que os


gatos têm várias vidas, seja na Itália ou na Grécia,
onde é comum dizer que os gatos têm 7 vidas, ou na
tradição árabe, onde eles possuem apenas 6.
Provavelmente, isso decorre do fato de os gatos
serem incrivelmente ágeis e atléticos e possuírem um
excelente senso de equilíbrio, o que os proporciona a
admirável capacidade de cair de grandes alturas em
pé.

Ao longo de todos esses séculos, os gatos


permaneceram próximos dos seres humanos,
coexistindo com eles até hoje.

Alguns dizem que os gatos ainda se lembram dos


tempos em que eram adorados como deuses e ainda
esperam o mesmo tratamento nos dias atuais.

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CAPÍTULO 2

Compreendendo as
Posturas Corporais

Quando se fala em comunicação é natural que o


primeiro formato a vir a nossas cabeças seja aquele
com a qual estamos mais familiarizados: a
comunicação verbal, falar e ouvir, pois é a principal
forma de comunicação humana.

Alguns gatos de fato são bastante tagarelas e, assim


como os humanos, utilizam muito a comunicação
verbal, já outros são mais tímidos e não costumam
emitir tantos sons, mas isso não significa que eles
não falem, pelo contrário, eles apenas usam recursos
diferentes de comunicação para expressar seus
pensamentos, sentimentos e vontades.

Uma das formas de comunicação mais usadas pelos


gatos é a linguagem corporal. Se você for capaz de
identificar e interpretar as mensagens que cada
gesto, postura e atitude carregam, a comunicação
com seu gato será muito mais fácil e profunda.

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A seguir encontram-se explicadas e ilustradas as
posições mais comuns do corpo, da cabeça, da cauda e
das orelhas dos gatos.

A POSIÇÃO DO CORPO E DA CABEÇA DO


GATO

Observar a posição do corpo e da cabeça do gato é a


primeira coisa a se fazer antes de iniciar uma
conversa com o bichano. O modo como dobram o
corpo e arqueiam a cabeça diz muito sobre o seu
estado de humor.

Abaixo estão listadas as posições mais comuns do


corpo e da cabeça dos gatos e seus significados.

1. O gato levanta a cabeça e endireita as


costas

A cabeça erguida e as costas retas demonstram


confiança. O gato assume essa postura mais
frequentemente quando está perto de outros animais
e quer afirmar que não tem medo, que está no
comando da situação.

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2. O gato estica a cabeça e o corpo para a
frente

Essa é uma postura confortável para o gato e


significa que ele está interessado em conhecer você
melhor, caso você seja um estranho, ou ele
simplesmente quer um pouco de atenção e está
convidando você a acariciá-lo.

Se você é um estranho, antes de acariciar o gato


estenda a mão para que ele a cheire, essa é a
maneira mais educada de cumprimentar um gato.

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3. O gato abaixa a cabeça

Quando o gato abaixa a cabeça ele está mostrando


submissão e medo. Isso indica que ele está se
sentindo ameaçado, por exemplo, por cães ou
animais maiores que possam estar por perto.

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4. O gato abaixa a cabeça e o corpo

Se o gato estiver com o corpo agachado, com a cabeça


baixa e olhando fixamente para a frente, ele está
esperando o melhor momento para atacar.

Essa é uma das brincadeiras mais comuns dos gatos,


consiste em agachar e atacar uns aos outros. Apesar
de ser um comportamento mais frequente entre
gatinhos pequenos, também pode ser visto em gatos
maiores que tentam brincar com seus donos.

5. O gato esfrega a cabeça e o corpo em


você

Quando o gato esfrega o focinho, a cabeça e o corpo


em você e logo em seguida inicia outro contato,
repetindo o movimento, isso é um sinal de uma
grande simpatia. É uma espécie de saudação. O gato
quer que você o reconheça como um amigo, portanto,

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retribua o carinho e deixe-o saber que você também
sente o mesmo por ele. Esfregue um pouco a cabeça,
as bochechas e o pescoço do gato.

6. O gato mostra a barriga

Se o gato estiver esticado de costas, mostrando a


barriga, significa que está completamente à vontade
e definitivamente confia em você.

Muitas pessoas pensam que essa posição significa


que o gato quer ter a barriga acariciada, assim como
os cachorros fazem, mas tocar a barriga do seu gato
nesse momento pode não ser uma boa ideia. Ele pode
entender que você quer brincar e pode acabar
mordendo e arranhando a sua mão.

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7. O gato anda de lado

Se o gato assume essa posição, então ele está se


sentindo bastante ameaçado. É uma posição de
defesa comum dos gatos caracterizada por arquear as
costas para cima e dobrar o corpo para o lado
enquanto caminha. O objetivo é parecer grande,
ameaçador e no comando da situação, e não
extremamente assustado, como na verdade está.

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8. Os pelos ficam eriçados

Outro comportamento comum adotado pelos gatos


quando se sentem ameaçados é a piloereção, que
nada mais é que eriçar os pelos do corpo. Esse é um
sinal de agressividade. O gato faz com que seus pelos
se arrepiem para parecer maior e mais ameaçador.

A POSIÇÃO DAS ORELHAS DO GATO

As orelhas dos gatos são fantásticas.

Além de darem a eles o seu admirável equilíbrio e


permitirem que escutem até mesmo frequências
ultrassônicas, elas ainda são um importante artifício
usado pelos gatos para demonstrar seus sentimentos.

Os 32 músculos de cada orelha permitem que elas se


movam a quase 180º e de forma independente uma
da outra, o que as tornam bastante expressivas.
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As orelhas dos gatos dizem muito sobre o que está
acontecendo na mente deles. Veja abaixo as posições
mais comuns e o que elas querem dizer.

1. As orelhas estão voltadas para a frente

Quando as orelhas do gato estão voltadas para a


frente, isso significa que ele está interessado. Essa
posição serve como uma maneira de isolar melhor o
som que é do interesse dele.

Se você observar com atenção, notará que as orelhas


estão frequentemente nessa posição, até mesmo
quando ele está dormindo. Isso acontece porque
mesmo enquanto descansa o bichano está ouvindo e
processando todos os sons ao seu redor.

Se as orelhas do seu gatinho ficam nessa posição


quando você conversa com ele, tenha certeza de que
ele se interessa por você.

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2. As orelhas estão voltadas para os lados

Quando as orelhas do gato se voltam para os lados


ele está se sentindo desconfortável. Essa posição
ajuda a bloquear o ruído do ambiente, que muitas
vezes é a causa do desconforto.

Observe atentamente as orelhas do seu gato quando


você estiver usando o aspirador de pó e você
provavelmente verá as orelhas dele demonstrando
insatisfação.

Nota: Se as orelhas do gato ficam trêmulas enquanto


se voltam para o lado é porque ele está ficando
agitado. Ele pode estar se sentindo ameaçado e pode
vir a atacar, então tenha cuidado se você notar esse
comportamento.

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3. Uma das orelhas está voltada para a
frente e a outra para o lado

Isso significa que o gato está bastante confuso com


alguma coisa e ainda está tentando avaliar a
situação. À medida com que o gato recebe novas
informações e tenta entender o que está acontecendo,
suas orelhas continuarão a se mover e girar, até que
a confusão seja resolvida.

4. As orelhas estão voltadas para trás

Quando as orelhas do gato estão voltadas para trás,


esse é um sinal de que ele está com medo ou irritado.
As orelhas se voltam para trás para se manterem
protegidas, fora do alcance do perigo, enquanto o
gato decide se irá atacar ou recuar.

Seja cuidadoso quando as orelhas do gato estiverem


assim.

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A POSIÇÃO DA CAUDA DO GATO

Assim como as orelhas, a cauda dos gatos também é


uma importante ferramenta através da qual os gatos
expressam suas diversas emoções.

Cada posição carrega uma mensagem diferente e se


você reparar perceberá que os gatos estão
constantemente movendo suas caudas, ou seja, a
cauda demonstra muito bem o que eles estão
sentindo e o que estão querendo dizer. Observá-la
com atenção é uma das melhores maneiras de
compreender os pensamentos dos gatos.

Aqui estão apresentados os significados de cada


posição que a cauda pode assumir.

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1. A cauda está esticada e inclinada

A cauda nessa posição, reta e inclinada a um ângulo


de aproximadamente 45° em relação ao solo,
expressa que o gato está confuso quanto a alguma
coisa. Esse não é um sinal agressivo, o gato apenas
está no processo de avaliação da situação.

2. A cauda está para cima e esticada

Essa é uma posição amigável, indica que o gato está


alegre e confiante. Se ele caminha em sua direção
com a cauda bem esticada para cima, pode ter
certeza de que ele está procurando fazer amizade
com você. Se você observar com atenção, poderá até
notar que a ponta da cauda se contrai de vez em
quando. Essa pequena contração significa que aquele
foi um momento especialmente feliz para o gato.

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Nota: Você pode pensar que seu gato ignora
descaradamente todas as suas tentativas de chamar
a atenção dele, mas se você prestar atenção, ele
também contrai o final de sua cauda quando você
fala com ele, ou seja, essa é a maneira dele de
reconhecer casualmente a sua presença.

3. A cauda está para cima e curvada

Essa posição expressa curiosidade. Quando o gato


está com a cauda para cima, mas curvada,

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semelhante a um ponto de interrogação, isso
significa que além de contente o gato também está
atento e animado para explorar e interagir, então
aproveite esse momento para brincar um pouco com
ele.

4. A cauda está enrolada em outro gato ou


em você

Enrolar a cauda em outro gato, ou até mesmo em


você, é a versão felina de um abraço. Apesar de

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parecer um gesto simples, ao enrolar a sua cauda o
gato está estabelecendo uma ligação que demonstra
amizade e carinho.

5. A cauda está próxima ao chão

A cauda para baixo, próxima ao chão, indica


agressividade. Quando o gato está com a cauda nessa
posição ele está dizendo que não está de bom humor
e não quer ser incomodado, então é melhor dar ao

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gato um pouco de espaço e não aborrecê-lo nesse
momento.

Nota: Essa posição também é uma característica de


algumas raças, como persa, por exemplo, que
apresenta uma maior tendência a ficar com a cauda
para baixo.

6. A cauda está dobrada para baixo do


corpo

A cauda dobrada para baixo do corpo, passando entre


as pernas do gato, é uma forte expressão de medo.
Tente identificar e remover o que está assustando o
gato para que ele volte a se sentir confortável.

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7. A cauda está eriçada

A cauda eriçada indica que o gato está se sentindo


fortemente ameaçado. O ato de eriçar os pelos serve
para aumentar o volume corporal e fazer o gato
parecer maior e mais intimidador para que a ameaça
se assuste e recue.

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8. A cauda está balançando rapidamente

Quando o gato está próximo ao chão balançando a


cauda em movimentos curtos e rápidos, isso indica
que ele está irritado. Não tente se aproximar do gato
nesse momento, espere até que ele se acalme.

9. A cauda está balançando lentamente

A cauda balançando em um movimento amplo e lento


indica que o gato está intensamente focado em algum
objeto que despertou o seu interesse. Ele está curioso
e atento.

Na natureza é um movimento que normalmente


ocorre logo antes do gato atacar a presa. Também é
possível observar a cauda do gato movendo-se
lentamente de um lado para o outro enquanto ele
brinca — já que as brincadeiras dos gatos domésticos
consistem basicamente em perseguir e atacar — ou

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quando ele está focado em qualquer coisa que tenha
chamado a sua atenção.

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CAPÍTULO 3

Compreendendo as
Expressões Faciais

Uma interpretação adequada das posturas corporais


dos gatos certamente é fundamental para uma boa
comunicação entre humanos e felinos, mas essa não é
a única forma de comunicação não verbal usada por
esses bichanos. Tão importante quanto as posturas
corporais, são as expressões faciais para
compreender o que se passa na cabeça dos gatos.

Se você observar atentamente o rosto do seu gato


será fácil saber qual o seu estado de humor, o que ele
está pensando e perceberá que ele fala muito com
você através das expressões faciais.

A seguir estão explicadas e ilustradas as diferentes


mensagens que os gatos podem expressar através dos
seus olhos, boca e bigodes.

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OS OLHOS DO GATO

Os olhos dos gatos não são apenas charmosos, eles


também possuem uma importância primordial em
sua sobrevivência.

Se comparados com o tamanho da cabeça, os olhos


dos gatos são impressionantemente grandes, pois
como possuem hábitos noturnos e precisam enxergar
sob baixa luminosidade, olhos grandes são mais
eficazes na absorção de luz do ambiente.

Mas não só isso, além de conferirem aos gatos sua


excelente visão, os olhos também refletem muito bem
o seu estado de espírito e são especialmente
importantes para a sua comunicação.

Existem várias formas pelas quais os gatos dizem o


que estão sentindo através dos seus olhos e aqui
estão explicadas algumas das maneiras preferidas
deles.

