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PROCESSO DO
TRABALHO
Professor Diego Oliveira
PROCESSO DO TRABALHO
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Diego Oliveira
APRESENTAÇÃO
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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2. PRINCÍPIO DA ORALIDADE
O princípio da oralidade consubstancia-se na predominância dos atos
processuais realizados em audiência, na forma oral. Como exemplo da
aplicação deste princípio, temos:
o A leitura da reclamação – art. 847, CLT
o A apresentação de defesa oral em 20 minutos – Art. 847, CLT
o Tentativas de conciliação – Art. 846 e 850, CLT
o Razões finais em 10 minutos – Art. 850, CLT
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PROCESSO DO TRABALHO
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5. PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
No processo do trabalho, segundo previsão do art. 764, § 1º, da CLT,
os juízes deverão usar dos seus bons ofícios e persuasão no sentido de
solucionar os conflitos de forma conciliatória.
Neste sentido, impende salientar que, obrigatoriamente, em dois
momentos processuais específicos, o juiz deverá propor a conciliação,
sob pena de nulidade.
O primeiro momento é logo após a abertura da audiência, (art. 846,
CLT) e o segundo momento é após as razões finais (art. 850, CLT).
Ademais, o juiz poderá propor ainda outras tentativas de conciliação
no curso do processo, até mesmo quando já tiver transitado em
julgado, na fase de execução. (art. 764, § 3º, CLT).
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PROCESSO DO TRABALHO
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8. PRINCÍPIO DA EXTRAPETIÇÃO
Pelo princípio em tela, permite-se que o magistrado possa, em casos
específicos, previstos em lei, condenar o réu em pedidos não contidos
na petição inicial, como nos casos da multa do art. 467, da CLT e da
Súmula 211, do TST.
o Súmula nº 211 do TST –
Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na
liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação.
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA
JUSTIÇA DO TRABALHO
Composição do TST:
• 1/5 de advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade
profissional e de membros do MPT com mais de 10 de efetivo
exercício
• 4/5 dentre juízes dos TRTs indicados pelo TST.
• Para a formação do quinto constitucional o órgão respectivo
forma a lista sêxtupla, com membros com notório saber
jurídico e reputação ilibada e o tribunal forma lista tríplice
para indicação do chefe do executivo. (Art. 94 CF/88)
Órgãos do TST:
• Órgão Especial
• Tribunal Pleno
• Seção Administrativa
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PROCESSO DO TRABALHO
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Composição do TRT:
• 1/5 de advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade
profissional e de membros do MPT com mais de 10 de efetivo
exercício.
• 4/5 dentre juízes promovidos, antiguidade ou merecimento,
alternadamente.
• A lista sêxtupla se forma da mesma maneira que o TST.
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PROCESSO DO TRABALHO
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JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA
Jurisdição Competência
– -
Dever do Estado de aplicar Determinação da esfera da
as normas jurídicas para jurisdição, das atribuições
prestar a tutela jurisdicional dos cargos investidos na
a quem tem uma pretensão função jurisdicional.
resistida.
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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CONFLITOS DE COMPETÊNCIA:
Os conflitos de competência podem ser:
I. Positivos: Quando dois ou mais juízes se julgam competentes para
julgar.
II. Negativos: Quando dois ou mais juízes se julgam incompetentes.
III. Controvérsia de dois ou mais juízes sobre a reunião de processos.
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PROCESSO DO TRABALHO
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Regra geral:
A competência para julgamento será definida pela localidade da prestação de
serviços.
Exceções:
I) Agente ou viajante comercial
Competência da localidade da filial da empresa que o empregado
esteja vinculado. Na falta, será onde o empregado tenha
domicílio ou localidade mais próxima.
II) Agência ou filial no estrangeiro
Competência será a do local da prestação de serviços, desde que
o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional
dispondo em contrário.
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PROCESSO DO TRABALHO
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FORO DE ELEIÇÃO
▪ Previsto no CPC, em casos de competência territorial e em razão do valor
da causa, a eleição de foro visa o direito das de partes de escolherem o
foro para dirimir eventuais conflitos.
▪ Em função de as normas de Direito do Trabalho serem de ordem pública,
a eleição de foro, embora não esteja prevista expressamente, é
incompatível com o processo do trabalho, tendo em vista, inclusive, que
o objetivo do art. 651 da CLT é facilitar o acesso e a produção de provas
pelo hipossuficiente.
MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA
▪ A competência absoluta, aquela definida em razão da matéria e da
hierarquia é imodificável. Já a competência relativa é aquela definida em
razão do valor da causa e do território poderá ser modificada.
PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA
▪ Sendo a competência territorial relativa, prorrogável, não sendo oposta
exceção no prazo legal, prorrogar-se-á a competência.
▪ Proposta a exceção, o juiz abrirá prazo de 24 horas para o exceto se
manifestar.
▪ Sentença prolatada por juízo ABSOLUTAMENTE incompetente é nula,
podendo ser objeto de ação rescisória.
CONEXÃO
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PROCESSO DO TRABALHO
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CONTINÊNCIA
▪ Haverá continência quando em duas ou mais ações houverem identidade
quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais
amplo, abrange o das outras.
▪ Neste caso, toda vez que há continência, há conexão.
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO E AÇÃO
AÇÃO
▪ A ação é o meio conferido ao indivíduo para obter a prestação jurisdicional,
diante de um direito violado ou ameaçado, em determinado conflito de
interesses. O direito de exigir do Estado que exerça sua função
jurisdicional.
▪ A função jurisdicional do Estado, em regra, deve ser provocada,
apresentando-se a jurisdição inerte, aguardando a provocação da parte
interessada.
▪ Para se obter uma sentença de mérito, o autor deve atender a alguns
requisitos, denominados de condições da ação, que são três:
CONDIÇÕES DA AÇÃO:
▪ Há doutrinadores que consideram que não existem mais as condições da
ação. Fato é que, apenas a possibilidade jurídica do pedido que
desapareceu com o advento do novo CPC.
▪ Independente da nomenclatura, temos ainda a legitimidade de parte e o
interesse de agir.
I) Legitimidade da Ação: Qualidade que a parte tem de ser o
titular, ativo ou passivo, do direito ou interesse que está sendo
discutido no processo, que originou o litígio.
o Legitimidade ordinária: a parte pleiteia direito próprio, na
qualidade de titular do direito.
o Legitimidade extraordinária: Via de regra, não se permite a
parte pleitear em nome próprio, direito alheio. (art. 18º,
CPC). Um exemplo: quando o sindicato atua na qualidade de
substituto processual dos associados.
II) Interesse Processual: Caracteriza-se pelo trinômio:
necessidade-utilidade-adequação. O processo deve ser
necessário para que o autor obtenha o bem da vida vindicado;
deve ser útil para que o reclamante alcance o bem pretendido,
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PROCESSO DO TRABALHO
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Observações:
➢ As condições da ação representam os requisitos
obrigatórios para o exercício desse direito.
