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Tudo que você precisa saber sobre as

7 constituições brasileiras
Resumo de 5 minutos sobre as 7 Constituições que já
tivemos.
A constituição é o texto fundamental que organiza a estrutura política
de um país, descreve os poderes do estado e aponta suas limitações.
Desde a independência, o Brasil já teve sete constituições. Podem ser
outorgadas (impostas) ou promulgadas (participação do povo). Abaixo
um breve resumo.

1) Constituição de 1824 ( CONTEXTO POS INDEPENDENCIA


DE PORTUGAL – Pedro I não queria largar “o osso”
A constituição de 1824 entrou em vigor em meio à disputa política que
se instaurou após a independência do Brasil. Com a nova autonomia,
grandes latifundiários propuseram um anteprojeto que ficou conhecido
como a “constituição da mandioca”, que limitava os poderes imperiais.
Em 1823, contudo, Dom Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte e
propôs o próprio projeto. As principais características eram:

ü GOVERNO: monárquico, autoritário e centralizado – Nítida


centralização politico administrativa (lado positivo manteve “unido” o
Brasil ; # América espanhola) .A Primeira Constituição brasileira foi
outorgada (imposta) por D Pedro I;a Capital do império era o RJ.
ü Legislativo: bicameral (câmera de deputados e senadores como é
ate hoje). Senado era vitalício escolhido pelo imperador. O Poder
executivo era também exercido pelo imperador. Vale destacar que
devido ao perfil de Pedro II (+ moderado) se deu a institucionalização
do PARLAMENTARISMO MONÁRQUICO NO BRASIL durante o
segundo reinado. Se consolidou com a criação do cargo Presidente do
Conselho de ministros. Como Pedro II escolhia o presidente e o
presidente escolhia os ministros se deu o que conhecemos como
parlamentarismo às avessas.
 PODER MODERADOR: Foi o mecanismo que serviu para
assegurar a estabilidade do trono durante todo o reinado no brasil.
(CHAVE DE TODO O IMPERIO). Um verdadeiro absolutismo
disfarçado. Os 3 poderes subordinados ao IMPERADOR.
 PODERES: Seguindo ideias de BENJAMIN CONSTANT
(deturpando-as) ao invés de 3 poderes, 4 com a figura do
MODERADOR.
 No quesito território, as antigas capitanias hereditárias foram
transformadas em PROVINCIAS.
 4 PODERES - Poderes executivo, legislativo, judiciário e
moderador
 Religião Catolicismo como religião oficial (porem permitido culto
doméstico - no interior das casas) . Estado CONFESSIONAL.
 Brasil seguiria o regime político MONÁRQUICO que seria
transmitido de forma hereditária
 Voto censitário (baseado na renda). Excluía-se assim do voto
a maioria dos brasileiros)

2) Constituição de 1891  ( CONTEXTO PROCLAMAÇÃO DA


REPUBLICA E FIM DO PODER MODERADOR)
A partir de 1860 começa-se a sentir um enfraquecimento da
monarquia. A questão militar e religiosa agravaram o cenário. O
manifesto do centro liberal e o manifesto republicano também
abalaram a monarquia, desmoronando assim os antigos aliados da
causa monárquica, O MARECHAL DEODORO DA FONSECA ACABA
PROCLAMANDO A REPÚBLICA, afastando assim D Pedro II e a
monarquia. Não houve, NO ENTANTO, participação popular. Foi um
golpe militar. Entre 1889 e 1897 instala-se o governo provisório.

Em 1889, com a proclamação da República, os latifundiários


finalmente conseguiram ter uma influência direta no texto
constitucional. Para se perpetuar no poder, a elite política criou brechas
que garantiam o “voto cabresto”, impondo seu domínio por meio
do coronelismo. As principais características do texto de 1891 eram:
 Extinção do poder moderador – adoção da clássica tripartite (3
poderes) de Montesquieu.
 Uma das mais significativas contribuições de Rui Barbosa
à Constituição de 1891 foi atribuir ao recém-criado Supremo
Tribunal Federal o controle sobre a constitucionalidade das leis e
atos do Legislativo e Executivo. o controle judicial difuso de
constitucionalidade. A CF de 1891 teve como seu relator o
SENADOR RUI BARBOSA e sofreu influencia da dos EUA:
Presidencialismo e Federalismo.
 União perpetua e indissolúvel das antigas províncias, agora
estados.
 Voto aberto e universal, apesar das inúmeras exceções. (mulheres,
analfabetos,...)
 As províncias , reunidas pelo laço da Federação passaram a
constituir os ESTADOS UNIDOS DO BRASIL.
 Estado laico- Não há mais religião oficial. Constitucionalizou-se
como um estado LEIGO, LAICO OU NÃO CONFESSIONAL.
 Retiraram-se os efeitos civis do casamento religiosa. Os cemitério
que eram controlados pela Igreja agora era administrados pela
autoridade municipal. Proibição do ensino religioso nas escolas
públicas.
 Declaração de direitos: foi aprimorada abolindo-se a pena de galés,
a de banimento, morte (exceto guerra),...
 Prevalência da 1º geração de direitos: o de liberdade em geral:
liberdades civis , politicas, religiosa,..
 HABEAS CORPUSA
As demais constituições comentarei com maiores detalhes em um
próximo texto mas abaixo segue um breve resumo :O)

3) Constituição de 1934
Elaborada na Era vargas . A constituição de 1934 tenta acalmar os
ânimos dos anos anteriores, principalmente após a Revolução
Constitucionalista de 1932 e a insatisfação das elites do Sudeste. Há um
grande avanço no sistema eleitoral, com a introdução do voto secreto, e
no setor social, com garantias trabalhistas.

