O tecido neural fica exposto, sem proteção óssea (não tem o arco posterior, o processo
espinhoso e os pedículos). Enxerga-se um vazio na coluna vertebral.
Não ocorre o fechamento do tubo neural (falha na formação do tubo), e esse não
fechamento é que vai trazer a formação do cisto, da protusão do cisto e com todo o
material medular dentro. Em si a mielo é uma espinha bífida, aberta (permite a saída do
conteúdo neural no cisto) e cística. Mais comum nos membros inferiores.
Mielomeningocele-epidemiologia
A cada 1 mil nascidos vivos 1-2 casos.
Extensão: quais segmentos foram afetados, torácica, cervical, nível, quanto mais alta a
lesão mais grave será o quadro.
Quadro clinico
Paralisa flácida = músculos perdem a inervação, paralisa com atonia
Arreflexia = sem estimulo nervoso
Comprometimento sensitivo
Comprometimento urológico (bexiga neurogênica)
Se a criança tiver hidrocefalia podem estar presentes alterações de tônus, hipertonia,
falta de controle de tronco e cabeça, se afetar o cerebelo ela pode apresentar falta de
equilíbrio.
O maior número de casos é da torácica para baixo. Algumas dessas crianças precisam
de ajustes para o alinhamento dos MMII.
Bexiga autonômica: ela é flácida, o musculo detrusor fica hipotônico, não tem força.
Não sente vontade de urinar, e os receptores não recebem a informação e o xixi sai por
gotas.
A órtese é pensada no tempo em que a criança começa andar, porque ela precisa de
descarga de peso para formação dos quadris. Nessa criança o foco é no MMSS para que
ela tenha força para segura-los.
Ela consegue fazer flexão de quadril, pois o iliopsoas fica preservado e ela consegue
tocar a cadeira porque ela tem um bom MMSS e tronco. Órtese de joelho, tornozelo e
pé.
Em lesões mais baixas a órtese pode ser mais para a estabilização da perna e do pé, no
entanto é uma criança que precisa de muletas. Essa órtese é ideal para crianças que não
tem controle dos músculos do tibial anterior e gastro.
Essa órtese articulada não é indicada nos casos de crianças que não tem controle de
tornozelo e pé.
As crianças com lesões sacrais não precisam de muletas pois elas têm um bom controle
de tronco e usam mais músculos de quadril e joelho ao contrário das crianças com lesão
lombar e torácica ainda precisam de muletas.
Quanto mais baixa a lesão maior comprometimento dos Dorsiflexores e flexores
plantares (tem que observar na criança).
Se a criança tiver um bom controle de Dorsiflexores e um bom controle de flexores
plantares a ponto de não deixar o joelho fletir quando anda, ela pode se beneficiar de um
AFO articulada, mas na maioria dos casos a fraqueza ainda é muito grande.
Quanto mais alta a lesão maior vai ser o número de articulações que a órtese vai ter que
estabilizar.
Tipos da AME: é baseada na idade de início dos sintomas e máxima função motora
adquirida.
1: AME severa: sintomas são precoces, incapacidade de se sentar sem apoio (6 meses).
Perde músculos da deglutição e o estimulo da tosse (nervo frênico). Capacidade de gerar
tensão pobre, baixa, sem conseguir realizar movimento ativos-livres. Expectativa de
vida muito baixa (2 anos de vida). E o óbito se deve a degeneração dos neuroniomotores
do bulbo que inervam os músculos respiratórios, que levam a maiores complicações.
Criança sem movimento voluntario, sempre deitada. – Ocorre a deleção dos genes 1,
essa criança não tem a produção deste gene. O tipo 1 não é expresso.
2.: AME crônica, não adquirem a marcha sozinhos, no entanto ela consegue se sustentar
sozinhas na posição sentada, e possuem uma melhor função respiratória. Possuem
deleção de parte do gene 1 e a outra parte é substituída pelo gene 2.