➢ A ausência das condições da ação ou dos pressupostos
processuais pode ser declarada de ofício pelo juiz e enseja
a prolação de sentença sem julgamento do mérito.
➢ Cumpre, ainda, registrar que uma ação é considerada
idêntica a outra quando coincidem os seus elementos,
havendo a tríplice identidade, quais sejam:
ELEMENTOS DA AÇÃO:
• Partes: As partes são os elementos subjetivos da ação. Dizem
respeito aos sujeitos que irão figurar na lide. Por isso, alguns
doutrinadores chamam de sujeitos da ação. No processo do trabalho,
historicamente conhecidos como reclamante e reclamado.
• Pedido: É o elemento objetivo da ação. Através do pedido, o
autor delimita o objeto da ação, sendo defeso ao juiz deferir em favor
do autor pedido diverso do pleiteado, bem como condenar ao réu em
quantidade superior ou objeto diverso do que lhe foi demandado.
• Causa de pedir: São os fundamentos fáticos e jurídicos que
justificam o pedido. O CPC determina, em seu art. 319, III, que ao
elaborar a petição inicial, o autor deve aduzir os fatos e fundamentos
jurídicos do pedido.
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO E PROCEDIMENTO
▪ Procedimento é o modo e a forma como os atos processuais se
movimentam, ou seja, caminham no tempo, de acordo com a natureza do
processo, podendo ser mais complexa ou mais singela.
Tipos de Procedimento –
Os procedimentos trabalhistas se dividem em:
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PROCESSO DO TRABALHO
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• PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
O procedimento sumaríssimo tem previsão legal nos arts. 852-
A a 852-I, da CLT.
Peculiaridades:
• Causas com valor até 40 salários mínimos;
• Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as
demandas em que é parte a Administração Pública
direta, autárquica e fundacional.
• O pedido da petição e inicial deverá ser líquido
certo, ou seja, indicando o valor correspondente;
• Não se fará citação por edital, devendo o
reclamante indicar corretamente o nome e o
endereço da reclamada.
• Caso não liquide os pedidos e/ou não indique
corretamente o nome e o endereço da reclamada,
o processo deverá ser extinto sem resolução do
mérito e o reclamante condenado ao pagamento
das custas processuais.
• A apreciação deverá ocorrer em no máximo 15 dias,
podendo constar de pauta especial, se necessário.
• O processo deverá ser instruído e julgado em
audiência única (em regra).
• Não haverá juízo de conciliação obrigatório. O juiz
deverá apenas esclarecer sobre as vantagens da
conciliação;
• Serão decididos, de plano, todos os incidentes e
exceções que possam interferir no prosseguimento
da audiência e do processo. As demais questões
serão decididas na sentença.
• Sobre os documentos apresentados por uma das
partes manifestar-se-á imediatamente a parte
contrária, sem interrupção da audiência, salvo
absoluta impossibilidade, a critério do juiz.
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PROCESSO DO TRABALHO
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• PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
É o procedimento mais utilizado na Justiça do Trabalho.
Deve ser adotado para as causas com valor acima de 40
salários mínimos.
Previsão legal: art. 837 a 852 da CLT.
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PROCESSO DO TRABALHO
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PETIÇÃO INICIAL
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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RESPOSTA DO RÉU
CARACTERÍSTICAS:
• A apresentação de defesa é uma faculdade do réu que, não
sendo exercida, importará em revelia e confissão quanto à matéria
fática.
• O reclamado pode, concomitantemente, apresentar uma, duas
ou nenhuma forma de defesa, vez que não é obrigado a se
defender.
• A defesa poderá ser escrita, e deverá ser apresentada após o
juízo de conciliação.
• Poderá ser verbal, devendo ser apresentada no prazo de 20
minutos, após a leitura da petição inicial, podendo esta ser
dispensada pelas partes.
• Caso haja mais de um reclamado, o prazo será de 20 minutos
para cada um.
• O prazo do interstício legal mínimo para realização da audiência
deve ser observado sob pena de nulidade absoluta, 05 dias.
• Sendo parte no processo pessoa jurídica de Direito Público, da
União, Estados, Distrito Federal, Municípios, suas autarquias e
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PROCESSO DO TRABALHO
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Características:
• Na revelia reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados na
exordial, uma vez que o reclamado não os contestou,
aplicando-se a confissão quanto a matéria fática, gerando
uma presunção relativa da matéria alegada na inicial.
• Haverá o julgamento antecipado da lide, salvo se exista
alguma prova que a lei repute indispensável, como nos casos
dos pedidos de pagamento dos adicionais de insalubridade e
periculosidade, em que é necessária a produção da prova
técnica pericial, mesmo na hipótese de revelia.
• Haverá a fluência dos prazos processuais independente de
notificação, para o réu revel.
• Nos casos de responsabilidade subsidiária, caso a primeira
reclamada seja revel, a revelia afetar também a segunda
reclamada, ainda que esta tenha oferecido contestação
específica.
• O réu revel pode intervir no processo em qualquer fase,
recebendo-o no estado em que se encontrar. Com a
intervenção, o réu passará, necessariamente, a ser intimado
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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Espécies de suspeição:
a) Suspeição
b) Impedimento
c) Incompetência relativa
▪ Nada impede que seja oposta mais uma exceção, sendo que as exceções
de impedimento e suspeição deverão ser apreciadas antes da exceção de
incompetência, julgando-se primeiro, a exceção de impedimento, depois
a suspeição e, por último, julga-se a incompetência do juízo, uma vez que
um juiz impedido ou suspeito sequer pode se pronunciar acerca da
competência do juízo.
▪ A oposição de exceção gera a suspensão do processo até que a questão
seja decidida, não levando à extinção do processo.
▪ No processo do trabalho, dado o jus postulandi e a simplicidade que
impera, as exceções são processadas nos próprios autos da reclamação
trabalhista.
▪ A decisão que julga a exceção é considerada interlocutória, não admitindo
recurso de imediato, salvo quando terminativa do feito (§2º do art. 799
da CLT e Súmula 214, do TST).
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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CONTESTAÇÃO
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PROCESSO DO TRABALHO
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IMPORTANTE!
• A compensação está restrita a dívidas de natureza
trabalhista. Vide Súmula n º 18 do TST.
• Súmula nº 18 do TST
• A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a
dívidas de natureza trabalhista.
• A compensação distingue-se da retenção. Na
compensação existem créditos contrapostos, sendo que
um deles será então extinto e o outro reduzido, ou se
forem iguais, extinguem-se mutuamente. A compensação
é matéria prevista no Código Civil, que em seu art. 368,
apregoa: "Se duas pessoas forem ao mesmo tempo
credor e devedor uma da outra, as duas obrigações
extinguem-se, até onde se compensarem.".
