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Relatório de aula prática

Discentes: Bianca Aparecida Santos Silva, Larissa Brunhera, Maria Isabela Ribeiro
dos Santos, Shelda Lays, Tatiane Trivelato.
Aula 5. Semiologia e avaliação do sistema cardiovascular
Introdução
A reabilitação cardiovascular é de extrema importância para pacientes
cardiopatas pois promove a melhora da capacidade funcional, redução dos riscos,
redução dos sintomas e uma melhora significativa da qualidade de vida. Utilizada
pelos fisioterapeutas nos casos de infarto agudo do miocárdio, nas coronariopatias,
pós-operatório de cirurgias cardíacas, doenças valvares e pós-transplantes a
elaboração da conduta adequada é dependente da avaliação deste paciente, que
possui especificidades e particularidades que se tornam essenciais para uma boa
reabilitação.
O fisioterapeuta profissional utiliza o exercício físico e a biomecânica como
instrumentos de trabalho para eliminar ou reduzir limitações físicas e sociais causadas
por afecções agudas e crônicas, tendo vasta área de atuação nas diferentes
populações, incluindo indivíduos com doença cardiovascular.
Objetivo
O objetivo deste relatório é descrever e expor as manobras, testes, instrumentos
e requisitos utilizados na avaliação da fisioterapia cardiovascular.
Descrição dos procedimentos realizados:
1. Verificação da PA e sinais vitais
O paciente foi posicionado em sedestação com apoio para dorsal e MMII, de
modo que seus pés estivessem em contato total com o solo. O braço na altura
do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima. O manguito foi
colocado há 2 centímetros de distância da fossa cubital (figura 1), sem folgas, e
ajustado ao perímetro do membro superior do paciente sobre a artéria braquial
(figura 2).
Figura 1. Distância do manguito da fosse cubital.
Figura 2. Manguito ajustado ao braço do paciente.

A partir da palpação da artéria radial foi estimada a pressão arterial sistólica,


cujo valor foi de 130 mmhg. Posteriormente, foi realizada a deflação do
esfigmomanômetro e o diafragma foi colocado sobre a região cubital, a
insuflação foi realizada novamente ultrapassando 20 mmhg da PAS estimada
(130 mmHg + 150 mmHg= 150 mmHg). A velocidade de deflação foi de mmHg
por segundo. A fase I do som de Korotkoff foi em 120 mmhg e a fase V em 80
mmhg, evidenciando uma pressão arterial classificada como normotensa e
ótima.

A frequência cardíaca foi verificada pela artéria radial e pelo oxímetro no dedo
indicador do membro superior esquerdo. Houve uma pequena variação, 75 bpm e 79
bpm, respectivamente. Os dois pulsos verificados (MMSS esquerdo e direito) foram
classificados como simétricos. Apesar da variação, esses dados indicam um paciente
normocardíco e com intervalos iguais entre os batimentos (ritmíco). A frequência
respiratória foi aferida pela observação estática do paciente no momento em que ele
se encontrava em sedestação, com valores de eupneia de 18 rpm, assim como o
padrão respiratório, que foi considerado misto. A Spo2 foi de 97%, dentro dos padrões
de normalidade.
Paciente J.R.S, do gênero masculino, com 50 anos, não é ativo fisicamente, porém
não apresenta histórico de cardiopatia, desta forma, foi considerada esta formula para
o cálculo da Fcmáx:
FCmáxima = 220- idade (sedentários homens): 220 – 50 = 170 FCmáxima.
FCtreinamento= Fcmáxima repouso + [%(FCmáx – FCR): 170- 77= 93 x 0,7 = 65,1
+ 77 = 142
A partir do cálculo anterior é determinada em 142 a frequência cardíaca de
treinamento do paciente J.R.S.

A partir dos dados referentes à altura (1,65 metros) e peso (65 quilogramas)
fornecidos pelo paciente foi calculado o IMC, que foi de 23, 87 kg| m²- eutrófico.

2. Avaliação dos pulsos


Foi realizada a aferição da FC pelo pulso a partir da artéria radial, o valor foi de 75
bpm, como já citado anteriormente. Antes de realizar a aferição do pulso carotídeo foi
realizada a ausculta da carótida afim de verificar a presença de sopro, sem a detecção
do mesmo, a palpação foi realizada com o paciente em decúbito dorsal com leve
extensão e rotação da cabeça com as polpas digitais do 1º, 2º e 3º dedo. O valor
aferido foi de 78 bpm.

3. Avaliação da pele
A inspeção de MMII e face não apontou cacifo positivo nem edema. Sem
presença de veias varicosas, úlceras ou processos inflamatórios. Na região da
patela foi evidenciado uma pequena formação de queloide, porém sem
influência clinica neste caso. Nestas regiões a temperatura foi considerada
normal (normotermia) e com coloração em bom aspecto.
4. Abdômen, tórax e composição corporal.
Na inspeção estática, seja em posição ortostática ou decúbito dorsal foi
verificado que não há presença turgência jugular, de cianose, de
abaulamentos, cicatrizes ou dilatações venosas na região abdominal sendo
considerado plano e normal. O tórax também não apresentou alterações e foi
classificado como normal, assim como a composição corporal.
5. Exame do precórdio
Inicialmente foi feita a localização do Ictus Cordis em sedestação e
posteriormente em decúbito dorsal no 5º espaço intercostal, na linha
hemiclavicular esquerda, mediolíneo. Sua extensão foi determinada
através das polpas digitais do 1, 2 dedo e a intensidade classificada
como ++.
6. Retração sistólica
Não há presença de retração do precórdio durante a sístole, sendo
considerado não patológico.

7. Frêmito cardíaco
A avalição do frêmito foi realizada com a mão espalmada sobre as áreas de
ausculta cardíaca, sua presença indica a presença de sopros. Neste caso, não
há presença de frêmito cardíaco.

8. Percussão de tórax e abdômen

9. Trombose venosa profunda


Os testes com sinal de Homans, Lowenverg e brancroft foram negativados.

10. Ausculta

A ausculta não apontou a presença de bulhas patológicas. Foram identificadas


as bulhas fisiológicas: 1º fechamento das valvas mitrais e tricúspide, 2º
fechamento das valvas aórtica e pulmonar, desta forma, a 3º e 4 º bulha não
foram auscultadas, que podem apontar quadros de dilatações, pericardites e
hipertrofias.
Foco aórtico Foco mitral Foco tricúspide

Foco aórtico acessório Foco pulmonar

11. Caracterização do ritmo cardíaco


Após a ausculta o ritmo cardíaco foi caracterizado como normocardíco, regular,
com bulhas cardíacas normofonéticas em 2 tempos, sem desdobramento
patológico, e sem presença de sopros ou atritos do pericárdio.

12. Classificação funcional

O paciente é classificado como classe I – ausência de sintomas (dispneia)


durante atividades cotidianas. A limitação para esforços é semelhante à
esperada para indivíduos normais.

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