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solitude

solitude

a solidão como uma virtude

por ãnn carolin


sumário
o legal de ser marinheire solitárie é que
nunca se sabe onde será  o próximo
destino: se na luz ou sombra, na areia ou
pedaço de terra, se no pôr do sol de fora ou
no nascer da lua de dentro,
se no caos ou na ordem.
Por essas e outras várias coisas é que
descobriremos juntes, durante a própria
navegação, qual será o rumo do coração.
Não faz sentir, nem há sentido nenhum
esse livro ter um sumário, pois é quase
como planejar uma viagem onde a
graça maior é exatamente essa:
não ter planos e, principalmente,
nenhum lugar a se chegar
que não a imensidão de dentro 
se achegue, tu
confia
entrega
aceita
e se joga
sumário
é pra quem
navega na terra
eu caminho no mar
sem caminho
só amar
o fato de não ter
onde chegar
nem onde pisar
arrepia o corpo
que começa
a se acostumar
com o fato
de estar

e só
um dia antes de partir
Qual o medo? 
Medo de errar? Medo de pular?
Medo de ficar? Medo de surtar? 
Medo de separar medo de misturar
medo de desencontrar medo de não
sustentar
Qual o medo? 
Medo de se encontrar? 
Medo de se perder? 
Medo de viver?
Ou de morrer? 
Medo de agir? De partir? Parir?
De não saber ir?
Medo de não saber rir?
Medo de não saber? 
Ou
simplesmente medo
de não saber rir 
do não saber
aviso es navegantes
Desbravar a si mesme é estar disponível para
morrer a qualquer momento,
simples assim.
Até que, em algum momento,
percebo com o corpo que na mais profunda
realidade a morte não existe.
Porém isso não impede o fato de que ela se
apresente toda vez que meu sangue decide
escorrer entre minhas pernas.
A brincadeira da ilusão me convida a morrer mais
um bocado pra expandir e experienciar a vida
num bocado ainda maior. Aconteceu.
Meu espírito sempre desperto agora desperta tudo
e chega no corpo que pede pausa e terra fora para
movimentar, mergulhar e aguar dentro.
Aquele gole de cerveja agora não desce mais tão
redondo, os dias e noites iguais agora não são mais
tão legais e as relações que eram levadas com a
barriga já não se sustentam mais.
Depressão, tristeza, crise existencial. 
“Estou enlouquecendo”
é, talvez, a porta de entrada para a sanidade.
Passei anos observando, descrevendo e
escrevendo sobre a beleza de tudo que está “fora”
a moça, o sol, a lua, a natureza, a mesa.
Pelo medo e também falta de hábito de admirar a
mim e tudo que habita aqui dentro. 
Pois será que se eu, finalmente, achar algo de
interessante aqui dentro vou parar de me
interessar compulsivamente
por tudo que habita fora? 
Será fora e dentro a mesma coisa e tudo pode ser
mais simples e eu faço questão de complicar?
Será que se eu me apaixonar por mim mesme
verdadeiramente eu vou ter a vontade genuína de
viver uma paixão novamente?
São tantas questões que me distraem do silêncio
e da coragem de mergulhar
sem medo
de
afogar
muitos se relacionam por amar
eu também o fiz
mas não só
relacionando 
me escondi de mim
e escondi de mim
a saudade de
sentir
que sou
comunidade
procurei distrair no beijo
não só a falta de casa,
mas também da família
e das amizades de infância
busquei me apaixonar
pra não ter que assumir
que não tinha
pra onde voltar
até que de tanto brincar
de esconder
foi ficando mais fácil
de me achar
e pegar no pulo
o auto sabotar
sem vírgulas nem ponto

Às vezes deixo de escrever por


PREGUIÇA
Às vezes deixo de escrever por
PERFECCIONISMO
Mas na maioria das vezes
deixo de escrever por
MEDO
Medo do que vai sair
Não por achar que vai sair algo ruim
mas por saber que há grandes possibilidades de
sair algo verdadeiro demais para ser lido
por mim mesme

E quer saber?
Tem dias que estou meio
indisponível pra verdade.
não quero partes dela,
muito menos ela por inteira.
falo como se isso importasse,
mas na verdade
não muda
nada.

