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FICHA DE TRABALHO Nº4

Energia e fenómenos elétricos


Física A 10º ano Subdomínio 2

FÍSICA E QUÍMICA
Aluno:_________________________________________
Nº ________ Turma: _______ Data: ____ / ____ / ____

RELAÇÃO ENTRE CORRENTE ELÉTRICA, DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO E RESISTÊNCIA ELÉTRICA


CARGA ELÉTRICA - A carga (Q) é uma propriedade elétrica das partículas atómicas que compõem a matéria. O valor da carga
elétrica é medido no SI em coulomb (C).
Um eletrão apresenta uma carga elétrica de −1,602×10−19 C, o valor mais pequeno de carga elétrica medido, e o seu módulo
corresponde à carga elementar.
𝑸 = ± 𝒏 |𝒒𝒆𝒍𝒆𝒕𝒓ã𝒐 | A carga total é sempre um valor múltiplo inteiro da carga elementar.
A existência de duas partículas com carga elétrica conduz à existência de uma força elétrica entre elas.
CONDUTORES ELÉTRICOS - São considerados os corpos que possuem quantidades consideráveis de partículas livres eletrizadas,
eletrões ou iões. Nestes corpos é possível estabelecer com facilidade um movimento de cargas elétricas que serão eletrões nos
sólidos e iões nos fluídos.
CORRENTE ELÉTRICA - Movimento ordenado de cargas correspondendo à
quantidade de carga que atravessa a secção transversal de um condutor por
unidade de tempo. A corrente mede a taxa de fluxo de carga.
Um ampere corresponde ao movimento de uma carga de um coulomb que
atravessa uma secção transversal de um condutor durante um segundo.
CIRCUITO ELÉTRICO - Um circuito elétrico é um conjunto de elementos ALGUNS SÍMBOLOS UTILIZADOS NA
REPRESENTAÇÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS
elétricos ligados entre si.
Para que as cargas elétricas circulem, é necessário que haja um circuito
elétrico fechado. Os circuitos elétricos são constituídos por um gerador de
tensão elétrica (que fornece energia para que haja movimento de cargas), fios
de ligação (condutores) e recetores (que transformam energia elétrica
noutras formas de energia).
Para medir os valores da diferença de potencial elétrico (tensão), corrente
elétrica ou resistência elétrica utilizam-se, respetivamente, os aparelhos de
medida, voltímetro, amperímetro e ohmímetro.

SENTIDOS DA CORRENTE ELÉTRICA:


a) Sentido convencional - do polo positivo para o negativo;
b) Sentido real – do polo negativo para o positivo.

DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO - Corresponde ao trabalho realizado


para deslocar uma carga unitária entre dois pontos, ou seja, a energia
transferida no deslocamento de carga.
Um volt corresponde à diferença de potencial entre dois pontos quando é
utilizado um joule de energia para mover uma carga de um coulomb de um
ponto para o outro.
TIPOS DE CORRENTE ELÉTRICA:

a) Corrente contínua (CC ou DC) Corrente elétrica b) Corrente alternada (AC) Corrente elétrica em que
que se efetua, ao longo do tempo, sempre no existe inversão periódica do sentido ao longo do
mesmo sentido. tempo.

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RESISTÊNCIA ELÉTRICA - Corresponde à oposição que um material oferece à passagem de corrente elétrica.
A resistência elétrica tem como unidade no SI o ohm (Ω). As principais aplicações das resistências são limitar a corrente elétrica,
a tensão elétrica e, em certos casos, transferir energia sob a forma de calor.
LEI DE OHM – Para cada temperatura, é constante a razão entre a tensão (ddp)
nos terminais de um condutor e a corrente elétrica que o percorre.
Existe um ohm de resistência elétrica quando uma corrente elétrica de um
ampere percorre um material cujos terminais estão sujeitos a uma diferença de
potencial elétrico de um volt.
Os condutores são divididos entre os que obedecem e os que não obedecem
à Lei de Ohm. Contudo, a equação 𝑼 = 𝑹𝑰 pode ser usada para determinar a resistência de um condutor e pode ser aplicada
a qualquer dispositivo que conduza a corrente elétrica, mesmo que não obedeça à lei de Ohm.

