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Castro Raimundo Cadeira

Estágio Pedagógico de Física (Noções)

(Licenciatura em Ensino Física 5º Ano)

Universidade Rovuma

Nampula

2022
Castro Raimundo Cadeira

Estágio Pedagógico de Física (Noções)

Trabalho de carácter avaliativo da Cadeira


de Estágio de Física, leccionada no Curso de
Licenciatura em Ensino de Física, 5º Ano a
ser entregue aos Tutores

Mestre Egídio Alberto Fernando


Mestre JúliaVirgílio Atibo Jamal

Universidade Rovuma

Nampula

2022
Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 4
ESTÁGIO PEDAGÓGICO DE FÍSICA (NOÇÕES) ................................................................... 5
1. A AULA IDEAL E O PROFESSOR IDEAL .................................................................... 5
1.1. Aula ideal ...................................................................................................................... 5
1.2. O Professor ideal .......................................................................................................... 5
1.2.1. Características ........................................................................................................... 5
2. IMPORTÂNCIA DO ESTAGIO PEDAGÓGICO DE FÍSICA ....................................... 7
2.1. Etapas de Estágio Pedagógico ......................................................................................... 7
2.2. Objectivos ......................................................................................................................... 8
Conclusão ...................................................................................................................................... 10
Bibliografia .................................................................................................................................... 11
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Introdução
A aula ideal adopta o estilo de educação democrática, pois os alunos interagindo com seus
colegas fazem a experiência de negociação de ideias, de renuncia das próprias ideias, para
aderir as ideias dos outros quando è necessário, valorizando assim a complementaridade e
sentirem-se sujeitos activos e responsáveis do próprio processo de aprendizagem.

Com base em obras bibliográficas baseadas em referências teóricas como livros e nos textos
auxiliares possibilitaram um suporte na elaboração do trabalho. Quanto à estrutura, o trabalho
apresenta uma introdução, onde e consta a contextualização e estão definidos os objectivos, a
metodologia e o desenvolvimento. Fazem parte integrante deste trabalho, as referências
bibliográficas.
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ESTÁGIO PEDAGÓGICO DE FÍSICA (NOÇÕES)

1. A AULA IDEAL E O PROFESSOR IDEAL

1.1. Aula ideal


Para MAVANGA a aula ideal pode ser caracterizada por situações em que o professor:
 Usa materiais interactivos e concretos
 Elabora tarefas usando terminologias cognitivas tais como “explicar”, “classificar”,
“analisar”, “comparar”, “predizer” e “produzir”, etc;
 Permite que as respostas dos alunos influenciem a aula (mudando para outro tipo de
estratégias e novos conteúdos);
 Informa-se sobre a compreensão de conceitos pelos alunos antes de dar as suas ideias;
 Encoraja os alunos a engajarem-se em diálogo entre si e com o professor;
 Encoraja a aprendizagem dos alunos fazendo perguntas abertas e de reflexão e
estimula-os a colocar perguntas uns aos outros;
 Explora e reelabora as respostas iniciais dos alunos;
 Engaja os alunos em experiências que podem estar em contradição com as suas
hipóteses iniciais, abrindo caminho para a discussão; Permite o silêncio para a
reflexão, depois de colocadas as perguntas; Providencia tempo suficiente para os
alunos descobrirem ligações entre as diferentes matérias;
 Encoraja e aceita a autonomia e a iniciativa dos alunos.

1.2. O Professor ideal


Para MAVANGA (s/d) o professor ideal é aquele que passa o conteúdo de forma objectiva e
que usa a interacção com os alunos, ele que não cria barreiras, que permite a aproximação
para que haja diálogo.

