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Introdução Alimentar
Um guia rápido para iniciar a
alimentação do seu bebê
Ebook Introdução Alimentar
SUMÁRIO
Sobre a Autora 3
O Leite materno é essencial, não o subestime 4
Como ordenhar, estocar e descongelar o leite materno? 4
O leite Fórmula Láctea 5
10 passos para alimentação saudável de bebês 5
Tabelinha da Introdução Alimentar 7
Alimentos das papas principais 8
Sucos naturais: pode ou não pode? 9
Água, quando iniciar? 9
Atenção para a consistência dos alimentos 9
Respeite o tempo do seu bebê 10
Proteínas na alimentação do bebê: cuidados essenciais 10
A Família é referência para a criança 11
Os pequenos se importam com o sabor 12
Deixe a criança se sujar 12
Higiene é mais saúde para o bebê 15
Dicas da Pediatra Bem-humorada 15
Referências 16
contato 17
Sobre a Autora
Uma pediatra bem-humorada
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O Leite materno é essencial, não o subestime
O leite materno é indicado a livre demanda até os 6 meses de vida. Após este período, é
indicado até os dois anos de vida, ou mais.
Ordenhando: prenda os cabelos, lave as mãos e braços até os cotovelos e use uma
máscara no rosto. Primeiramente, faça uma massagem nas mamas e, depois, comece a
ordenhar fazendo um C com os dedos, sendo o polegar na parte superior da aréola e o
dedo indicador na parte inferior. Pressione com os dedos e solte, repetindo o processo
várias vezes, até retirar a quantidade de leite suficiente. Algumas mulheres preferem usar
bombinhas manuais ou elétricas.
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Armazenando: após a ordenha, o leite deve ser levado imediatamente à geladeira ou ao
freezer, e pode ser mantido por até 12 horas na geladeira ou 15 dias em freezer.
Como oferecer: O leite materno pode ser oferecido em copinho ou colher específica
para isso. Evite oferecer em mamadeiras comuns para não acontecer confusão de bicos
e aumentar as chances de desmame precoce. Algumas mães, entretanto, não conseguem
de jeito nenhum adaptar os bebês a estas formas de oferta, e terminam precisando usar
a mamadeira. Em caso de necessidade, solicite ajuda do profissional que acompanha a
criança para fazer da melhor forma possível.
Passo 1 – Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer
outros alimentos.
Passo 2 – A partir dos 6 meses, introduzir de forma gradual outros alimentos, mantendo-se
o leite materno até os 2 anos de idade ou mais. Durante este período a alimentação deve
ser a base de frutas, cereais, tubérculos, leguminosas, carnes e hortaliças.
Nesta etapa, o ovo (clara e gema) já pode ser inserido. Observe que que frequentemente
as mães já oferecem aos bebês alimentos que contém ovo em sua composição. Não há
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motivos para o retardamento.
Mas nem tudo é festa, viu! É importante que exista um intervalo regular entre as refeições
(2 a 3 horas). Também é importante evitar dar comida nos intervalos para não atrapalhar
as refeições principais.
“Muitas vezes a criança não quer comer no horário porque recebeu alimentos não nutritivos antes”.
Passo 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com uma
colher. Sempre comece com consistência pastosa, como papas e purês, e gradativamente
aumente a consistência até chegar à mesma alimentação da família.
Durante este período, pode ocorrer o reflexo de GAG, que é um mecanismo de defesa
presente em todas as pessoas, semelhante a ânsia de vômito, não se assuste, é normal,
nos primeiros dias ou semanas. Mesmo que apareça tosse, saiba que também normal. Isso
acontece porque ele nunca consumiu esses alimentos antes.
Passo 6 – Ofereça à criança diferentes alimentos todos os dias. Uma alimentação variada
tem que ser colorida.
Ofereça novamente em outras refeições. Você sabia que são necessárias em média, oito
a dez exposições a um novo alimento para que ele seja aceito? A tentativa repetida é a
certeza do sucesso.
Passo 8 – Evite açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, queijinhos petit suisse,
macarrão instantâneo, balas, salgadinhos e outras guloseimas durante os primeiros anos
de vida. Sempre use sal com moderação.
