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E agora vou contar uma fábula para nobres que entendem.

De tal modo
disse o falcão ao rouxinol de pescoço manchado, enquanto ele a
carregava no alto entre as nuvens, agarrado firmemente em suas garras, e
ele, trespassada por suas garras tortas, chorava lamentavelmente. A ele
falou desdenhosamente: “Coisa miserável, por que você grita? Um muito
mais forte do que tu imediatamente o mantém firme, e tu deve ir aonde
quer que eu a leves, cantor como tu es. E se eu quiser, farei minha
refeição como tu, ou deixarei vós ir. Bocó é aquele que tenta afrontar ao
mais forte, pois não obtém o domínio e sofre dor além da vergonha”.
Assim falou o falcão voo rápido, o pássaro de asas longas. Porém tu, ó
Perses, ouve bem e não promova a violência; porque a violência é ruim
para um homem pobre. Ainda o próspero não pode aguentar facilmente
seu fardo, mas fica sobrecarregado quando cai na ilusão.

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