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Direito Administrativo
JULHO-2022
2º CICLO DE ENSINO
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Sumário
Aula 7 e 8 – Ato Administrativos: Requisitos; Atributos; Constituição; Extinção dos atos Administrativos
.....................................................................................................................................................................15
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DIREITO ADMINISTRATIVO
O ESTADO
O Estado é composto pelo seu povo, um território e o exercício da soberania, para o
desenvolvimento de uma sociedade é necessário o estabelecimento de uma estrutura mínima que
garanta direitos e deveres as pessoas. Conforme Milena Dartora Bof indica:
“ Ao analisar esses aspectos, entende-se que o Estado nada mais é do que uma sociedade
constituída por um grupo de indivíduos organizados, como: os grupos familiares, profissionais,
educativos, políticos, religiosos, que buscam objetivos em comum... Além disso, o Estado se
apresenta como uma organização denominada sociedade política. Nessa sociedade existem
normas jurídicas escritas (Constituição Federal, Código Civil, Código Penal, Código de Defesa
do Consumidor, etc...)”.
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O Estado moderno surgiu como fruto das revoluções dos séculos XVIII e XIX, como por
exemplo, a Guerra da Independência dos Estados Unidos da América e a Revolução Francesa.
Resultado dessas correntes é o fato de que o centro do poder passou a ser o povo, ou melhor, o
cidadão, o Estado passa a existir como subordinado da vontade coletiva, tendo como
responsabilidade administrar a vida social utilizando princípios, leis e normas vigentes no País.
E o que seriam esses princípios, leis e o próprio Direito?
PRINCÍPIOS:
As normas por si só não possuem validade, para que se façam valer há de existir a
correlação do que é previsto no ordenamento com a com a vontade social, ou seja, os
representantes públicos devem estabelecer leis e ordens de acordo com os anseios do corpo
social. Esses anseios se denotam através de princípios.
Logo, princípios são orientações, diretivas gerais, a base de uma ciência, conhecimentos
fundamentais com força de lei, oriundas do aspecto político, social e econômico do Estado, que
funcionam como base do ordenamento jurídico, estabelecendo de que forma devem ser criadas,
deliberadas, aprovadas, empregadas e julgadas as leis e a estrutura social.
LEI:
Uma das melhores definições do que significa Lei se encontra nas palavras de Geoffrey
Robertson, que define lei como “um sistema de regras que são criadas e executadas por meio de
instituições sociais ou governamentais para regular comportamentos”. Norma geral e cogente,
que obriga a todos, emanadas por um órgão competente, geralmente o poder legislativo, com
pena de sanções ou não.
DIREITO:
Direito vem do latim “Directum”, que significa aquilo que é certo, reto, correto, justo,
honesto, conforme a regra.
Conforme dito anteriormente o surgimento e desenvolvimento do Direito, e, por
conseguinte, das Leis, se relaciona diretamente com a evolução da sociedade.
Durante toda a história da humanidade, o direito foi compreendido como uma forma de
guia para as condutas adotadas, sendo utilizado como base para se evitar eventuais conflitos, do
mesmo modo que funciona para resolução destes. Porém não se pode pensar nas Leis e, Direito
como elementos fixos no desenrolar da história, pelo contrário, as mudanças e transformações os
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afetam diretamente, uma vez que são vinculados diretamente a valores morais da sociedade em
que se apresentam.
O Direito é uma construção que surge através do conjunto de leis, costumes,
jurisprudência, doutrina, analogia e princípios gerais. Dentro deste conceito cabe destacar a
existência de dois tipos direito, genericamente o direito natural e o direito positivo. Direito
Natural é considerado como aquele que surge com o próprio homem, sem que haja necessidade
de seu registro, essência de uma natureza como, por exemplo, o direito a vida, a integridade
física; enquanto que o direito positivo se manifesta como um direito escrito e estabelecido pelos
homens, através das normas e leis que apontam padrões a serem cumpridos, e potenciais
punições o caso de descumprimento, em síntese. Diferente do direito consuetudinário em que as
regras são definidas pelos costumes e as práticas sociais temos como exemplo o direito inglês.
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DIREITO ADMINISTRATIVO:
O direito administrativo representa uma área do direito cujas normas e princípios regulam
o exercício das funções da Administração Pública, ou seja, o próprio funcionamento do Estado.