1.2.1. Características
As características da aula ideal estão estritamente dependentes da acção do professor que
exerce a profissão.
O professor é alguém que ensina, e que para isso planifica e prepara as suas aulas, explica aos
alunos o que deve ser aprendido, supervisiona as tarefas dos alunos, verifica os resultados,
convive com a turma, modela e influencia comportamentos, desenvolvendo nas crianças e
jovens a consciência sobre os seus deveres, convívio social, valores e normas.
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Para um professor executar a contento todas estas actividades ele deve possuir determinadas
características especiais que compõem o seu perfil profissional e dão uma imagem coerente da
profissão.
Para Veldhüyzen e K. Vreugdenhil (s.d.) o professor como profissional, tem diversas
demandas: aperfeiçoar-se, desenvolver habilidades cognitivas, apresentar consciência
profissional, entre outras. Como educador, deve comunicar-se eficazmente, assumir
responsabilidades pelo que faz, estimular o trabalho independente e a cooperação entre os
alunos, etc. Como especialista em didáctica, entre outras tarefas, tem de adaptar os materiais
e as metodologias e ter domínio sobre a turma. Finalmente, como membro de uma equipa,
espera-se que invista no seu aperfeiçoamento contínuo, que solicite e ofereça ajuda aos
colegas e estabeleça parcerias.
Segundo Crudinho, Madureira, Coellho, Santos (2010), o professor não pode ser mais mero
transmissor de conhecimentos já elaborados, mas um profissional a quem cabe o papel
dinamizador e orientador dos projectos de trabalho elaborados pelo próprio aluno, através de
actividades de observação, experimentação, consulta, indagação, avaliação, etc.
Niskier (1997), por sua vez, defende que o professor “quase” ideal precisa de ter uma série de
qualidades como: compromisso com o ensinar; saber contar histórias; promover situações
significativas de aprendizagem; mediar problemas e conflitos; servir de exemplo; enxergar o
conhecimento de forma não-fragmentada; saber trabalhar em equipa; ampliar o seu próprio
repertório cultural; ter conhecimento teórico sobre grandes áreas do saber, para além da
didáctica e da pedagogia; entender o aluno; estar aberto ao novo, mas com critério; estar
preparado para ser o elo de comunicação entre família e escola; saber gerir a sala de aula;
aprender a aprender (filtrar o que é relevante); entender o papel da TV e da Internet; ter
competência para ser orientador e conselheiro.
Um professor ideal desenvolve soluções para os problemas comuns da sala de aula. Ele é um
professor reflexivo e criativo que pensa sobre situações, analisa o que fez e porquê; considera
como poderia ter melhorado a aprendizagem dos seus alunos.
Dez competências profissionais caracterizam de acordo com Perrenoud (2000) o professor
ideal:
1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem
2. Administrar a progressão das aprendizagens
3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação
4. Envolver os alunos nas suas aprendizagens e no seu trabalho
5. Trabalhar em equipa
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6. Participar da administração da escola


7. Informar e envolver os pais
8. Utilizar novas tecnologias
9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão
10. Administrar a sua própria formação contínua.

2. IMPORTÂNCIA DO ESTAGIO PEDAGÓGICO DE FÍSICA

De acordo com BUSATO (2005) o Estágio Pedagógico é uma tarefa curricular, que articula a
teoria e a prática que aglutina os aspectos psico-pedagógicos e didácticos de modo que o
estudante esteja preparado para a vida profissional.
Segundo DIAS et al. (2010 cit. por MAVANGA), o Estágio Pedagógico trata se de uma
actividade curricular antecedida pelas PPG e PPEs, que tem como objectivo colocar o
formando em contacto directo com a realidade profissional do curso em que está inscrito,
proporcionando-lhe novas aprendizagens, treino e consolidação de aquisições anteriores, troca
de experiências com os colegas em exercício de suas funções docente – educativas, através de
uma tutoria e a ligação entre a teoria e a prática.
Para Mendes (2002), acrescenta que: “o Estágio Pedagógico é um momento impar e
significativo na vida quotidiana das pessoas profissionalizadas em especial aquelas que
exercem a profissão do professorado visto que, nota – se um contacto directo ente o estudante
e os alunos”.