• Já na retenção, que é uma situação mais rara, não há dois
créditos para serem compensados. Na contestação, o
reclamado demonstra que, ao contrário do pleiteado,
quem é credor é ele, reclamado. Então, para assegurar-
se do recebimento a que faz jus, requer ao juiz
autorização para reter consigo o bem de propriedade do
reclamante (p.ex.: ferramentas, equipamentos
eletrônicos, cadastros). A Justiça do Trabalho só tem
competência para decidir sobre a legitimidade da retenção
de coisa do devedor entregue ao credor, se tal entrega
tiver relação com o contrato de trabalho.
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PROCESSO DO TRABALHO
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DA FASE INSTRUTÓRIA
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PROCESSO DO TRABALHO
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IMPORTANTE!
• Vale frisar que apenas o juiz tem esse limite de tolerância.
As partes e seus representantes, não tem qualquer tolerância
para o atraso. Vide OJ nº 245 da SDI –I do TST:
• OJ Nº 245 REVELIA. ATRASO. AUDIÊNCIA. Inserida em
20.06.01. Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário
de comparecimento da parte na audiência.
IMPORTANTE!
• O sindicato pode substituir o empregado em caso de ações plúrimas
ou ações de cumprimento, ou por motivo de doença ou outro motivo
poderoso, devidamente comprovado.
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PROCESSO DO TRABALHO
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Da ausência do reclamante:
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PROCESSO DO TRABALHO
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Da ausência do reclamado:
• A ausência em audiência una ou inaugural do reclamado
importará, nos termos do art. 844, da CLT, em revelia e
confissão quanto à matéria fática.
• Vale frisar que ainda que ausente o reclamado, presente
o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e
os documentos eventualmente apresentados.
• A revelia não produz o efeito mencionado se:
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles
contestar a ação;
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de
instrumento que a lei considere indispensável à
prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo
reclamante forem inverossímeis ou estiverem em
contradição com prova constante dos autos.
• Alguns julgados entendem que o advogado, desde que
empregado, possa atuar como causídico e como preposto do
reclamado. Isso não parece ser válido, tendo em vista que o
advogado está obrigado manter sigilo profissional com o seu
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PROCESSO DO TRABALHO
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IMPORTANTE!
Também importante ressaltar mais uma vez que se o reclamado
não comparecer, mesmo estando presente o seu advogado
munido de procuração, o juiz não receberá a defesa e haverá a
revelia, salvo se apresentar atestado médico comprovando a
impossibilidade de locomoção.
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PROCESSO DO TRABALHO
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DAS PROVAS
1) OBJETO DE PROVA:
▪ Em suma, apenas os fatos dependem de prova, havendo uma
presunção legal e absoluta de que o juiz conhece o direito.
▪ Os fatos que não dependem de prova estão elencados no art. 334, do
CPC.
2) ÔNUS DA PROVA
▪ O ônus da prova é a incumbência que a parte tem de provar os fatos
alegados em juízo. No processo do trabalho, a distribuição do ônus da
prova é feita com base nos artigos 818 da CLT e 333 do CPC, cabendo:
o Ao autor, o ônus da prova do fato constitutivo do seu direito;
o Ao réu, o ônus da prova do extintivo, modificativo e extintivo do
direito do autor;
▪ Em face do princípio da proteção ao trabalhador, a parte
hipossuficiente na relação de emprego, em alguns casos, o
ordenamento jurídico, admite a inversão do ônus da prova, como
exemplo:
a) os cartões de ponto que demonstram horário de entrada e de
saída uniformes (cartões de ponto britânicos) são inválidos
como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às
horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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3) MEIOS DE PROVA
Os meios de prova dividem-se em:
• Depoimento pessoal e interrogatório das partes
• Prova documental
• Prova pericial
• Inspeção judicial
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PROCESSO DO TRABALHO
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Prova testemunhal
• Consiste no meio de prova pelo qual busca-se a elucidação dos fatos
através do depoimento de pessoa física a chamada a depor em juízo
sobre um fato relevante para o processo do qual tenha
conhecimento.
• Em face do princípio da primazia da realidade sobre a forma, que
rege o processo do trabalho, a testemunha assume elevada
importância na busca da verdade real, constituindo, muitas vezes,
o único meio de prova da parte.
• Todavia, a testemunha somente não é obrigada a depor sobre os
fatos que lhe acarretem danos graves ou a seus parentes até
terceiro grau, ou sobre fatos que deva legalmente guardar segredo.
• Não podem depor como testemunhas as pessoas elencadas nos
artigos 829, da CLT e 447, §§§1º, 2º e 3º do CPC.
IMPORTANTE!
O TST firmou entendimento, através da Súmula 357, no
sentido de que não torna suspeita a testemunha, o
simples fato de litigar ou ter litigado contra o mesmo
empregador.
Súmula nº 357 do TST – Não torna suspeita a testemunha
o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra
o mesmo empregador.
Limite de testemunhas:
• No procedimento ordinário: 3
• No procedimento sumaríssimo: 2
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PROCESSO DO TRABALHO
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Da contradita:
• É facultado à parte contraditar a testemunha, alegando
incapacidade, suspeição ou impedimento.
• O momento processual oportuno para apresentar a contradita é
após a qualificação da testemunha, antes de prestar o compromisso
de dizer a verdade do que souber acerca do que lhe for perguntado.
• A qualificação da testemunha pode ser conceituada como o ato
formal em que ela informa os dados concernentes à sua
identificação: nome, nacionalidade, profissão, idade, residência,
estado civil, se trabalhou ou trabalha para o empregador e há
quanto tempo.
• Caso a testemunha negue os fatos que lhes são imputados, a parte
poderá provar a contradita com documentos ou testemunhas, até o
número de três, apresentadas no ato e inquiridas em separado.
• Sendo provados ou confessados os fatos, o juiz dispensará a
testemunha, ou lhe tomará o depoimento sem o compromisso, na
qualidade de informante, atribuindo o valor que possa merecer.
Da prova documental
• Documento é o meio probatório utilizado no processo para a prova
material da existência de um fato. Exemplos: escritos, fotografias,
vídeos, desenhos, gráficos, gravações etc.
• A CLT tem uma previsão minguada acerca da prova documental,
devendo aplicar-se o CPC subsidiariamente, observados os princípios e
peculiaridades do processo do trabalho.
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PROCESSO DO TRABALHO
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IMPORTANTE!
Em relação à juntada de documentos na fase recursal,
deve ser aplicado o entendimento consubstanciado na
Súmula nº 8 do TST, in verbis:
SUM-8 JUNTADA DE DOCUMENTO (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A juntada de
documentos na fase recursal só se justifica quando
provado o justo impedimento para sua oportuna
apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.