4) Constituição de 1937
A constituição de 34 foi a de menor duração, já que em 1935 o
presidente Vargas decretou estado de sítio e deu um golpe para
permanecer no poder. Justificou a medida sob o argumento de que era
preciso proteger o país “da ameaça comunista”, e recebeu o apoio de
boa parte da população para impor uma nova carta constitucional em
37. As principais características da constituição foram:Carta outorgada
(imposta) ;Abolição de partidos e da liberdade de imprensa e
Inspiração fascista (chamada de ‘constituição Polaca’).

5) Constituição de 1946
Com a redemocratização após o Estado Novo, o Congresso Nacional
reassume o poder constituinte. Nesta nova carta, há avanços
democráticos e uma estruturação de poderes um pouco parecida com a
que temos hoje. Suas principais características foram:Maior autonomia
para municípios e estados; Garantia da liberdade de expressão e
Resquícios de autoritarismo em alguns artigos (intervenção do estado
em relações trabalhistas, por exemplo).

6) Constituição de 1967
Durante a Ditadura Militar, entre os governos Castelo Branco e Costa e
Silva, uma nova carta serviu de medida para justificar legalmente o
autoritarismo e o arbítrio político. Apesar de possuir um texto ameno,
sofreu ao longo dos anos seguintes uma série de emendas, absorvendo
os famosos “atos institucionais” (o mais conhecido foi o AI-5, de 1968),
que davam poderes plenos ao executivo para segurar o regime militar.

7) Constituição de 1988
Também conhecida como “constituição cidadã”, surgiu logo após a
redemocratização do Brasil. Foi feita pelo próprio congresso, que
durante a manhã atuava nas atividades da casa e à tarde se dedicava à
elaboração da Carta Magna. Um ponto interessante sobre
essa constituição foi o fato de que alguns anos depois a população foi
consultada sobre o sistema de governo, uma vez que os constituintes
não haviam acordado sobre qual o melhor modelo. Um plebiscito foi
feito em 1993 e o povo brasileiro optou pela manutenção da república
presidencialista.
Globalização
A globalização é um processo de integração social, econômica e cultural
entre as diferentes regiões do planeta.
A globalização é um dos termos mais frequentemente empregados para
descrever a atual conjuntura do sistema capitalista e sua consolidação no
mundo. Na prática, ela é vista como a total ou parcial integração entre as
diferentes localidades do planeta e a maior instrumentalização
proporcionada pelos sistemas de comunicação e transporte.
Mas o que é globalização exatamente?

O conceito de globalização é dado por diferentes maneiras conforme os mais


diversos autores em Geografia, Ciências Sociais, Economia, Filosofia e História
que se pautaram em seu estudo. Em uma tentativa de síntese, podemos dizer
que a globalização é entendida como a integração com maior intensidade das
relações socioespaciais em escala mundial, instrumentalizada pela conexão
entre as diferentes partes do globo terrestre.
Vale lembrar, no entanto, que esse conceito não se refere simplesmente a uma
ocasião ou acontecimento, mas a um processo. Isso significa dizer que a
principal característica da globalização é o fato de ela estar em constante
evolução e transformação, de modo que a integração mundial por ela gerada é
cada vez maior ao longo do tempo.
Há um século, por exemplo, a velocidade da comunicação entre diferentes
partes do planeta até existia, porém ela era muito menos rápida e eficiente que a
dos dias atuais, que, por sua vez, poderá ser considerada menos eficiente em
comparação com as prováveis evoluções técnicas que ocorrerão nas próximas
décadas. Podemos dizer, então, que o mundo encontra-se cada dia mais
globalizado.
O avanço realizado nos sistemas de comunicação e transporte, responsável pelo
avanço e consolidação da globalização atual, propiciou uma integração que
aconteceu de tal forma que tornou comum a expressão “aldeia global”. O
termo “aldeia” faz referência a algo pequeno, onde todas as coisas estão
próximas umas das outras, o que remete à ideia de que a integração mundial no
meio técnico-informacional tornou o planeta metaforicamente menor.