1. As pupilas estão dilatadas

As pupilas são estruturas dos olhos que possuem a


função de controlar a quantidade de luz que irá
passar para a retina do olho do gato. Quanto mais
dilatadas estiverem, maior a quantidade de luz que
será absorvida pelo olho, e, consequentemente, mais
informações sobre o ambiente o gato receberá.

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Portanto, as pupilas dilatadas são uma reação à
baixa luminosidade do ambiente, mas se o gato
dilatar as pupilas mesmo em ambientes devidamente
iluminados, então isso indica que o gato está em um
estado de excitação, atento ao seu redor e tentanto
absover a maior quantidade possível de informações.

Essa excitação pode ser de diversos tipos, desde


susto, medo, irritação, até prazer e euforia. O gato
pode, por exemplo, ficar extremamente feliz por ver
você novamente ao final do dia e dilatar as pupilas
por cauda disso.

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2. As pupilas estão contraídas

Por outro lado, enquanto as pupilas dilatadas


indicam um estado de excitação do gato, as pupilas
contraídas, estreitas como fendas verticais, indicam
um estado de relaxamento, tranquilidade e calma.
Esse é um bom momento para acariciar o gato.

3. O gato está piscando lentamente

Gatos são animais muitos cautelosos e costumam


estar sempre de olhos bem abertos, atentos a tudo ao
seu redor. Então se o gato fecha os olhos perto de
você, ou fica com os olhos sonolentos, esse é um forte
sinal de confiança. Significa que ele está

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completamente relaxado e não se sente vulnerável
na sua presença.

Se o gato pisca lentamente enquanto olha para você,


então ele está demonstrando carinho. As piscadinhas
são como beijos de gato. Se o gato olha nos seus olhos
e pisca lentamente, retribua e pisque lentamente
para ele também.

4. O gato está olhando fixamente

Os gatos usam os olhos para se comunicarem não


apenas conosco, mas também com gatos e outros
animais.

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Quando o gato olha fixamente para outro gato, com
os olhos bem abertos e sem piscar, por um longo
período de tempo, significa que existe um conflito
entre eles e ele está tentando mostrar o seu domínio.
Para os gatos, encarar o outro serve como forma de
resolver um problema. Eles se encaram até que um
deles recue e o que não recuou é o vencedor.

A BOCA DO GATO

Assim como os olhos, a boca dos gatos também


desempenha um papel fundamental. A mandíbula
extremamente flexível e a dentição com presas
afiadas, típica de carnívoros, deixam clara a
natureza predatória desses animais e a importância
em sua sobrevivência.

A boca é particularmente útil para os gatos, e


embora não seja utilizada com tanta frequência para

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a comunicação, ela ainda é um importante indicador
das emoções felinas.

Aqui estão exibidas as posições mais frequentemente


observadas e o que elas significam.

1. A língua está para fora

Quando o gato fica com a língua para fora, ele pode


parecer meio bobo e isso pode até render algumas
boas risadas, mas a simples explicação para isso é
apenas que o gato estava usando a língua
anteriormente para limpar-se e não a colocou de
volta na boca.

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2. A boca está aberta enquanto cheira algo

Se o gato estiver com a boca aberta enquanto cheira


algo, então ele está usando o órgão vomeronasal —
também conhecido como órgão de Jacobson — para
processar o cheiro que acabou de encontrar. Como
esse órgão possui um orifício atrás dos dentes
incisivos superiores do gato, quando ele encontra um
novo odor ele precisa abrir a boca para que o ar passe
sobre o órgão vomeronasal e ele possa entender
melhor o novo cheiro. O órgão vomeronasal é capaz
de identificar vários compostos químicos, mas sua
principal função é processar feromônios, então se o
gato abrir a boca ao cheirar algo, ele provavelmente
está interpretando uma mensagem que algum outro
animal deixou ali através de feromônios.

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3. A boca está aberta e a respiração
ofegante

Se o gato estiver com a boca aberta e ofegante, pode


ser que ele esteja com calor e precise de água fresca e
sombra.

Nota: Alguns gatos também ofegam quando estão


com medo, ansiosos ou muito entusiasmados. No
entanto, se o gato estiver ofegando excessivamente e
parecer estar fora de controle, você deve levá-lo ao
veterinário, pois esse comportamento pode indicar
outros problemas de saúde mais graves, como
envenenamento, traumatismo craniano, dirofilariose
— doença caracterizada pela presença de vermes no
coração e nas artérias pulmonares — ou as fossas
nasais dele podem estar obstruídas. Se a respiração
ofegante do seu gato estiver acompanhada de tosse
ou dispneia — dificuldade para respirar —, então

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essa é uma situação de emergência e você deve levá-
lo ao veterinário imediatamente.

4. A boca está aberta sem mostrar os dentes

Se o gato está com a boca aberta, mas sem mostrar


nenhum dente, e não está ofegante nem cheirando
nada, então isso significa que ele está a fim de
brincadeira.

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OS BIGODES DO GATO

As vibrissas dos gatos — conhecidas popularmente


como bigodes — além de deixá-los ainda mais
elegantes possuem inúmeras outras funções.

É através dos bigodes que os gatos sentem o


ambiente ao seu redor e conseguem circular
eficientemente por ele. Os gatos usam seus bigodes
da mesma maneira como nós usamos nossos dedos
para localizar objetos em uma sala escura.

Ao contrário do que muita gente acredita, os bigodes


não são simplesmente pelos mais longos que os gatos
têm, eles são na verdade pelos táteis e podem ter até
três vezes a espessura dos pelos normais. Os bigodes
se estendem além da pele e se conectam diretamente
aos sistemas nervoso e muscular desses animais.

Os gatos possuem um órgão sensorial embutido aos


bigodes chamado proprioceptor, que é responsável
por processar os estímulos do ambiente recebidos por
meio dos bigodes. Esse órgão comunica diretamente o
cérebro deles em relação à posição física de todas as
partes de seus corpos. Em outras palavras, é
imprescindível quando se trata de decidir qual o
próximo movimento que irão fazer.

Esse órgão faz com que os bigodes sejam


extremamente sensíveis, portanto, os bigodes dos

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gatos nunca, em hipótese alguma, devem ser
cortados. Uma vez que esses animais usam seus
bigodes para sentir, então cortá-los ou apará-los fará
com que sintam uma tremenda dor. Eles precisam de
seus bigodes inteiros e intactos, assim como nós
precisamos de nossos dedos inteiros e intactos para
que possam realizar o seu trabalho de sentir da
maneira mais eficaz possível. Ademais, cortar os
bigodes deles também pode prejudicar a sua
capacidade de caçar ou de simplesmente se
movimentar adequadamente.

Embora os bigodes dos gatos nunca devam ser


cortados, existe a possibilidade de que eles caiam por
conta própria. Isso ocorre naturalmente e eles voltam
a crescer em seguida.

Os gatos possuem cerca de 24 bigodes no focinho,


localizados aos lados da boca e ao redor da
mandíbula. Além desses, também possuem bigodes
localizados acima dos olhos e na parte posterior das
pernas. Cada conjunto de bigodes tem sua própria
função.

Os bigodes acima dos olhos

Assemelham-se a sobrancelhas, protegem os olhos do


gato de qualquer dano ocular que possa ocorrer
durante uma eventual caça e ajudam o gato a
identificar riscos como moitas ou galhos.
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Esses bigodes também ajudam o felino a se
comunicar com outros animais, até mesmo humanos.
Se você tocar suavemente nos bigodes dos olhos do
gato, você notará que isso faz com que ele pisque.

Os bigodes das pernas

Gatos também têm bigodes em suas pernas,


localizados na parte traseira, entre a pata e o topo da
perna. Por serem mais curtos e mais finos em
comparação aos outros tipos de bigodes, os bigodes
das pernas podem passar despercebidos.

Eles ajudam o gato com escaladas e capturas de


presas. Como os gatos têm pouca visão de perto, os
bigodes das pernas compensam isso ajudando a
descobrir se a presa ainda está em movimento. Eles
também ajudam a determinar o local ideal para dar
a mordida fatal.

Os bigodes do focinho

Existem quatro fileiras de bigodes de cada lado do


focinho do gato e ele pode controlar o movimento das
duas fileiras superiores independentemente das duas
fileiras inferiores.

Os bigodes do focinho ajudam o gato a identificar se


ele cabe ou não em um determinado espaço e se
consegue passar através de uma abertura. Esses
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bigodes também ajudam o gato a medir distâncias e
é por isso que ele pode pular tão longe com tanta
precisão e facilidade.

Os bigodes são muito sensíveis e podem sofrer


estresse quando são tocados ou pressionados
repetidas vezes, o que pode ser uma experiência
bastante incômoda e dolorosa para o gato.

Se ele puxar a comida com a pata para fora do pote


para comer no chão, ou se ele beber água molhando e
lambendo a pata, ou ainda se ele der algumas
bocadas ou goles e depois se afastar, pode ser que o
pote de água ou comida não seja largo o suficiente.
Isso ocorre porque potes pequenos pressionam e
estimulam excessivamente os bigodes do gato,
causando desconforto. Se você notar que seu gato
está fazendo isso, você deve substituir os potes de
água e comida dele por potes mais rasos e largos,
para evitar que cause estresse aos seus bigodes.

Os bigodes desempenham inúmeras funções vitais e


são fundamentais para a sobrevivência e longevidade
do gato. Mas não apenas isso, a posição deles
também traduz muito bem o humor do felino.

Veja abaixo como o gato pode demonstrar o seu


humor através dos bigodes do focinho.

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1. Os bigodes estão em repouso

Se os bigodes ao redor do focinho do gato estiverem


em repouso, apontando para os lados, então o gato
está em um momento tranquilo.

2. Os bigodes estão voltados para a frente

Quando o gato está alerta, geralmente preparando-se


para caçar ou brincar, seus bigodes se voltam para a
frente como forma de identificar melhor as vibrações
do ar produzidas pela presa.

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3. Os bigodes estão voltados para baixo

Quando o gato está com medo e confuso seus bigodes


se voltam para baixo. Além de virar para baixo ele
também pode sacodir os bigodes ocasionalmente.

4. Os bigodes estão voltados para trás

Quando os bigodes estão voltados para trás significa


que o gato está irritado e sentindo-se ameaçado.
Preparando-se para atacar.

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Outros fatos interessantes sobre os bigodes:

Bigodes podem mudar de cor. Gatos


pretos, por exemplo, podem ficar com seus
bigodes brancos à medida com que
envelhecem. Isso acontece com todos os
gatos, mas nem sempre é perceptível, a
menos que o gato tenha a pelagem escura.
Mudar de cor não é um problema, é um
fenômeno natural semelhante ao que ocorre
aos cabelos humanos com o passar dos anos.

Os bigodes do focinho têm


aproximadamente a mesma largura do gato.

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Na maioria dos casos, quanto maior for o
gato, mais longos serão os seus bigodes.
Contudo, se o seu gato estiver acima do peso,
seus bigodes do focinho poderão não
funcionar com tanta precisão quando se trata
de determinar se eles cabem ou não em um
determinado espaço, como por exemplo, suas
estimadas caixinhas de papelão.

É importante observar que os bigodes não podem ser


considerados um medidor emocional separadamente.
Gatos mostram suas emoções através de vários tipos
diferentes de linguagem corporal, que incluem os
olhos, a posição das orelhas e os sons vocais, por
exemplo. É necessário prestar atenção a todos esses
sinais, assim como aos bigodes e ao ambiente,
quando se trata de compreender adequadamente o
humor do gato.

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CAPÍTULO 4

Compreendendo o
Contato Físico e os
Feromônios

Além de usarem as posturas corporais e as


expressões faciais como forma de comunicação, os
gatos também usam frequentemente o contato físico
para demonstrarem o que estão sentindo para os
humanos e outros animais.

Mas não apenas isso. Para os gatos, o contato físico


também serve como um instrumento para outra
importante forma de comunicação felina: o olfato,
mais especificamente os feromônios.

Os gatos têm mais de 40 vezes a quantidade de


receptores olfativos que os humanos. Enquanto os
humanos têm cerca de 5 milhões de receptores nas
narinas, gatos têm cerca de 200 milhões. Esses
receptores estão sempre ligados e funcionando,
mesmo quando o animal está dormindo.

Os feromônios, entretanto, são mais do que simples


odores. Eles não são processados pelo nariz do gato,
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mas sim pelo órgão vomeronasal — ou ainda, órgão
de Jacobson.

O órgão vomeronasal é um órgão olfativo auxiliar


localizado entre a parte interna da boca e o nariz do
gato e possui um orifício em seu céu da boca, atrás
dos dentes incisivos superiores. Esse órgão é capaz
de processar diversas substâncias, incluindo os
feromônios.

Feromônios são substâncias químicas produzidas por


glândulas situadas principalmente na face, nas patas
e na região perianal do gato. Essas substâncias
contêm informações básicas sobre o animal,
incluindo idade, peso, estado geral de saúde e de
reprodução, e são a principal maneira que os gatos
têm de se comunicar entre eles mesmos.