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PROCESSO DO TRABALHO
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Da prova pericial
• Quando a prova de determinados fatos depender de conhecimento
técnico ou científico, o juiz poderá designar um perito, que é
considerado auxiliar da justiça.
• O perito deverá fazer exame, vistoria ou avaliação e elaborar um laudo
elucidando os fatos para o favorecimento da formação da convicção do
juiz. Todavia o juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar
o seu convencimento com base em outros meios de prova (art. 464,
CPC).
• Não há mais a necessidade dos peritos prestarem o compromisso, uma
vez que podem ser substituídos nas hipóteses previstas em lei.
• Os peritos estão sujeitos às causas de impedimento e suspeição
aplicadas aos juízes. Contudo, não há que se falar em impedimento ou
suspeição dos assistentes técnicos, porquanto a sua indicação é
faculdade das partes.
• Quanto ao indeferimento da prova pericial: conforme prevê o art. 464,
§1º da CLT, o juiz indeferirá a perícia quando:
i. Quando a prova do fato não depender do conhecimento
especial de técnico;
ii. Quando for desnecessária em vista de outras provas
produzidas;
iii. Quando a verificação for impraticável.
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PROCESSO DO TRABALHO
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Inspeção Judicial
• A inspeção judicial consiste na investigação feita pelo magistrado em
pessoas, coisas, lugares, etc., a fim de elucidar fato relevante a decisão
da lide (art. 481 do CPC).
• O juiz lavrará o auto de inspeção com as suas observações sobre a
inspeção, podendo mencionar e anexar fotos, desenhos, gráficos, etc.
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PROCESSO DO TRABALHO
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Art. 772 - Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas
partes interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-
lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre que
não houver procurador legalmente constituído.
PRAZOS PROCESSUAIS:
• Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
• Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário,
nas seguintes hipóteses:
I - quando o juízo entender necessário;
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada.
• Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de
produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito
de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito.
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PROCESSO DO TRABALHO
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Art. 778 - Os autos dos processos da Justiça do Trabalho, não poderão sair
dos cartórios ou secretarias, salvo se solicitados por advogados regularmente
constituído por qualquer das partes, ou quando tiverem de ser remetidos aos
órgãos competentes, em caso de recurso ou requisição.
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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Da fase decisória
• Os juízes podem, no exercício da atividade jurisdicional, praticar os
seguintes atos decisórios (despachos, decisões interlocutórias,
sentenças e acórdãos).
• Despacho: aqueles que apenas impulsionam o processo sem cunho
decisório, como determinação de remessa dos autos ao calculista da
vara.
• Decisões interlocutórias: São as que no curso do processo, resolvem
questão incidente, por exemplo, concessão de liminares.
• Sentença: é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas
nos arts. 485 e 487, do CPC.
Classificação da Sentença:
Quanto ao seu conteúdo, as sentenças se classificam em:
• Sentenças Declaratórias - o juiz se limita à declaração da existência ou
inexistência da relação jurídica, vínculo empregatício, ou da
autenticidade ou falsidade do documento;
• Sentenças Constitutivas - o juiz cria, modifica ou extingue uma relação
jurídica, com eficácia ex nunc, ou seja, desde então;
• Sentenças Condenatórias - o juiz profere um comando condenatório ao
réu, traduzindo uma obrigação de fazer, de não fazer, de entregar a
coisa ou de pagar quantia (mais comuns na Justiça do Trabalho);
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PROCESSO DO TRABALHO
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O art. 832 da CLT, por sua vez, também traz os requisitos essenciais da
sentença, ao dispor que da decisão deverão constar:
• o nome das partes e o resumo do pedido e da defesa –
equivalendo ao relatório;
• a apreciação das provas e os fundamentos da decisão –
equivalendo à fundamentação;
• a respectiva conclusão – equivalendo à parte dispositiva.
I. Relatório:
• No relatório, será realizada pelo julgador a descrição resumida das
principais ocorrências do processo, com indicação do pedido formulado
pelo demandante, bem como as defesas opostas pelo demandado.
II. Fundamentos:
• Na motivação o magistrado deverá expor os fundamentos fáticos e
jurídicos que motivaram a sua convicção na prolação da decisão,
mediante análise circunstanciada dos argumentos dos litigantes. Em
outras palavras, deverá o juiz indicar suas razões de decidir, ou seja,
apresentando os fatores que contribuíram para a formação do seu
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PROCESSO DO TRABALHO
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III. Dispositivo:
• O terceiro elemento essencial da sentença é o dispositivo, que se
constitui na parte da sentença que tem conteúdo decisório. É na parte
dispositiva que o magistrado apresentará sua conclusão, extinguindo
o processo com ou sem julgamento do mérito.
• O dispositivo é o elemento mais importante do decisum, pois é nele
que encontraremos o “comando” contido na sentença, o qual será,
posteriormente, coberto pelo manto da coisa julgada.
• A ausência da parte dispositiva importa na inexistência da sentença.
• Os §§ 1º, 2º e 3º do art. 832 consolidado estabelecem alguns
requisitos complementares da sentença, os quais serão inseridos na
parte dispositiva da sentença.
• Também importante ressaltar que a sentença judicial se encontra
subordinada ao princípio da congruência, que significa que a decisão é
uma resposta ao pedido, devendo haver correlação, correspondência
ou simetria entre um e outro ato processual.
• Nesses termos, como é uma resposta aos pedidos formulados, a
sentença decidirá a lide nos limites em que foi proposta (art. 128 do
CPC), não podendo o juiz proferir sentença de natureza diversa da que
foi pedida ou condenar o réu em quantidade superior ou em objeto
diverso do que lhe foi demandado (art. 460 do CPC).
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PROCESSO DO TRABALHO
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➢ Podemos concluir que a citra petita pode ter seu vício corrigido pela
interposição de embargos declaratórios para suprir omissão. Os
embargos, nessa situação, terão efeito modificativo ou infringente.
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PROCESSO DO TRABALHO
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A palavra recurso pode ser entendida com dois sentidos: amplo e restrito.
Em sentido amplo, significa um meio de proteger um direito, uma forma
de agir. Em sentido restrito, significa a provocação de um novo
julgamento, em uma mesma relação processual, da decisão pela mesma
instância ou instâncias superiores. Assim, a parte que estiver
inconformada com uma decisão poderá via recurso reexaminar a
decisão prolatada pelo mesmo juízo prolator ou pelo juízo
imediatamente superior, havendo um prolongamento do exercício do
direito de ação.
Nesses termos, podemos afirmar que o recurso não é uma ação impugnativa
autônoma, pois não cria nova relação jurídica processual (ex.: ação
rescisória).
