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ESCOLIOSE

ÁDILA RAVANE DOS SANTOS CAVALCANTE – N1480C-8


ANDRESSA SILVA REIS – D27BCE-0
CHRISTIANA MARTINS DE SOUZA - D0753H-0
LÍGIA LINO SILVA DE LIMA - D41EFD-9
CASO CLÍNICO:
 Paciente 10 anos, estudante, portadora de escoliose torácica à esquerda (20 graus). Não relata dor nem queixas
respiratórias, apenas dificuldade para realizar a flexão máxima dos ombros durante a prática da natação. A menina
ainda não menstruou e apresenta Risser 2. Foi orientada pelo médico a fazer fisioterapia.
 Exame físico essencial para avaliação do problema e determinação dos efeitos da terapia.
 Inspeção: direto (ver, ouvir, odores) indireto (instrumentos e lentes)
 Palpação: leve ou profunda
 ADM: A amplitude de movimento compreende o grau de amplitude atingido por uma articulação. Ou seja é o
movimento completo que uma articulação pode realizar.
 Teste da distância do 3°dedo ao solo: teste para avaliar a flexão global de tronco e a flexibilidade dos músculos
posteriores dos MMII.
 Em posição adequadamente ortostática, pés juntos, paciente fará uma flexão máxima anterio rdo tronco com os
joelhos estendidos, desta forma se mensura com uma fita métrica a distância do 3° dedo de ambas as mãos.
FORÇA MUSCULAR
 Deve ser graduada.
 0: Contração muscular não visível
 1: Contração muscular visível com ou sem indício de movimento
 2: Movimentos dos membros, mas não em relação à gravidade
 3: movimento do membro contra a gravidade, mas sem resistência
 4: Movimento do membro em relação a pelo menos alguma resistência imposta pelo examinador
 5: Força normal
TESTES ESPECIAIS

 Teste de discrepância real de


MMII:
A discrepância real no comprimento
é determinada pela medida da
distância compreendida entre a
espinha ilíaca ântero-superior e o
maléolo, medial de um membro em
relação ao outro. Se houver diferença
entre as distâncias destes pontos
fixos, está demonstrada a
discrepância real.
TESTES ESPECIAIS

 Teste de discrepância aparente de


MMII:
A discrepância aparente é determina
da pela medida da distância compree
ndida entre a cicatriz umbilical e
o maléolo medial de
um em relação ao outro. Estas discre
pâncias aparentes resultam de posiçõ
es anormais da pelve e não de encurt
amento real de um membro.
.
 Teste de Sorenson:
O teste de Sorenson foi descrito pela primeira vez em 1964 como um exame da resistência isométrica dos
músculos extensores quadril e das costas. Após um estudo de Beiring-Sorenson, foi considerado uma boa
ferramenta para prever o risco de dor lombar inespecífica.
É utilizado para medir quantos segundos o sujeito é capaz de manter a parte superior do corpo sem suporte (a
partir da borda superior da crista ilíaca) horizontal, enquanto colocado em decúbito dorsal com as nádegas e as
pernas fixas ao sofá por três largas alças de lona e os braços cruzados no peito.
O teste termina se o paciente conseguir manter a posição por 240 segundos ou não puder mais manter a posição
definida antes dos decorridos 4 minutos. O tempo de parada é registrado.
ÂNGULO DE COBB

 O ângulo de Cobb é medido ao


traçar-se duas linhas paralelas às
placas terminais dos corpos
vertebrais no início e fim da
curva. Em seguida, traça-se
mais duas linhas perpendiculares
a estas e o ângulo formado pelo
cruzamento destas duas linhas é
conhecido como ângulo
de Cobb.
SINAL DE RISSER
 É utilizado como critério para
avaliação do potencial de
crescimento ósseo por sua fácil
aplicação e comprovação da boa
correlação com a maturidade
óssea. Nele é avaliado o
aparecimento da apófise de
crescimento da crista ilíaca
posterior, que sempre aparece de
lateral para medial.
 Nos estágios 1, 2 e 3 considera-se Risser 0: sem apófise
o paciente com maturidade
esquelética, e nos estágios 4 e 5,
Risser 1: 25%
com baixo potencial de Risser 2: 50%
crescimento. Risser 3: 75%
Risser 4: 100%
Risser 5: Fusão da apófise à asa do ilíaco
O QUE É?
 Escoliose é a curvatura lateral da
coluna vertebral caracterizada
pela rotação das vertebras, sendo
o tipo de deformidade mais
visível, podendo ser vista
olhando o individuo
posteriormente, muitas vezes
apresenta aparência de “C” ou de
um “S”.
 Alterações na postura, assimetria
dos membros, curvaturas
visíveis, perca da mobilidade,
desconforto, sensação de fadiga
nas costas são alguns dos
problemas causados pela
escoliose.
LOCALIZAÇÃO