CONDUTOR ÓHMICO (ou Linear)


𝑼 I /A
A relação = 𝑹 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆
𝑰
A Resistência do material é dada pelo declive da reta do gráfico U
vs I. A tensão é sempre diretamente proporcional à corrente que
percorre o condutor. Exemplos: condutores metálicos, soluções
aquosas diluídas de eletrólitos.
U/ V
CONDUTOR NÃO ÓHMICO (ou não Linear)
𝑼
A relação = 𝑹 ≠ 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆
𝑰 I /A
A Resistência do material não é constante para cada par de
valores de Tensão e Corrente, isto é, as tensões elétricas não
são diretamente proporcionais aos valores da corrente elétrica.
Exemplos: díodos semicondutores, transístores, lâmpada de
incandescência, LED. U/ V

RESISTÊNCIA ELÉTRICA DE CONDUTORES FILIFORMES


RESISTIVIDADE - Depende da natureza e da temperatura do material e traduz a dificuldade com que os eletrões se deslocam
através desse material. Um material será tanto melhor condutor quanto MENOR for a sua Resistividade.
A resistividade de condutores é inferior à apresentada pelos semicondutores que, por sua vez, é inferior à dos maus condutores
e isoladores.
A resistência elétrica de um material é diretamente proporcional à sua resistividade e ao seu comprimento mas inversamente
proporcional à área da sua secção transversal.
R /Ω R /Ω R /Ω

A/ m2 l/ m ρ/ Ωm

VARIAÇÃO DA RESISTIVIDADE COM A TEMPERATURA - A


temperatura a que se encontra um condutor tem
implicação no valor da resistividade que este apresenta.
- Bons condutores - a resistividade e, portanto, a
resistência elétrica dos metais aumenta com o aumento
da temperatura, devido ao aumento da amplitude de
oscilação dos “catiões” metálicos da rede cristalina, o que
aumenta a probabilidade de choques entre os átomos da rede e os eletrões livres.
Em algumas ligas metálicas como a manganina e o constantan, a resistividade é praticamente independente da temperatura.
São usadas para o fabrico de resistências padrão, resistências de valores elevados e aquecedores elétricos.

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- Semicondutores – na grafite, silício e germânio, a resistividade diminui com a temperatura. O aumento da temperatura provoca
quebra das ligações entre os átomos e com isso os eletrões tornam-se livres, tornando o material melhor condutor. São muito
usados em componentes eletrónicos.
- Maus condutores – a resistividade é muito elevada e diminui à medida que a temperatura aumenta. Exemplos: Sílica, borracha,
vidro, papel âmbar.
Um condutor hipotético ideal, cuja resistência é igual a zero é designado por condutor ideal e é simbolicamente representado
por um traço contínuo. Como a Resistência elétrica é nula, a Tensão nos seus terminais é também nula. Os fios de cobre e prata,
como apresentam uma baixa resistividade elétrica, podem ser considerados condutores ideais.

EFEITO DE JOULE – EFEITO TÉRMICO DA CORRENTE ELÉTRICA


EFEITO DE JOULE – Aquecimento dos condutores elétricos devido à sua resistência - Fenómeno que consiste na libertação de
energia sob a forma de calor devido à passagem da corrente elétrica. Este efeito é causado pelas colisões dos eletrões livres contra
os catiões metálicos do condutor que, ao receberem energia, vibram mais intensamente e aumentam a temperatura do condutor.
Numa resistência (condutor puramente resistivo), toda a energia elétrica recebida do circuito é convertido em energia térmica e
dissipada para as vizinhanças, sob a forma de calor.
Sendo E a energia transferida pelo gerador para o circuito, e atendendo às expressões já estudadas da corrente e da tensão, tem-se:
𝐸
𝑈= e 𝑄 = 𝐼∆𝑡 logo, energia transferida – Joule (J)
𝑄
diferença de potencial elétrico nos terminais de um componente – volt (V)
A energia transferida para o recetor é dada pela
corrente elétrica que passa num componente – ampere (A)
expressão:
𝑬 = 𝑼𝑰 ∆𝒕 (1) intervalo de tempo – segundo (s)