A origem da Globalização
Não existe um total consenso sobre qual é a origem do processo de
globalização. O termo em si só veio a ser elaborado a partir da década de 1980,
tendo uma maior difusão após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra
Fria. No entanto, são muitos os autores que defendem que a globalização tenha
se iniciado a partir da expansão marítimo-comercial europeia, no final do século
XV e início do século XVI, momento no qual o sistema capitalista iniciou sua
expansão pelo mundo.
De toda forma, como já dissemos, ela foi gradativamente apresentando
evoluções, recebendo incrementos substanciais com as transformações
tecnológicas proporcionadas pelas três revoluções industriais. Nesse caso, cabe
um destaque especial para a última delas, também chamada de Revolução
Técnico-Científica-Informacional, iniciada a partir de meados do século XX e
que ainda se encontra em fase de ocorrência. Nesse processo, intensificaram-se
os avanços técnicos no contexto dos sistemas de informação, com destaque para
a difusão dos aparelhos eletrônicos e da internet, além de uma maior evolução
nos meios de transporte.
Portanto, a título de síntese, podemos considerar que, se a globalização iniciou-
se há cerca de cinco séculos aproximadamente, ela consolidou-se de forma mais
elaborada e desenvolvida ao longo dos últimos 50 anos, a partir da segunda
metade do século XX em diante.
Aspectos positivos e negativos da globalização
Uma das características da globalização é o fato de ela se manifestar nos mais
diversos campos que sustentam e compõem a sociedade: cultura, espaço
geográfico, educação, política, direitos humanos, saúde e, principalmente, a
economia. Dessa forma, quando uma prática cultural chinesa é vivenciada nos
Estados Unidos ou quando uma manifestação tradicional africana é revivida no
Brasil, temos a evidência de como as sociedades integram suas culturas,
influenciando-se mutuamente.
Existem muitos autores que apontam os problemas e os aspectos negativos da
globalização, embora existam muitas polêmicas e discordâncias no cerne desse
debate. De toda forma, considera-se que o principal entre os problemas da
globalização é uma eventual desigualdade social por ela proporcionada, em que
o poder e a renda encontram-se em maior parte concentrados nas mãos de uma
minoria, o que atrela a questão às contradições do capitalismo.
Além disso, acusa-se a globalização de proporcionar uma desigual forma de
comunicação entre os diferentes territórios, em que culturas, valores morais,
princípios educacionais e outros são reproduzidos obedecendo a uma ideologia
dominante. Nesse sentido, forma-se, segundo essas opiniões, uma hegemonia
em que os principais centros de poder exercem um controle ou uma maior
influência sobre as regiões economicamente menos favorecidas, obliterando,
assim, suas matrizes tradicionais.
Entre os aspectos positivos da globalização, é comum citar os avanços
proporcionados pela evolução dos meios tecnológicos, bem como a maior
difusão de conhecimento. Assim, por exemplo, se a cura para uma doença grave
é descoberta no Japão, ela é rapidamente difundida (a depender do contexto
social e econômico) para as diferentes partes do planeta. Outros pontos
considerados vantajosos da globalização é a maior difusão comercial e também
de investimentos, entre diversos outros fatores.
É claro que o que pode ser considerado como vantagem ou desvantagem da
globalização depende da abordagem realizada e também, de certa forma, da
ideologia empregada em sua análise. Não é objetivo, portanto, deste texto entrar
no mérito da discussão em dizer se esse processo é benéfico ou prejudicial para
a sociedade e para o planeta.
Efeitos da Globalização
Existem vários elementos que podem ser considerados como consequências da
globalização no mundo. Uma das evidências mais emblemáticas é a
configuração do espaço geográfico internacional em redes, sejam elas de
transporte, de comunicação, de cidades, de trocas comerciais ou de capitais
especulativos. Elas formam-se por pontos fixos – sendo algumas mais
preponderantes que outras – e pelos fluxos desenvolvidos entre esses diferentes
pontos.
Outro aspecto que merece destaque é a expansão das
empresas multinacionais, também chamadas de transnacionais ou empresas
globais. Muitas delas abandonam seus países de origem ou, simplesmente,
expandem suas atividades em direção aos mais diversos locais em busca de um
maior mercado consumidor, de isenção de impostos, de evitar tarifas
alfandegárias e de angariar um menor custo com mão de obra e matérias-
primas. O processo de expansão dessas empresas globais e suas indústrias
reverberou no avanço da industrialização e da urbanização em diversos países
subdesenvolvidos e emergentes, incluindo o Brasil.
Outra dinâmica propiciada pelo avanço da globalização é a formação dos
acordos regionais ou dos blocos econômicos. Embora essa ocorrência possa ser
inicialmente considerada como um entrave à globalização, pois acordos
regionais poderiam impedir uma global interação econômica, ela é fundamental
no sentido de permitir uma maior troca comercial entre os diferentes países e
também propiciar ações conjunturais em grupos.
Por fim, cabe ressaltar que o avanço da globalização culminou também na
expansão e consolidação do sistema capitalista, além de permitir sua rápida
transformação. Assim, com a maior integração mundial, o sistema liberal – ou
neoliberal – ampliou-se consideravelmente na maior parte das políticas
econômicas nacionais, difundindo-se a ideia de que o Estado deve apresentar
uma mínima intervenção na economia.
A globalização é, portanto, um tema complexo, com incontáveis aspectos e
características. Sua manifestação não pode ser considerada linear, de forma a
ser mais ou menos intensa a depender da região onde ela se estabelece,
ganhando novos contornos e características. Podemos dizer, assim, que o
mundo vive uma ampla e caótica inter-relação entre o local e o global.

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