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A originalidade do conceito de inconsciente introduzido por Freud deve-se à proposição de

uma realidade psíquica, característica dos processos inconscientes. Por outro lado,
analisando-se o contexto da época, observa-se que sua proposta estabeleceu um diálogo
crítico às proposições de Wilhelm Wundt (1832 — 1920) acerca da psicologia como a
ciência que tem como objeto a consciência entendida na perspectiva neurológica da
época, ou seja, opondo-se aos estados de coma e alienação mental.[25]
Muitos colocam a questão de como observar o inconsciente. Se a Freud se deve o mérito
do termo "inconsciente", pode-se perguntar como teria sido possível, a ele, Freud, ter tido
acesso ao inconsciente para poder verificar seu mecanismo, já que não é o inconsciente
que dá as coordenadas da ação do homem na sua vida diária. De fato, não é possível
abordar diretamente o inconsciente (Ics.), já que o conhecemos somente por suas
formações: atos falhos, sonhos, chistes e sintomas diversos expressos no corpo. Nas suas
conferências na Clark University (publicadas como "Cinco lições de psicanálise"), Freud
recomenda a interpretação como o meio mais simples e a base mais sólida para conhecer
o inconsciente.[26]

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