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Nome : Shelsia Armindo Munguambe

Código:20170141

Questionário 20

▪ 1. Quais são as circunstâncias que permitem ao agente adquirir o direito à comissão?


R: O agente adquire o direito à comissão logo e na medida em que se verifique alguma
das seguintes circunstâncias:
- O principal haja cumprido o contrato ou deva tê-lo cumprido por força do acordo
celebrado com o terceiro:
-O terceiro haja cumprido o contrato.
Veja -se o art 540/1 do CCom .

▪ 2. Que pretende o legislador significar com as expressões: «o principal haja cumprido


o contrato», « deva tê-lo cumprido por força do acordo celebrado com terceiro» e
«terceiro haja cumprido o contrato»?
R: O legislador pretende dizer que deve haver uma presunção de que o principal tenha
cumprido o contrato tendo em conta o acordo celebrado com o cliente .

▪ 3. O principal e o agente podem celebrar um contrato que afaste o direito à


comissão, após um cliente ter celebrado um contrato com o principal?
R:Não podem pois , qualquer cordo das partes sobre o direito à comissão, NÃO PODE
OBSTAR A QUE ESTE SE ADQUIRA, pelo menos:
Quando o terceiro cumpra o contrato ou Deva tê-lo cumprido, caso o principal tenha já
cumprido a sua obrigação.. ART. 540/2

▪ 4. Qual é o prazo legal máximo, em meses, em que a comissão deve ser paga ao
agente?
R: A comissão referida nos números anteriores deve ser paga até ao último dia do mês
seguinte ao Trimestre em que o direito tiver sido adquirido..
▪ 5.As comissões devidas pela convenção del credere, obedecem ou não, ao mesmo
prazo? Qual é o fundamento jurídico?
R: Existindo convenção del credere (art. 533/1) pode,, o agente exigir as comissões
devidas uma vez celebrado o contrato.

▪ 6. Havendo inadimplemento do contrato pelo agente por culpa do principal, pode o


agente, exigir a comissão? Porquê?

Se o não cumprimento do contrato ficar a dever-se a causa imputável ao principal:


➢ O agente não perde o direito de exigir a comissão.
Como resulta do art 541 do CCom
▪ 7. A, agente de B, efectuou despesas no exercício das suas funções normais. No
contrato que firmara com B, nada ficara clausulado sobre o reembolso de despesas
desse tipo. A enviou uma factura a B, exigindo o reembolso das referidas despesas,
mas B recusou-se. Qui júris?

R: A pretensão de A (Agente) não poderá ser procedente ,atendendo ao que dispõe o


art 542 do CCom que preceitua que :
Na falta de convenção em contrário, o agente não tem direito a reembolso das despesas
pelo exercício normal da sua actividade.

▪ 8. Expliqu como é que o agente deve concretizar o dever de informação a terceiros.


O agente deve informar os interessados sobre os poderes que possui, designadamente
através de letreiros afixados nos seus locais de trabalho e em todos os documentos em
que se identifica como agente de outrem, deles devendo sempre constar se tem ou não
poderes representativos e se pode ou não efectuar a cobrança de créditos.
As informações respeitantes ao número anterior devem constar obrigatoriamente da
língua oficial.
Vide o Art 543/1 e 2.

▪ 9. Qual é a sanção legal para o negócio que o agente celebre sem poderes de
representação?
R:O negócio que o agente sem poderes de representação celebre em nome da outra
parte:
- Tem os efeitos previstos no no 1 do artigo 268 do Código Civil: ✓É ineficaz enquanto
não for ratificado.
Vide o Art 544/1 do CCom.

▪ 10. C, principal, tomou conhecimento no dia 20/11/21, que D, seu agente, a quem
não conferira qualquer procuração, celebrara, em seu nome, um contrato com
terceiro. C manifestou oposição ao facto no dia 30/11/21. Quid júris?
R: A manifestação da oposição de C (principal) não procede , na medida em que o
negócio entre o agente e o terceiro não foi ratificado
Diz nos o art 544/2 que Considera-se o negócio ratificado se a outra parte, logo que
tenha conhecimento da sua celebração e do conteúdo essencial do mesmo:
➢ Não manifestar ao terceiro de boa-fé, no prazo de cinco dias a contar daquele
conhecimento, a sua oposição ao negócio.
Ora na hipótese em apreço , C só manifestou a sua oposição 10 dias depois do
conhecimento do negócio.

▪ 11. E, agente de F, celebrou um contrato com terceiro, G, em nome de F, pois F havia


prometido, na presença de G, enviar-lhe uma procuração dentro de muito pouco
tempo. Aprecie o negócio celebrado por E.
R:O negócio celebrado por E será eficaz , visto que o principal contribuiu para a
confiança no terceiro , tendo ele garantido que lhe enviaria a procuração dentro de
pouco tempo , na presença do mesmo .
Vide o art 545/1 do Ccom.

