Você está na página 1de 27

Ações em estruturas

AGENDA:

• Conceito de força

• Definição de estrutura

• Estrutura – Caminho das forças

• Ações em Estrutura

• Distribuição das cargas nos elementos estruturais


Referencias consultadas:
As notas de aula aqui apresentadas foram elaboradas com base nas
referencias listadas abaixo:

• REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo;


Zigurate, 2000.
Conceito de força
Define-se força como toda a ação capaz de modificar o equilíbrio de um
corpo sobre o qual ela é aplicada.
Ou seja, sempre que um corpo, com uma determinada massa, estiver em
repouso e iniciar um movimento ou, ainda, quando já em movimento
retilíneo, com velocidade constante, tiver sua velocidade e/ou sua direção
alterada, diz-se que a ele foi aplicada uma força.
Conceito de força
Matematicamente, define-se força como o produto:
𝐹 = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑥 𝐴𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑀 𝑥 𝑎

Uma força é determinada por quatro características:


a) sua intensidade ou grandeza
b) sua direção;
c) seu sentido; e
d) seu ponto de aplicação.

A unidade de força depende do sistema de unidades que esteja sendo


usado, como N (Newton) no Sistema Internacional de Unidades e kgf
(quilograma-força) no sistema Técnico de Unidades.
Conceito de força
As grandezas com as características intensidade, direção e sentido são
denominadas grandezas vetoriais. Graficamente elas são representadas
por uma flecha e são chamadas vetores.

Componentes cartesianas de uma força:


Trabalhar com as componentes de uma força projetada em eixos
cartesianos é bem mais simples do que trabalhar com a própria força.
Conceito de força
Definição de Estrutura
• Estrutura é tudo aquilo que sustenta.
Por exemplo: o esqueleto humano.

• Estrutura também pode ser entendida como um sistema que é


composto de elementos que se inter-relacionam para desempenhar
uma função quer seja permanente ou não.

 No caso de edificações, a estrutura é um sistema constituído de


elementos de lajes, de vigas e de pilares que se inter-relacionam
entre si, ou seja, laje apoia em viga, viga apoia em pilar, para assim
desempenhar uma função que é criar um espaço em que as pessoas
possam habitar e exercer diversas atividades.
Estrutura – Caminho das forças
Estrutura como caminho das forças:

• Cada parte portante da construção,


também denominada peça estrutural, deve
resistir aos esforços incidentes e transmiti-
los a outras peças, através dos vínculos que
as unem, com a finalidade de conduzi-los
ao solo.

Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000.


Estrutura – Caminho das forças
Estrutura como caminho das forças:

• Para transferir um conjunto de forças até o solo, pode-se usar poucos


ou muitos caminhos.

• Uma estrutura com muitos caminhos tende a ter caminhos mais


estreitos, enquanto a com poucos caminhos sofre um maior acumulo de
forças em cada um dos seus caminhos, obrigando assim a ter caminhos
mais largos.

• Fazendo uma analogia simples com uma circulação viária para deixar
bem clara essa noção de distribuição de caminhos.
Se a ligação entre dois bairros for feita por apenas uma rua, deve-se
construir uma rua bem larga para garantir que não se tenha problemas de
engarrafamento. E ao contrário, se houver varias ruas ligando esses dois
bairros, não haverá a necessidade de ruas muito largas.
Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000.
Estrutura – Caminho das forças
Exemplo: Estrutura como muitos caminhos de forças

A torre Eiffel em Paris na


França é um exemplo de
uma estrutura com muitos
caminhos.

Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000.


Estrutura – Caminho das forças
Exemplo - Estrutura como poucos caminhos de forças

No caso da estrutura do MASP em


São Paulo que é um exemplo de
estrutura com poucos caminhos de
força, apenas duas vigas e quatro
pilares transmitem as forças para o
solo.

Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000.


Estrutura – Caminho das forças
Estrutura como caminhos de forças:
Qual a melhor solução: uma estrutura com poucos ou muitos caminhos de
forças?
Para responder essa questão devem ser analisados outros fatores, tais
como: melhor capacidade estrutural, execução, utilização, custos, prazos,
manutenção, sustentabilidade, entre outros.
Estrutura – Caminho das forças
Soluções Estruturais
Ações em Estrutura
Tipos de forças que atuam nas estruturas:
Como uma estrutura é constituída de caminhos de forças, é necessário que
sejam conhecidas as forças que atuam nas edificações, ou seja, sua
intensidade, direção e sentido, para que a concepção estrutural seja
coerente com o caminho de forças de forma que este deva ser percorrido
até o solo e que os elementos estruturais também possam ser
dimensionados adequadamente.

As forças externas que atuam nas estruturas são denominadas de ações.