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS:
1. Duplo Grau de Jurisdição –
• A despeito de a CF não prevê expressamente o princípio do duplo grau
de jurisdição, garante aos litigantes, no seu art. 5º, os princípios da
inafastabilidade da jurisdição, do devido processo legal, do
contraditório, da ampla defesa.
• Assim, sempre que houver previsão de recurso cabível contra o ato
atacado, este deve ser assegurado à parte, sob pena de violação ao
princípio da ampla defesa.
• Frise-se, por fim, que das decisões oriundas de processos que
tramitam sobre o rito sumário, dissídio de alçada, não caberá recurso,
salvo sobre matéria constitucional.
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PROCESSO DO TRABALHO
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2. Princípio da Unirrecorribilidade –
• Também conhecido como princípio da singularidade ou da unicidade
recursal, referido princípio veda a interposição de mais um recurso,
simultaneamente, contra a mesma decisão, apenas permitindo,
sucessivamente.
• A doutrina prevê apenas duas exceções:
A interposição de RO e antes do 5º dia, de um ED com efeito
modificativo. Assim, caso a decisão que julgar o ED modifique o
julgado, a parte terá novo prazo para interposição de RO, ou mesmo
para aditar o RO já interposto.
A segunda exceção está no art. 7º, §2º, da Lei 7.701/88, dispõe que
nos dissídios coletivos, caso não haja a publicação do acórdão em até
20 dias após o julgamento da lide, poderão as partes e o MPT interpor
recurso ordinário, reabrindo o prazo para aditamento do recurso tão
logo seja publicado o acórdão.
• Nesse sentido, um recurso somente pode ser interposto uma vez
contra a mesma decisão. Exemplo: cabe embargos declaratórios da
decisão de embargos declaratórios, e o segundo embargos são
somente contra a decisão do primeiro, e não contra a decisão principal
(prestem atenção).
• Também cabe ressaltar que se um recurso é interposto antes do prazo,
ou seja, antes da publicação da decisão recorrida, e o outro após a
publicação da decisão, o primeiro é considerado inexistente,
apreciando-se apenas o segundo, se interposto dentro do prazo legal.
3. Princípio da Taxatividade –
• Esse princípio diz que somente podem ser interpostos os recursos
previstos em lei, não podendo a parte inovar, já que são taxativos, ou
seja, numerus clausus, não comportam ampliação.
• Cabe salientar que compete privativamente à União legislar sobre
direito processual, conforme estabelece o inciso I do art. 22 da CF.
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PROCESSO DO TRABALHO
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4. Princípio da Fungibilidade –
• Também conhecido como princípio da conversibilidade, permite que o
juiz conheça de um recurso que foi erroneamente interposto como se
fosse o recurso cabível, aproveitando-se, desde que existam 03
requisitos:
1) inexistência de erro grosseiro ou de má-fé;
2) existência de dúvida objetiva quanto ao recurso cabível no
caso concreto;
3) o recurso interposto de forma errada deve estar dentro do
prazo do recurso cabível.
• Assim, permite-se o aproveitamento do recurso interposto com o nome
equivocado, com base nos princípios da simplicidade e da finalidade,
além de prestigiar o princípio do jus postulandi.
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Inexigibilidade de fundamentação:
➢ O art. 899 da CLT já lido acima estabelece que os recursos serão
interpostos por simples petição, ou seja, permite-se que sejam
apresentados sem qualquer fundamentação ou razão do apelo,
bastando a simples petição de interposição.
➢ No entanto, com o advento da CF/88, que traz os princípios do
contraditório e da ampla defesa, a doutrina trabalhista vem
entendendo pela necessidade de fundamentação nos recursos
trabalhistas, de modo que o recorrido possa contra-arrazoar, e o
tribunal analisar as razoes do inconformismo.
➢ A necessidade de fundamentação nos recursos trabalhistas
consubstancia o princípio da dialeticidade ou discursividade.
➢ Nesse contexto, pode-se concluir que: a CLT não prevê a necessidade
de fundamentação para interpor recursos trabalhistas, mas o TST sim,
ou seja, a jurisprudência sim. (cuidado com as questões de concurso).
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Via de regra, o recurso interposto é submetido à análise de dois juízos de
admissibilidade, quais sejam:
• Juízo a quo – juízo prolator da decisão impugnada
• Juízo ad quem – juízo competente para julgar o recurso
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PROCESSO DO TRABALHO
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Pressupostos Recursais:
Os pressupostos recursais trabalhistas são classificados em objetivos ou
extrínsecos e subjetivos ou intrínsecos.
a) objetivos ou extrínsecos: como preleciona Leone Pereira, dizem
respeito a fatores externos à decisão judicial que se pretende
impugnar, sendo normalmente posteriores a ela. São eles:
• Cabimento ou recorribilidade do ato;
• Adequação;
• Tempestividade;
• Preparo;
• Regularidade formal
b) subjetivos ou intrínsecos:
• Legitimidade;
• Capacidade;
• Interesse.
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PROCESSO DO TRABALHO
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JUSTIÇA GRATUITA
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HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
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PROCESSO DO TRABALHO
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RECURSOS EM ESPÉCIE
1. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Os embargos de declaração possuem previsão no artigo 897-A da CLT,
aplicando-se subsidiariamente os artigos 1022 a 1026 do CPC.
1.1. Cabimento – Cabem embargos de declaração em face de
sentença ou acórdão que apresentem omissão, obscuridade,
contradição ou manifesto equívoco na análise dos pressupostos
extrínsecos do recurso.
1.2. Prazo – Os embargos de declaração devem ser opostos no
prazo de 5 dias a contar da ciência ou publicação da decisão. As
pessoas jurídicas de Direito Público gozam de prazo em dobro para
oposição de ED, conforme prevê a OJ 192 da SDI-I do TST.
o A oposição de embargos de declaração interrompe o prazo
recursal. Ou seja, após o seu julgamento, zera o prazo para
a interposição de um novo recurso, salvo quando
intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente
a sua assinatura, conforme prevê o §3º do art. 897-A, da
CLT.
1.3. Efeito Modificativo – Nas hipóteses de omissão, contradição
e manifesto equívoco na análise dos pressupostos extrínsecos do
recurso, os embargos de declaração podem modificar a decisão
embargada.
o A súmula 278 do TST prevê, expressamente, o efeito
modificativo dos embargos de declaração apenas na hipótese
de omissão.
1.4. Contraditório – Em tese, não há manifestação da outra parte
nos embargos de declaração. Contudo, caso haja requerimento da
parte embargante e/ou se o juiz vislumbrar efeito modificativo no
julgado, deverá permitir a manifestação da outra parte em 5 dias,
sob pena de nulidade da decisão, nos termos do art. 897-A, § 2º,
da CLT.