Para os gatos, os feromônios são fundamentais para


a sua sobrevivência — principalmente para os gatos
selvagens —, pois além de serem especialmente úteis
para identificar suas presas na natureza, também
permitem que eles se comuniquem uns com os outros
a distância, sem a necessidade de se encontrarem
fisicamente, o que evita muitos conflitos. Gatos
selvagens que se envolvem em menos confrontos
físicos têm uma chance maior de sobreviver do que
aqueles mais agressivos.

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Os feromônios de cada gato são únicos, são como as
nossas impressões digitais. Eles deixam o seu próprio
feromônio no seu território para marcar o local como
seguro ou em outro território como forma de
reivindicar aquele local para si.

Através dos feromônios os gatos identificam a


presença de outros gatos que possam vir a competir
com eles por comida e outros recursos.

Entender a importância do contato físico para os


gatos e sua relação com os feromônios é primordial
para uma boa comunicação com seu gato.

A seguir estão explicadas e ilustradas as maneiras


preferidas dos gatos de usarem o contato físico e
cheiro para interagir com o mundo ao seu redor.

1. Tocar narizes

Os gatos tocam seus narizes como uma forma de


saudação, como se estivessem dizendo “Olá” um para
o outro. Embora menos frequente, o gato também
pode usar essa forma de saudação com humanos e
encostar o nariz dele no seu.

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2. Lamber

Se você tem mais de um gato, você já deve ter notado


que eles lambem e acariciam uns aos outros. O termo
técnico para isso é allogrooming e é uma forma
íntima de carinho entre gatos próximos.
Eventualmente os gatos também podem lamber os
humanos para expressar carinho e cuidado por eles.

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3. Morder

Gatos costumam morder uns aos outros e cada tipo


de mordida carrega uma mensagem diferente. Por
exemplo, mordidas fortes são um sinal de
agressividade, enquanto mordidas suaves indicam
brincadeira.

O gato também pode morder delicadamente você


para expressar afeto ou mostrar que quer brincar.

Se, além de morder, o gato estiver agressivo,


sibilando ou rosnando, isso significa que ele está se
sentindo ameaçado e você não deve tentar interagir
com ele nesse momento.

Outro exemplo é a mordida de acasalamento,


praticada pelo gato macho no pescoço da fêmea. A
mordida de acasalamento não perfura a pele da gata
e não é uma forma de agressão do gato, mas sim uma
maneira de imobilizar a fêmea.

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4. Amassar pãozinho

Gatos possuem o hábito de pressionar objetos macios


com as patinhas, como cobertores, travesseiros ou até
mesmo humanos e outros gatos.

Em um primeiro momento isso pode parecer


estranho, mas existe uma simples razão por trás
desse comportamento. O ato de pressionar objetos
macios — mais conhecido como amassar pãozinho —
é instintivo para o gato, pois o remete a quando ele
era filhote e pressionava o abdômen de sua mãe para
estimular as glândulas mamárias e o fluxo de leite.

Fazer isso na fase adulta continua trazendo


satisfação e relaxamento ao gato, pois o movimento
continua sendo associado a conforto e bem-estar.

Normalmente ele também ronrona enquanto amassa


pãozinho, demonstrando ainda mais a sua satisfação.
Alguns gatos podem chegar até a sugar o objeto que

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estão amassando, como se estivessem de fato
mamando.

5. Esfregar e bater cabeças

Os gatos possuem em sua face um conjunto de


glândulas que produzem o feromônio facial felino.

Quando o gato esfrega a face dele contra outro


animal, objeto ou você, ele está depositando esse
feromônio para identificar o objeto como sendo dele,
como algo seguro.

Você talvez já tenha reparado seu gato se esfregando


em objetos da sua casa. Essa é uma maneira dele de
mostrar que ele considera a casa território dele.

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Ele também se esfregará em todos os objetos novos
da casa para deixar seu cheiro neles, pois ele vê os
novos objetos como intrusos em seu território. Se ele
ficar particularmente desconfortável com algum
objeto novo, ele pode recorrer até mesmo à
pulverização, que será abordada adiante.

Quando o gato faz isso com outros gatos, significa


que ele tem um carinho especial pelos outros gatos e
os considera parte do seu grupo social. Quando existe
intimidade e confiança entre dois gatos, eles também
esfregam suas faces uns contra os outros, esse
comportamento é chamado de allorubbing. Ao
esfregar as faces, o gato emite um feromônio
específico que só o outro gato é capaz de sentir e

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significa que ele se sente confortável ao seu redor. É
um sinal de afeto.

Além de esfregar a cabeça, o gato também pode bater


a cabeça dele contra a de outro gato ou humano para
depositar seu cheiro e distinguir ainda melhor seu
território ou, simplesmente, para reafirmar a sua
dominância, já que geralmente são os gatos mais
dominantes quem esbarram suas cabeças.

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6. Arranhar

Além da face, os gatos também possuem glândulas


de feromônios na região interdigital, entre as
almofadas das patas dianteiras. Portanto, ao
arranhar objetos, como móveis e tapetes, o gato
também está depositando seu feromônio sobre eles.

O hábito de arranhar, além de ser importante para


limpar as garras do gato, também é uma forma
bastante utilizada pelos gatos de espalhar o seu
cheiro pelo seu território e ao mesmo tempo de
deixar uma marca física nele.

Gatos costumam identificar os locais onde já


estiveram com seu cheiro, o que para os humanos
seria o equivalente a fincar uma bandeira.

Eles arranham os mesmos lugares para reforçar a


sua marca, principalmente ao longo dos caminhos
mais utilizados por eles ao longo do dia.
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7. Pulverizar

Os gatos também possuem glândulas de feromônio


em suas traseiras, conhecidas como sacos anais,
localizadas lateralmente ao ânus.

O gato esvazia voluntariamente os sacos anais em


um processo chamado de pulverização como forma de
marcar seu território e fornecer informações sobre a
sua situação sexual.

Os sacos anais também podem ser esvaziados


concomitantemente com a urina ou fezes do animal,
sendo que na defecção eles são sempre esvaziados
devido à pressão que passagem das fezes exerce
sobre as glândulas.

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Para pulverizar o gato se volta de costas para a
superfície com a cauda levantada e trêmula. A
maioria dos gatos pulveriza sobre superfícies
verticais, como por exemplo, paredes, portas e
cortinas, porém, alguns gatos também pulverizam
em superfícies horizontais, como o chão e tapetes.

O material da pulverização se assemelha a uma


substância amarronzada e viscosa de odor bastante
forte. Diferentemente da micção, ela não produz uma
grande quantidade de líquido, cerca de apenas 2 ml,
então é provável que você sinta o cheiro do líquido
antes de vê-lo.

Ao contrário da crença popular, a pulverização não


impede outros gatos de investigarem a área
marcada. Para os gatos não domesticados e gatos
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selvagens, a pulverização é justamente uma forma de
comunicação com outros gatos à distância, a fim de
evitar um confronto físico.

No caso de gatos domésticos que vivem em


ambientes internos, a pulverização pode ocorrer
quando o gato se sentir fortemente ameaçado, ou
simplesmente se ele não for castrado. Como esse tipo
de cheiro está relacionado aos hormônios sexuais do
gato, gatos castrados ainda jovens e gatas não
costumam usar esse recurso, portanto, considerar a
castração pode ser uma boa maneira de evitar que
sua casa fique com um forte odor de pulverização de
gato.

Se o seu gato é castrado e continua urinando em sua


casa, especialmente se ele estiver urinando em
superfícies horizontais, é possível que ele esteja
insatisfeito com a situação da sua caixinha de areia.
Tente trocar a areia da caixinha, ou movê-la para um
local diferente e mais acessível.

Se nenhuma dessas alternativas ocasionarem


mudança no comportamento, então o problema do
seu gato em não usar a caixa de areia pode ser sinal
de algum problema do trato urinário. Nesse caso você
deve levar seu amigo felino para fazer uma visita ao
veterinário.

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Conhecer os sinais de alerta da pulverização pode
ajudar a evitá-la. Se você trouxer um novo objeto
para dentro de casa e estiver com medo que seu o
gato recorra à pulverização, você pode seguir
algumas etapas para evitar esse comportamento:

Primeiramente colete o cheiro do seu gato.


Para isso use um pano macio, por exemplo,
uma meia, e esfregue-o gentilmente na
cabeça e nas bochechas do seu gato.

Em seguida esfregue o pano no novo


objeto antes de apresentá-lo ao gato, assim, o
cheiro do seu gato já estará no objeto e fará
com que ele se sinta mais confortável e
menos ameaçado. Se você tiver mais de um
gato, use um pano diferente para coletar o
cheiro de cada gato.

8. Defecar

Gatos também se comunicam usando suas fezes.


Quando um gato defeca em seu próprio território, ele
encobre suas fezes, para manter o local limpo. Mas
quando ele vai a algum lugar novo, ele deixa suas
fezes descobertas como uma maneira de dizer para os
outros gatos “Eu estive aqui” e de reivindicar aquele
território para ele.

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CAPÍTULO 5

Compreendendo os Sons
Vocais

Gatos são animais muito inteligentes, capazes de se


comunicar bastante bem com outros animais, tanto
da sua espécie como de outras, especialmente com
humanos.

Os gatos são dotados de uma capacidade sensorial


incrível, conseguem sentir as vibrações no ar através
de suas vibrissas e identificar feromônios através do
órgão vomeronasal e se expressam com excelência
através das posturas corporais e expressões faciais.

Mas além dos sentidos aguçados e de serem


extremamente habilidosos na linguagem corporal, os
gatos também são adeptos à comunicação verbal.
Eles são, inclusive, atipicamente bastante vocais se
comparados à maioria dos outros animais carnívoros.

Assim como os humanos, alguns são mais falantes,


outros nem tanto, e ouvir a voz deles é uma ótima
maneira de entender o que estão sentindo.

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Podem-se dividir os sons vocais dos gatos domésticos
em três grandes grupos: os sons produzidos com a
boca fechada, os sons produzidos com a boca aberta
que se fecha gradualmente, e os sons produzidos com
a boca aberta. Essas três categorias são chamadas
respectivamente de murmúrios, padrões vocálicos e
padrões de intensidade forçada.

Os gatos também costumam combinar os sons vocais,


até mesmo de duas categorias diferentes, produzindo
assim, vocalizações novas e mais complexas.

Veja abaixo o significado das vocalizações mais


comuns desses bichanos.

OS MURMÚRIOS

Na primeira categoria dos sons vocais dos gatos estão


aqueles produzidos com a boca fechada — também
chamados de murmúrios —, como o ronronado e o
trinado. Esses sons geralmente são utilizados como
cumprimento, reconhecimento e aprovação.

Diferentemente dos humanos, que costumam


contrair os músculos da face em forma de sorriso
para expressar felicidade, ou choram para expressar
tristeza, os gatos muitas vezes indicam quando estão
felizes ou tristes através dos murmúrios, que
frequentemente passam despercebidos aos ouvidos
humanos.
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1. Ronronar

O ronronado é um som grave e contínuo produzido a


partir da vibração das cordas vocais do gato. Essa
vibração se dá através passagem de ar pelas cordas
vocais em um movimento cíclico e alternado de
contração e relaxamento do diafragma e dos
músculos da laringe.

Todos os tipos de gatos ronronam, até os bem


pequeninos. Eles costumam ronronar em duas
situações bastante distintas: quando estão
especialmente satisfeitos e felizes, o que representa
uma grande demonstração de afeto, ou quando estão
aflitos, estressados, amedrontados ou com fortes
dores, como por exemplo, durante um trabalho de
parto, um banho, ou momentos antes de morrer.

O ronronado exprime um pedido de contato e


cuidado, ou ainda, indica que o animal não
representa uma ameaça naquele momento.

2. Trinar

Outro som dessa categoria é o trinado, também


chamado de chilreio ou gorjeio, que o gato produz
forçando o ar através das suas cordas vocais, mas
com a boca fechada. É um som curto, suave e
melódico.

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O trinado está associado a brincadeiras ou a uma
aproximação amigável a outros gatos ou humanos
próximos. É uma espécie de som de reconhecimento.

Frequentemente os gatos combinam trinados a


miados e outros sons vocais.

OS PADRÕES VOCÁLICOS

A segunda categoria dos sons vocais produzidos pelos


gatos compreende a maior parte dos sons, sendo eles
bastante semelhantes entre si. São os chamados
padrões vocálicos, que recebem esse nome por serem
formados por meio da passagem de ar através do
sistema respiratório sem obstáculos, assim como os
humanos fazem para formar as vogais, ou ainda, os
fonemas vocálicos.

Fazem parte dessa categoria o chatter, o chamado


sexual, o som materno e a ampla variedade de
miados.

1. Os miados

É comprovado que gatos adultos não miam uns para


os outros.