POTÊNCIA ELÉTRICA – Mede a rapidez com que a energia elétrica é transferida, ou seja, a energia transferida na unidade de
tempo. A Potência de um recetor é dada por:
potência transferida – Watt (W)
𝑷 = 𝑼𝑰
diferença de potencial elétrico nos terminais de um componente – volt (V)
corrente elétrica que passa num componente – ampere (A)

A energia que o componente transfere, através de calor, para a vizinhança é energia dissipada e pode ser calculada substituindo
na expressão (1) A tensão por U = RI : 𝑬 = 𝑹𝑰𝟐 ∆𝒕 A Potência dissipada é dada por: 𝑷 = 𝑹𝑰𝟐

APLICAÇÕES DO EFEITO DE JOULE:


- Condutores puramente resistivos (RESISTÊNCIAS) - Há recetores em que a energia elétrica é unicamente transformada em
energia térmica. São exemplo: o irradiador, o ferro de engomar e o fogão elétrico.
- Proteção de circuitos elétricos - O fusível é um fio condutor, com baixo ponto de fusão, intercalado num circuito elétrico. Se a
corrente aumentar bruscamente, o fusível funde protegendo o circuito elétrico.

O efeito de Joule está sempre presente em todos os condutores e traduz-se em energia dissipada que é , com exceção dos casos
anteriores, indesejável uma vez que diminui a energia útil disponível. Uma lâmpada de incandescência é um bom exemplo disto
uma vez que dissipa cerca de 90% da energia que lhe é fornecida, por efeito de Joule. Um LED emite luz por excitação e
desexcitação eletrónica dissipando muito pouca energia térmica, porque apresenta uma resistência interna baixa. O LED
apresenta, assim, uma elevada eficiência na conversão da energia elétrica em energia luminosa.
GERADORES DE CORRENTE CONTÍNUA
GERADOR ELÉTRICO: Elemento do circuito que transforma outra forma de energia em energia elétrica. É responsável pela
aplicação de uma diferença de potencial elétrico capaz de criar corrente elétrica no circuito.
Para se obter uma corrente contínua num circuito a diferença de potencial elétrico aplicada
ao circuito deverá ser constante.
Gerador de
As baterias são exemplos de geradores de corrente contínua num circuito. resistência interna ri
Tal como os outros componentes de um circuito, um gerador também dissipa energia
devido à sua resistência interna, ri.
A energia disponibilizada por um gerador é usada pelo circuito (energia útil) e no
aquecimento dele próprio (energia dissipada).
Força eletromotriz (ε): Diferença de potencial elétrico de um
gerador em circuito aberto, ou seja, corresponde à energia A tensão elétrica nos terminais de
elétrica transformada pelo gerador (E) por unidade de carga um gerador em circuito aberto:
(Q).
𝑬𝒈𝒆𝒓𝒂𝒅𝒐𝒓
𝜺= Unidade SI é o volt (V) Representação da resistência interna
𝑸 do gerador em circuito aberto.

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Características de um gerador:
Um gerador é caracterizado pela resistência
interna, 𝑟𝑖, e pela força eletromotriz, 𝜀.
Gerador ideal: Não existe resistência interna e
força eletromotriz é igual à tensão. A diferença
de potencial elétrico não depende da corrente
elétrica no circuito.
- Tem resistência interna nula (𝒓𝒊 = 𝟎)
- 𝑼=𝜺 Gráfico da tensão elétrica em função da Representação da resistência interna
corrente elétrica para um gerador ideal. do gerador em circuito fechado.

Gerador real: Não converte toda a energia não elétrica em energia elétrica. No interior do gerador existe uma resistência
(resistência interna) que dissipa energia por efeito de Joule, levando a um aumento de temperatura. A diferença de potencial
elétrico do gerador depende da corrente que o atravessa. As grandezas 𝜺 e 𝒓𝒊 são constantes e características do gerador e
independentes do circuito exterior ao qual está ligado. Pode medir-se a força eletromotriz do gerador ligando diretamente um
voltímetro aos terminais do gerador.