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PROCESSO DO TRABALHO
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2. RECURSO ORDINÁRIO
O recurso ordinário o recurso próprio para atacar a sentença no processo do
trabalho, sendo cabível também, contra acórdãos do TRT e TST, bem como
contra decisões terminativas ou definitivas em ações especiais, como dissídio
coletivo, inquérito para apuração de falta grave, ação rescisória e mandando
de segurança, como veremos no nosso estudo.
2.1. Juízo de Admissibilidade – O juízo de admissibilidade é a
verificação requisitos do recurso, para saber se ele será ou não analisado
(conhecido) e julgado (dado ou não provimento). O primeiro juízo de
admissibilidade é feito sempre pelo órgão que proferiu a decisão (juízo o quo)
para RECEBER o recurso, O segundo juízo de admissibilidade será feito pelo
órgão que irá julgar o recurso (juízo ad quem) para CONHECER o recurso.
Para tanto, ao interpor o recurso, precisamos dirigi-lo para o juízo que
proferiu a decisão (juízo a quo), com uma folha de rosto (ou peça de
interposição), para que o juízo a quo faça a verificação dos seus pressupostos
de admissibilidade (requisitos).
Junto a folha de rosto, iremos juntar as nossas razões recursais (preliminares,
prejudiciais de mérito e mérito) do nosso recurso, dirigindo-as para o órgão
que irá julgar o recurso.
Em síntese, o recurso será sempre interposto com:
• Folha de rosto (ou de interposição)
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PROCESSO DO TRABALHO
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• Razões recursais
3. RECURSO DE REVISTA
O recurso de revista é um recurso de natureza extraordinária. Isso significa
que somente pode ser objeto de recurso de revista matéria de direito, não
podendo ser objeto de recurso de revista matérias relacionadas a fatos e
provas, conforme súmula 126 do TST, pois visam a uniformização da
jurisprudência.
O recurso de revista está previsto no art. 896 da CLT e é cabível nas
seguintes hipóteses:
3.1. Recurso de revistas e suas hipóteses específicas – O
procedimento sumário é de única instância. Assim, de uma sentença neste
procedimento não cabe recurso ordinário, recurso de revista ou embargos ao
TST. Da sentença proferida neste procedimento é cabível recurso apenas se
houver violação à Constituição Federal
o No procedimento sumaríssimo, o recurso de revista é
oportuno quando o acórdão do TRT contrariar a Constituição
Federal, súmula do TST, ou súmula vinculante do STF (art.
896, § 9º, CLT). Não é hipótese de cabimento de recurso de
revista neste procedimento a contrariedade à orientação
jurisprudencial (Súmula nº 442, TST).
o Recurso de revista na execução é cabível apenas quando
houver ofensa literal e direta à Constituição da República
(art. 896, § 2°, CLT e Súmula nº 266, TST). Entretanto, nas
execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução
que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas
(CNDT) cabe recurso de revista por violação à lei federal,
divergência jurisprudencial e ofensa à Constituição Federal
(art. 896, § 10º, CLT).
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PROCESSO DO TRABALHO
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4. AGRAVO DE INSTRUMENTO
• No processo civil, o agravo de instrumento serve para atacar as
decisões interlocutórias.
• Sabemos que no processo do trabalho as decisões interlocutórias, em
regra, não podem ser alvo imediato de recurso (Exceções no art. 799,
§2º da CLT e Súmula 214 do TST).
• Sendo assim, na seara trabalhista, o agravo de instrumento possui
outra finalidade: destrancar um recurso que teve denegado o seu
seguimento pelo juízo a quo.
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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FASE EXECUTÓRIA
Legitimidade Ativa –
• Com a reforma trabalhista, a execução será promovida pelas partes,
permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal
apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por
advogado.
• O art. 877 dispõe que é competente para a execução das decisões o
Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado
originariamente o dissídio.
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PROCESSO DO TRABALHO
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Legitimidade Passiva –
• Normalmente, é o empregador (pessoa física ou jurídica), que figura
no polo passivo da execução trabalhista.
• Todavia, em alguns casos, pode o empregado ser o sujeito passivo da
execução trabalhista, quando for devedor de custas, honorários
periciais, indenização ao empregador, devolução de materiais e
instrumentos, etc.
• A Lei 6830/80, subsidiária ao processo trabalhista, legitima também
como sujeitos passivos no art. 4:
Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra:
I - o devedor;
II - o fiador;
III - o espólio;
IV - a massa;
V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou
não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado;
e
VI - os sucessores a qualquer título.
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PROCESSO DO TRABALHO
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• O CPC, por sua vez, estabelece no art. 779 que a execução também
poderá ser promovida contra:
Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do
credor, a obrigação resultante do título executivo;
IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao
pagamento do débito;
VI - o responsável tributário, assim definido em lei.
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PROCESSO DO TRABALHO
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TÍTULOS EXECUTIVOS
JUDICIAIS
a) Sentenças transitadas em julgado
b) Sentenças sujeitas a recurso desprovido de efeito suspensivo
c) Acordos judiciais não cumpridos
EXTRAJUDICIAIS
a) Termos de compromisso de ajustamento de conduta firmados
perante o Ministério Público do Trabalho.
b) Termos de conciliação firmados perante a CCP
ESPÉCIES DE EXECUÇÃO
1. EXECUÇÃO PROVISÓRIA
• A execução provisória é cabível toda vez que a decisão exarada ainda
pender de recurso desprovido de efeito suspensivo (art. 876, CLT).
• Ou seja, a execução provisória será possível quando a decisão não tiver
transitado em julgado, sendo restrita, por isso, até a penhora, não
transferindo o patrimônio do devedor para o credor de forma definitiva,
apenas impedindo que o credor se desfaça do patrimônio, fraudando a
execução. (art. 899, CLT).
• Os títulos executivos extrajudiciais jamais darão ensejo à execução
provisória, mas tão somente execução definitiva.
• Vale ressaltar que a execução provisória não pode ser requerido de
ofício pelo magistrado, mas sempre a requerimento do interessado.
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PROCESSO DO TRABALHO
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2. EXECUÇÃO DEFINITIVA
O art. 876 da CLT prevê que a execução definitiva poderá ser feita nos
seguintes casos:
• Trânsito em julgado de sentença condenatória
• Inadimplemento de acordo realizado em juízo
• Inadimplemento da conciliação firmada perante a Comissão de
Conciliação Prévia
• Inadimplemento dos Termos de Compromisso de Ajustamento
de Conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho.
Da Liquidação da Sentença –
• Todavia, no processo do trabalho, a CLT trata a liquidação da
sentença ainda na fase de execução, restando saber apenas se
as alterações do CPC repercutem no processo do trabalho.
• A rigor, não é a sentença que é liquidada, e sim o comando
obrigacional nela contido. As sentenças tornam certo apenas o
débito, cabendo à liquidação a fixação do quando devido.