Apesar dos miados serem a forma de comunicação


felina mais conhecida, curiosamente, os miados não
são empregados na comunicação entre gatos adultos.
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Eles servem exclusivamente para comunicação entre
gatos adultos e filhotes, ou entre gatos e humanos.
Eles funcionam como uma espécie de chamado ou
saudação.

Portanto, quando um gato adulto mia para você, isso


significa que ele está usando um tipo de linguagem
infantil para falar diretamente com você, geralmente
para chamar a sua atenção.

Com o processo de interação entre humanos e felinos


ao longo do tempo, os gatos aprenderam a incorporar
a suas chamadas sinais acústicos específicos de
acordo com o contexto, contendo um significado
particular, que podem ser reconhecidos pelos
humanos.

Portanto, é importante levar em consideração as


outras linguagens corporais que acompanham o
miado. Por exemplo, se o gato está miando e
passeando na cozinha, ele pode estar indicando que
está com fome. Para cada situação existe um miado
diferente, e ouvindo com atenção é possível distingui-
los.

As situações em que os gatos mais costumam chamar


a atenção de humanos são as seguintes:

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Um miado de boas vindas

Receber um miado assim que você passa pela porta


da sua casa é uma forma carinhosa de recepção.
Além de miar o gato também pode se esfregar em
suas pernas para afirmar que está feliz em ver você.

Squeak

O squeak é um som rouco, nasal, agudo e bastante


curto. É uma espécie de chamado, um pedido
amigável de atenção, como o nosso “por favor”.

Um pedido de socorro

Um miado alto e agitado pode ser um pedido de


ajuda. Se o gato estiver em apuros ele continuará a
repetir esse miado de socorro por quanto tempo
quanto precisar.

Um pedido de atenção

Esse é o miado mais utilizado pelos gatos. Significa


que ele quer alguma coisa de você, pode ser atenção,
ou comida, ou comunicar que ele deseja sair de
algum ambiente. E depois ele provavelmente irá
querer entrar, e então sair novamente, e então irá
querer mais comida, e assim por diante.

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Um miado de protesto

Esse miado soa como um choro e acontece quando o


gato é contrariado. Por exemplo, quando você não
deixa o gato comer a sua comida para humanos, ou
quando ele não quer mais receber carinho e em
outras situações semelhantes.

Um miado feliz

Ronronar é uma das formas mais evidentes que os


gatos têm de demonstrar satisfação. Alguns gatos, no
entanto, também gostam de vocalizar a sua
felicidade em forma de miados em vez de apenas
ronronarem. Esses miados felizes são caracterizados
por começarem em um tom grave, subindo para um
tom mais agudo e voltando novamente para um tom
grave.

Um miado ultrassônico

Quando são filhotes os gatinhos emitem miados


ultrassônicos, que são miados em frequências tão
altas que apenas sua mamãe consegue ouvir. Os
miados ultrassônicos são agudos demais para os
ouvidos humanos e não somos capazes de ouvi-los.

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2. O chatter

Outro tipo de som dentro dessa classificação é o


chatter, que é observado em situações relacionadas à
caça e alimentação. Consiste em um som baixo e
estridente, algumas vezes até mesmo inaudível aos
ouvidos humanos, combinado a movimentos rápidos
e curtos da mandíbula.

Esse tipo de vocalização é uma imitação dos sons


produzidos pela presa na tentativa de enganá-la. Os
gatos geralmente produzem esse som quando
observam presas inalcançáveis, por exemplo, quando
observam pássaros através da janela ou quando
olham para a comida na sua mão enquanto tentam
alcançá-la.

3. O chamado sexual

Quando estão em seu período fértil, as gatas


costumam emitir sons vocais prolongados, constantes
e chorosos que servem para comunicar a sua situação
sexual aos gatos machos que estiverem por perto e
convidá-los para o acasalamento.

Assim como as fêmeas, os gatos machos também


emitem chamados para o acasalamento, porém,
diferentemente das fêmeas, não possuem um período
fixo para isso. Eles estão sempre predispostos a
acasalar, dependendo apenas da permissão da fêmea.
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Quando estão acasalando, os gatos emitem um som
semelhante a um grito, geralmente bastante alto e
que pode assustar quem ouvir. Mas não há motivos
para preocupação, apesar de irritante, esse
comportamento é totalmente normal.

4. O som materno

O som materno é uma espécie de combinação de


trinado com miados. É como um dialeto desenvolvido
por cada gata com o intuito único de comunicação
com os seus filhotes.

Mesmo que aos ouvidos humanos o som materno de


duas gatas pareça exatamente o mesmo, na verdade
eles são acusticamente diferentes. O som de cada
gata é único, e com apenas duas semanas de vida
seus filhotes já terão aprendido o dialeto e serão
capazes de reconhecer com precisão a voz de sua mãe
e responderão apenas ao seu chamado e ao de mais
ninguém.

OS PADRÕES DE INTENSIDADE
FORÇADA

Rosnar, sibilar, gritar e cuspir fazem parte da


categoria de sons vocais que os gatos produzem com
a boca aberta, chamados de padrões de intensidade

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forçada, pois expressam um estado emocional tenso
do animal.

1. Rosnar

O rosnado é um som gutural grave e baixo, produzido


pela exalação constante de ar através da boca
ligeiramente aberta.

O rosnado é um sinal de hostilidade, geralmente


direcionado a algo que o gato considera bastante
ameaçador e frequentemente combinado à sibilação e
gritos.

2. Sibilar

O ato de sibilar, ou silvar, produz ruídos através da


exalação forte de ar com a boca intensamente aberta,
os lábios retraídos e os dentes à mostra.

Expressa um estado emocional agressivo do animal,


significa que o gato está se sentindo fortemente
ameaçado e geralmente é direcionado a algum
potencial predador ou adversário. É um
comportamento que costuma anteceder um ataque.

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3. Cuspir

Cuspir é uma variação mais intensa de sibilar, com


um som mais explosivo e algumas vezes com
expectoração de saliva.

4. Gritar

Quando se encontram sob a iminência de uma


ameaça, além de rosnar, sibilar e cuspir os gatos
também costumam emitir sons altos e agudos para
intimidar e afastar o que quer que os esteja
assustando.

Essa combinação de rosnar, sibilar, gritar e cuspir


continuará enquanto o gato se sentir ameaçado, e
devido ao esforço e estado de tensão do animal, ele
pode vir a babar e até mesmo parar a vocalização por
um momento para engolir o excesso de saliva.

Combinando os sons vocais às expressões faciais e às


posturas corporais do gato e analisando como um
todo, você poderá compreender muito bem o
comportamento dele, o que o motivou a agir de tal
maneira, o que ele está sentindo, pensando e
querendo dizer.

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E por fim, você poderá reagir da melhor maneira
possível para fazê-lo se sentir mais confortável,
compreendido, amado e seguro.

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CAPÍTULO 6

Sons Vocais Excessivos

Os gatos vocalizam por diversas razões, como por


exemplo, para dizer “Olá”, para pedir atenção, para
mostrar que querem ser deixados para o lado de fora,
para indicar que estão com fome ou para atrair um
companheiro sexual.

A vocalização felina é algo totalmente normal, mas


existem alguns pontos importantes a serem
observados a esse respeito:

Se o gato começar a vocalizar enquanto


vai ao banheiro ou enquanto come, pode ser
um sinal de que ele está com algum
problema de saúde.

Da mesma forma, se um gato que


normalmente não costuma vocalizar começar
a emitir sons constantemente, então pode ser
um sinal de que ele está doente.

Se o gato geralmente costuma vocalizar


bastante e para repentinamente, isso
também pode ser um indício de que há uma
doença presente.

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OS MIADOS EXCESSIVOS

Ouvir os chamados vocais dos gatos certamente é


muito agradável, mas e quando esses chamados se
tornam excessivos e eles passam a vocalizar
aparentemente sem motivos?

Gatos de algumas raças específicas, como gatos


siameses, por exemplo, miam mais que outros, mas
apesar disso é importante observar:

Se o miado for constante e


perturbador

Gatos tendem a ser independentes, então


eles geralmente não miam o tempo todo. Se o
seu gato não para de miar, então
provavelmente existe um motivo.

Se o miado ocorrer principalmente à


noite

Essa é a forma mais comum de miado


excessivo, esse assunto será abordado mais a
fundo na próxima seção.

Se você acha que seu gato está miando mais do que o


normal, observe-o com cuidado, eventualmente você
poderá identificar o motivo pelo qual seu gato está
miando.

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Usando alguns indicativos do contexto, você pode
descobrir o principal motivo por trás do miado
excessivo do seu amigo felino. Se ele estiver parado
na porta dos fundos e miando, por exemplo, você
pode supor que ele queira sair. Se ele estiver
querendo ser alimentado mais do que o normal, ou se
ele estiver gritando, isso pode ser uma bandeira
vermelha para algo mais sério.

Causas dos miados excessivos

Existem vários motivos que podem ser a causa do


miado excessivo dos gatos, sendo os mais comuns:

Dor, irritabilidade, inquietação ou fome ou


sede incomuns devido a alguma condição
anormal de saúde.

Angústia ou ansiedade.

Conflito territorial.

Luto — se o gato perdeu ou está separado


de um membro de seu grupo social, que pode
incluir o proprietário, a mãe ou os irmãos.

Comportamento sexual — se a fêmea


estiver em seu período fértil ou se o macho
não castrado identificar uma fêmea em
período fértil por perto.

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Idade avançada associada a problemas de
saúde ou mentais, como Alzheimer felino ou
problemas de tireoide.

Como lidar com os miados excessivos

Se você sabe que o gato não se enquadra em


nenhuma dessas categorias apresentadas, a primeira
coisa que você deve fazer é solicitar ao veterinário
que o examine e verifique a possibilidade de alguma
condição médica.

Esse procedimento é muito importante para


determinar se o miado excessivo do gato é
proveniente de uma causa comportamental ou de
algum problema de saúde mais grave, então não
tente fazer nenhum ajuste comportamental antes de
consultar um veterinário, pois isso pode afligir ainda
mais o animal.

O profissional especializado pode recorrer a vários


meios para determinar se o seu gato tem ou não uma
algum problema de saúde que está causando o miado
excessivo, incluindo um hemograma, exame de urina
e exame físico. Ele também pode perguntar sobre
possíveis acidentes ou comportamentos anteriores
que possam ter levado ao quadro de vocalização
excessiva, portanto, esteja preparado para responder
a quaisquer perguntas que possam surgir.

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Caso não seja descoberta uma causa física, outra
alternativa é o uso de imagens cerebrais para
determinar se uma condição neurológica é a
causadora do problema.

Depois que a causa for descoberta, você precisará ser


proativo para reduzir a vocalização do seu gato de
volta a um nível normal.

Independentemente da causa, você pode seguir essas


dicas gerais para reduzindo o miado dele.

O que você deve fazer:

Preste atenção às coisas que fazem o gato


miar excessivamente. Ser capaz de
reconhecer o que causa esse comportamento
ajuda a evitá-lo.

Recompense o gato quando ele estiver


quieto. Isso essencialmente irá ensiná-lo a
ficar em silêncio quando receber o comando.

O que você não deve fazer:

Incentivar o miado excessivo. Isso


significa resistir ao impulso de pegar o gato
ou mexer nele quando ele chorar. Isso pode
ser especialmente difícil se o gato estiver
sofrendo de problemas de saúde e houver

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uma preocupação sua a respeito do estado
dele.

Castigar o gato pelo miado. O miado do


gato pode ser um aborrecimento para você,
mas para ele, o miado pode ser um sintoma
de algo sério. Se for o caso, não o castigue
punindo-o física ou verbalmente, pois isso
aumentará ainda mais a sua angústia. Gatos
não respondem bem ao castigo, então é
improvável que bater ou gritar com ele vá
ajudar a mudar o seu comportamento.

Ignorar o gato quando ele miar, mesmo


que seja em excesso. A única exceção é caso
esteja absolutamente claro que ele está
miando por uma razão específica, como por
exemplo, se ele quiser comida ou atenção.
Antes de presumir que o gato está miando
por atenção, certifique-se de que todas as
suas necessidades estão satisfeitas, isto é,
que a caixa de areia está limpa, que o pote de
água está cheio, e assim por diante.

Medidas para causas comportamentais:

Se o seu veterinário descartou que o motivo do miado


excessivo do gato seja uma condição médica, então
existem algumas etapas específicas que você pode

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executar para reduzir o miado baseadas no
comportamento que o está causando.

Miando como forma de saudação

Não há muito o que fazer nesse caso, você


simplesmente tem um gato que gosta de
verbalizar e que quer que você saiba o quão
feliz ele está em ver você.

Miando por atenção

Não dê atenção ao seu gato quando ele miar.


Em vez disso, espere até que ele fique quieto
e depois interaja um pouco com ele. Se ele
começar a miar novamente, pare de interagir
e se afaste. Quando ele se acalmar, você pode
voltar a interagir com ele. Eventualmente o
gato entenderá que miar não irá chamar a
sua atenção.

