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De acordo com Leahy (2011) a ansiedade é parte da nossa herança genética, faz parte de nossa evolução e boa parte do que
fazemos para evitar o perigo são partes dessa herança e instinto de preservação.
Refutando essa afirmação, Gorayeb (2014) pontua que nossa ansiedade é a soma de mudanças em nosso corpo, com os
pensamentos, que, por sua vez, levam a sentimentos, que parece ser uma mistura de medo, insegurança, vergonha. Todo esse
processo, misturado a interpretação cognitiva da situação, reações fisiológicas é o que chamamos de ansiedade.
Ela é nosso alarme, contudo, os perigos, que nossos ancestrais tinham a milhões de anos atrás não são os mesmo da idade
moderna e o mais importante, diferente deles e dos animais, desenvolvemos a linguagem, comunicação e temos a capacidade
de interpretação, fazendo com que alguns medos sejam criados, outros imaginários, fruto dos nossos pensamentos e
interpretações.
Vamos utilizar um exemplo divertido da função reguladora que a ansiedade exerce e quando ela está função acaba ficando
desadaptada, ou seja, acaba atrapalhando. Utilizaremos o filme “Os croods” como base dessa explicação.
Uma família que vivia numa caverna, caçavam juntos (sempre a luz do dia para não serem devorados), não saiam a noite e
nem pensar em coisas novas em galera. Qualquer coisa que fugisse da rotina metódica, “controlada” e já conhecida pelo
papai e chef Grup não poderiam ser feitas ou exploradas. Ele seguiu à risca todas as “regrinhas” impostas pela
ANSIEDADE:
•Detectar o “perigo” – quanto mais rápido um perigo é detectado maiores as chances de sobreviver, alerta é o
sobrenome.
•Transformar o perigo em catástrofe – uma pequena coisa, pode se tornar um grande desastre.
•Tentar controlar a situação – tenta controlar a ansiedade e também as coisas a sua volta. Portanto, todos dentro da
caverna para evitar o perigo.
•Evitar ou escapar – Não consegui controlar? Então é preciso fugir, e rápido. Não precisamos conhecer nada novo,
o novo não tem como controlar. (LEAHY, 2014)
Até que sua filha adolescente e curiosa Eep, quebra algumas dessas regrinhas, e conhece um coleguinha bem evoluído, o
Guy que tem muitas coisas “modernas”, vocês imaginam a confusão não é mesmo?
Então, o que essa historinha tem a ver? Tudo, o medo do pai de Eep a impedia de conhecer coisas novas e impedia ele
mesmo de buscar um mundo cheio de possibilidades de evolução e até de avaliar se o que provocava medo, era realmente
perigo. Assistam e confiram o final, a saída da caverna e as descobertas, novas interpretações.
Embora a ansiedade seja uma herança útil para nossa sobrevivência, algumas vezes ela nos atrapalha, especialmente quando
reforçamos em demasia as regrinhas citadas anteriormente.
Gorayeb (2014) emprega os termos ansiedade adaptativa para quando a ansiedade não traz prejuízos e ela está apenas
fazendo sua função de alerta/reguladora (o sinal de alerta é sútil) e ansiedade desadaptativa quando ao invés de ajudar, acaba
atrapalhando.
•REVISÃO: Ansiedade é uma resposta emocional normal e adaptativa diante de situações real ou imaginárias de
ameaça.
E como saber se a ansiedade está adaptada, desadaptada ou evoluindo para um transtorno psicopatológico? Alguns
parâmetros que são levados em consideração: