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As pessoas se diferenciam pelo modo como cada uma vive sua vida. A normalidade é muitas
vezes relacionada a um modo de ser padrão estabelecido por um grupo de pessoas como
correto ou adequado. O que é normal varia de acordo com a cultura, com o espaço e com o
tempo em que estamos inseridos. O anormal é visto como aquele que não se encaixa nos
padrões e modos de ser de um grupo de pessoas, que envolve maneiras de se comportar, de
se vestir, de comunicar e de agir em diferentes situações.
Cada indivíduo guia sua vida por modos de ser de acordo com o modo como foi educado e
com sua relação com os grupos em que vive, que envolve a cultura onde está inserido, sua
família, a escola, os vizinhos, o trabalho, etc. Com o tempo cada pessoa desenvolve seus
gostos e características na relação com os outros. Nossos valores são um reflexo do que
escolhemos, o que para nós é certo ou errado, bom ou ruim, o que acreditamos que deve ser
feito ou não parte de nossas experiências subjetivas. Como cada pessoa é uma, coexistem
diferentes maneiras de ser e distintas concepções do que seja certo ou errado, bom ou mal.
Enquanto que cada um se guia por suas referências pessoais, que aprendeu ou desenvolveu
em sua vida.
O que é normal para um grupo social pode ser anormal para outro. Os conceitos de
normalidade que aprendemos em nossas relações com os outros geralmente correspondem a
um estilo de vida restritivo em que a maioria das pessoas vive pelas aparências, fingindo ser o
que não são e julgando os outros que são diferentes de si como errados, simplesmente por
não serem como são.
Muitas pessoas pensam dessa maneira, e julgam as outras dessa maneira, acreditam que
quem não vive igual a um padrão ou que faz escolhas diferentes é errado ou problemático.
Essa interpretação é totalmente errada para com o diferente, por não reconhecer que as
pessoas podem viver de outra maneira, e que coexistem diferentes modos de ser.
Viver correspondendo a um padrão não é sinônimo de saúde. Pelo contrário, muitas pessoas
sofrem justamente por se sacrificarem para se ajustar a uma norma, com o intuito de serem
bem vistas acabam se obrigando a fazer o que não se sentem bem, tornando-se o que não são,
se anulando e gerando sofrimento emocional.
A normalidade é apenas uma estatística, não significa saúde emocional nem garante uma vida
feliz. O normal para uma pessoa pode não ser para outra, isso depende dos valores e das
experiências de cada um. Não há que se preocupar em ser normal, o mais importante é ir de
encontro com o que se sente bem, independente de rótulos ou das expectativas alheias.