Miando por luto ou separação

Se você estiver constantemente fora de casa,


considere contratar uma babá ou pedir a um
parente ou amigo para visitar seu gato e dar-
lhe um pouco de atenção. Se o gato ainda é
filhote, talvez ele esteja sentindo falta da
mãe ou dos irmãos, então tente passar tanto
tempo quanto for possível com ele.

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Eventualmente o comportamento dele irá
mudar à medida com que ficar mais velho.

Miando por comida

Não alimente o gato toda vez que ele chorar


pedindo comida. Certifique-se de alimentá-lo
apenas nos horários predeterminados para
as refeições. Um prato de comida automático,
que concede uma porção de comida nos
horários programados, pode ser uma boa
solução para isso, no entanto, pode ser que
ele comece a miar mais para o prato de
comida do que para você.

Miando para sair de um ambiente

Se o gato mia com frequência para que você o


deixe entrar ou sair de algum ambiente
dentro da casa, considere ter uma porta ou
aba de gato instalada para que ele possa
entrar e sair livremente. Se ele estiver
querendo ir para o lado de fora da casa, você
pode considerar construir um cercado
externo onde ele possa passar algum tempo
ao ar livre, e ao mesmo tempo ficar longe de
outros animais e diferentes tipos de perigos.

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Chamado sexual

O chamado sexual consiste em uma


vocalização excessiva, alta e constante e
ocorre de tempos em tempos no caso das
fêmeas, dependendo do seu ciclo reprodutivo,
ou sempre que houver uma fêmea fértil por
perto no caso dos machos. A maneira mais
fácil e eficiente de fazer parar a vocalização
sexual excessiva é castrando o felino.

Medidas para causas médicas:

Se uma condição de saúde séria é a causa do miado


excessivo do gato, existem etapas adicionais que você
pode executar para reduzir o miado e garantir que
seu amigo felino fique o mais confortável possível.

Consulte sempre o seu veterinário sobre as


necessidades específicas do seu gato antes de
administrar qualquer medicação.

Gatos que sofrem de ansiedade

Administrar benzodiazepínicos ao seu gato,


quando necessário, pode ajudar um gato
inquieto e ansioso a dormir ou se acalmar.

Antidepressivos tricíclicos ou ISRS’s —


inibidores seletivos da recaptação da
serotonina — também podem ajudar se o seu
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gato sofrer de ansiedade crônica ou extrema
ou algum distúrbio semelhante.

Esses tipos de tratamentos são de longo


prazo e são frequentemente combinados a
outros tipos de modificação comportamental.

Gatos que reagem à superestimulação


com miados

Se você sabe que seu gato irá passar por uma


situação que irá estimulá-lo demais, como
um show de fogos de artifício ou uma longa
viagem de carro, então sedativos podem
ajudar a minimizar o excesso de miados. No
entanto, essa é apenas uma solução a curto
prazo e não ajudará a conter a ansiedade em
si.

Gatos que estão em dieta

Alguns alimentos dietéticos podem ser ricos


em fibras, e fazer com que seu gato se sinta
satisfeito sem ingerir a quantidade adequada
de calorias. Consulte o seu veterinário sobre
as necessidades alimentares específicas do
seu gato. Você também pode oferecer a ele
alguns petiscos ou alimentos que ele gosta ao
longo do dia, para garantir que ele receba a
nutrição adequada.
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Gatos idosos diagnosticados com
hipertireoidismo

Vários outros sintomas além do miado


excessivo acompanham um diagnóstico de
hipertireoidismo. Existem diferentes opções
de tratamentos para esse problema, desde
medicação e cirurgia até tratamento com
iodo radioativo e dieta de manutenção.
Consulte seu veterinário para decidir qual a
melhor alternativa para o seu amigo felino.

OS MIADOS NOTURNOS

Alguns gatos, mesmo não sendo muito vocais


durante o dia, costumam chorar bastante durante a
noite. Miar à noite é de fato um comportamento
felino comum, principalmente em gatos bastante
jovens ou nos já idosos.

Causas dos miados noturnos

Há muitas razões pelas quais seu gato pode miar


excessivamente à noite:

Expressar solidão

Se você deixa seu gato no andar de baixo ou


preso em outra parte da casa enquanto você

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dorme, há uma chance dele estar miando
porque sente sua falta.

Dizer “Sinto falta da minha mãe”

Esse comportamento é bastante comum em


gatinhos pequenos que foram recentemente
separados de suas mães.

Expressar pesar

Isso é comum em gatos acostumados a viver


na companhia de outros gatos, por exemplo,
gatos que foram adotados recentemente de
um abrigo. Se você adotou recentemente seu
gato de um abrigo, ou se um de seus animais
de estimação faleceu recentemente ou foi
separado da casa, seu gato pode estar
chamando pelo seu companheiro à noite.

Expressar redução ou perda da sua


capacidade auditiva ou visual

Essa pode ser uma das causas para o miado


excessivo não apenas durante a noite, mas
também durante o dia. Gatos que estão
sofrendo perda auditiva miam alto para
garantir que você possa ouvi-los, assim como
os seres humanos que estão ficando surdos
tendem a falar mais alto.

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Expressar confusão

Gatos mais velhos são mais propensos a


sofrerem distúrbios neurológicos que podem
confundi-los, e isso pode provocar miados
noturnos.

Querer sair de algum ambiente ou


querer ser alimentado

Isso geralmente acontece se você tem o


hábito de alimentar livremente o seu gato ou
deixá-lo ir para o lado de fora quando ele
pede.

Pedir ajuda ou conforto aos seus


proprietários

Se o seu gato é mais velho e já não consegue


mais se movimentar tão bem quanto antes, é
provável que ele chore para lhe pedir um
pouco de conforto em vez de caminhar até
você.

Para que você saiba que eles estão


presos em algum lugar

Se o seu gato geralmente não mia à noite,


então pode ser que ele esteja preso em algum
lugar que não consegue sair por conta
própria. Nesse caso, você precisara respondê-
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lo imediatamente para garantir que ele não
permaneça preso ou se machuque de alguma
forma.

Como lidar com os miados noturnos

Na seção anterior foram dadas algumas dicas gerais


sobre como reduzir o miado excessivo. Existem
também algumas dicas específicas que podem ajudar
a parar o miando do seu gato especialmente durante
a noite:

Identifique possíveis problemas de


saúde

Se a visão do seu gato já não é mais o que


costumava ser, instale algumas luzes
noturnas para que ele possa encontrar o
caminho ao seu redor mesmo no escuro.

Peça ao seu veterinário que examine a


audição ou a visão do seu gato na próxima
visita, caso você suspeite que essa seja a
causa. Além disso, se você tem um gato idoso
convém que seu veterinário examine sua
condição neurológica de saúde, que pode
confundi-lo ou desorientá-lo, provocando o
miando noturno.

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Tente também música. A música traz vários
benefícios comprovados à saúde para muitos
tipos de animais, inclusive para os gatos. Se
o seu gato estiver particularmente inquieto,
um rádio tocando música clássica em volume
baixo pode ajudar a acalmá-lo.

Garanta que seu gato tenha acesso a


você

Verifique se o seu gato tem acesso a você em


o tempo todo. Caso ele tenha a tendência de
se sentir solitário durante a noite, o fato de
estar perto você pode ajudar a confortá-lo.

Isso pode parecer contraintuitivo se você


estiver tentando ter uma boa noite de sono e
seu gato tende a dormir em cima de você ou
atacar você. O que você deve fazer nesse caso
é garantir que seu gato tenha um lugar para
descansar mais alto que a sua cama. Um
castelo de gato é uma solução perfeita.

Use um monitor de bebê

Pode parecer um pouco exagerado, mas na


verdade pode ajudar muito. Se você
realmente não quer que seu gato esteja no
quarto enquanto você dorme, você pode

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tranquilizá-lo quando ele se sentir sozinho
através do monitor de bebê.

Não atenda imediatamente a ele


quando você se levantar.

Quando você faz isso, você está ensinando a


ele que você sempre responderá quando ele
chamar. Aguarde cerca de dez minutos antes
de atender às necessidades que ele possa ter.
Enquanto isso, você pode fazer outra coisa
para você mesmo, como tomar um copo de
água ou ir ao banheiro. Isso fará com que ele
perceba que você não responderá
imediatamente a ele toda vez que miar à
noite, e, provavelmente, o fará mudar de
comportamento.

Conforte seu gato ou gatinho que


estiver de luto

Dê ao seu novo gatinho muito carinho e


considere deixá-lo dormir na cama com você.
Se você acha que ele é pequeno demais para
dormir na sua cama, dar a ele um bichinho
de pelúcia mais ou menos do tamanho dele
pode ajudar.

Se o seu gato é já um idoso e está sofrendo


por ter perdido um companheiro, um bicho
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de pelúcia do tamanho dele também pode
ajudar a confortá-lo.

Defina uma rotina e cumpra-a

Os gatos preferem realizar atividades de


acordo com um cronograma. Se suas
refeições e hábitos de sono não estiverem
definidos, pode ser angustiante para eles.

Para evitar miados noturnos futuros,


certifique-se de atender a todas as
necessidades do seu gato antes de dormir,
como por exemplo, alimentá-lo ou brincar
com ele.

Evite o tédio

Se o seu gato fica entediado quando você não


está por perto, disponibilize alguns
brinquedos, como um poste de arranhar ou
um circuito de gato.

Também é uma boa ideia fazer uma intensa


sessão de brincadeiras antes de dormir, para
ajudá-lo a gastar um pouco de energia e
relaxar.

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CAPÍTULO 7

Como Dizer “Eu te amo”


para o Seu Gato

Sejamos sinceros: nós realmente amamos nossos


animais de estimação e os tratamos como se fossem
membros da família. E não há nada de errado nisso.

Você provavelmente diz ao seu gato que o ama quase


todos os dias, mas mesmo que os gatos sejam capazes
de entender várias palavras humanas, queremos
garantir que eles compreendam exatamente o que
estamos querendo dizer e o quanto eles são amados e
cuidados. Então, devemos dizer isso a eles em sua
própria linguagem, para que eles de fato
compreendam.

Conversar com seu gato no idioma dele não apenas o


fará entender melhor o que você quer dizer, como
também ajudará a construir e manter uma relação
de confiança entre você e seu amigo felino.

Dizer “Eu te amo” no idioma felino é mais fácil do


que parece, basta seguir essas orientações que seu
gatinho com certeza entenderá o recado.

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Pisque lentamente

Quando um gato fecha os olhos perto de você, mesmo


que levemente, é um sinal de confiança. Ele está se
colocando em uma posição vulnerável a você. Está
baixando a guarda, mesmo que por um momento, o
que é algo que os gatos não fazem de boa vontade.

Se você notar o seu gato fechar os olhos em uma


piscadinha lenta enquanto olha para você, imite-o e
pisque de volta olhando nos olhos dele. Ele receberá
a mensagem.

Incline a cabeça para trás enquanto pisca

Pense em como você cumprimentaria um velho


amigo sem usar nenhuma palavra. Você poderia
inclinar a cabeça levemente para trás em um
movimento suave como um gesto de "E aí?!" ou
"Como você está?".

Você pode fazer o mesmo com seu gato enquanto


pisca lentamente, e, se você prestar atenção, notará
que ele também faz o mesmo para você quando você
retorna para a sala em que ele está depois de ter
saído por algum tempo.

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Curve-se enquanto pisca

Você também pode se curvar um pouco para a frente


para reafirmar a sua mensagem, não como se
estivesse se curvando diante de uma rainha, mas
enquanto pisca lentamente, curve-se como se
estivesse fazendo um pequeno aceno de cabeça, como
uma afirmação: "Sim, eu amo meu gato".

Peça permissão para acariciá-lo

Se alguma vez você foi acariciar seu gato e ele se


afastou de você ou tentou atacá-lo, provavelmente
houve uma boa razão. Você provavelmente foi muito
rápido ou abrupto ao acariciá-lo, e não pediu a
permissão dele primeiro. Veja como pedir permissão
ao seu gato antes de acariciá-lo:

Faça a piscadinha lenta. Você também


pode se curvar, se quiser.

Apresente algo a ele que tenha o seu


cheiro, mas ainda não a sua mão.
Primeiramente apresente algo como um
casaco ou um par de óculos, se você tiver.

Estenda lentamente as costas da sua mão


em direção ao gato e deixe que ele a cheire.
Como os gatos cumprimentam uns aos outros
tocando seus narizes, você também pode

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apresentar a ponta do seu dedo em
substituição ao nariz. Ele irá cheirar e, se
confiar em você, irá pressione o nariz dele
contra a ponta do seu dedo, e esfregá-lo para
cima em direção à cabeça. Isso é
essencialmente ele acariciando você de volta.

Seguindo essas etapas corretamente seu gato não


terá dúvidas de que é muito amado e vocês poderão
usufruir plenamente do amor um do outro.