• A execução para cobrança de crédito se fundará sempre em
título líquido, certo e exigível, devendo a liquidação sempre ser
realizada quando a sentença não determinar o valor ou não
individualizar o objeto da condenação.
• As sentenças prolatadas no procedimento sumaríssimo, (abaixo
de 40 salários mínimos), deverão sempre ser líquidas,
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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PENHORA –
• Se o executado não pagar a dívida, não efetuar o depósito judicial para
apresentação de embargos à execução ou não nomear bens à penhora,
no prazo de 48 horas contados da citação, o oficial de justiça retornará
ao local de execução e penhorará tanto bens quantos bastem para a
satisfação do julgado, inclusive custas, juros de mora, correção
monetária e contribuição previdenciária, na forma do art. 883, da CLT.
• Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á
penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da
importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora,
sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for
ajuizada a reclamação inicial.
• Art. 883-A. A decisão judicial transitada em julgado somente poderá
ser levada a protesto, gerar inscrição do nome do executado em órgãos
de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas
(BNDT), nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo de quarenta
e cinco dias a contar da citação do executado, se não houver garantia
do juízo.
• A penhora será realizada onde quer que se encontrem os bens, ainda
que na posse de terceiros.
• O TST entende que o cargo de depositário depende de aceitação do
nomeado, conforme OJ 89, da SDI – II.
• No ato da penhora, o oficial já irá avaliar os bens, não se aplicando
mais o art. 888, da CLT.
• O art. 847, do CPC dispõe que o executado pode, no prazo de 10 (dez)
dias após intimado da penhora, requerer a substituição do bem
penhorado, desde que comprove cabalmente que a substituição não
trará prejuízo algum ao exequente e será menos onerosa para ele
devedor.
• Por fim, destaque-se que o art. 874, do CPC prevê que o juiz, após a
avaliação dos bens pode ampliar ou reduzir a penhora, quando a
requerimento da parte e, ouvida a parte contrária.
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PROCESSO DO TRABALHO
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EMBARGOS À EXECUÇÃO
• A doutrina diverge quanto à natureza jurídica deste instituto. A
corrente minoritária entende que seria defesa do devedor, mas
prevalece a corrente que este tem natureza de ação incidental no
processo de execução, já que a execução não é formada pelo
contraditório, não havendo que se falar em defesa.
• Os embargos à execução, no processo do trabalho encontram previsão
no art. 884, da CLT.
• Percebe-se que a CLT não previu de forma esgotada as possíveis
matérias arguíveis em sede de embargos à execução, aplicando-se
subsidiariamente o art. 910, do CPC.
• A compensação e a retenção somente podem ser matéria de
contestação, não podendo ser arguidas na execução.
Prazo e procedimento:
• A apresentação de embargos à execução está condicionada à
garantia do juízo, seja por meio de pagamento, nomeação de bens
à penhora ou mesmo penhora coercitiva.
• Ou seja, os embargos somente serão conhecidos se o juízo estiver
totalmente garantido.
• O prazo para apresentação dos embargos à execução será de 5 dias
a contar da garantia do juízo ou da penhora dos bens. A fazenda
pública tem prazo de 30 dias.
• Os embargos à execução no processo do trabalho são processados
nos mesmos autos da execução, sendo sempre recebidos no efeito
suspensivo, ficando suspensa a execução até o julgamento dos
embargos.
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PROCESSO DO TRABALHO
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EMBARGOS À PENHORA
• Alguns doutrinadores defendem a não existência deste instituto, mas
a doutrina majoritária entende que os embargos à execução objetivam
impugnar o próprio título executivo, enquanto que os embargos à
penhora impugnam atos de constrição judicial.
Praça e leilão –
➢ A efetivação do processo de execução depende da expropriação dos
bens do devedor de modo a satisfazer o direito do credor. Com efeito,
os bens do executado serão alienados em hasta pública.
➢ O CPC passou a denominar como “praça” a hasta pública de bem
imóvel e “leilão”, a hasta pública de bem móvel.
➢ O art. 888 da CLT dispõe que, concluída a avaliação, dentro de dez
dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a
arrematação, que será anunciada por edital afixado na sede do juízo
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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AÇÃO RESCISÓRIA
Requisitos:
• Sentença de mérito
• Trânsito em julgado da decisão (Súmula 299 TST)
IMPORTANTE!
• Para o ajuizamento da ação rescisória é necessário que
seja uma sentença ou acórdão de mérito, pois somente as
sentenças e acórdãos de mérito podem ser alvos de ação
rescisória, pois que o objeto desta ação é a coisa julgada
material.
• Caso fosse uma decisão terminativa (que extingue o
processo sem resolução do mérito), possibilitaria o
ajuizamento de uma nova decisão, não sendo cabível a
ação rescisória.
• Ademais, da decisão que se pretende rescindir, deve
haver o trânsito em julgado da decisão, conforme Súmula
299, do TST.
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PROCESSO DO TRABALHO
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Competência:
• A competência para processamento e julgamento da ação rescisória
será sempre dos Tribunais Regionais do Trabalho respectivos ou do
Tribunal Superior do Trabalho, dependendo da decisão a ser
rescindida. Cada tribunal terá competência para rescindir as suas
próprias decisões.
• Caso a decisão a ser rescindida seja do juiz do trabalho ou do Tribunal
Regional do Trabalho, a competência originária será do TRT. Caso a
decisão a ser rescindida seja do TST, a competência originária será do
próprio TST, conforme entendimento da Súmula 192 do TST.
Legitimidade:
• A legitimidade para propor ação rescisória está prevista no art. 967 do
CPC.
IMPORTANTE!
• O sindicato em ação que atuou como substituto processual e autor da
reclamação trabalhista, possui legitimidade para propor ação rescisória
(Súmula 406, II, TST).
• As sentenças homologatórias de acordo, no processo civil, não podem
ser objeto de ação rescisória, podendo ser submetidas a simples ação
anulatória, em caso de verificação de vício de vontade.
• Todavia, no âmbito laboral, o parágrafo único do art. 831, da CLT prevê
que o termo de acordo é irrecorrível para as partes, salvo para a
Previdência Social, no que tange às contribuições previdenciárias que
lhe forem devidas.
• Assim, o TST, firmou o entendimento de que o termo de acordo
somente é impugnável via ação rescisória (Súmula 259, TST):
Cabimento:
• As hipóteses de cabimento da ação rescisória estão previstas no art.
966, do CPC.
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PROCESSO DO TRABALHO
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Prazo:
• O prazo para propositura de ação rescisória é de 2 (dois) anos a contar
do trânsito em julgado da decisão.
Recurso:
• Quando a ação rescisória for julgada originalmente pelo Tribunal
Regional do Trabalho, o recurso cabível é o recurso ordinário e será
julgado pelo TST, conforme entendimento da Súmula 158, do TST.
IMPORTANTE!
