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SANEAMENTO BÁSICO

DRENAGEM URBANA

Prof. Silvana Ferreira Bicalho


silfbicalho@Hotmail.com
Definições

Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas:


Lei 11.445/2007- PNSB segundo alínea “d” do inciso I do caput do art. 3º:

Conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de

drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou

retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e

disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.


Definições
Sistema de Drenagem Urbana

É o correto aproveitamento e encaminhamento das águas de


chuva minimizando os riscos de inundações e possibilitando o
desenvolvimento urbano de forma harmônica, articulada e
sustentável.

• No campo da drenagem urbana, os problemas agravam-se


em função:
• da urbanização desordenada;
• falta de políticas de desenvolvimento urbano.
Erosões Urbanas
Erosões Urbanas
Formação de ravinas
Sistema de Drenagem Urbana

Fonte:Córrego Zavuvus – Americanópolis/São Paulo. FOTO: BRENO PIRES/ESTADÃO


• Com a construção dos sistemas de drenagem, procura-se atingir os seguintes
objetivos:

• Assegurar o trânsito de pedestres e veículos;


• Controlar as erosões;
• Proteger os logradouros e vias públicas;
• Proteger e preservar obras, edificações e instalações de utilidade pública;
• Proteger e preservar os fundos de vale e cursos d’ água;
• Eliminar a proliferação de doenças e áreas insalubres.
Ferramentas de Controle da erosão urbana

• Planejamento urbano: Limitações e restrições no uso e ocupação do solo, a


partir da identificação de áreas de risco, através da análise das características
geográficas e topográficas locais.

• Organização do Sistema viário urbano: A rede viária urbana deve ser


projetada e expandida, diante das novas áreas urbanizadas.

• Uso e ocupação do solo: Fixadas as exigências fundamentais de ordenação


do solo para evitar a degradação do meio ambiente e os possíveis conflitos
no exercício das atividades urbanas.
Precipitação e Escoamento
• Para o dimensionamento dos sistemas de drenagem pluvial, as fases que
compõem o ciclo hidrológico e que devem ser avaliados ou determinados
pelos projetistas são:

• Precipitação – Índice pluviométrico – (chuvas, neve ou granizo)


• Escoamento superficial – Fração de água que escoa pela superfície da terra.
• Infiltração e escoamento subterrâneo
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

Medidas preventivas

Os alagamentos urbanos podem ser


minimizados com a execução de bons projetos,
recolhimento e acondicionamento correto dos
resíduos sólidos e manutenção adequada na rede pluvial.
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

Responsabilidade Ambiental
Todo curso d’água natural deverá ser respeitado,
aproveitando seu leito de alagamento como área
verde e área de preservação ambiental.

Fonte: www.manuelzao.ufmg.br
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

Manejo de bacia hidrográfica

• Cobertura vegetal;

• Evitar desmatamento;

• Favorecer infiltração da água no solo;


Fonte:www.sema.rs.gov.br

• Manutenção e Preservação da Mata ciliar;

• Preservação de nascentes.
Causas da modificação do regime
hidrológico

Impermeabilização do solo devido às


edificações

Retirada da cobertura vegetal nas


áreas de encostas

Colocação de revestimento asfáltico


nas ruas

Aterramento das áreas de várzeas


Infraestrutura de Drenagem Pluvial

MICRODRENAGEM
MACRODRENAGEM

É o sistema de drenagem
relacionado com as vias
locais, constituído pelas É o sistema de drenagem
sarjetas, bocas-de-lobo, poços constituído pelos principais
de visita, redes e outros talvegues, como os rios,
dispositivos para coleta e córregos, canais e outras
condução das águas pluviais estruturas que armazenam e
conduzem grandes volumes
de água
Microdrenagem
ÁGUA DE CHUVA

Escoa inicialmente pelos telhados, calçadas e terrenos

É conduzida pelas ruas e sarjetas

É captada pela bocas-de-lobo e conduzida para as redes


(subterrânea) através dos tubos de ligação

Recebem manutenção através dos poços de visita (PV)


Microdrenagem

Poço de
visita
Boca-de-lobo

Sarjeta
Fonte:www.trilhosurbanos.com

Fonte:JM Online – Uberaba/MG


• Quanto à macrodrenagem, existem vários e trágicos exemplos de situações
críticas ocasionadas por cheias urbanas e agravadas pelo crescimento
desordenado das cidades, como a ocupação de várzeas, encostas e fundos de
vales.

