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Aluno: Vanessa Feil Homa

Profª: Evelyn Vigueras


Disciplina: Grupos II – dinâmicas de grupo

Conforme estudamos durante a disciplina de Grupos II, as dinâmicas


tem como objetivo estudar, compreender e atingir relações autênticas a partir
dos laços sociais estabelecidos em um grupo.

Segundo Kurt Lewin, a preocupação de entender e estudar os grupos se


dão através da criatividade e funcionalidade da proposta e escolha das
dinâmicas. Enquanto aluna e aplicadora da dinâmica escolhida em conjunto
com os outros membros do grupo, propusemos uma atividade/problema que
tinha como proposta os demais colegas entenderem o objetivo e que assim
(sem falar) pudessem se comunicar com os outros através de gestos e dicas,
mas que alguém precisaria tomar a iniciativa, ter uma ação, como é o
significado da palavra Dynamis (grego: força, energia, ação), apenas assim o
movimento se estabeleceria e todos iriam chegar ao seu objetivo.

A dinâmica em si, mostrou-se simples e necessitava de pouco, ou


nenhum, material, apenas os participantes. Em roda, todos de mãos dados
com os colegas de suas laterais deveriam virar de costas sem soltá-los, na
posição inicial de círculo. O combinado era a proibição da fala. Nessa dinâmica
pôde ser observado a forma subjetiva como cada colega percebe-se diante dos
desafios diários, como reagiram quando ocorrem problemas sem que
pudessem se comunicar. Para nossa surpresa uma das participantes conhecia
a atividade e teve a ação para ser a líder da atividade e, assim, os demais a
seguirem e conseguiram entender e executar a tarefa. Alguns colegas ainda
estavam tentando decifrar como iriam realizar a atividade, enquanto uma parte
do grupo já estava realizando. Foi uma energia boa, uma brincadeira, saudável
e que reflete nossas vidas cotidianas, que muitas vezes ficamos presos na
resolução dos problemas, pensando como devemos fazer, por onde devemos
se encaixar, etc. E com as dificuldades de comunicação não percebemos que
existem outras formas de existir, de colaborar com o grande grupo, pois
quando existe alguém com mais experiência, provavelmente essa pessoa já
viveu algo parecido e pode tomar uma melhor decisão, precisamos confiar na
capacidade de quem está ao nosso lado. Isso mostra-se inerente ao ser
humano, pois vivemos em um contexto em que a cobrança para sermos os
melhores, competitivos e tomar pra si essa responsabilidade por vezes
demonstra nos adoecer e não acreditar no próximo.

O grupo tem essa função, sustentar, dar voz, representar o que muitas
vezes ainda não temos capacidade para reconhecermos em nós. É através das
relações que nossa subjetividade vai adquirindo novos paradigmas. Não há
essa inseparabilidade, o social se dobra em nós e nós ao social, somos todos
responsáveis, autores e capazes.

Como metodologia, pode-se dizer que atendemos o que foi planejado e


proposto. Esperava-se desinibir a capacidade cuidadora uns com os outros, a
desenvoltura, melhorar a capacidade de comunicação não verbal, contribuir
para novas relações e resgatar a autoestima dos participantes. Todo o
planejamento foi realizado com sucesso.

Como o tipo de dinâmica, trabalhamos o modelo de integração e


conhecimento, reflexivo que tem como objetivo atividades e que os
participantes já se conheçam e que construam novos modelos de reflexão a
partir de uma dificuldade proposta. Esse objetivo também foi realizado pelos
participantes.

Como características ao coordenador, aprendemos que o mesmo deve


conhecer o espaço a ser realizada a atividade, fazer um planejamento,
perceber o nível de relação entre os membros, ter entendimento do grupo, já
que nem todas as dinâmicas adaptam-se para todos os grupos. Essas
características estudamos e colocamos em prática o que a literatura nos
sugere.

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