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O sal na alimentação do bebê é indicado a partir de 1 ano de vida e o açúcar a partir de
2 anos de vida. Esses alimentos parecem inofensivos, mas não são. Alguns alimentos
tiram o apetite da criança e estão associados à anemia, ao excesso de peso e às alergias
alimentares. A criança pequena não pode experimentar todos os alimentos consumidos
pela família.
Passo 9 – Cuide da higiene durante a preparação e manuseio dos alimentos, garanta que
o armazenamento e conservação sejam os adequados.
É importante lavar bem as mãos, cuidar dos alimentos e dos utensílios, especialmente das
mamadeiras.
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Alimentos das papas principais:
Cereal ou
Leguminosa Proteína animal Hortaliças
tubérculo
Arroz Carne bovina
Feijão
Milho Vísceras
Soja
Macarrão Carne de aves Verduras
Ervilha
Batata Carne suína Legumes
Lentilhas
Mandioca Carne de peixe
Grão-de-bico
Inhame Cará Ovos
Exemplo:
Leite materno: livre demanda.
Almoço: arroz cozido + feijão cozido + brócolis cozido + abóbora cozida + 25 g de carne
+ 1⁄2 colher de sobremesa de azeite (2,5 g) + 1⁄2 colher de sobremesa de óleo de linhaça
(2,5 g) + uma laranja.
Jantar: arroz integral cozido + feijão cozido + brócolis cozido + 25 g de uma proteína +
abóbora cozida + 1⁄2 colher de sobremesa de azeite (2,5 g) + 1⁄2 colher de sobremesa de
óleo de linhaça (2,5 g) + uma laranja.
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Sucos naturais: pode ou não pode?
T emos a falsa ideia de que sucos naturais são muito saudáveis. Podem até ser, mas para
o bebê, não muito. É importante lembrar que sucos naturais devem ser evitados, com
dose máxima de 100 ML por dia. Eles são aconselhados após 1 ano de vida.
A inda sobre hidratação, água deve ser oferecida com a introdução alimentar, ou seja, a
parti de 6 meses de vida (*em poucos casos há uma introdução de água antes dessa
idade, consulte sempre seu pediatra).
Não se assuste se o bebê não quiser no começo, é bem comum, mas ofereça sempre e
geralmente após as refeições. A quantidade de água recomendada deve ser de 700 ML,
dos 7 a 12 meses: 800 ML, de 1 ano a 3 anos: 1,3 Litros, por dia. Ela deve ser sempre,
filtrada ou fervida, e sem deixar o consumo do leite materno ou fórmula láctea.
Não é aconselhável o consumo de água de coco devido ao sódio e potássio que contém
neste líquido.
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C om o passar dos meses a consistência dos alimentos deverá ser elevada. Além disso,
as crianças que não recebem alimentos em pedaços até os 10 meses apresentam,
posteriormente, maior dificuldade de aceitação de alimentos sólidos. Pode também
oferecer aveia em farelo misturada nas frutas pelo menos uma vez na semana.
N ão há evidências de que exista alguma vantagem na introdução alimentar precoce (antes
dos seis meses) de outros alimentos que não o leite humano (e/ou fórmula láctea adequada
para idade) na dieta da criança. Por outro lado, os relatos de que essa prática possa ser prejudicial
são abundantes, pois o bebê ainda não está preparado fisiologicamente para receber.
E xistem algumas ideias comuns de que não pode ser oferecido ovo para bebês. Apesar da
Sociedade Brasileira de Pediatria recomendar que o ovo a partir dos 6 meses, é importante
lembrar que trata-se de um alimento potencialmente alergênico, assim como o peixe e
frutos do mar. Em crianças com histórico familiar de atopia, a atenção deve ser redobrada.
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Inicie o consumo de ovos sempre de forma gradual e alternada, assim como todos os
tipos de alimentos. Para evitar ser contaminado por bactérias enteropatogênicas próprias
das cascas, sempre o consuma com clara e gemas totalmente cozidas.
Já carnes devem ser consumidas na porção de 50g a 70g por dia (dividir essa quantia
entre almoço e jantar). Ela deve ser cozida, além de desfiada ou amassada com as mãos.