• De um modo geral, nas cidades brasileiras a infraestrutura pública em


relação à drenagem, como em outros serviços básicos, ainda se apresenta
insuficiente, apesar da melhora já identificada em pesquisas como as do
IBGE nos últimos anos.

Estudos mostram que há necessidade não somente de melhoria


do serviço de saneamento, mas também de fiscalização e
vigilância para evitar ocupações em área de risco.
Sarjetas e vias públicas
• As sarjetas são calculadas em função das características locais, tais como
declividade da rua e tipo de pavimentação;
• Funcionam como um canal a céu aberto, de seção triangular, sendo sua
capacidade variável, levando-se em consideração:

• Proteção dos pavimentos dos logradouros públicos;


• Trânsito de veículos em áreas urbanas;
• Trânsito de pedestres
• Combate a erosões
• Controle de inundações
• Quanto aos limites de conforto comumente admitidos; as vias podem ser
classificadas:
Seções hidráulicas típicas de sarjetas
Bocas-de-lobo
• Destinam-se a captar as águas
pluviais provenientes do
Escoamento Superficial pela
sarjetas, encaminhando-as aos
poços de visita ou caixas de
passagem e consequentemente as
galerias através dos tubos de
ligação.
Tubos de ligação ou ramais

• Condutos que levam ás aguas captadas pelas


bocas-de-lobo ás galerias ou diretamente aos
canais.
• Diâmetro mínimo – 400 mm

• As bocas de lobo são ligadas as galerias


tubulares obedecendo aos seguintes critérios:
• Rede principal com diâmetro igual ou inferior
a 900 mm, ligação efetuada usando caixa de
passagem ou poço de visita.
• Rede principal com diâmetro igual ou superior
a 1000 mm, ligação pode ser efetuada
diretamente na rede
Poços de visita
• Compõem o sistema de redes de drenagem, constituindo-se em órgãos
acessórios que permitem a inspeção nas galerias, auxiliando na manutenção
do sistema.

Convencionalmente são empregados poços de visita:


• no início de uma rede;
• nas mudanças de direção;
• nas alterações de diâmetro;
• Nas modificações de declividade;
• nas mudanças de material;
• e em posições intermediárias em coletores com grandes extensões em linha reta, de modo que a
distância entre dois PV consecutivos não exceda:

• 100m p/ tubulações de até 150mm de diâmetro do;


• 120m p/ tubulações com do de 200 a 600mm;
• 150m p/ tubulações com do superiores a 600mm.
Dimensões do Poço de Visita

• A chaminé, bem como o tampão, terão um


diâmetro mínimo útil de 0,60m.
• Chaminé não deverá ter altura superior a 1,0 m,
por recomendações funcionais, operacionais e
psicológicas para o operador.

• O balão, sempre que possível, deve ter uma


altura útil mínima de 2,0 metros, para que o
operador maneje, com liberdade de movimentos,
os equipamentos de limpeza e desobstrução no
interior do mesmo.
Poço de visita em POLIETILENO
Caixas de passagem

• Permite a interligação das bocas-de-


lobo ás canalizações, através dos
tubos de ligação.
• São construídos em pontos onde se
torna necessária a coleta das águas
pluviais que escoam pelas sarjetas,
em situações que não condicionem o
uso de poços de visita.
Macrodrenagem

Nascentes Água de chuva Córregos e rios

MACRODRENAGEM
Macrodrenagem

Fonte:bionarede.blogspot.com

Fonte:www.comunidadebancodoplaneta.com.br
jogadacerta.wordpress.com

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