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CAPÍTULO 8

Comportamentos
Estranhos

Às vezes os gatos podem parecer completamente


estranhos. Eles gritam supostamente sem motivos,
saem correndo atrás de absolutamente nada no meio
da noite e perseguem lasers.

Aqui estão algumas explicações para


comportamentos felinos que podem não fazer muito
sentido à primeira vista, mas que são totalmente
comuns.

Roer as unhas

Ocasionalmente seu gato pode ficar sentado


mordendo suas unhas por um longo tempo.

No caso de gatos que vivem apenas em ambientes


internos, eles podem estar fazendo isso porque suas
unhas estão muito longas e precisam ser cortadas.
Além disso, o hábito de roer as unhas também pode
ser um sinal de que ele está nervoso, ansioso ou
simplesmente entediado.

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Correr aleatoriamente

Seu gato pode pular do sofá no meio da noite e sair


correndo atrás de absolutamente nada e acabar
acordando você. Esse comportamento acontece
porque seu gato tem muita energia à noite, ou seja,
ele provavelmente não está fazendo exercícios
suficientes ao longo do dia.

Na verdade, os gatos geralmente têm muita energia,


então se você não quer que ele fique correndo pela
casa às duas da manhã, tente brincar com ele
durante o dia, ou considere até mesmo adotar outro
gato para que ele tenha uma companhia para se
exercitar.

Deitar sobre as suas coisas

Seu gato pode deitar sobre as suas coisas


simplesmente para chamar a sua atenção, e se você
estiver focado na tela do seu computador, ele ficará
entre o computador e seu rosto para que você o veja.
Essa é uma mensagem clara que ele quer passar um
tempo com você.

Cochilar sobre o seu peito

Seu gato gosta de deitar em seu peito por vários


motivos: porque você provavelmente é um dos
lugares mais quentes disponíveis para aconchegar-se
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em toda a casa, porque ele gosta de sentir os seus
batimentos cardíacos, mas especialmente porque ele
gosta de estar perto de você.

Dormir em forma de bolinha

A verdade é que a maioria dos mamíferos enrola o


corpo assim, em forma de bolinha, para dormir. Isso
serve tanto para se proteger, como para reter o calor.

Se seu gato se dobra assim enquanto dorme, não


precisa se preocupar, é algo natural, ele só está
querendo tirar uma boa soneca protegido e
quentinho.

Não encobrir suas fezes

Alguns gatos optam por não encobrir suas fezes na


caixinha de areia. Isso pode parecer bastante
confuso, malcheiroso e anti-higiénico, mas existe
uma explicação para isso, que é a relação com o seu
território.

Se a caixa de areia estiver fora da área que seu gato


considera território dele, então ele não encobrirá sua
urina ou fezes como uma forma de deixar uma
mensagem aos outros gatos de que essa caixa de
areia específica é dele, mesmo que ela esteja fora da
sua área.

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Por outro lado, se a caixa de areia estiver dentro da
área que seu gato considera território dele, então ele
provavelmente irá higienizá-la, já que os gatos são
animais bastante limpos e, assim como os humanos,
eles também não gostam de olhar a sua própria
urina e fezes.

Dormir em sacolas ou caixas de papelão

Na natureza os gatos precisam estar sempre alertas


e evitando os perigos constantes, por isso estão
sempre subindo em árvores e procurando outros
lugares seguros para se esconder.

Como uma moradia humana não possui os mesmo


elementos da natureza, os gatos domésticos precisam
se adaptar e encontrar esconderijos alternativos.
Sacolas e caixas de papelão, por serem lugares
pequenos e fechados, cumprem muito bem essa
função. Elas são lugares aconchegantes para os
gatos, que retêm muito bem o calor e trazem uma
sensação de segurança, fazendo os bichanos se
sentirem protegidos e diminuindo seus níveis de
estresse.

Eles realmente amam caixas e sacolas, e se seu gato


encontrar uma no caminho dele, ele pode ficar ali por
horas, simplesmente descansando ou bolando uma
boa estratégia para atacar seus pés de surpresa.

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Abrir a boca ao cheirar algo

Você provavelmente já presenciou seu gato abrindo a


boca e fechando levemente os olhos ao cheirar algo,
como os seus sapatos, por exemplo, com uma
expressão como se estivesse odiando o cheiro que
acabou de sentir.

Na verdade ele está apenas usando um órgão olfativo


auxiliar para processar melhor o odor que acabou de
encontrar — o órgão de Jacobson, ou órgão
vomeronasal —, que tem a função específica de
processar odores e feromônios.

Quando seu gato sente um odor novo, diferente e


interessante para ele, ou identifica a presença de
feromônios, ele abre a boca e inspira para que o ar
passe sobre o órgão de Jacobson e esse forneça mais
informações ao seu cérebro sobre aquela substância.

Esse comportamento é chamado de Reflexo Flehmen


e é bastante comum em felinos. Como eles possuem
uma relação íntima com a comunicação olfativa, eles
estão frequentemente usando o órgão vomeronasal.

Subir em lugares altos

Os gatos tendem a procurar lugares altos quando se


sentem ameaçados ou estão com medo, pois ao subir

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o mais alto possível, o gato pode observar o ambiente
e tudo que está acontecendo nele em segurança.

Por exemplo, seu gato pode tentar subir em cima da


geladeira enquanto você aspira o chão da casa. Se
você não quiser que seu gato fique em cima de seus
armários ou geladeira, providencie um castelo de
gato ou prateleira segura para que ele possa subir
em seu próprio território.

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CAPÍTULO 9

Hierarquia Felina

É bastante comum grupos de mamíferos possuírem


seus próprios sistemas hierárquicos, determinados
por diferentes níveis sociais. E com os gatos não é
diferente, apesar de serem comumente rotulados
como animais antissociais.

Se você tem um pequeno grupo de gatos em casa,


vale a pena prestar atenção de perto à maneira como
eles interagem, para que você possa obter mais
informações acerca da sociedade deles. Como por
exemplo, saber onde cada um deles se enquadra
dentro da sua pequena hierarquia social.

Agir à maneira deles ajudará a evitar que conflitos


surjam entre eles e a manter a paz no seu lar de
vários gatos.

A HIEARQUIA DE GATOS SELVAGENS

Gatos selvagens podem viver em pequenos grupos,


principalmente se houver uma boa fonte de comida
nas proximidades. Esses grupos costumam funcionar
segundo uma sociedade matriarcal e operam melhor
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quando há pouca ou nenhuma competição por
comida.

Inicialmente, comportamentalistas felinos


acreditavam que os integrantes desses grupos
desenvolviam apenas uma tolerância aos outros
gatos do grupo, e não um vínculo de fato.
Basicamente, eles acreditavam que para os gatos a
necessidade de comida era mais importante do que a
companhia em si de outros felinos.

Essa visão se modificou com o surgimento de novas


descobertas na área. As gatas fêmeas selvagens de
cada grupo são biologicamente relacionadas e uma
parte da colônia dá à luz junta, com algumas gatas
atuando como parteiras. Nesses grupos, criar os
gatinhos é uma tarefa coletiva, independentemente
de quem seja a mãe biológica do filhote. Ou seja, um
gatinho da colônia pode se alimentar de qualquer
uma das mamães, não apenas da sua. As mamães
também se unem para proteger os gatinhos de
perigos ou ameaças, inclusive de outros gatos que
possam tentar matar os filhotes para acasalar com
as mães.

A HIERARQUIA DE GATOS DOMÉSTICOS

Em se tratando de gatos domésticos, a hierarquia


funciona de maneira um pouco diferente.

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Ao contrário dos cães, os gatos domésticos podem não
formar laços afetivos com os outros membros do
grupo deles. Não existe a mentalidade de
coletividade. Mesmo que os gatos domésticos façam
parte de um grupo, é mais provável que eles cacem
sozinhos.

Ademais, dentro de um grupo de gatos domésticos,


eles não são todos iguais. Nas casas com vários
gatos, existe, na verdade, um gato que atua como o
líder do grupo, também conhecido como alfa. Essa
posição não é fixa e o gato alfa pode ser substituído
de tempos em tempos.

O status social

O status social de um gato dependerá de vários


fatores, como os expostos abaixo.

Tamanho

O gato maior e mais forte tem as melhores chances


de se tornar o alfa. No entanto, mesmo que o
tamanho tenha um papel importante na
determinação do gato alfa, nem sempre é o maior
gato quem recebe a honra. Se um gato em particular
for o maior, mas tiver uma natureza tímida, é
improvável que ele chegue ao topo dos níveis sociais
felino.

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Gênero

Tal como acontece com os gatos selvagens, a


estrutura social dos gatos domésticos tende a ser
matriarcal, embora tanto machos como fêmeas
possam competir pelo poder.

Idade

Gatos alfa, em geral, costumam não ser muito jovens


nem muito velhos, possuindo uma idade
intermediária. A maioria dos gatos alfa têm mais de
2 anos de idade, que geralmente é quando atingem a
maturidade social, a qual será abordada mais
detalhadamente adiante.

Território

O território de um gato não precisa compreender a


casa inteira ou um cômodo da casa. Às vezes, o
território de um gato pode ser apenas o sofá da sala,
enquanto o território de outro gato pode ser a
poltrona reclinável. Cada gato respeitará o território
do outro gato e não entrará lá, a menos que eles
possuam um vínculo. No entanto, os gatos
frequentemente competem pelos lugares mais altos
do local.

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Maturidade sexual

A maturidade sexual ocorre quando o gato tem entre


6 e 9 meses de idade, podendo ocorrer já aos 4 meses
em gatos de algumas raças em particular, como os
gatos siameses. Para ser qualificado a subir para um
nível social mais alto, o gato deve ser sexualmente
maduro.

Maturidade social

Não é a mesma coisa que maturidade sexual. Gatos


só atingem a maturidade social por volta dos 2 anos
de idade. Alguns podem alcançar a maturidade social
ainda mais tarde, por volta dos 4 ou 5 anos de idade.
Acredita-se que seja nessa época, ao atingir a
maturidade social, que os felinos tentarão tomar
maior controle sobre seus grupos sociais.

Raça

Certas raças são mais propensas a tentar conquistar


a posição de gato alfa. Essas raças geralmente
incluem raças orientais, como siameses e abissínios.

Personalidade

Gatos tímidos ou nervosos são quase que


imediatamente desqualificados para ocupar a posição
de alfa, e, provavelmente, esse é o melhor para eles,

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pois um grande status social demanda uma grande
responsabilidade.

Saúde

Você já se perguntou por que o seu gato é tão bom em


se esconder quando ele está doente? É porque gatos
são animais orgulhosos. Se o gato alfa adoecer, será
expulso do poder e substituído por um gato mais
saudável. Se o gato alfa morrer, o gato
imediatamente abaixo na hierarquia assumirá seu
território e sua posição social.

Reconhecendo o seu gato alfa

Conhecendo tudo isso, você deve estar se


perguntando: como os gatos estabelecem qual deles
será o alfa?

É possível descobrir qual gato é o alfa de uma colônia


através de alguns sinais indicadores de poder.

Esfregar-se e deixar seu cheiro

Uma das razões pelas quais seu gato se esfrega em


suas pernas é basicamente porque ele reconhece que
você é o alfa da casa, ou pelo menos, que você está
em um nível social muito elevado.

Entretanto, gatos também se esfregam uns contra os


outros como uma maneira de misturar seus odores,
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mas também pode ser uma forma de mostrar qual
gato é o alfa.

Observe cuidadosamente da próxima vez que seus


gatos se esfregarem uns contra os outros, o gato em
que os outros mais se esfregam, mas que geralmente
não se esfrega contra os outros, tem mais chances de
ser o alfa.

Pedir atenção

Os gatos alfa ficam mais do que felizes em subir no


seu colo e deixar você acariciá-los, mas apenas por
um curto período de tempo. Quando eles ficam fartos
de serem acariciados, eles tendem a atacar, morder,
ou balançar a cauda de um lado para o outro em
movimentos curtos e rápidos.

Mandar em você ou em outros gatos

Sim, gatos alfa podem ser pequenos mandões, até


mesmo com os humanos. Se você não levantar da
cama ou alimentá-los quando eles quiserem, eles se
sentem no direito de morder ou arranhar você para
chamar sua atenção. Se os outros gatos se
aproximam muito durante as refeições, eles também
podem rosnar ou avançar neles.

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Como lidar com o seu gato alfa

Quando você identifica quem é o gato alfa em sua


própria colônia de gatos, você pode simplesmente
realocá-lo quando ele se tornar exigente demais ou
mal-humorado.

Evite confrontos, mas mantenha-se firme. Isso


significa não ceder às vontades do seu gato alfa e não
deixá-lo ter tudo do jeito dele. Se seu pequeno alfa
tende a morder ou arranhar você pela manhã, não o
deixe dormir no quarto com você. Se ele tende a ser
agressivo quando você o acaricia, não o deixe ficar no
seu colo. Ele acabará aprendendo que a agressão dele
não é aceitável, e que você só dará atenção a ele
quando ele estiver calmo. Mostre-o quem é realmente
o alfa da casa.