No Brasil não há uma codificação do direito administrativo, estando suas normas básicas
expressas na Constituição, principalmente no artigo 37 e seguintes, e demais normas de sua
natureza distribuídas pelo ordenamento jurídico pátrio.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello “o direito administrativo, é o ramo do direito
público que disciplina a função administrativa, bem como, as pessoas e órgãos que a exercem”.
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)”.
Portanto, tais princípios expressos na Constituição Federal são à base de toda atividade
estatal.
Vamos ver melhor cada um deles:
-Legalidade: O princípio da legalidade impõe a Administração Pública o dever de agir
conforme o estabelecido pela lei, ou seja, o agente público, como representante da administração,
só pode agir segundo a lei, e de forma alguma contrário a ela ou além do que lhe é imposto. Este
é o princípio essencial para o Estado de Direito, uma vez que a lei é a expressão da vontade do
cidadão, a qual deve ser satisfeita pelos atos da estrutura estatal. A lei em sentido amplo se
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divide em normas constitucionais, leis ordinárias, leis complementares, lei delegada, leis
municipais, resolução, ordem de serviço e etc.....
Por exemplo: a existência da abordagem policial encontra embasamento em diversos
diplomas legais, sendo oriunda de um conjunto de regulamentações. A existência da Polícia
Militar está presente no artigo 144, inciso V, da Constituição Federal; já o Poder de Polícia,
acha-se no art. 78 do Código Tributário Nacional, enquanto que a abordagem pessoal figura no
parágrafo 2º, do artigo 240 e no caput, do art. 244, ambos do Código de Processo Penal;
-Impessoalidade: nenhum ato da Administração Pública pode ser vinculado à vontade
individual do agente que o pratica, não cabendo interesse pessoal de qualquer forma. Para Celso
Bandeira de Mello, a impessoalidade denota a obrigação da Administração em tratar todos os
administrados sem discriminações benéficas ou prejudiciais.
Por exemplo: Sd PM Stive decide abordar o Sr. José Malandro, baseado no fato de que o
cidadão é seu vizinho e ambos possuem desentendimentos na esfera pessoal, ou seja, nesse
cenário o policial irá fazer a abordagem por motivos particulares, atingindo o princípio da
impessoalidade, e, também, o princípio tratado anteriormente, da legalidade. Outro exemplo é do
prefeito de uma cidade que na placa de reforma de uma rua coloca o seu nome como forma de
propaganda política.
-Moralidade: o princípio da moralidade impõe aos agentes públicos o dever de atuação
ética e proba, baseado na ideia de boa-fé. Segundo Di Pietro, a moral administrativa corresponde
ao comportamento da Administração Pública esperado pelos administrados, para a execução dos
fins de interesse coletivo, um conjunto de valores morais que deverá seguir como guia para os
procedimentos estatais.
Por exemplo: Tício tem a intenção de adentrar as fileiras da Polícia Militar do Estado de
São Paulo, todavia, durante o processo de admissão, é verificada que o rapaz possui uma
tatuagem valorizando a violência ou de determinada facção criminosa, e por isso, ele é eliminado
do concurso. Não há lei prévia que impeça a sua admissão, não obstante, sua tatuagem não é
moralmente aceita para a função policial-militar.
-Publicidade: Tal princípio representa a transparência da Administração Pública, no
sentido de que seus atos admnistrativos devem ser públicos para que o cidadão possa fiscalizar a
atuação estatal, contribuindo assim para a segurança e estabilidade das relações jurídico-
administrativas.
Por exemplo: A publicação contínua de índices criminais visa atender tal princípio,
permitindo não só as forças de Segurança Pública, mas toda a sociedade, a adoção de meios para
a melhoria do estado de segurança social.
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-Eficiência: Tal princípio impõe que a atividade administrativa tenha de ser exercida com
diligência, excelência e alto rendimento, tendo em vista a busca por uma maior produtividade e
redução dos desperdícios de dinheiro público. É conhecido também, como princípio da qualidade
dos serviços públicos.
Por exemplo: A instauração de Boletim de Ocorrência Policial Militar Eletrônico
possibilita uma maior agilidade no atendimento ao cidadão, bem como, a redução de gastos e
gerenciamento efetivo do desenvolvimento da atividade operacional e administrativa.