3. início após os 18 meses e antes dos 3 anos de idade. Preserva a capacidade de andar
até os 20 anos de idade depois ela precisara de dispositivos de auxilio de marcha. Após
os 3 anos de idade, ela permanece com a capacidade marcha pela vida toda. Andam de
forma independente, mas elas podem precisar de dispositivos.
4: aparece entre os 10 e 30 anos de idade. Problemas de deglutição ou do sistema
respiratório não são afetados. Porem apresentam fraqueza.
A AME tipo I e II são as mais acometidas no sistema respiratório, elas não possuem
controle de tronco e muitas vezes nem de cabeça. A do tipo II pode até sentar porem
com dificuldade.
Gerar pressão positiva dentro dos alvéolos para auxiliar na manutenção das trocas
gasosas.
Manter a higiene das vias aéreas, limpar as secreções para evitar o acúmulos de
secreções e infecções.
Translocação:
Mosaico: Parte tem trissomia e a outra parte não. Não são todas as células que tem
trissomia e as dismofias são mais leves.
Slide – que tem as imagens dos dismorfimos
Algumas crianças apresentam mais dismorfias
Quais são as alterações osteoarticulares¿
Frouxidão ligamentar, hipermobilidade articular, deformidades ósseas
Toda criança que não tem sustentação tem uma pre-disposição a deformidades.
E são facilmente luxadas as articulações; poq são bebes e estão com as articulações em
formação e pela frouxidão ligamentar associada a músculos fracos.
Evitar pegar essas crianças pelas extremidades
Evitar movimentos exagerados da cabeça (flexão, extensão, rotações)
Essas crianças podem ficar tretaplégicas e dependendo da gravidade irem a óbito
Quais são os cuidados que se deve ter em relação à instabilidade atlatoaxial¿
Evitar: Pressão sobre as vertebras cervicais, posições de exagerada flexão, extensão,
rotação e giros da cabeça.
Trabalhar controle de cabeça
Qual a idade que se deve fazer o acompanhamento radiológico para a averiguação da
instabilidade atlatoaxial¿
2 anos de idade, a gente espera que a criança tenha o controle de cabeça estabelecido
Quais sinais indicam instabilidade atlantoaxial¿
Presença de clônus (espasmos), dor no pescoço, alteração na marcha, alteração na urina,
relato de dor. Se essa criança tem uma lesão na cervical isso pode comprometer os
esfíncteres. – perda de urina em gotejamento (aumento do risco de infecção
urinária).
Qual é o objetivo básico da avaliação fisioterapêutica na criança com SD¿
É a avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor (aquisição de habilidades
funcionais inerentes à idade cronológica)
Deve-se se lembrar da CIF, e ver o nível de atividade e participação dessa criança e
tentar aumentar o nível de participação dessa criança, trabalhando o desenvolvimento
neuropsicomotor.
Essas crianças podem apresentar problemas cardíacos (o nó sinoatrial não se fecha) e
muitas vezes é necessário a reabilitação cardiaca.
No entanto são crianças hipotônicas, e essa característica vai perdurar para o resto da
vida. Ainda essas crianças podem apresentar pneumonia devido a fraqueza nos
músculos inspiratórios
Durante a avaliação do DNPM dessas crianças, quais são os itens que devem ser
observados¿
Alinhamento biomecânico, movimentos compensatórios ou involuntários, postura e
funcionalidade em prono, supino, sentado e de pé, transferências, aspectos sensoriais
(visão e audição), nível de alerta e interação.
Com relação aos marcos do desenvolvimento como se dá o DNPM das crianças
com SD comparadas à crianças típicas ¿
As crianças com SD apresentam atraso principalmente na aquisição das habilidades
motora em posturas antigravitacionais.
Quantos meses pode haver de diferença entre a aquisição de habilidades na
postura prona em SD comparado as crianças típicas ¿
Quantos meses de atraso quando comparado: de 1 a 3 meses.
Mesmo estimulando essa criança ainda ela pode demorar para se ter maturação do SN
Durante a avaliação dessas crianças, quais são os tipos de problemas que podem
ser detectados ¿
Deve se atentar as necessidades dessa criança e que podem estar limitando a sua
atividade funcional. Então deve-se atentar as restrições que a hipotonia pode
causar.