Pois eu não sei como é contigo,


mas comigo não é que a verdade
"pergunta se estou disponível para ela"
ou
avisa que está chegando
batendo na porta antes de entrar.
Num corpo que arde,
numa lágrima que cai,
numa respiração profunda

ela - a verdade -
simplesmente diz:

CHEGUEI.
E aí,
meeeu bem
se olha no espelho
com coragem

ou

se vira

e finge que não viu


Sagrado livre arbítrio que me
permite soltar o apego as
histórias que venho me
contando há tanto tempo ou
insistir em sustentar
mentiras cada vez mais
vazias e pouco possíveis de
serem sustentadas sem o
abuso de mim e,
consequentemente,
do outro.
e eu cansei.
cansei de machucar
outras pessoas pela minha
covardia
e
falta de coragem
de lidar com as minhas feridas
a minha alma
clamava tanto
pela solitude
que eu
tive a coragem
de assumir
ficar só
Com a coragem da alma
e a ancoragem no corpo
resolvi finalmente
olhar pra dentro.
Inocente, pensei que iria
encontrar só amor

mas encontrei a

dor do crescimento

A dor do crescimento é aquela que dói,


mas não é sofrimento
É aquela dor do desapego
de acreditar que serei sempre uma
criança, tão pequenina
É aquela dor da coragem
de reconhecer que já sou adulte,
É aquela dor que me ensina
que só vou parar de me distrair
com o outro
quando descobrir como é bom
estar em mim
É a dor que reconhece que existe uma
casa que é só minha e de mais ninguém,
o meu corpo
E que por mais que ele passe por outros
corpos, é impossível compartilhar como
é viver aqui nesse templo todo tempo
por isso é preciso aprender
o silêncio
E que esse silêncio não compartilhado
não há de ser sempre triste
e nem só solidão
há espaço pra ser também
solitude.
A dor do crescimento é aquela que dói porque tá
crescendo, expandindo, evoluindo.
O casulo quebrando, a borboleta saindo.
É aquela dor que não tem como fugir.
Por mais que a gente tenta, não dá.
É a dor do corpo criando coragem de reconhecer que é
possível voar.
A dor que quem nunca cresceu na alma, nunca sentiu.
Só despertamos quando adormecer o ser
já não está mais confortável
Como reconhecer que essa dor não é sofrimento?
Pelo contrário, é a morte do lamento.
Da lamentação.
É aceitar que às vezes dói o ego pra
expandir do coração.
A dor quando acolhida,
é transmutada.
Qual é o sentido da vida
se não houver mais sentido
em sentir?
Em épocas "modernas" de
profunda apatia
sentir é um ato revolucionário
por si só.
pausa para
respirar
(E NÃO AFOGAR)

A porta de entrada oficial


para a solitude
começou com o

auto perdão

foi através dele
que encontrei a chave
para
abrir
e
a coragem
de
adentrar
o meu próprio
coração
Ãnn Carolin,

Perdão.
Perdão por todas as transas, cervejas e comidas
que você se envolveu sem querer se envolver,
mas simplesmente por não saber lidar com a dor

Perdão por todos os relacionamentos que entrou


por não saber direito se relacionar consigo

Perdão por todas as armaduras que colocou por


não saber perder o controle da vida e respirar,
simultaneamente

Perdão por todas as vezes que você não teve a


humildade de dizer "eu não sei" e mentiu para si
mesme e para as outras pessoas

Perdão por todos os rituais que freqüentou


em excesso e pela busca compulsiva pela
auto cura e autoconhecimento por ainda não
saber aceitar o estar humane
com uma pitada de leveza e bocado de diversão

Perdão por todas as vezes que confundiu


abuso com amor
Perdão por todas as vezes que priorizou o
parecer ao ser

Perdão por todas as vezes que você silenciou a voz do


seu coração e a escuta do seu corpo por medo de ser
rejeitade

Perdão por todas as vezes que acreditou ser a salvação


de algo por inconsciência das suas sombras

Perdão por todas as vezes que você achou estar


ajudando o próximo,
mas que no mais profundo era
você quem precisava de ajuda

Perdão por todas as vezes que preferiu acreditar que


tempo era dinheiro e, por isso, escolheu trabalhar a
descansar mesmo sabendo que
o que precisava era descanso