Gatos são animais inteligentes, eles sabem que serão


recompensados por certas ações, ou que receberão
alguma forma de punição. Ou se eles ainda não
sabem, certamente podem aprender. Não dê petiscos
nem brinquedos especiais ao seu pequeno alfa
quando ele exigir, a menos que ele tenha feito algo
para merecê-los.

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CAPÍTULO 10

Adotando um Novo Gato

Pode ser que você esteja lendo esse livro não apenas
porque deseja se comunicar melhor com um gato que
você já possui e ama, mas porque você está
considerando adotar seu primeiro gatinho e levá-lo
para um lar cheio de amor.

Nesse caso, aqui estão algumas etapas a seguir para


garantir que seu novo amigo seja recebido da melhor
maneira possível.

ADOTANDO O PRIMEIRO GATO

1. Tenha certeza de que você pode arcar


com todos os custos de um gato.

Além do custo que um gato pode gerar inicialmente,


verifique também se você pode prover regularmente
um alimento de boa qualidade, com todos os
nutrientes que ele precisará, uma caixinha de areia,
areia para gatos sem cheiro e quaisquer
procedimentos médicos que ele possa vir a
necessitar, como uma castração, por exemplo.

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Segundo dados da Abinpet — Associação Brasileira
da Indústria de Produtos para Animais de Estimação
—, o custo médio mensal com um gato no ano de
2020 gira em torno de R$120,00.

2. Avalie se você quer um gato adulto ou


um filhote.

Essa é uma decisão importante. Gatinhos filhotes


são muito fofos, mas eles também precisam receber
muito treinamento e podem ser difíceis de lidar nos
primeiros meses, que é quando você os ensinará pela
primeira vez a como usar a caixinha de areia e os
jeitos certos e errados de brincar com humanos e
outros gatos. As garras de gatinhos pequenos são
muito afiadas e pode ser um pouco doloroso quando
você estiver ensinando a ele a maneira certa de
brincar ou dando o primeiro banho nele.

Gatos adultos de abrigos, que são tão amorosos


quanto um filhote, podem ter sido maltratados
quando eram menores, e por isso podem ter alguns
problemas em seu comportamento. Eles também
podem ter alguns problemas médicos que os filhotes
provavelmente não terão. Mas, de qualquer maneira,
você terá um amigo felino que amará você até a
morte, se você tratá-lo com amor e mostrar-lhe como
se comportar.

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3. Considere adotar um gato de um abrigo
de animais.

Gatos de abrigos também precisam de lares bons e


responsáveis, geralmente já foram castrados e já
realizaram exames médicos completos antes de
serem liberados para a adoção. Essa é uma boa
opção, pois caso você adote um gato de outro lugar,
precisará pagar por essas necessidades médicas.

4. Pergunte sobre quaisquer problemas


genéticos de saúde que o gato possa ter
herdado.

Seria muito triste se apegar a um membro felino da


sua família e depois ter que vê-lo partir
precocemente por ter ficado muito doente.

Gatos que têm a chance de adoecer nos seus últimos


anos de vida também merecem viver em uma casa
cheia de amor, mas você precisa perguntar isso
primeiro, para estar preparado, pois mesmo que seu
gato seja perfeitamente saudável, ele pode possuir
alguma tendência genética a algum problema de
saúde, principalmente se o gato for de raça pura ou
tiver pedigree.

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5. Treine seu gato para viver em sua casa.

Se o seu gato não tiver sido treinado ainda, você


precisará ensinar a ele algumas boas maneiras, como
por exemplo, usar a caixinha de areia. Isso é muito
importante para manter seu gato feliz e sua casa
limpa.

Lembrando que a quantidade ideal de caixas de areia


que você deve possuir é de uma caixa para cada gato
que você possuir, e de mais uma adicional.

6. Tenha um poste de arranhar.

Seu gato precisará de um poste para arranhar, caso


contrário ele encontrará meios de satisfazer essa
necessidade de outras maneiras.

Além de manter as garras limpas e afiadas, arranhar


também é uma boa maneira para o seu gato se
esticar e relaxar os músculos.

7. Estabeleça limites.

Quando seu gato chegar a casa, não deixe que ele


suba nos balcões que você não quer que ele suba, ou
na mesa de jantar, por exemplo. Você pode proteger
suas superfícies com gotas de água. Se isso não
funcionar — já que alguns gatos na verdade têm
uma grande simpatia por água —, você pode colocar
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algumas pedrinhas em uma lata e chacoalhá-la perto
do seu gato para assustá-lo com o som.

8. Compre um alimento para gatos de uma


marca boa, e não a marca mais barata do
mercado.

Os gatos precisam de grandes quantidades de


proteína em seus alimentos para permanecerem
saudáveis, então pergunte ao seu veterinário quais
as melhores marcas de comida para gatos, que
fornecerão todos os nutrientes que seu gato precisa.

Como regra geral, procure alimentos para gatos com


bastante frango, peixe, carne ou peru, e também
verifique se a comida possui bastantes aminoácidos,
como arginina e taurina, e ácidos graxos, como ácido
linoleico e araquidônico.

Não compre alimentos para gatos que tenham


principalmente grãos ou cereais em sua composição e
tome cuidado com alimentos para humanos.

Também seja cuidadoso com a quantidade de comida


que você dará ao seu gato, porque a obesidade é um
dos maiores perigos para os gatos atualmente.

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9. Escove seu gato frequentemente.

Isso é importante porque evita que seu gato fique


com os pelos emaranhados e com nós.

Na natureza, os gatos costumam esfregar-se


constantemente contra árvores e arbustos para
eliminar esses pelos extras, então você precisa fazer
isso por ele agora.

Esse também é um bom momento para verificar se


há parasitas na pele do seu gato, como pulgas, por
exemplo.

10. Visite o veterinário pelo menos uma vez


por ano.

Assim como os seres humanos precisam de visitas


regulares ao médico, os felinos também precisam.
Gatos são tão sutis com seus sinais de doença, que
seus donos às vezes até sentem falta deles, e apenas
um veterinário pode realmente dizer se o gato está
de fato doente ou se tem algum distúrbio.

11. Brinque com seu gato com frequência.

Gatos adoram passar tempo com seus donos e, além


disso, precisam brincar para manter o bom humor e
a boa forma. Esse também é um bom jeito de se
conectar com seu novo amigo para sempre.
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ADOTANDO UM SEGUNDO GATO

Agora que você já tem um gato, pode pensar que


seria uma boa ideia dar a ele um novo amigo felino.

No entanto, os gatos são complicados. Devido à


natureza territorialista desses bichanos, trazer um
novo gato para casa pode ser mais difícil do que
parece à primeira vista.

Assim sendo, aqui estão algumas etapas a serem


observadas para garantir que a chegada do seu novo
gato seja acompanhada de todas as coisas boas que
você espera.

1. Avalie se você deve adotar outro gato.

Antes de decidir trazer um novo gato para sua casa,


você precisa fazer algumas perguntas a você mesmo,
como “Por que eu quero outro gato?”, “Como o meu
próprio gato irá reagir?” e “Eu terei tempo, recursos e
energia suficientes para dedicar a ambos os gatos?”.

Leve sempre em consideração a personalidade do seu


animal de estimação atual antes de decidir ter outro,
para não fazer nada que o faça sentir-se estressado
ou desconfortável em sua própria casa. Em especial
gatos que vivem apenas em ambientes internos
podem sentir-se angustiados e ameaçados quando
outro animal é introduzido em seu espaço.

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Se em outra oportunidade você já tentou introduzir
um novo gato ao seu lar e não obteve sucesso,
provavelmente será mais difícil ainda fazê-lo agora,
pois se ele não ficou confortável na primeira vez,
provavelmente também não ficará na segunda vez.
Nesse caso, você deve se perguntar se trazer um novo
gato para casa é a melhor ideia.

Se você já tem dois ou mais gatos que se dão bem,


convém evitar adicionar outro gato ao grupo. Fazer
isso pode atrapalhar a harmonia do grupo social e
fazer com que todos os gatos se sintam
desconfortáveis ou estressados.

Uma tentativa bem-sucedida de introduzir um novo


gato dependerá de diferentes fatores, incluindo idade
e sexo de ambos os gatos, suas personalidades e seu
comportamento social individual. Esse processo
demandará tempo e paciência, mas desde que você
saiba como proceder, como lidar com seu gato
cuidadosamente, e como abordá-lo da maneira certa,
você poderá desfrutar de um lar feliz e com inúmeros
companheiros felinos.

2. Compreenda o comportamento social


felino em um lar com vários gatos.

A estrutura social dos gatos é, no mínimo, complexa.


Gatos domésticos não precisam necessariamente de

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um companheiro para sobreviver ou se sentirem
felizes. No entanto, eles foram erroneamente
rotulados de animais solitários, quando, na verdade,
são apenas caçadores solitários.

Gatos domesticados provaram ter capacidade não


apenas de se adaptar a condições totalmente novas,
como também de alterar toda a sua estrutura social
em novas circunstâncias. Por conta disso, é possível
ter dois ou mais gatos em casa.

Ainda assim, existe uma janela ideal para a


socialização dos gatos. Gatinhos são capazes de
socializar mais facilmente devido à natureza de sua
estrutura social com sua mãe e irmãos. Gatos jovens
adultos também podem se adaptar melhor à
presença de um novo gato. No entanto, a capacidade
que um gato tem de socializar pacificamente tende a
diminuir após os 2 anos de idade. Gatos de meia
idade são ainda menos propensos a socializar.

O território também é um fator relevante na vida


social dos gatos, principalmente dada sua propensão
a caçar sozinhos. Você provavelmente já reparou o
seu gato batendo a cabeça ou esfregando-a contra
você ou outros objetos da casa, essa é a maneira dele
de sinalizar o seu território. Gatos são extremamente
protetores do seu território, ainda mais que os cães,
então é fundamental que eles se sintam confortáveis
em seu próprio território. Adicionar outro gato ao
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território do seu gato com certeza fará com que ele se
sinta desconfortável no início, por isso é importante
que você faça isso da maneira correta e menos
invasiva quanto possível.

3. Escolha o gato certo.

Ser completamente espontâneo quando se trata de


escolher um novo gato não é o ideal. Você precisa
levar em consideração a idade e o comportamento
social do seu gato antes de escolher um novo. Os
gatinhos são frequentemente a opção preferida dos
proprietários de gatos, porque representam uma
ameaça menor na percepção dos gatos adultos. No
entanto, se você tem um gato mais velho, reservado,
que gosta de sossego e passa muito tempo
descansando, ele pode achar um gatinho
indisciplinado um tanto quanto estressante.

Se você procura um gato adulto, tente escolher um


que esteja acostumado a viver com outros gatos e
procure por uma personalidade semelhante à do seu
próprio gato. Se ele é ativo e brincalhão, é provável
que ele vá conviver melhor com um gato que também
é brincalhão. Consulte o abrigo ou proprietário da
loja de animais de estimação em relação à possível
personalidade do gato que você está procurando.

Gatos do mesmo sexo são mais propensos a brigar.


Se o seu novo gato é de sexo oposto ao do gato que
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você já tem, a adaptação pode ser mais fácil. Ainda
assim, existem lares com vários gatos onde todas são
fêmeas, ou todos são machos. Tudo depende da
personalidade deles. Entretanto, se você introduzir
um novo gato do sexo oposto ao do seu, garanta que
os dois sejam castrados.

4. Prepare-se para a chegada do novo gato.

Você precisará de uma sala separada onde seu novo


felino possa passar os primeiros dias, ou talvez até a
primeira semana, dependendo do comportamento do
gato que você já tem. Tente escolher um lugar que
seu gato existente não frequente. Forneça uma caixa
de areia separada, potes de água e comida,
brinquedos e uma cama ou algo semelhante para ele
descansar.

Se seu novo gato é um filhote, pode ser uma boa ideia


investir em um cercado para ele dormir ou apenas
passar o tempo. Verifique se o cercado é grande o
suficiente para a caixa de areia, potes de água e
comida e cama. O cercado deve permanecer na sala
reservada para ele, mas deixe a porta do cercado
aberta durante o dia para que ele possa explorar seu
novo lar.

Existem alguns produtos que podem tornar o


processo mais fácil. Se você acha que seu gato pode
apresentar um pouco de resistência, tente investir
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em um difusor de feromônios felinos. Esse dispositivo
é conectado à tomada e emite um feromônio sintético
especial que os gatos secretam quando se sentem
seguros. Isso pode ajudar a acalmar ambos os gatos e
tornar a introdução e adaptação mais fácil.

5. Traga o novo gato para casa.

A melhor maneira de introduzir um novo gato na


casa é fazê-lo lentamente. Você deve limitar o novo
gato ao local que você preparou especialmente para
ele, não fique ansioso e não o deixe explorar a casa
inteira logo de início. Ele precisa de tempo para se
ajustar ao novo ambiente.

