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São Paulo:
editora Martins Fontes, 2007. (Livro 1, caps. I a VII)
Fichamento detalhado.
Nome: João Victor Magalhães de Almeida – n°usp: 11250070.
Parte 1. Dos tipos de edificação das cidades e da origem livre para a consolidação
da virtù romana (§ 1-6)
1. O autor apresenta, dentre duas formas de edificar uma cidade – por nativos ou por
estrangeiros –, a edificação por povos originários. Essa se origina da necessidade
de segurança dos habitantes dispersos em um determinado local. (§ 1)
2. O autor exemplifica esse tipo de edificação por meio da fundação de Atenas e
Veneza. Enquanto que a primeira foi fundada por membros dispersos, a segunda
foi sob as próprias leis, sem a ordem de uma autoridade. (§ 2)
3. O autor apresenta a segunda forma de fundar as cidades, isto é, a edificação por
forasteiros. Essa é realizada ou por homens livres, ou por dependentes de terceiros
– colônias a mando tanto de repúblicas quanto de principados. Segundo o autor,
por não serem feitas a partir da liberdade, é muito difícil que se obtenha sucesso,
salvo o caso de capitais reais, como Florença. (§ 3)
4. O autor desenvolve acerca da edificação por homens livres, ou seja, quando povos
refugiados rumam – sob um príncipe ou não – a um novo local. Entretanto, ou
esses habitam as cidades conquistadas – como Moisés – ou fundam novas – como
Enéias. Segundo o autor, aqui, a virtù se mostra de duas formas: na escolha do
local e na ordenação das leis. Embora, a lógica da virtù opere melhor quando há
menos escolhas, “só o poder dá segurança aos homens” (MAQUIAVEL, 2007, p.
10), e portanto, é prudente optar pela localidade fértil. Porém, esses locais facilitam
o ócio, sendo necessário o uso de boas leis, como no caso egípcio. (§ 4)
5. O autor exemplifica sua exposição a partir de dois casos históricos. Primeiro o caso
de Alexandre Magno, no qual optou-se pela construção de sua cidade em um local
fértil – às margens do Nilo. Em segundo, o caso de Roma e a importância de uma
origem livre e independente para conservação da virtù ao longo do tempo. (§ 5)
6. O autor delimita o objetivo da sua exposição, isto é, discorrer sobre as realizações
de Roma escritas por Tito Lívio e ocorridas dentro da cidade, por deliberação
pública. (§ 6)
Parte 2. O ciclo dos seis governos de uma república e o necessário equilíbrio entre
os estados favoráveis. (§ 7-12)
1. O autor delimita a sua exposição às cidades livres, isto é, cidades – seja república
ou principado – que nasceram libertas da subjugação externa, e que de certa
forma, mantiveram leis e ordenações vigorosas – como no caso de Licurgo em
Esparta. Embora uma cidade necessite de reordenações no caso de leis frágeis,
ela só conseguirá se possuir bons princípios ao longo dos acontecimentos, mas
ainda sim com muitos riscos. (§ 7)
2. O autor defende que para discorrer sobre as ordenações vitoriosas de Roma, deve-
se antes, por meio de seus comentadores, notar a presença de três estados de
governo e suas respectivas formas corrompidas (§ 8):
a) Principado, que pode se transformar em tirania;
b) Optimates, que pode se tornar governo dos poucos;
c) Governo popular, que pode se tornar licencioso.
3. O autor desenvolve o ciclo pelo qual as repúblicas governam ou se governam. Isto
é, em princípio, os homens dispersos passaram a se reunir em grupo, elegendo um
dirigente forte e corajoso. Entretanto, após a descoberta do conhecimento da
justiça, o novo critério para escolha do príncipe se tornou a prudência. Portanto, a
tirania nasceu de uma resposta do príncipe ao ódio da população, quando seu
poder passou a ser hereditário. É então que surgem os princípios das ruínas, no
qual o príncipe é deposto por seu povo e substituído pela autoridade dos
poderosos. No entanto, mantendo a antiga administração, os herdeiros dos
poderosos, por não saberem da fortuna de seus antepassados, transformam o
optimate em um governo de poucos. Por fim, a multidão se rebela, e aos poucos
vai se afrouxando rumo à licença, ou seja, aos interesses privados e à injúria
incontrolável, voltando para o início do ciclo. (§ 9)
4. O autor ressalva que, embora seja um ciclo, dificilmente ele se repete, pois quase
nenhuma república vive o suficiente para tal. (§ 10)
5. O autor argumenta que portanto, melhor do que escolher um dentre os três
estados, é mesclá-los, pois, quando há numa cidade o poder do príncipe, dos
grandes e do povo, ambos se equilibram. (§ 11)
6. O autor compara dois casos históricos para exemplificar seu argumento. O primeiro
é o de Licurgo, o qual conseguiu, por meio de um equilíbrio entre os três estados,
manter o governo espartano pulsante por oitocentos anos. Diferente de Sólon, que
em Antenas, apenas instaurou o governo popular, não demorando para se
converter em uma tirania. (§ 12)