▪ 12. F, um agente não autorizado de G, cobrou dívidas em nome deste a H. Quid júris?
R:Neste caso , sera lícita a cobrança de F a H , no caso de tiverem existido razões
ponderosas, objectivamente apreciadas, tendo em conta as circunstâncias do caso, que
justifiquem a confiança do terceiro de boa fé na legitimidade do agente.
E também Desde que o principal G tenha igualmente contribuído para fundar a
confiança do terceiro.
Vide o art 545/2 do Ccom.

▪ 13. Indique 3 formas de cessação do contrato de agência.


O Contrato de agência caduca, especialmente:
- findo o prazo estipulado;
-verificando-se a condição a que as partes o subordinaram ou tornando-se certo que
não pode verificar-se, conforme a condição seja resolutíva ou suspensiva;
➢ Por MORTE DO AGENTE ou, tratando-sede pessoa colectiva, pela EXTINÇÃO desta;
➢ FALÊNCIA do agente ou do principal.

▪ 14. Indique os casos legais de caducidade do contrato de agência.


Art 547 do Ccom.
A caducidade do contrato de agência opera em três casos concretos, a saber, quando
se atinja o prazo nele estipulado, quando a condição resolutiva é preenchida ou se torne
certo que ela não se verificará, e ainda, quando o agente (ou o principal) falece ou se
extingue (tratando-se de pessoa colectiva). Esta enumeração é meramente
exemplificativa, admitindo-se outros motivos de extinção da relação de agência, tais
como a insolvência das partes, a sua interdição ou inabilitação enquanto pessoas
singulares, entre outras razões não especificadas no regime de agência, mas cujos
efeitos conduzem à sua extinção natural e imediata.
Verificada alguma das situações supra elencadas (ou outras que impliquem a cessão
instantânea do vínculo contratual), o contrato caduca de forma automática, sem
qualquer intervenção da vontade das partes, produzindo os seus efeitos “ex nunc”.

▪ 15. Em que condições se presume, legalmente, que um dado contrato de agência foi
celebrado por tempo indeterminado?
R:Se as partes não tiverem convencionado prazo, o contrato presume-se celebrado por
tempo indeterminado nos termos do nr 1 do artigo 548

▪ 16. Qual é o efeito jurídico que decorre do facto de um dado contrato de agência
continuar a ser cumprido pelas partes após o decurso do prazo?
R: Considera-se renovado por tempo indeterminado o
contrato que continue a ser cumprido pelas partes após o do prazo (no 2 do art 548)

▪ 17. Em que circunstâncias a lei permite a denúncia de contratos de agência


celebrados por tempo indeterminado?
R: A denúncia só é permitida nos Contratos celebrados por tempo indeterminado e
desde que comunicada ao outro contraente, por escrito, com a antecedência mínima
seguinte:
UM MÊS, se o contrato NÃO DURAR há mais de um ano; DOIS MESES, se o contrato
DURAR há mais de um ano; ➢ TRÊS MESES, se o contrato DURAR HÁ MAIS DE DOIS
ANOS;
➢QUATRO MESES, se o contrato DURAR HÁ MAIS DE TRÊS ANOS;
Vide o art 549/1 do Ccom.

▪ 18. Qual é o prazo de pré-aviso de denúncia de um contrato de agência que vigora há


5 anos?
R:O prazo é de 6 meses.

▪ 19. Pode, validamente, o prazo de pré-aviso de denúncia do contrato pelo principal,


ser inferior ao do agente?
R: O prazo a observar pelo principal não pode ser inferior ao do agente.
Art 549/3

▪ 20. Qual é o efeito decorrente da violação de um dos prazos de pré- aviso de


denúncia de um contrato de agência?
R: Quem denunciar o contrato sem respeitar os prazos referidos no artigo anterior:
-É obrigado a indemnizar o outro contraente pelos danos causados pela falta de pré-
aviso.
Vide o art 550/1 do Ccom.

▪ 21. Qual é a alternativa a esse efeito?


R: O agente pode exigir, em vez desta indemnização, uma quantia calculada com base
na retribuição média mensal auferida no decurso do ano precedente, multiplicada
pelo tempo em falta;
Se o contrato durar há menos de um ano, atender-se-á à retribuição média mensal
auferida na vigência do contrato.
Art 550/2 do Ccom .

▪ 22. Quais são os fundamentos legais para a resolução de um contrato de agência?


R: O contrato de agência pode ser resolvido por qualquer das partes:
➢Se a outra parte faltar ao cumprimento das suas obrigações, quando, pela sua
gravídade ou reiteração, não seja exigfvel a subsistência do vínculo contratual;
Se ocorrerem circunstâncias que tornem impossível ou prejudiquem gravemente a
realização do fim contratual, em termos de não ser exigível que o contrato se mantenha
até expirar o prazo convencionado ou imposto em caso de denúncia.
Art 551/1 do CCom.

▪ 23. qual é a forma que essa resolução deverá ter e em que prazo?
R:A resolução é feita através: ➢ De declaração escrita,
➢No prazo de um mês após o conhecimento dos factos que a justificam,
➢ devendo indicar as razões em que se fundamenta.
Art 551/2 do CCom .

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