Além destes princípios, explícitos na Constituição Federal, há, também a existência de
princípios implícitos na Carta Magna, com a Supremacia do Interesse Público sobre o particular,
a indisponibilidade do interesse público, a Presunção de Legitimidade ou de veracidade, a
Motivação, Razoabilidade e Proporcionalidade, Contraditório e Ampla Defesa, a Segurança
Jurídica, a Continuidade do Serviço Público, a Especialidade, a Hierarquia, a Precaução e a
Sindicabilidade.
Além de todos os princípios supracitados, temos a previsão de outros, específicos, no
artigo 111 da Constituição Estadual Paulista, da seguinte maneira:
“artigo 111 – A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos
Poderes do Estado, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, razoabilidade, finalidade, motivação, interesse público e eficiência.”
Desta forma concluímos estas duas aulas iniciais.
-ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
Administração pública é na concepção de José Afonso da Silva:
“o conjunto de meios institucionais, financeiros e humanos preordenados à execução das
decisões políticas. Essa é uma noção simples de Administração Pública que destaca, em
primeiro lugar, que é subordinada ao poder político, em segundo lugar, que é meio e, portanto,
algo de que se serve para atingir fins definidos e, em terceiro lugar, denota os seus dois
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que integram essas pessoas, aos qual a lei confere o exercício de funções administrativas; a
Administração Pública Direta, por meio de seus Ministérios e Secretarias, exerce supervisão
sobre a Administração Pública Indireta, que, conforme será reiterado logo a seguir, possui
personalidade jurídica e sua estrutura hierárquica própria (Nohara, 2017).
Exemplos de entes da Administração Pública Direta: União, Ministério da Saúde, Estado,
Secretaria da Educação, Município, Secretaria da Segurança Pública e etc...
Já a Administração Pública Indireta, no sentido utilizado pela Constituição e pelo
Decreto-lei nº 200/67, representa o conjunto de pessoas jurídicas, de direito público ou privado,
criadas por lei, para desempenhar atividades assumidas pelo Estado, seja como serviço público,
seja a título de intervenção no domínio econômico. Envolve a chamada “descentralização” por
serviços das atividades estatais, pois a pessoa política faz nascer, por lei, outro ente com
personalidade jurídica própria. Compreendem as autarquias, as fundações instituídas pelo poder
público, as sociedades de economia mista, as empresas públicas e os consórcios (Nohara, 2017).
Exemplos de entidades da Administração Pública Indireta são: Caixa Beneficente da
Polícia Militar, Centro Paula Souza, Fundação Procon-SP, Fundação Casa, Banco do Brasil
etc....
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Para que a Administração Pública possa exercer a sua função se faz necessária a
utilização de elementos que permitam tal empreitada; deve haver a capacidade para fazer o
trabalho necessário, revestida das características que outorgam o controle dos atos. Tal atributo é
conhecido como Poder Administrativo.
O Direito Administrativo prevê a existência de poderes que concedem aos órgãos
públicos a aptidão para o exercício de suas atividades, a fim de atender o interesse público e
permitir o funcionamento da sociedade constituída.
Os Poderes Administrativos permitem que o público se sobressaia sobre o privado, tendo
em vista o benefício do coletivo sobre o individual na vida social. Conforme ensina Carvalho
Filho, pode-se conceituar o poder administrativo como o “conjunto de prerrogativas de direito
público que a ordem jurídica confere aos agentes administrativos para o fim de permitir que o
Estado alcance seus fins”.
De regra, os poderes administrativos são conferidos por lei e destinam-se a equipar o
administrador público, tencionando o objetivo finalístico a que se presta o Estado: a satisfação
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dos interesses públicos; diferem, assim, dos poderes políticos (Legislativo, Judiciário e
Executivo), que são considerados poderes estruturais, pois formam a estrutura do Estado,
estabelecida na Constituição.
Esclarecido o que é um poder administrativo, veremos agora quais são os seus tipos.
-PODER VINCULADO:
O poder vinculado se relaciona com a prática de atos vinculados, isto é, atos que devem
seguir exatamente, o que está previsto em lei. Nos atos vinculados não cabe juízo de
conveniência e oportunidade por parte do administrador público, do agente público, pois a lei
expressa todos os elementos necessários a sua prática. O agente, então, deve agir nos exatos
termos e limites previstos na lei, sem margem para escolha de conduta diversa. Ex. abordagem
de fiscalização de trânsito em que o condutor está conduzindo o veículo com o licenciamento
atrasado, deve-se realizar a autuação de trânsito.