Perdão por todas as vezes que carregou dores que não


eram suas e tomou decisões importantes a partir delas
Perdão por todas as vezes que se distraiu com o celular
e perder a oportunidade de trocar um olhar

Perdão por todas as vezes que escolheu racionalizar o


sentir por medo de habitar o próprio corpo

Perdão por todas as vezes que sentiu


culpa por sentir prazer

Perdão por todas as vezes que mentiu


por ter vergonha de dizer
“eu não sei”

Perdão por todas as vezes que se contou uma história


muito bem contada para continuar presa ao olhar e
opinião do outro

Perdão por temer tanto a solidão

E hoje você sabe


sabe que não foi fácil chegar até aqui
e por isso tudo
e mais esse tanto de coisa
que nem cabe no papel
finalizo com gratidão

profunda gratidão
por finalmente
ter foco, força e fé
para me permitir
estar só
comigo

eu
consegui.
coragem

Coragem para ancorar em si.


coragem para ancorar na respiração.
No corpo, no vazio, na presença.
coragem de ancorar na escrita, na dança e na arte
Coragem de ancorar de cócoras na terra e sangrar
Coragem em ancorar no choro, no grito, no gozo,
Coragem de ancorar em mim
Coragem de ser navio, marinheire e âncora
Coragem de reconhecer quem fui aceitar quem sou
e relaxar para que eu seja cada vez mais leve 
E leve a vida cada vez mais leve
Porque de pesado já tem tudo aquilo
que hoje entrego ao mar
Partiu
do cais
do outro
pra tentar sair
do caos
de si
E agora
No cais e caos de mim
eu adentrar
me banhar afogar
mergulhar
Só vê beleza na solidão
Com ou sem medo
Quem passou da
arrebentação
da tensão
e do tesão
Escrever é âncora boa
pede pausa e papel
pra parar
e aprofundar
no imenso e
quase aberto mar
do
amar
a mim
pausa para
respirar
(E NÃO AFOGAR)

solidão
O que é um terremoto, um dia ruim
ou uma gripe perto da solidão?
O cigarro, a cachaça, a religião.
Tudo pra não ficar só.
O celular, a internet, o instagram
Tudo para não ficar só.
O silêncio apavora.
Ah, na escola
não me ensinaram
a ficar só.
A solidão chegou.
Não tenho planos
Nem companhia.
A casa está vazia.
Só eu.
Só eu,
Só eu?
Eu só.

Ninguém pra me reconhecer,


ninguém pra me adorar.
Ninguém para ser o disfarce do meu
ego inconsciente
A solidão amedrontou.
Apavorou.
E, finalmente, chegou .
Pensei que ela era medonha e sombria
E é.
Mas não só
A minha mente imaginou a solidão.
Pois hoje descobri com o corpo que a
melhor maneira
de aprender a ser só
é simplesmente
sendo
Ah!
Agora me relembro de todos
aqueles encontros que marquei,
só para não estar só

.
Fugir do aqui e agora.
Correr do mundo de dentro
correndo pro mundo de fora
Nesse silêncio que toca música
Nessa música que é o silêncio
Por que tive tanto medo de ti, solidão?
Talvez seja porque é em tu que eu encaro
a minha liberdade
Só, eu posso ser quem eu quiser
e só
E talvez eu ainda não saiba ser livre.
Ao menos hoje eu sei
Ser só
Elu desabrocha
quando reconhece
que aceitar sua própria natureza
não broxa.
a libélula vermelha
veio me dizer
que viver procurando 
é ter medo de morrer
pois tudo que procuras
já habita dentro de ti
basta respirar profundo
e mergulhar dentro de si
tudo que está fora
também mora dentro
para reconhecer tal sabedoria
basta silenciar o pensamento
e pouco pouco
brota a poesia
que esvazia a alma
preenchendo
o papel
e a solitude
mostrando
que a solidão
também é uma virtude

um cais em meio ao caos


Ops!
quase me enrosquei
numa outra história
por medo de ser autore
dessa aqui.
Choveu.
E não foi pouco
um temporal atemporal
destruiu minha casa, minha cama, meu lar
dilacerou o que pensei ser eu
e inundou não só meus olhos, mas cada
espaço que nem sabia existir dentro de mim
fiquei sem ar. Sem voz.
Afundei e afoguei.
E quando pensei ter morrido,
renasci.