Ex: quero melhorar o controle de cabeça, o que esta limitando ele¿
Pode ser a fraqueza da musculatura da cabeça e tronco
E eu devo tratar a fraqueza dos músculos da cabeça (cervical) e tronco para ganhar a
função de controle de cabeça.
O que é funcional para um bebe¿
É o que esta dentro da idade de aquisição motora, se é controle de cabeça sera controle
de cabeça. No entanto o SD é como se fosse um prematuro, então ele sempre estará
atrás das crianças típicas.
Com que idade normalmente uma criança com SD adquire controle de cabeça e
sustentação na posição prona com apoio de antebraços¿
3 a 5 meses respectivamente, 2 meses após o considerado típico.
A postura sentada sem apoio e a transferência de deitado para sentado são
geralmente alcançadas pelas crianças com SD com que idade¿
10 e 12 meses, respectivamente. Com 10 e 12 meses a criança típica já esta começando
a andar
Essa criança precisa de força.
Com que idade essa criança adquire a posição de 4 apoios e o engatinhar e a
marcha¿
11, 18 e 20 meses respectivamente. Isso vai depender também da força que essa possui,
etc.
O amadurecimento associada a fisioterapia (estímulos) é que vai fazer com que ela
tenha um bom desenvolvimento. A preocupação deve ser a aquisição de habilidade
motoras e seja funcional.
Quais são os principais fatores responsáveis pelo desequilíbrio muscular e
dificuldade em realizar as mudanças posturais apresentados por estas crianças¿
Se eu tenho músculos com baixa ativação meu músculo não vai conseguir gerar
tensão.
Quais os objetivos do tratamento fisioterapêutico para essas crianças ¿
Deve se preocupar com a motricidade dessa criança*
Deve-se utilizar órteses nessas crianças ¿
Geralmente não é utilizada nessas crianças devido a hipotonia, então deve-se estimular,
a não ser os casos em que a criança tenha uma hipotonia muito severa a ponto dela não
conseguir estabilizar uma articulação para poder conseguir usar seus segmentos
corporais deve-se utilizar sim. É comum encontrar os pés muito pronados (mudança no
alinhamento de joelho e quadril).
Nessas crianças é comum o uso de órteses que são semelhantes a palmilhas que são
mais rígidas e estabilizam a articulação subtalar para que ela consiga melhorar a
estabilidade distal e usar com maior eficiência os músculos do joelho e quadril. Evita o
desabamento do arco.
Quais são os critérios utilizados para dar alta para uma criança com SD¿
Orientar os pais na inserção dessas crianças na pratica esportiva para que ela
mantenha um nível adequada de ativação muscular.
Manuseio sentada de lado e o terapeuta faz ponto chave na pelve e empurra essa
criança pra frente e para trás= ativação do tronco (extensores, flexores e
rotadores), músculos estabilizadores da escapula (serrátil, peitoral, romboides,
trapézio médio). Músculos ativados no ombro e braço: tríceps, bíceps, etc.
Músculos do punho: flexores e extensores.
A figura do lado a criança faz o mesmo movimento só que encima da bola gerando
uma maior instabilidade de suporte o que vai estimular os mecanorreceptores e a
propriocepção. Na bola eu estou exigindo mais dos músculos das crianças.
Descarga de peso nos membros superiores encima de uma bola: ativa os músculos
extensores de tronco e intensifica os músculos controle de tronco.
Descarga de peso nos membros inferiores com alcance: ativação dos membros
inferiores (quadríceps) e para manter o quadril (glúteos) e na hora que faz o
alcance ela ativa o deltoide, elevador da escapula, trapézio.
Quanto mais vertical para ela manter mais vai exigir de ABS.
Tem que pegar a criança pelo ombro e cervical e segurar a cabeça caso a cabeça
caia para trás.
Tudo isso é manuseio e é o ideal para facilitar o movimento da criança.