-PODER DISCIRICIONÁRIO:
A lei não é capaz de estabelecer todas as ações a serem adotadas pelo agente público.
Assim, em várias situações ela lhe oferece a possibilidade de valoração da conduta, isto é,
permite ao agente avaliar a conveniência e oportunidade dos atos que vai praticar.
O poder discricionário, portanto, é aquele que confere prerrogativa para a Administração
praticar atos discricionários, isto é, atos cuja execução admite certa margem de flexibilidade por
parte dos agentes, os quais, dessa forma, podem usar seu juízo de valor para escolher, entre
várias condutas possíveis previstas em lei, a que traduz maior conveniência e oportunidade para
o interesse público.
Esse poder de escolha, contudo não deve ser exercido com arbitrariedade, e sim aplicado
dentro dos limites da lei, com vistas ao atendimento dos interesses da coletividade.
Serve de amostra a fundada suspeita na busca pessoal, durante a abordagem policial; a lei
não define o que é fundada suspeita, todavia, estabelece sua existência e possibilidade no
parágrafo 2º, do artigo 240, do Código de Processo Penal, cabendo ao policial definir a
oportunidade e conveniência de sua utilização. Como por exemplo um indivíduo que em dia de
extremo calor está utilizando blusa, indivíduo conduzindo uma bicicleta e levando outra,
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indivíduo carregando uma televisão nas costas em alta madrugada, pode ser produto de furto, a
fundada suspeita é subjetiva de cada policial, mas deve ser fundamentada para fiel aplicação da
lei.
-PODER HIERARQUICO:
Para o funcionamento eficiente da atividade administrativa há a necessidade de que seja
estipulada uma distribuição de competências e ordenação entre órgãos, cargos e atribuições,
sendo assim, se cria uma relação de coordenação e subordinação entre diversos níveis, ou seja, se
estabelece uma relação de hierarquia.
Nesse contexto, o poder hierárquico é aquele que permite ao superior hierárquico exercer
determinadas prerrogativas sobre seus subordinados, especialmente de dar ordens, fiscalizar,
controlar, aplicar sanções, delegar e avocar competências. Na Polícia Militar a hierarquia, junto
com a disciplina, são as colunas basilares da Instituição.
-PODER DISCIPLINAR:
O poder disciplinar representa a possibilidade que a administração possui de aplicar
sanções àqueles que, submetidos a uma ordem administrativa interna, cometem infrações. No
exercício do poder disciplinar, a Administração Pública pode reprimir internamente as infrações
funcionais de seus servidores, e, até, punir infrações administrativas cometidas por particulares a
ela ligados mediante algum vínculo específico, como por exemplo a celebração de contrato,
convênio do particular com a Administração Pública.
O Poder disciplinar possui relação com o poder hierárquico, mas não pode ser confundido
com ele. No uso do poder hierárquico, a Administração Pública organiza as suas funções
executivas; já no uso do poder disciplinar ela controla o desempenho dessas funções e a conduta
interna de seus servidores, responsabilizando-os pelas faltas cometidas. Quando um policial é
punido em um Procedimento Disciplinar (PD) por trabalhar mal, está sendo exercido o poder
disciplinar.
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-PODER DE POLÍCIA:
O poder de polícia é dirimir direito de outrem em favor da coletividade é uma aptidão de
que dispõe a Administração Pública para subordinar ou restringir o uso de bens, o exercício de
direitos e a prática de atividades privadas, sempre em busca da proteção da Supremacia do
Interesse Público sobre o particular, o poder de polícia não é atributo apenas da polícia civil ou
militar, mas de toda a administração pública, dentro da competência de cada órgão ou
autoridade.
Representa ainda, toda a atividade administrativa que limita ou interfere no interesse
privado com o fim de ajustá-lo ao interesse público, como por exemplo, a expedição de alvarás
para construções, a interdição de estabelecimentos em situação irregular, a fiscalização
ambiental, da aplicação de sanção pelo descumprimento de normas de trânsito e etc..
O poder de polícia possui previsão legal no artigo 78 do Código Tributário Nacional
(CTN):
“ Art. 78 Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que,
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou obtenção
de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, higiene, à ordem, aos costumes,
à disciplina da produção e do mercado, no exercício das atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do poder público, à tranquilidade pública ou o respeito à propriedade
e aos direitos individuais e coletivos”.