Energia e potência do gerador:


𝐸gerador
A partir da expressão da força eletromotriz: 𝜀= e 𝑄 = 𝐼∆𝑡 , fica:
𝑄

Dividindo pelo intervalo de tempo, obtêm-se a potência do gerador:

Num circuito elétrico há conservação da energia: Balanço energético num circuito:

Curva característica de um gerador real - Num gerador real, para valores de correntes elétricas muito baixas, a tensão elétrica
depende da corrente fornecida de um modo linear e o gráfico corresponde a uma reta que se traduz pela expressão:
U =  − Ri I
Para se obter a curva carcterística do gerador é necessário fazer variar os valores da tensão elétrica em função da corrente elétrica,
para o qual se utiliza uma resistência variável – reóstato – resultando numa função linear.
A medida que uma pilha vai sendo usada,
ocorre:
- a descarga da pilha;
- A f.e.m. diminui e a ri aumenta;
- Ocorre a redução da corrente de curto -
circuito (U = 0 V), devido ao aumento da
resistência interna;
- diminui a energia disponibilizada para o
Gráfico da tensão elétrica em função da circuito e a percentagem de energia
corrente elétrica para um gerador real.
dissipada na resistência interna vai
aumentando.
Ordenada Módulo do declive
na origem
EM SÍNTESE

Gerador que fornece energia


Gerador ligado só a um
a um circuito elétrico
voltímetro 𝑟𝐼 fechado 𝐼≠
RENDIMENTO DE UM GERADOR:

O rendimento de um gerador é dado pelo quociente entre a potência útil e


a potência total:
𝑷ú𝒕𝒊𝒍 𝑼𝑰 𝑼
𝜼 (%) = × 𝟏𝟎𝟎 = × 𝟏𝟎𝟎 𝒐𝒖 𝜼 (%) = × 𝟏𝟎𝟎
𝑷𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝜺𝑰 𝜺
Quanto maior for a proximidade entre os valores da diferença de potencial elétrico entre os terminais do gerador e a força
eletromotriz, maior é o rendimento.

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ASSOCIAÇÕES EM SÉRIE E EM PARALELO

• Associação de resistências em série: neste tipo de associação só existe um percurso para a corrente.

𝑼 = 𝑼𝟏 𝑼𝟐 𝑼 - A corrente elétrica, I, é igual nas várias resistências:


𝐼 𝐼 𝐼 𝐼
=I
- A diferença de potencial nos terminais da associação é igual à soma das
diferenças de potencial nos terminais de cada resistência:

- Quanto maior for o número de resistências associadas, menor é a corrente


elétrica que percorre o circuito.

Não se utiliza esta associação em instalações


elétricas uma vez que um aparelho avariado ou desligado impede o funcionamento dos restantes componentes, pois o circuito fica
aberto impedindo a passagem da corrente elétrica.

• Associação de geradores em série - A ligação de geradores em série permite obter uma força eletromotriz maior.

- A força eletromotriz total da associação


- + - + - +
- + é igual à soma das forças eletromotrizes
, , , , de cada gerador.

- A corrente elétrica, I, mantém-se a


mesma.

• Associação de resistências em paralelo: neste tipo de associação existem vários percursos para a corrente.

- A corrente elétrica no ramo principal do circuito, I, é igual à soma das correntes nas várias
resistências:
𝐼𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎çã𝑜 = 𝐼 𝐼 𝐼
- A diferença de potencial nos terminais da associação é igual à diferença de potencial nos
terminais de cada resistência:
𝑼 𝑈= 𝑈 = 𝑈 = 𝑈

- Quanto maior for o número de resistências associadas, maior é a corrente elétrica da


associação.

Um aparelho avariado ou desligado não impede o funcionamento dos restantes componentes, razão pela qual esta associação é
utilizada nas instalações elétricas. -

• Associação de geradores em paralelo - A ligação de geradores em paralelo permite obter uma corrente
elétrica maior uma vez que a tensão nos terminais dos geradores associados é a mesma, mas a resistência
interna da associação passa a ser menor.

APARELHOS DE MEDIDA:
- A resistência elétrica pode ser medida com ohmímetros instalados em paralelo num circuito aberto.
- A corrente elétrica é medida com amperímetros instalados em série num circuito fechado. Um
amperímetro ideal apresenta resistência nula.
- a tensão é medida com voltímetros instalados em paralelo, aos terminais do condutor, num circuito fechado. Um voltímetro
ideal apresenta resistência infinita e por tal a corrente que o percorre será nula.
O multímetro é um equipamento que permite medir qualquer uma das grandezas anteriores.