• Cumpre frisar que havendo recurso ordinário em sede de
ação rescisória, o depósito recursal só é exigível quando for
julgado procedente o pedido e imposta condenação em
pecúnia, devendo este ser efetuado no prazo recursal, sob
pena de deserção, vide Súmula 99, do TST.
• Impende destacar ainda que na ação rescisória não é
possível a utilização do jus postulandi, por força da Súmula
425 do TST.
• Ressalte-se ainda que na ação rescisória não é cabível o
instituto da revelia, uma vez que o seu objeto é o vício
insanável da decisão e não o contraditório da parte, sendo a
coisa julgada matéria de ordem pública, conforme Súmula
398 do TST.
• Por fim, destaque-se que na ação rescisória é cabível a
condenação em honorários advocatícios de sucumbência,
conforme Súmula 219 do TST.
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PROCESSO DO TRABALHO
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DISSÍDIO COLETIVO
Conceito – Ação que visa dirimir os conflitos coletivos de trabalho por meio
do pronunciamento do Poder Judiciário, seja fixando novas normas e
condições de trabalho, seja interpretando normas jurídicas preexistentes.
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PROCESSO DO TRABALHO
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PODER NORMATIVO
Classificação:
A) De natureza econômica ou de interesse – São aqueles em que são
reivindicadas novas condições econômicas ou sociais que serão
aplicáveis no âmbito das relações individuais de trabalho. Representam
a maioria dos dissídios coletivos. A sentença prolatada nestes dissídios
coletivos tem natureza jurídica constitutiva, pois cria novas regras
jurídicas de observância obrigatória pelos entes sindicais envolvidos e
que repercutem nas relações de trabalho.
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PROCESSO DO TRABALHO
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Cabimento:
• O dissídio coletivo somente poderá ser suscitado uma vez esgotada ou
frustrada, total ou parcialmente, a negociação coletiva implementada
diretamente pelos entes interessados, ou mesmo intermediada pelo
MTE, nas chamadas “mesas de conciliação”.
• Neste sentido, caso seja suscitado um dissídio coletivo antes do
esgotamento da negociação coletiva prévia pelos entes interessados,
será o processo extinto sem resolução do mérito, com base no art.
267, IV, do CPC.
• Saliente-se que os dissídios coletivos de natureza jurídica, que
objetivam interpretar norma jurídica, a CF/88 não impôs o requisito do
mútuo acordo dos entes sindicais.
• Já o §3º do art. 114 da CF/88 prevê que em caso de greve de atividade
essencial, com possibilidade de lesão ao interesse público, o Ministério
Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo perante à Justiça
do Trabalho.
• Estabelece ainda o art. 856 da CLT que a instância poderá ser
instaurada de ofício por iniciativa do TRT ou a requerimento da
Procuradoria Regional do Trabalho, sempre que houver paralisação dos
trabalhos.
Partes:
• Independente da natureza do dissídio, quem suscita ou instaura-o é
chamado de suscitante e a parte adversa é chamado de suscitado.
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PROCESSO DO TRABALHO
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Sentença normativa:
• É a decisão proferida pelos tribunais ao julgarem um dissídio coletivo.
• Tratando-se de dissídio coletivo de natureza econômica, a sentença
normativa terá natureza jurídica constitutiva, pois cria novas regras
jurídicas de observância obrigatória pelos entes sindicais envolvidos e
que repercutem nas relações de trabalho.
• De outro lado, quando a sentença normativa resultar de dissídio
coletivo de natureza jurídica, terá natureza jurídica declaratória, pois
que visa esta interpretar normas de caráter genérico, conforme
entendimento da OJ 7, da SDC, do TST.
Recursos:
• O recurso cabível das sentenças normativas é o recurso ordinário, no
prazo de 8 (oito) dias.
• Embora os recursos no processo do trabalho, em regra, sejam dotados
apenas de efeito devolutivo, nos dissídios coletivos, o presidente do
Tribunal Superior do Trabalho, pode conceder efeito suspensivo ao
recurso interposto em face de sentença normativa prolatada pelo TRT.
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PROCESSO DO TRABALHO
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Ação de cumprimento:
• Vimos que nos dissídios coletivos, a sentença normativa, poderá ter
apenas natureza jurídica declaratória ou constitutiva, e, por não conter
natureza condenatória, não comporta execução.
• Assim, caso haja descumprimento da sentença normativa, a medida a
ser adotada será a propositura ação de cumprimento, e não de ação
de execução.
• Neste diapasão, frise-se que a ação de cumprimento é uma ação de
cumprimento de cunho condenatório proposta pelo sindicato
profissional ou pelos próprios trabalhadores interessados perante a
Vara do Trabalho, onde serão discutidos apenas questões de direito,
pois as questões de fato já foram discutidas no dissídio coletivo.
• Não obstante o art. 872, da CLT disponha que é necessário o trânsito
em julgado da sentença normativa para o ajuizamento de ação de
cumprimento, o TST, através da Súmula 246, dispensou esse requisito.
• Vale frisar que a ação de cumprimento pode ser ajuizada também em
caso de descumprimento de acordo ou convenção coletiva, segundo a
esteira da Súmula 286, do TST.
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PROCESSO DO TRABALHO
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PROCESSO DO TRABALHO
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Procedimento e Prazo –
• O procedimento do inquérito para apuração de falta grave está previsto
nos artigos 853 a 855 da CLT.
• Dispõe o art. 853 que o empregador apresentará reclamação por
escrito à Vara do Trabalho ou Juízo de Direito, quando investido na
jurisdição trabalhista, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da
suspensão do empregado.
• Frise, neste sentido, que a reclamação deste procedimento deve
obrigatoriamente feita por escrito, sob pena de extinção do processo
sem resolução do mérito.
• Ademais, o prazo para o ajuizamento da ação é decadencial, ou seja,
passados os 30 dias da suspensão do empregado sem que o
empregador tenha procedido o ajuizamento, não mais poderá fazê-lo,
por ter consumado o seu direito.
• É de decadência o prazo de trinta dias para instauração do inquérito
judicial, a contar da suspensão, por falta grave, de empregado estável.
• Entendimento idêntico tem o Tribunal Superior do Trabalho, conforme
previsão da Súmula 62.
• O artigo 494, parágrafo único, da CLT prevê que o empregado poderá
ficar suspenso de suas funções, mas a sua despedida somente pode
ser efetivada após a decisão final de procedência da ação.
• Impende salientar que não é obrigatória a suspensão do empregado
estável para o ajuizamento do inquérito para apuração de falta grave,
podendo o empregador fazê-lo sem que as atividades do empregado
sejam suspensas.
• Assim, tem entendido a doutrina e a jurisprudência que o prazo para o
ajuizamento da ação é de 5(cinco) anos a contar da ciência pelo
empregador da falta grave cometida pelo seu empregado.
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