2.1. Etapas de Estágio Pedagógico


Para Galvão (1996: 71, cit. por MAVANGA), o Estágio Pedagógico apresenta três etapas que
se cita:
Pré-observação: é um momento muito significativo, visto que, o formando aprende através
da teoria as actividades que irá realizar na escola. Nessa etapa o formando começa a ganhar a
capacidade e competência de seleccionar método e metodologia que facilitam a concretização
de objectivo preconizado, de analisar e aplicar os processos didácticos – pedagógico, de
interpretar fenómenos ou conteúdos ligados ao ensino de física.

Observação:
nesta etapa, o formando passa a ter a responsabilidade de produzir o material didáctico; o
formando faz uma visualização duma forma atenciosa dos conteúdos do PEA pautados no
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programa de ensino e participa na dinâmica da escola e da sala de aulas, adquire a


oportunidade de entrevistar o director, director Pedagógico em torno do número máximo dos
alunos e da organização de alguns documentos normativos ligados ao PEA que é de
importância para o curso.
Pós-observação: Esta corresponde a última fase do Estagio Pedagógico, pois o formando trás
a tona tudo por ele observado no âmbito da execução do seu trabalho e do tutor.

2.2. Objectivos
Moraes (2000 cit. por BARREIRA, 2004), afirma que, existem vários objectivos que o
Estágio Pedagógico aconselha ao estagiário a atingir. O autor argumenta que, o estagiário ao
executar as suas actividades deve:
- Ampliar os conhecimentos, habilidades, competências organizacionais, pedagógicas e
profissionais e atitudes a ter em conta no PEA;

- Ter domínio de estruturar os conteúdos de uma determinada disciplina com destaque


disciplina de física relacionada com a vida prática dos alunos;

- Criar o interesse pelo ensino nos alunos; manusear as técnicas e instrumentos que
aperfeiçoam o PEA;

- Criar situações de forma que depois da aula, o professor e os seus alunos possam reflectir
em torno da aula leccionada como forma de descobrir o grau da assimilação dos conteúdos.

De acordo com ARENDS (1993) os princípios gerais que orientam o Estágio Pedagógico são:
 Ter o domínio da interdisciplinaridade no que concerne a reflexão sobre o ensino de
uma disciplina de Física;
 Ter consciência das relações multidimensionais entre as várias áreas de saber que
devem ser estudados no PEA;
 Ter a capacidade e habilidade de observação e reflexão sobre a realidade concreta da
escola;
 Ter a capacidades de aglutinar a teoria em prática na sala de aulas, e o caso de Física
para facilitar a compreensão dos conteúdos a leccionar deve buscar exemplos mais próximos
dos alunos.
O estágio supervisionado é muito importante na aplicação e concretização dos conhecimentos
teóricos obtidos durante o curso e é a oportunidade para os professores em formação
exercitem os princípios de cidadania e de responsabilidade social. Para que todas as
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actividades pedagógicas sejam desenvolvidas de forma coerente e fundamental a supervisão


do professor orientador.
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Conclusão
Falar de aula ideal é falar de uma aula participativa ao contrário do que acontece com a aula
tradicional, puramente expositiva.
O professor ideal, é um profissional a quem cabe o papel dinamizador e orientador dos
projectos de trabalho elaborados pelo próprio aluno, através de actividades de observação,
experimentação, consulta, indagação, avaliação, etc.
O estágio supervisionado é muito importante na aplicação e concretização dos conhecimentos
teóricos obtidos durante o curso e é a oportunidade para os professores em formação
exercitem os princípios de cidadania e de responsabilidade social. Para que todas as
actividades pedagógicas sejam desenvolvidas de forma coerente e fundamental a supervisão
do professor orientador.
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Bibliografia
ARENDS, R. I. (1993). Aprender a ensinar. Lisboa: McGraw Hill.

BARREIRA, A., & MOREIRA, M. (2004). Pedagogia das competências, da teoria à prática.
Edições Asa: Lisboa.

BUSATO, Z. S. (2005). Avaliação nas Práticas de Ensino e Estágio. A Importância dos


Registros na Reflexão sobre a Acção Docente. Porto Alegre: Editora Mediação.

MAVANGA, G. G. (s/d). DIDÁCTICA DE FÍSICA II. Maputo: Universidade Pedagógica.

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