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CONSERVAÇÃO DE ENERGIA EM CIRCUITOS ELÉTRICOS
A abordagem do conceito de resistência elétrica e do efeito Joule leva a pensar em dissipação de energia. No entanto, nas
transferências e transformações de energias envolvidas nos circuitos elétricos existe conservação de energia.

A energia elétrica fornecida ao circuito pelo gerador (e que poderá ser utilizada pelos recetores) é igual à energia elétrica total
gerada subtraída da energia dissipada na resistência interna.

EXERCÍCIOS
Grupo I
1. Uma carga elétrica de 1,8 C atravessa uma secção de um condutor por cada segundo que decorre. A
grandeza física que traduz esta descrição é:
(A) o ampere.
(B) a tensão elétrica.
(C) o volt.
(D) a corrente elétrica.

2. A diferença de potencial elétrico, ou tensão elétrica, entre dois pontos A e B de um circuito, define-se
como o trabalho realizado pelas forças elétricas:
(A) sobre os eletrões que atravessam uma secção transversal desse troço.
(B) sobre os eletrões que circulam entre os pontos A e B.
(C) nos eletrões de condução que atravessam uma secção transversal entre A e B, os quais
transportam a unidade de carga.
(D) sobre as cargas elétricas entre os pontos A e B, por cada unidade de carga elétrica.

3. Uma corrente elétrica de 200 mA circula num condutor.


Qual é o significado desta afirmação?

4. Classifique cada uma das seguintes afirmações como verdadeira ou como falsa.
(A) Só existe uma corrente elétrica contínua se as cargas elétricas se moverem sempre no mesmo
sentido.
(B) A corrente elétrica alternada é o resultado de sucessivamente se ligar e desligar um interruptor.
(C) Para haver uma corrente elétrica tem de haver uma tensão elétrica entre dois pontos de um
condutor.
(D) Sempre que os eletrões se moverem no condutor há uma corrente elétrica.
(E) Para o mesmo valor de tensão elétrica, se a corrente for maior, a resistência elétrica é menor.
(F) Num condutor a corrente elétrica é I, mas noutro é 2 I, donde se conclui que o primeiro tem
maior resistência elétrica.
(G) Numa solução aquosa os iões positivos movem-se num sentido e os negativos noutro; então
tem-se corrente elétrica alternada.

5. Num material condutor, uma secção transversal é atravessada por uma carga elétrica de 6 C durante 3
s e, simultaneamente e no mesmo intervalo de tempo, por outra carga elétrica de −6 C, mas em sentido
oposto. Explique por que é que um amperímetro mediria um valor não nulo de corrente elétrica.

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Grupo II
1. Um fio condutor é composto pela ligação em série de quatro fios uniformes, feitos do mesmo material,
mas com diferentes diâmetros. A figura mostra um pedaço desse fio.

A resistência elétrica deste fio, R, é medida entre o ponto A e outro ponto sobre o fio a uma distância
d de A. Qual é o gráfico que melhor representa a dependência entre R e d?

(A) (B) (C) (D)


Substância  / (10−8  m)
2. A tabela apresenta resistividades elétricas de alguns materiais.
Alumínio 2,6
2.1. Qual das substâncias indicadas na tabela melhor conduz a corrente
elétrica? Cobre 1,7
2.2. Com base nos dados da tabela, conclua, justificando, sobre a Prata 1,5
6
inutilidade do germânio na sua utilização em fios de ligação de Germânio 10
alimentação de componentes elétricos.
2.3. Um fio tem uma resistência de 1,0 , um comprimento de 46 m e um diâmetro de 1,0 mm.
Determine qual o material de que é feito este fio.

3. A um aluno é dado um circuito e um voltímetro. Um diagrama esquemático do circuito é mostrado na


figura.
Com o interruptor fechado, o aluno
regista as seguintes observações:
• Leituras nos amperímetros:
A1 → 2,73 mA; A2 → 1,64 mA
• Leituras no voltímetro: entre X e
Y → 6,00 V; entre Z e H → 3,27 V
3.1. O aluno liga o voltímetro ao circuito
entre dois pontos. Uma ligação
que produza uma leitura que 2,73
V deve ser feita entre os pontos:
(A) X e H.
(B) W e E.
(C) F e G.
(D) Y e Z.