O odor terá um papel importante em uma introdução


amigável. Seu gato existente será capaz de farejar o
cheiro do novo gato, mesmo que mantidos em
ambientes separados, então a apresentação não será
um choque completo para eles. Além de permitir que
o novo gato se acomode, a separação inicial fará com
que seu novo gato fique com o cheiro da casa, o que
irá facilitar no momento em que forem de fato
apresentados.

Tente misturar aos poucos os cheiros dos dois, por


exemplo, se ambos os gatos possuem camas, tente
apresentar as camas de um ao outro regularmente e
deixe que eles cheirem, para que eles se acostumem

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com o cheiro um do outro. Também permita que seu
novo gato cheire você.

Você também pode coletar o cheiro dele acariciando o


topo da sua cabeça e bochechas com um pano macio,
em seguida espalhe o cheiro do novo gato em toda a
casa, passando o pano em móveis, paredes e portas.

O que você não deve fazer é esfregar o cheiro do novo


gato diretamente no seu primeiro gato. Isso pode
estressá-lo e fazê-lo sentir-se profundamente
ameaçado dentro do seu próprio território. Se o seu
gato não reagir bem à técnica da troca de cheiros,
tente coletar o cheiro do seu novo gato em um pano
ou meia e apenas deixe a meia no território do seu
gato existente.

Permita que cada gato explore o território um do


outro, mas não deixe que eles se encontrem ainda.
Você também pode colocar o pote de comida do seu
gato existente perto da porta do local em que você
está mantendo seu novo gato isolado, e coloque o pote
do novo gato do outro lado da porta. Eles irão
associar o ato comer — algo que indiscutivelmente os
gatos adoram — ao cheiro um do outro. Se você optar
por fazer isso, não se assuste se eles evitarem comer
a princípio, eventualmente eles voltarão a se
alimentar. Continue a aproximar os potes de comida
até que os potes estejam um do lado do outro, um de
cada lado da porta.
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Certifique-se de passar tempo suficiente com cada
um de seus dois gatos, sem sobrecarregá-los ou
irritá-los, para que seu novo gato se acostume com
você e fique confortável em sua companhia.
Enquanto isso, você deve confortar o seu primeiro
gato e certificar-se de que ele se sinta seguro com a
presença de um novo gato no que ele vê como seu
próprio território.

6. Apresente seus gatos um ao outro.

Os gatos podem ser animais um pouco mal-


humorados, e se você deixar que seus novos gatos se
encontrem pela primeira vez em um espaço
completamente aberto, eles podem se perseguir,
brigar ou se esconder, o que tornará a introdução
ainda mais complicada.

Portanto, você deve tomar algumas precauções


necessárias antes de apresentá-los diante um do
outro. O ideal a se fazer é usar uma barreira, como
um portão para bebês ou algo similar, ou, se você tem
um gatinho, você pode colocá-lo no cercado e fechar a
porta.

Se o seu primeiro gato estiver observando o novo


gato de longe, não tente movê-los para mais perto um
do outro, deixe-o analisar o novo gato no seu próprio
ritmo. Mais uma vez, todo esse processo é necessário

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para garantir que os dois gatos se sintam o mais
confortável possível.

Forneça algum tipo de distração para os dois, como


um prato com petiscos ou o seu brinquedo favorito.
Isso pode ajudar com o estresse que é
inevitavelmente gerado com o primeiro encontro.

A primeira interação deve ser rápida. Gatos


costumam ser facilmente superestimulados, então
não os estresse tentando forçá-los a interagir ou se
aceitar instantaneamente. Preste atenção
cuidadosamente à linguagem corporal de cada gato
durante a primeira interação, e se qualquer um deles
mostrar sinais de agressividade, orelhas voltadas
para trás, cauda eriçada ou estiver sibilando, separe-
os imediatamente.

Mesmo com um cuidadoso planejamento e


preparação, um dos gatos pode ficar agressivo com o
outro. Se isso acontecer, separe-os e tente apresentá-
los novamente no dia seguinte. Eventualmente o
comportamento agressivo se dissipará e os gatos se
acostumarão um ao outro.

Durante as primeiras semanas, continue trocando


seus cheiros. Apresente-os todos os dias e aumente o
tempo de interação de cada encontro até que não
haja mais necessidade de mantê-los separados.

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7. Tome alguns cuidados após a introdução.

Mesmo que tudo corra bem e os dois gatos se


acostumem um ao outro rapidamente, ainda há a
possibilidade de haver um conflito posteriormente.
Por serem caçadores solitários por natureza, os gatos
estão acostumados a competir por recursos e podem
achar difícil compartilhar comida, caixinha de areia
ou a cama, mesmo que possuam um vínculo
profundo.

Você deve possuir um kit de potes de comida e água,


caixinha de areia e cama para cada gato, além de um
kit adicional. Ter apenas um kit por gato pode causar
problemas. Tendo 3 kit’s de recursos para 2 gatos,
ambos sentirão que têm acesso adequado aos
recursos que precisam e estarão menos propensos de
competir entre si.

Distribua os potes de comida, caixas de areia e


camas por toda a sua casa para evitar que seus gatos
intimidem um ao outro. Forneça a quantidade
adequada de alimento e petiscos durante o dia para
evitar que eles fiquem famintos e briguem pela
comida. Tome cuidado também para não deixar os
potes água e de comida muito próximos um do outro,
pois os gatos geralmente não gostam da sua água
próxima à comida.

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Pode ser uma boa ideia colocar um poste ou
brinquedo de arranhar nas proximidades do pote de
comida ou caixas de areia. Isso pode ajudar a evitar
conflitos, dando aos seus gatos uma distração.

O que fazer se você ainda estiver tendo


problemas

Mesmo que seu primeiro gato seja teimoso e se


recuse a aceitar um gato recém-chegado a casa, ou se
seu novo gato não parecer se ajustar, pode não ser o
fim da estrada.

Existem treinadores e comportamentalista animais


que podem ajudar a acalmar seus felinos e instruir
você a como proceder adequadamente de acordo com
as necessidades específicas dos seus animais.

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Dicas Gerais

Agora que você entende a linguagem corporal, a


verbalização e as outras diferentes formas de
comunicação do seu gato, você é capaz de reagir
melhor às mensagens dele e mostrar o seu carinho.

Adicionalmente, aqui estão ótimas dicas para


garantir que você consiga lidar com seu gato em
qualquer humor ou estado emocional pelos quais ele
possa estar passando e tratá-lo da maneira como ele
merece.

1. Ao se aproximar de um gato pela primeira vez, ele


pode ficar nervoso na companhia de um estranho,
então não se esqueça de abaixar-se até a altura dele.
Se você estiver acima dele, o gato pode se sentir
ainda mais ameaçado.

2. Ainda ao se aproximar de um gato pela primeira


vez, não se esqueça de pedir a permissão dele para
tocá-lo. Estenda a sua mão para que ele a cheire e
entenda que você é confiável.

3. Esteja presente na vida do seu gato. Se você


geralmente não está em casa, então ter qualquer tipo
de animal de estimação talvez não seja a melhor

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opção para você. Um gato apenas irá se conectar a
você se você estiver perto dele constantemente, para
que ele possa conhecer, gostar e confiar em você.

4. Sempre analise com cuidado os sinais do seu gato


antes de respondê-los. Se o gato estiver mostrando
hostilidade, não tente pegá-lo ou acariciá-lo, em vez
disso, tente falar em tons suaves até que ele perceba
que não há perigo por perto. Da mesma forma, se o
gato estiver demonstrando carinho, reserve um
tempo para dar carinho a ele também, para que ele
não sinta que está sendo deixado de lado.

5. Se seu gato não tem acesso a ambientes externos,


certifique-se de que ele tenha arranhadores ou outros
objetos disponíveis para se exercitar e distrair, para
que ele não se torne um gato sedentário e estressado.

6. Mantenha a caixinha de areia sempre limpa.

7. Escove o seu gato. Gatos adoram ser escovados.


Eles passam a maior parte de suas vidas se asseando
e, geralmente, quando você faz isso por eles, funciona
muito bem para criar um vínculo entre vocês. Além
disso, a escovação regular também evita a formação
de bolas de pelo. Mas não o banhe, a menos que ele
realmente precise, como em alguns casos de gatos
idosos ou obesos, por exemplo. Seu gato é capaz de
manter-se limpo por si próprio.

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8. De vez em quando dê ao seu gato petiscos,
brinquedos ou erva de gato, para que ele se lembre
do seu carinho por ele.

9. Alimente o seu gato com alimentos desenvolvidos


especialmente para a sua raça e para as
necessidades específicas de seu estilo de vida. Por
exemplo, dê alimentos de filhotes para filhotes, faça
uma dieta especial para gatos com excesso de peso,
dê alimentos especialmente calóricos para gatos que
forem ativos demais e alimentos desenvolvidos
especificamente para aqueles que forem castrados.

10. Brinque com o seu gato. Existe uma grande


variedade de brinquedos para gatos no mercado que
você pode usar para se divertir com ele. Se você não
tem a intenção de comprar muitos brinquedos
extravagantes, seu gato provavelmente também
gostará de um pedaço de linha que você deve ter em
casa com alguma coisa amarrada na ponta. Arraste
pela casa, ou amarre o brinquedo a você enquanto
realiza suas tarefas diárias. Perseguir objetos é uma
ótima diversão para os gatos.

11. Alguns dos lugares em que os gatos mais gostam


de receber carinho são embaixo do queixo, entre as
orelhas e nas bochechas atrás dos bigodes. Não fique
surpreso se seu gato pedir mais.

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12. A menos que seu gato mostre a barriga para você
e goste, você não deve acariciar a barriga dele. A
maioria dos gatos simplesmente não gosta de carinho
na barriga.

13. Certifique-se de que seu gato tenha o próprio


espaço dele na casa. Em geral, os gatos gostam de
ficar sozinhos em algum momento, então não deixe
de providenciar uma cama macia onde ele possa
repousar sem ser incomodado.

14. Os gatos não se importam muito com o que você


diz, mas eles respondem à maneira como você diz. Se
você não quer que seu gato tenha um determinado
comportamento, como pular no balcão da cozinha
enquanto você tenta cozinhar, use um tom de
repreensão para falar come ele, diferente do que você
usa quando está dando atenção ou um presente a ele.

15. Use a linguagem corporal para reforçar sua


mensagem. Gatos comunicam-se principalmente
através de movimentos e cheiros, portanto,
certifique-se de transmitir uma mensagem corporal
compatível com o que você está querendo dizer. Ou
seja, quando seu gato faz algo errado, transmita uma
mensagem irritada, e se você estiver chamando seu
gato para comer, transmita uma mensagem
acolhedora. Se o seu gato estiver incomodando você
em um momento inoportuno, diga “Não” com
firmeza, e então afaste seu gato. Se você acaricia seu
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gato enquanto diz “Não”, ele irá ignorar sua sugestão
verbal e assumir que você quer brincar ou lhe dar
atenção.

16. Mantenha qualquer coisa que possa ser perigosa


para o seu gato fora do alcance dele.

17. Se você realmente precisa que seu gato pare de


fazer algo que pode ser perigoso ou destrutivo, tente
chiar ou borrifar gostas de água nele. Isso fará com
que ele pare ou se assuste com o que estiver fazendo.

18. Quando você receber visitas certifique-se de que


seus convidados saibam como lidar com o seu gato
para não estressá-lo.

19. Castrar seu gato aumenta a expectativa de vida


dele e diminui as chances dele de desenvolver certos
tipos de câncer.

20. Além de levar seu gato ao veterinário quando


perceber que há algo de errado com ele, costume
também levá-lo regularmente para realizar seus
exames anuais e tomar vacinas.

21. Garanta que haja algumas regras básicas em sua


casa e que elas estejam sendo cumpridas, como não
ir para o lado de fora ou comer as plantas da casa.
Isso pode ser difícil de aplicar no início, mas manterá
seu gato saudável e seguro a longo prazo.

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22. Garanta que seu gato tenha uma coleira com
identificação, e esteja sempre com ela, mesmo que ele
permaneça apenas dentro de casa, pois sempre existe
a possibilidade dele sair acidentalmente.

Seguindo essas dicas você e seu gato certamente


terão um relacionamento muito mais saudável e
duradouro. Garantir que ele esteja sendo bem
cuidado o fará enxergar você como um amigo, e
quanto mais você prestar atenção às necessidades
dele e observar suas mensagens não verbais, mais
seu gato se comunicará com você.

É através da percepção e análise de todos esses


mecanismos de comunicação combinados que você
poderá compreender o que o seu amigo felino está
dizendo a você. Basta estar preparado para
respondê-lo corretamente — o que não será mais um
problema, agora que você domina o idioma felino.

Se você levar em consideração todos esses


aspectos que acabou de ler, descobrirá que
você pode se tornar um excelente tutor para
seus gatos e que eles serão muito mais felizes e
saudáveis!

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