 A curvatura pode localizar-se na


parte inferior da coluna
(escoliose lombar), na parte
média da coluna (escoliose
torácica) ou ir desde a parte
inferior à superior (escoliose
toracolombar).
TIPOS:
 ESTRUTURAL: A escoliose é progressiva, o paciente não apresenta flexibilidade normal e a curvatura já atinge as
vértebras, apresentando uma flexão lateral assimétrica. O paciente ao se inclinar para frente apresenta giba posterior
nas costelas.
 FUNCIONAL: Não é progressiva, apresenta flexão lateral simétrica, a deformidade atingiu somente os músculos; É
mais comum o aparecimento desta deformidade quando há crescimento assimétrico, fazendo com que haja um ajuste
compensatório.
ETIOLOGIA:
 ESTRUTURAL: Idiopática (70%),traumática, congênita, Doenças neuromusculares.

 FUNCIONAL: Compensatória, inflamatória, postural .


TRATAMENTO
FATOR DE PROGRESSÃO
 O risco de progressão está altamente correlacionado com o potencial de crescimento durante o período de observação
Fórmula:

Ângulo de Cobb - (3x sinal de risser)


____________________________________
Idade cronológica

<1,4 - 40% de progressão


1,4 < fator < 1,65 (40-60% d e progressão )
>1,65 (mais de 60% de progressão)
COLETES
 COLETE DE MILWAUKEE:
Criado em 1945, inicialmente
com o propósito de
imobilização pós cirurgias da
coluna vertebral é uma órtese
tóraco lombo sacral. A melhor
indicação do colete de
Milwaukee é nas escolioses
idiopáticas de pequeno valor
angular e ainda flexíveis. A
faixa de boa indicação
corresponde as curvas entre 20
e 50º graus.
COLETES

 COLETE DE BOSTON:
Criado em 1972, também é uma
TLSO (Órtese toraco lombo
sacral), mas esteticamente
melhor.
COLETES
 Desenvolvido em 1960 na
Alemanha e França, é atualmente
o mais aceito e com melhores
resultados, por se tratar de um
colete rígido e fornecer correção
em 3 D. Em estudo recente de
Ovadia, Eylon e Mashiah (2012),
foi observado melhora de 25% da
correção no ângulo de Cobb, e
estabilizou em cerca de 23% das
curvas. A conclusão do estudo é
que o Colete Ortopédico Rigo
Cheneau não só interrompe a
progressão, mas possivelmente
melhorar a curva.
ALONGAMENTO

 Paciente deve sentar sob o


calcanhar e flexionar o tronco
(abdômen, encostado nas coxas),
braços estendidos acima da
cabeça, e as mãos devem ficar
espalmadas no chão. Esse
movimento para frente e logo
depois inclinando lateralmente ,
tronco para o lado oposto da
concavidade e as mãos para o
lado da convexidade.
ALONGAMENTO

 Paciente começará com a postura


do 4 apoios (postura cachorro) –
irá elevar o braço e a perna do
mesmo lado (lado encurtado); e
mante essa posição por 15/20s e
voltar a posição inicial.
ALONGAMENTO

 O paciente estará sentado sob os


calcanhares, com os braços
esticados irá em direção ao chão,
descendo lentamente. Irá manter
a posição por 20s e lentamente
irá voltar para a postura inicial.
ALONGAMENTO

 Alonga oblíquos externos e


dorsal largo (Lado encurtado).
ALONGAMENTO

 Alonga glúteos e oblíquos


externos (Lado encurtado).
ALONGAMENTO

 Alonga oblíquos internos e


externos.
ALONGAMENTO

 Alonga o músculo
esternocleidomastoideo e
trapézio superior (Lado
encurtado).
ALONGAMENTO

 Alonga peitoral maior e menor


(Lado encurtado).
ALONGAMENTO

 8-) Alonga grande dorsal.