O artigo acima aponta o fato de que o Poder de Polícia tem como função limitar ou
disciplinar direito do particular quando este for de encontro ao interesse coletivo, seja qual for o
interesse coletivo que seja afrontado.
Nesta mesma linha de raciocínio Hely Lopes Meirelles, acrescenta o Poder de
Polícia como:
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É possível perceber que, quando o Poder de Polícia for utilizado ele condicionará, ou
restringirá as atividades particulares em favor do interesse público. Uma interdição de
estabelecimento pela vigilância sanitária, por exemplo, busca evitar que os desleixos do
proprietário em relação ao cumprimento das normas de higiene prejudiquem a saúde da
população; já as fiscalizações de trânsito visam prevenir acidentes causados por condutores que
trafegam em alta velocidade, embriagados, sem habilitação; a abordagem policial de fiscalização
ou de fundada suspeita visa combater a criminalidade, manter o cumprimento da lei e da ordem
pública, interferindo diretamente na liberdade de ir e vir do cidadão, em benefício do interesse
social e etc....
Deve ficar claro que, ao exercer o Poder de Polícia, a Administração está praticando um
ato administrativo, sujeito, portanto, às regras que regem as demais atividades da Administração,
inclusive ao controle de legalidade pelo Poder Judiciário.
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ATO ADMINISTRATIVO
REQUISITOS:
Os requisitos dos atos administrativos são: competência, finalidade, forma, motivo e
objeto.
Competência: é o poder atribuído ao agente para a prática do ato; a lei é a fonte originária
da competência, mas não é exclusiva, já que, também, deriva de normas administrativas
infralegais (atos de organização), como Regimentos Internos e Resoluções.
Finalidade: é o resultado pretendido pela Administração com a prática do ato
administrativo. Como a finalidade do ato é sempre aquela prevista na lei, não há espaço para o
administrador agir diferente, ou seja, a finalidade é sempre um elemento vinculado. A prática do
ato, por vezes, pode ser discricionária, todavia, o resultado é sempre vinculado, porque busca
atingir o que e lei determina a Supremacia do Interesse Público, respeitando os Direitos
Humanos. A finalidade da administração pública pela teoria do gerencialismo é o atendimento
do interesse público.
Forma: é o modo como o ato administrativo se exterioriza, isto é, o modo que o agente
público apresenta sua ação no mundo. De regra, os atos administrativos devem ter a forma
escrita; entretanto, existem atos administrativos praticados de forma não escrita, a exemplo de
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ordens verbais, gestos, apitos, sinais sonoros ou luminosos (semáforos de trânsito), placas
(proibido fumar, proibido estacionar, e etc...). Esses elementos não escritos expressam uma
ordem da Administração Pública (uma manifestação de vontade) e, com tais, são considerados
atos administrativos. Frise-se, porém, que são meios excepcionais de exteriorização do ato, que
atendem situações especiais.
Motivo: é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento do ato
administrativo. Ou seja, são as razões que justificam a prática do ato. Por exemplo, no ato de
punição do servidor público, o motivo é a infração que ele praticou. Todo ato administrativo
deve ter um motivo lícito, ou seja, baseado na lei. Não é permitido que um ato seja feito sem
nenhum fundamento. O motivo deverá ostentar relação entre o objeto e a finalidade, senão, será
nulo.
Objeto: é o efeito jurídico imediato que o ato produz, ou seja, o objeto representa o
direito que surgiu, mudou, extinguiu devido ao ato administrativo. Segundo Maria Silvia Di
Pietro, o objeto do ato administrativo deve ser lícito (conforme a lei), possível (realizável no
mundo dos fatos e do direito), certo (definido quanto ao destinatário, aos efeitos, ao tempo e ao
lugar), e moral (em consonância com os padrões comuns de comportamento, aceitos como
corretos, justos e éticos).
ATRIBUTOS:
O ato administrativo constitui a exteriorização da vontade estatal e, por isso, é dotado de
determinadas características não presentes nos atos jurídicos em geral. Tais características são
inerentes ao ato administrativo, e são conhecidos como atributos.
Os atributos do ato administrativos são a Presunção de Legitimidade,
Autoexecutoriedade, Tipicidade e Imperatividade.