3.2. A corrente que passa no ponto F é:


(A) 1,09 mA. (B) 1,64 mA. (C) 2,73 mA. (D) 4,37 mA.

3.3. Ordene por ordem decrescente as potências dissipadas por efeito Joule em cada uma das
resistências. Apresente todos os cálculos efetuados.

4. Um aluno pretende construir um aquecedor usando um enrolamento de fio. Experimenta e verifica que
não proporciona o aquecimento suficiente. Justificando, indique se, para o conseguir, ligado à mesma
tensão, deverá aumentar ou diminuir o comprimento do fio usado.
Grupo III
Observe o esquema do seguinte circuito elétrico em que o amperímetro marca 200 mA. O gerador do
circuito tem uma força eletromotriz de 4,5 V.

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1. Identifique o tipo de associação da resistência de 4,5  com o conjunto das duas resistências de 3,0 
e de 6,0 .
2. Relacione, justificando, as correntes elétricas que atravessam as resistências de 3,0  e de 6,0 .
3. Determine a energia dissipada na resistência de 6,0  em meia hora.
4. A corrente elétrica que atravessa a resistência de 4,5  é:
(A) 0,150 A. (B) 0,200 A. (C) 0,300 A. (D) 0,600 A.
5. A energia disponibilizada, por unidade de tempo, pelo gerador ao circuito é:
(A) igual à soma das energias dissipadas, por unidade de tempo, nas três resistências do circuito.
(B) menor do que a soma das energias dissipadas, por unidade de tempo, nas resistências de 3,0
 e de 6,0 .
(C) maior do que a soma das energias dissipadas, por unidade de tempo, nas três resistências do
circuito.
(D) igual à energia dissipada, por unidade de tempo, na resistência de 4,5 .

6. Determine a resistência interna do gerador.

Grupo IV
Dois aquecedores, A e B, de potências 1,0 kW e 2,0 kW, respetivamente, são ligados em dois
compartimentos de um apartamento. A diferença de potencial elétrico nas instalações domésticas é 230
V (valor eficaz).
1. Indique o significado físico de uma diferença de potencial elétrico de 230 V.
2. A corrente elétrica que atravessa o aquecedor A é:
,0
(A) 0 A.
,0× 03
(B) A.
0
0
(C) ,0
A.
0
(D) A.
,0× 03
3. Determine a energia consumida, em kW h, pelos dois aquecedores se estiverem ambos ligados durante
2 horas e 40 minutos.
4. A resistência do aquecedor B é:
(A) metade da resistência do aquecedor A.
(B) o dobro da resistência do aquecedor A.
(C) um quarto da resistência do aquecedor A.
(D) o quádruplo da resistência do aquecedor A.
5. Conclua, justificando, como variaria a potência dissipada nos aquecedores se fossem levados para os EUA,
onde a tensão elétrica da rede doméstica é menor do que 230 V. Considere, por simplicidade, que as
resistências elétricas dos aquecedores se mantêm constantes.

Grupo V

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1. 2.

RESOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS


Grupo I
1. (D) [A corrente elétrica é a grandeza física que corresponde à carga elétrica por unidade de tempo que atravessa uma secção de um condutor.]
2. (D) [Ver definição de diferença de potencial elétrica – manual, página 72.]
3. Uma secção reta desse condutor é atravessada por uma corrente elétrica de 0,200 C em cada segundo.
4. Verdadeiras: (A), (E); Falsas: (B), (C), (D), (F), (G) [Pode haver uma corrente elétrica sem que exista diferença de potencial, em situações de
supercondutividade.]
5. A corrente elétrica não é nula pois, embora as cargas elétricas sejam simétricas, movem-se em sentidos opostos. Uma carga a mover-se num
certo sentido é equivalente à carga simétrica a mover-se no sentido oposto. Assim, a situação equivale a 12 C a atravessar uma secção do
condutor no mesmo sentido da carga de 6 C.