ALONGAMENTO

 Paciente: em DL, na beira da


maca, com um rolinho no ápice
da curva e o braço que esta
estendido acimada cabeça.

 Terapeuta: Estabiliza com as


mãos na crista ilíaca.
ALONGAMENTO

 Alongamento passivo de
iliopsoas

 Paciente: em decúbito ventral

 Fisioterapeuta : com uma mão


estabiliza a pelve e com a outra
realiza uma extensão do quadril
MOBILIZAÇÃO
ATIVA

 Paciente ficará na posição de 4


apoios, irá elevar as costas
lentamente e abaixar a cabeça até
encostar o queixo no peito. E
lentamente irá levantando a
cabeça e abaixando a coluna para
a posição inicial.
MOBILIZAÇÃO
ATIVA

 O paciente ficará em decúbito


ventral apoiando as duas mãos no
solo e irá realizar uma extensão
toracolombar deixando os
cotovelos estendidos.

 Mobilização da cadeia posterior


MOBILIZAÇÃO
ATIVA

 Em posição de afundo, segurando


um bastão na altura dos ombros
com extensão completa dos
cotovelos. O paciente irá realizar
uma rotação do tronco oposto ao
lado encurtado.
ESTABILIZAÇÃO

 (A) O paciente irá realizar um


deslizamento simples de perna;

 (B) O paciente irá levantar


simultaneamente o braço e a
perna opostas alternando os
membros; Isso irá exigir que a
musculatura estabilizadora se
ajuste ao deslocamento dos
membros ao mesmo tempo.
ESTABILIZAÇÃO

 Uso de resistência elástica para


treinar e fortalecer os músculos
extensores da coluna para a
estabilização na posição ereta.
 Padrões diagonais sentado sobre
uma superfície instável; (B) Em
bipedestação.
ESTABILIZAÇÃO

 Treinamento de estabilização do
músculo quadrado lombar em
CCF.
 (A) Paciente realiza uma ponte
lateral sobre o cotovelo e joelho;
(B) Paciente realiza uma ponte
lateral sobre a mão e pé.
CONSENSO SOSORT 2016
• Como um paciente deve ser avaliado?
• Qual tratamento conservador deve ser fornecido, e como?
• Como e quando deve ser aplicado o bracing?
• Como e quando os exercícios devem ser usados?
MÉTODO SEAS
• SEAS é a sigla para “Abordagem de Exercícios Científicos para Escoliose”.
• Programa de exercícios individualizado adaptado a todas as situações de tratamento conservador de escoliose.
• Melhora da estabilidade da coluna na auto correção ativa é o objetivo primordial da SEAS.
• Reverter o Ciclo de Stokes.
MÉTODO SEAS

 Os exercícios são de acordo com


a capacidade, necessidade e
habilidade de cada paciente
MÉTODO SEAS - PROTOCOLO DE APLICAÇÃO
 A coluna do paciente está apoiada e não relaxada?
 O corpo do paciente está mais simétrico do que antes?
 Ao realizar o exercícios o paciente consegue manter a auto-correção?
 O paciente reconhece que o corpo dele retorna à posição que estava antes de realizar a auto-correção?
MÉTODO SEAS

 (A) Sentada com a posição


relaxada e não corrigida.

 (B) O terapeuta irá solicitar que o


paciente faça um auto-correção
ativa das curvas escolióticas,

 (C) O paciente irá se inclinar


para frente preservando as curvas
fisiológicas junto com a auto-
correção realizada e irá atingir a

 (D) Posição ortostática mantendo


a correção ativa.
MÉTODO SEAS

 (E) Ortostática de frente para


uma parede. O terapeuta irá
solicitar a execução da auto-
correção ativa do paciente, o
paciente irá sobrepor as mãos na
parede mantendo a correção da
postura.

 (F) Flexão de braço e retornar


para a posição inicial sem perder
a auto-correção.
RESULTADO

 Dois anos de tratamento com o


método SEAS.
ORIENTAÇÕES

 Em geral, as orientações devem


ser aplicadas na rotina do
paciente.
OBRIGADA!

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