Presunção de legitimidade:
A presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei; por esse
atributo, presumem-se até prova em contrário, que os atos administrativos foram emitidos com
observância da lei. Inerente à presunção de legitimidade, têm-se a presunção de veracidade, que
diz respeito aos fatos; em decorrência desse atributo, presumem-se verdadeiros os fatos alegados
pela Administração para a prática de um ato administrativo, até prova em contrário
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Autoexecutoriedade:
A autoexecutoriedade é a prerrogativa de que certos atos administrativos sejam
executados imediata e diretamente pela própria Administração, inclusive mediante o uso de
força, independentemente de ordem ou autorização judicial prévia. A autoexecutoriedade é
frequentemente utilizada no exercício do Poder de Polícia. Exemplos conhecidos do uso dessa
prerrogativa são os da destruição de bens impróprios para o consumo e a demolição de obra que
representa risco de desabamento. Verificada a situação que provoca a execução do ato, a
autoridade administrativa de pronto a executa, ficando, assim, resguardado o interesse público.
Tipicidade:
É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas
previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados.
Esse atributo decorre diretamente do princípio da legalidade, impedindo que a
Administração pratique atos inominados, vale dizer, atos sem previsão legal; afinal, para cada
finalidade a ser perseguida pela Administração o ordenamento jurídico estabelece previamente o
ato específico (típico). A tipicidade impede, também, a prática de atos totalmente discricionários
(que seriam na verdade arbitrários), pois a lei, ao prever o ato, já define os limites em que a
discricionariedade pode ser exercida.
Imperatividade:
É o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente
da sua concordância, criando obrigações ou impondo restrições. O atributo da imperatividade
decorre diretamente do princípio da supremacia do interesse público sobre o particular.
Por exemplo, a Administração, nos termos da lei, pode determinar a interdição de
determinado estabelecimento comercial, independentemente da anuência do proprietário. Este
ato é dotado de imperatividade.
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AGENTES PÚBLICOS
Durante este curso temos falado muito de Administração Pública, entretanto, esta
entidade não é um ser vivo e necessita que pessoas exerçam suas atividades, essas pessoas são os
agentes públicos, que dentro de suas atribuições possuem subdivisões, sendo estas: agentes
políticos, servidores públicos, militares e particulares em colaboração com o poder público.
Agentes Políticos:
Segundo Hely Lopes Meirelles “São os componentes do governo em seus primeiros
escalões, investidos de cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição,
designação ou delegação para o exercício de atribuições constitucionais.”
Pode-se dizer que os agentes políticos são os componentes do Poder Público que ocupam
os escalões superiores, responsáveis por definir as diretrizes da atuação governamental. São
exemplos: o Presidente da República, governadores, prefeitos, ministros, secretários, senadores,
deputados, vereadores, magistrados em geral, promotores de justiça, representantes diplomáticos
e, ainda nas palavras do grande jurista Hely Lopes Meirelles “demais autoridades que atuem
com independência funcional no desempenho de atribuições governamentais, judiciais ou quase
judiciais, estranhas ao quadro do serviço público.”
Servidores Públicos:
São as pessoas físicas que prestam seu serviço a Administração Pública com vínculo de
emprego, mediante remuneração paga pelo erário.
Se dividem em:
-Servidor público estatutário: aqui o agente se sujeita ao regime estatutário do órgão para
o qual presta seu serviço. O ocupante de cargo público é considerado servidor público
estatutário.
-Empregado público: são os considerados segundo as regras da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), todavia, se sujeitam as normas constitucionais válidas para os outros agentes
públicos, como por exemplo, a necessidade de realizar concurso público para a sua admissão.
-Servidores temporários: são aqueles contratados para determinado período de tempo, a
fim de suprir necessidade excepcional de interesse público, conforme o inciso IX, do artigo 37,
da Constituição Federal.
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Militares:
Aqui se faz necessário seguir os apontamentos da Constituição Federal de 1988, que em
seu parágrafo 3º e caput do art. 142 estabelece que os militares sejam aqueles que prestam
serviço às Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), e no artigo 42 indica que também
são militares os policiais militares e membros do Corpo de Bombeiros dos Estados, Distrito
Federal e dos Territórios (Nohara, 2017).
Os membros das forças armadas respondem a estatuto de âmbito federal, enquanto que os
militares dos Estados submetem-se aos estatutos específicos de cada ente federativo.