As ações a considerar classificam-se, de acordo com a ABNT NBR 8681, em


permanentes, variáveis e excepcionais.
Ações em Estrutura
Ações permanentes:
Ações permanentes são as que ocorrem com valores praticamente
constantes durante toda a vida da construção. São aquelas devidas
exclusivamente a forças gravitacionais, ou pesos.

As ações permanentes são constituídas pelo:


• Peso próprio da estrutura
• Pesos dos elementos construtivos fixos
• Pesos das instalações permanentes.
Ações em Estrutura
Ações permanentes – Peso próprio da estrutura:
Para calcular o peso próprio da estrutura é necessário o conhecimento das
dimensões do elemento estrutural e do peso específico (kN/m3) do
material de que é feito o elemento estrutural.
Ações em Estrutura
Ações permanentes – Peso próprio da estrutura:

http://www.lami.pucpr.br/cursos/estruturas/Parte01/Mod05/Curso1Mod05-01.htm
Ações em Estrutura
Ações permanentes – Peso próprio da estrutura
A NBR 6120 especifica que na falta de determinação experimental,
poderão ser adotados os valores de peso específico (kN/m3) dos materiais
de construção indicados na Tabela 2.1.
Ações em Estrutura
• Ações permanentes – Pesos dos elementos construtivos fixos

• Peso dos elementos construtivos - Os pesos específicos (kN/m3) dos


materiais de construção correntes podem ser avaliadas com base
nos valores indicados na ABNT NBR 6120.
Exemplo: Peso dos revestimentos de pisos, como contrapiso, pisos
cerâmicos, entre outros;
Exemplo: Peso das paredes (Tijolo) e do seu revestimento
(emboço, reboco, azulejo e outros).
Ações em Estrutura
• Ações permanentes – Pesos das instalações permanentes

• Os pesos das instalações permanentes são considerados com os


valores nominais indicados pelos respectivos fornecedores.
Exemplo: Banheira Jacuzzi, Gerador de energia, Ar condicionados,
entre outros.
Ações em Estrutura
Ações variáveis (Acidentais):
As ações variáveis são constituídas pelas cargas acidentais previstas para o
uso da construção, ação do vento e da água.
Exemplos:
• O pesos das pessoas;
• O peso do mobiliário;
• O peso de veículos;
• A força de frenagem (freio) de veículos
É uma força horizontal que depende do tipo do veículo
• A força do vento
Força que depende da região, das dimensões verticais e horizontais
de uma edificação.
• Entre outras
Ações em Estrutura
Ações variáveis - Sobrecargas
As ações variáveis são cargas fixadas pela Norma NBR-6120 - “Cargas para
o cálculo de estruturas de edificações” e são supostas uniformemente
distribuídas.
Valores mínimos de sobrecargas a serem adotados são:
Ações em Estrutura
O efeito da sobrecarga é considerado sobre lajes sendo portanto uma carga
distribuída/m2.
Exemplos de valores a serem considerados:
• Residência, escritório: sc = 1,50 à 2,00 kN/m2
• Compartimentos com acesso ao público (escolas, restaurantes, etc.): sc
= 3,00 kN/m2
• Compartimentos para baile, ginástica, esporte (teatros, ginásios, clubes,
etc.): sc = 4,00 kN/m2

http://www.lami.pucpr.br/cursos/estruturas/Parte01/Mod06/Curso1Mod06-04.htm
Ações em Estrutura
Carregamentos – Combinações de Ações (Cargas)
Um carregamento constitui-se numa combinação de ações (cargas).

http://www.lami.pucpr.br/cursos/estruturas/Parte01/Mod06/Curso1Mod06-07.htm
Distribuição das cargas nos elementos estruturais
Quanto a geometria, as cargas podem ser: Cargas Superficiais
São cargas distribuídas sobre uma superfície.
Exemplos: Peso próprio de uma laje, o peso próprio de revestimentos de
pisos, entre outras. São as sobrecargas apresentadas pela NBR 6120.

http://www.lami.pucpr.br/cursos/estruturas/Parte01/Mod04/Curso1Mod04-02.htm
Distribuição das cargas nos elementos estruturais
Quanto a geometria, as cargas podem ser: Cargas Lineares
São cargas distribuídas sobre uma linha.
Exemplos: Peso próprio de uma viga, o peso próprio de uma parede sobre
uma viga ou sobre uma laje, entre outras.

http://www.lami.pucpr.br/cursos/estruturas/Parte01/Mod04/Curso1Mod04-02.htm
Distribuição das cargas nos elementos estruturais
Quanto a geometria, as cargas podem ser: Cargas Pontuais ou Concentradas
São cargas localizadas em um ponto.
Exemplos: Uma viga apoiada sobre outra, peso próprio de um pilar, um
pilar que nasce numa viga ou sobre uma laje, entre outras.

http://www.lami.pucpr.br/cursos/estruturas/Parte01/Mod04/Curso1Mod04-02.htm

Você também pode gostar