Grupo II
1. (A) [A resistência elétrica é diretamente proporcional ao comprimento do fio e inversamente proporcional à área da secção desse fio.
Diminuída a área, aumenta o declive da reta R(d).]
2.
2.1. A prata.
2.2. O germânio tem uma elevada resistividade, porque é um semicondutor e, se fosse usado em fios de alimentação, estes teriam uma elevada
resistência elétrica. Assim, para as tensões que ainda garantissem alguma segurança, as correntes elétricas seriam muito fracas, não servindo
para transferir a potência que os aparelhos necessitariam.
2
I RA 1,0 × π × (0,50 × 10–3 )
2.3. R = ρ →ρ= = = 1,7 × 10–8  m.
A l 46
A resistividade do material do fio coincide com a do cobre, portanto, prevê-se que o fio seja de cobre.
3.1. (A) [A tensão entre X e H é U = I × R = 2,73 × 10–3 × 1,0 × 103 = 2,73 V.]
3.2. (A) [A corrente no ponto F é I = 2,73 − 1,64 = 1,09 A.]
3.3. A potência dissipada por efeito Joule é P = R I2 = U I. Potências dissipadas: P = R I2 = 2,73 × 10-3 × 1,0 × 103 = 2,7 W; P1 =
U1 I1 = 3,27 × 1,64 = 5,4 W; P2 = U2 I2 = 3,27 × 1,09 = 3,6 W; P1 > P2 > P.
4. A energia dissipada é proporcional à potência dissipada por efeito Joule P = U × I. Para aumentar a potência ter-se-á de aumentar a corrente,
mas para isso deve-se diminuir a resistência. Como um fio mais curto tem menos resistência, o aluno deve diminuir o comprimento do fio.

Grupo III
1. Associação em série.
2. As resistências de 3,0  e de 6,0  estão ligadas em paralelo e, portanto, estão sujeitas à mesma tensão elétrica. Para a mesma tensão, a
corrente elétrica é inversamente proporcional à resistência elétrica. Conclui-se que a corrente elétrica na resistência de 3,0  é dupla da corrente
elétrica na resistência de 6,0 
3. 𝐸dissipada = 𝐼 Δ𝑡 = 6, × ,2 × (3 × 6 ) = ,3 × J.
4. (D) [A corrente elétrica que atravessa a resistência de 4,5 , no ramo principal, é igual à soma das correntes elétricas que atravessam as
resistências de 3,0  e de 6,0  A corrente elétrica na resistência de 3,0  é 400 mA, dupla da corrente na resistência de 6,0  logo, a corrente
na resistência de 4,5  é (400 + 200) mA = 600 mA = 0,600 A.]
5. (A) [A energia é transferida do gerador para as resistências.]
6. Diferença de potencial elétrico na resistência de 6,0 : 𝑈 =6, Ω = 6, × ,2 = ,2 ; diferença de potencial elétrico na resistência de 4,5
: 𝑈𝑅=4,5 Ω = , × ,6 = 2,7 ; logo 𝑈gerador = 𝑈𝑅= ,0 Ω 𝑈𝑅=6,0 Ω = ,2 2,7 = 3,9 .
Cálculo da resistência interna do gerador: 𝑈 = ε − 𝑟𝐼 ⇒ 3,9 = , − 𝑟 × ,6 ⇔ 𝑟 = , Ω.

Grupo IV
1. Significa que a energia transferida para um certo recetor, por trabalho das forças elétricas, é 230 J por cada unidade de carga elétrica que o
atravessa.
𝑃 ,0× 03 W ,0× 03
2. (B) [𝐼 = = = A.]
𝑈 0V 0

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40
3. 𝐸 = 𝑃Δ𝑡 = 3, kW × (2, ) h = 8, kW h.
60
𝑈 𝑈2 𝑈2 𝑈2 𝑈2 𝑈2
4. (A) [𝑃 = 𝑈𝐼 = 𝑈 × = logo = : B = = = × = A .]
𝑅 𝑅 𝑃 𝑃B 𝑃A 𝑃A
5. Uma menor diferença de potencial elétrico para a mesma resistência elétrica implica uma menor corrente elétrica. Como a potência dissipada
é igual ao produto da diferença de potencial elétrico pela corrente elétrica, ambas menores, conclui-se que a potência dissipada nos aquecedores
seria menor nos EUA.
Grupo V
1. a. 1,8 A

2. 6 Ω

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