Segundo a ilustríssima jurista Irene Patrícia Nohara:
“Antes da Emenda Constitucional nº 18/98, os militares eram considerados servidores
públicos. Atualmente, eles se sujeitam a regime jurídico próprio, e as normas dos servidores
públicos só lhe são aplicáveis em face de expressa previsão legal nesse sentido, como ocorre no
art. 142, parágrafo 3º, inciso VIII, da Constituição Federal, que determina a aplicação do
disposto no art. 7º, VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, XI, XIII, XIV e XV,
abrangendo, respectivamente: as garantias de décimo-terceiro salário; salário família; férias
anuais remuneradas; licença à gestante; licença paternidade; assistência gratuita a filhos e
dependentes em creches; limite de remuneração e subsídio; vedação de vinculação de espécies
remuneratórias para o serviço público; vedação de acréscimos pecuniários para fins ulteriores;
e irredutibilidade de subsídios e vencimentos. Os militares dos Estados, Distrito Federal e
territórios fazem jus às mesmas vantagens, acrescidas das disposições dos arts. 14, parágrafo
8º, e 40. Parágrafo 9º, referentes à elegibilidade do militar e à contagem de tempo para a
aposentadoria (cf. art. parágrafo 1º, CF). “
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Dentro do contexto de agente público nos cabe verificar o que ocorre no caso da
necessidade de sua responsabilização pelos atos praticados.
Responsabilidade representa a assunção a ser avaliada e entendida é a do Estado, e,
consequentemente, dos agentes públicos que o representam.
Existem três tipos de responsabilidade: a administrativa, a penal, e a civil; em resumo a
responsabilidade administrativa corresponde à verificação, e eventual sanção de infração as
normas administrativas, enquanto que a responsabilidade penal surge da prática de crimes e
contravenções penais, previstas em legislação, e a responsabilidade civil sucede das infrações às
normas de natureza civil, dando origem à obrigação de reparação do dano ou prejuízo causado a
terceiro.
A responsabilidade do Estado é sempre civil e tem como pressuposto a ocorrência de um
dano (prejuízo) material ou moral. Quando estiver caracterizada a responsabilidade civil é
cabível sanção, sendo esta a de indenização, que é o montante pecuniário necessário para reparar
os prejuízos causados pelo responsável.
No Brasil adotamos a teoria do Risco Administrativo que:
“Baseia-se no risco que o Estado causa a seus administrados. A administração tem
obrigação de indenizar a vítima pelo ato danoso e injusto que lhe for causado, não sendo
necessário à vítima provar culpa dos agentes ou falta de serviço. Para que surja a
responsabilidade, mister se faz que a vítima comprove que sofreu um dano e que ele é injusto,
Porém, se comprovado, pelo poder público, que a vítima teve culpa a indenização será
amenizada ou excluída”. (DireitoNet, 2004).
Neste cenário a Constituição Federal disciplina que o Estado é civilmente responsável
pelos danos que seus agentes causarem a terceiro (CF, art. 37, §6º). Ou seja, é o Estado quem
deverá reparar os prejuízos causados por seus agentes, pagando as respectivas indenizações aos
terceiros lesados. Isso não impede, contudo, que o Estado, depois de indenizar a vítima, cobre o
ressarcimento correspondente de seus agentes que tenham agido com dolo ou culpa.
Sendo assim, cabe salientar que a responsabilidade do Estado é objetiva, restando apenas
demonstrar o dano gerado e o nexo causal entre a ação do agente público e o prejuízo causado,
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-Ação Regressiva:
O art. 37, § 6º, da CF autoriza que o Poder Público mova ação regressiva contra o agente
cuja atuação acarretou o dano, desde que seja comprovado dolo ou culpa, (responsabilidade
subjetiva), na atuação do agente público.
Para entrar com ação de regresso contra o agente, o ente público deverá comprovar que já
foi condenado judicialmente a indenizar o particular que sofreu o dano. Isso porque o direito de
regresso nasce com o trânsito em julgado da decisão condenatória prolatada na ação de
indenização.
A responsabilidade do agente poderá ser descaracterizada caso sejam comprovados
alguns dos seguintes elementos: força maior, caso fortuito, estado de necessidade, legítima
defesa ou culpa exclusiva da vítima, caso contrário haverá a constatação através do dolo ou
culpa.