É fundamental que seja oferecida à criança, já que é um procedimento para garantir a
oferta adequada de ferro e zinco. Famílias com algumas restrições alimentares, como:
vegerarianas e/ou veganas, o bebê pode sim seguir a dieta familiar, mas sempre com
orientações profissionais de nutrologia e pediatria. Exemplos: frango, prefira coxa e sobre
coxa são mais ricas em ferro.
Tente oferecer fígado uma vez na semana no primeiro ano de vida.
De preferência a uso de azeite ou óleos vegetais (soja, canola, coco, milho) em proporções
de 3 a 3,5 ML na preparação já pronta, ou seja, nada de fritar os alimentos.
E m relação às refeições, mesmo que não exista uma rigidez para a alimentação e nem
um horário fixo, a criança deve ter uma rotina para que entenda os horários de quando
deve se alimentar.
Uma excelente ideia para ajudar ao bebê no desenvolvimento de rotinas alimentares é que
a alimentação seja oferecida em um lugar fixo. Pode-se usar um cadeirão ou cadeirinha
de alimentação, assim ele irá saber que quando estiver nela é momento de se alimentar.
Mesmo assim, para que isso aconteça é necessário ter paciência, criatividade e persistência.
Nunca forçando, ameaçando ou associando questões negativas ao ato de comer. Não é
aconselhável alimentar o bebê no colo, sempre dê um pouco de independência. Tente
evitar telas: celulares, tablets, televisão.
Embora seja bom que os bebês consumam a alimentação que a família está recebendo a
partir de certo ponto; é importante lembrar que comidas industrializadas, temperadas ou
frituras não devem ser parte do cardápio de um bebê.
A família é sempre o modelo de alimentação para o bebê, por isso é bom considerar
manter um estilo de vida saudável para todos os membros da família.
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Os pequenos se importam com o sabor
V ocê não precisa ser um “Baby Masterchef”, mas os alimentos devem ser saborosos. O
uso de liquidificador e peneira é totalmente desaconselhado. Isso faz com que o sabor
seja indefinido, sem textura e tenha uma cor só. Use um colher de silicone, pois isso ajuda
com o processo de alimentação.
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O bebê precisa se acostumar com as texturas e sabores reais dos alimentos. É assim que
ele se acostuma, mesmo que faça sujeira deixe que ele pegue e experimente com as
texturas.
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E xiste um movimento chamado BLW (Baby Led Weaning), que significa: desmame guiado
pelo bebê. A proposta é incentivar a alimentação com as mãos, promovendo maior
interação da criança com os alimentos mais sólidos. O BLW ajuda o bebê se familiarizar
com as texturas. Desta forma, que ele vai se acostumar com o processo de alimentação.
Particularmente gosto da introdução alimentar mista, a convencional sempre citada,
juntamente com BLW, logicamente sempre assistida e com muita paciência.
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Higiene é mais saúde para o bebê
D epois de falarmos de sujeira, agora vamos falar de limpeza. Parece contraditório, não
é mesmo? Mas são dois pontos distintos. Vamos entender isso melhor!
Uma observação, não existe restrições quanto ao tipo de panela (pressão, T-Fal, inox,
ferro) para preparo da comida do bebê, desde que esteja em bom estado. O microondas
pode ser utilizado sem restrições, tanto para preparar quanto para aquecer os alimentos
do bebê, desde que não use recipientes plásticos com BPA (Bisfenol A, uma substância
tóxica que é encontrada em alguns produtos plásticos), cheque se o dispositivo pode
ser levado ao microondas (a maioria dos pratinhos infantis tem escrito embaixo que não
pode ir ao microondas)
Q uando se trata dos pequenos, paciência é fundamental! Mesmo que você não esteja
tendo o sucesso esperado com algum alimento em específico, não se sinta frustrado. A
exposição frequente e a criatividade na preparação ajudarão com o processo de aceitação.
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Lembre-se: “Segundo especialistas são necessárias de 8 a 15 exposições ao alimento para
este ser plenamente aceito”.
O leite de vaca (integral, diluído ou em pó) não é considerado alimento apropriado para
crianças menores de 1 ano.
Referências
Manual de Orientação. Departamento de Nutrologia, Sociedade Brasileira de Pediatria
Disponível em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/14617a-PDMa-
nualNutrologia-Alimentacao.pdf>
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