Vale anotar que, mesmo que não consiga provar a culpa ou dolo do agente público, a
obrigação da Administração perante o particular não muda, e que, a ação regressiva pode ser
ajuizada ainda que o servidor não mais exerça o cargo. Caso o agente causador do dano já tenha
falecido, a ação regressiva poderá ser ingressada contra seus herdeiros e sucessores, dentro dos
limites patrimoniais da herança.
Por último, cabe frisar, que a ação regressiva visa atingir a responsabilidade civil do
agente público, cabendo ainda, nas respectivas esferas, a responsabilização administrativa e
penal, se for o caso.
Exemplo: Sd PM 2ª Cl Bily e Sd PM 2ª Cl Kid, cumprindo ponto de estacionamento
ouvem na rede rádio que determinado banco está sendo roubado naquele instante, em uma
avenida próxima. Imbuídos do desejo de combate à criminalidade embarcam na viatura e partem
imediatamente para o local do ilícito, esquecendo-se de acionar as luzes e sirenes do veículo. Ao
adentrarem na avenida, seguem na contramão do fluxo dos veículos, e colidem, frontalmente,
com um carro, que em seu interior possuía uma família com pai, mãe e duas crianças menores de
12 anos. Além da ampla destruição do carro da família, houve a perda das pernas pela mãe, a
morte de uma das crianças e lesões corporais graves no pai e na outra criança.
Caberá responsabilização dos policiais em âmbito administrativo e penal; na esfera civil o
Estado deverá indenizar a família, e após esse processo, poderá através da ação regressiva
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pretender cobrar dos policiais os valores pagos, devendo haver a comprovação do dolo ou culpa
dos policiais durante tal processo.
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caráter nacional, alcançando, portanto, todos os entes da federação (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios).
Nesse contexto, a lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa – LIA) define os
sujeitos ativo e passivo do ato de improbidade ( art. 1º ao 3º ); o próprio ato de improbidade (arts.
9º ao 11º) as sanções cabíveis (art. 12); e as normas da ação judicial em decorrência da prática de
ato de improbidade (art. 17).
Lembrando que a improbidade não significa apenas a realização de atos imorais ou
desonestos, mas também atos ilegais, ou seja, aqueles que confrontam leis, regulamentos ou
outros atos normativos.
Dessa forma a Lei de Improbidade Administrativa (LIA) estabelece hipóteses de atos de
improbidade, sendo que a violação à moralidade administrativa é apenas uma delas. Neste
contesto, a lei 8.429/92, alterada pela lei 14230/21, estabeleceu três tipos, ou categorias, de atos
considerados como de improbidade administrativa: os que importam enriquecimento ilícito (art.
9º), os que causam prejuízo ao erário (art. 10) e os que atentem contra os princípios da
Administração Pública (art. 11).
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que se a pessoa for absolvida na esfera penal por inexistência do fato ou negativa de autoria, tal
decisão, vincula as outras esferas de responsabilidade (civil e administrativa).
A natureza da ação de improbidade administrativa não é penal, uma vez que se a conduta
for tipificada como crime, deverá ser interposta ação própria buscando aplicação das sanções
penais. Nesse caso, teremos duas ações distintas, uma de improbidade administrativa e outra de
natureza penal.
A ação de improbidade administrativa também não tem caráter administrativo, já que as
condutas tipificadas na LIA serão apuradas administrativamente, em procedimento próprio de
cada órgão, sem prejuízo da ação de improbidade, por isso, devemos perceber que as sanções
por ato de improbidade não são aplicadas na esfera administrativa.
Alguns doutrinadores a consideram como de natureza civil. Todavia a Prof. Maria Silvia
Zanella Di Pietro ensina que o ato de improbidade administrativa caracteriza um ilícito de
natureza civil e política, uma vez que pode implicar a suspensão dos direitos políticos, a
indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário.
Vale dizer, que as sanções são aplicadas no âmbito judicial, em processo próprio,
instaurado por iniciativa do Ministério Publico.
Dessa forma, ainda que a sanção possa ter repercussão na esfera administrativa (como
ocorre com a perda da função pública, com a proibição de contratar com o Poder Público e com a
proibição de receber do Poder Público benefícios fiscais ou creditícios), a sanção em si é
aplicada no âmbito judicial.
Da Declaração de Bens:
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