Choveu.
Lavou.
Lavou e levou tudo aquilo que era lixo
sem eu nem saber
A incerteza que trazia medo
se transformou em certeza
certeza da impermanência
que agora traz segurança
sou dinâmica e estou estática
fiz a teoria e li a prática
aceitei que somos tudo
menos "só" um pedaço de carne
somos o universo,
não só Vênus e Marte
Choveu.
Até tentei, mas não vi arco íris
nem sete cores e muito menos pote de ouro
a verdade é 
que o céu tá nublado,
não tô vendo o sol
nem quero ver
tô sentido ele brilhar dentro de mim
o cinzazulado do céu me contempla e me permite notar
que aqui dentro tem cor
em forma de amor

Choveu,
O solo tá fértil, o clima tá sereno
e eu?
eu tô preparade pra recolher meus destroços,
lubrificar meus ossos pra que eles deixem todo e
qualquer hábito que não mais me habita e se permitam
ser pura poesia dançarina
vazio
Morrendo descobri que talvez as coisas por aqui
mudaram
Não sinto agora o cliclo não esteja mais
vida-morte-vida,
mas sim vida-morte-vazio-morte-vida
Passei 26 anos saindo da morte buscando
renascer, florescer, crescer
Mas agora fui tentar continuar no conhecido do
vida-morte-vida e nada
Fui tentar florescer e nada
Tô num vazio que me convida a morrer um tanto mais
um vazio que quando ignorado pelo o que conheço se
disfarça na vontade de fazer qualquer coisa que
pareça renascer
mas quando encarado morro mais um pouco.
E quando morro mais um véu se vai
E o véu da morte como o fim estava tão bem colocado
em meus olhos que vivi uma vida achando que depois
da morte já vem o renascer
Hoje descubro que entre um e outro tem
o vazio

é esse vazio que agora preenche os meus dias


vazios de compromissos
e cheios de vida viva
ora quente ora fria
sempre vazia
pra caber a mim
e
pra eu caber
em mim
vazio que pode ser visto como renascimento,
mas que na mais pura verdade é vazio porque
é muito vazio e por isso preenche
o que tanta coisa nunca preencheu
um vazio que de vazio só o nome porque é
cheio de percepções outras que não as
mesmas de sempre
e observando um pouco mais profundo
mergulhando um pouco mais pro fundo
notei que pra chegar aqui tive que
transcender a culpa em camadas
tão ou mais fundas
que esse mergulho daqui
culpa por gozar
culpa por ser quem sou sem culpa
culpa por não produzir
culpa por gostar de mulher
culpa por falar o que sinto sem medo
culpa por não ter um trabalho fixo
culpa por estar minimamente em paz
culpa pelas relações que deixei pela metade
culpa pelo laço familiar que não sustentei
culpa culpa culpa culpa
porque se ele não lava louça é culpa da mãe que
mimou demais e não dele
que coisa nenhuma faz
ser socializade como mulher noa dias de hoje, ontem
e amanhã é ter intimidade
profunda com a culpa

culpa culpa culpa culpa culpa culpa culpa culpa culpa


culpa culpa culpa
muita culpa teve e ainda tem de ser olhada e acolhida e
transcendida pra que eu chegue até aqui
nesse vazio
pois uma das MAIORES sequelas do
eurocentrismo narcisista racista
patriarcal capitalista
se chama
culpa
a culpa me convida diariamente
a sair do v a z i o
eu resisto
E quando a cabeça tá cheia ele vai
mas quando esvazia ele volta
sagrado vazio
de esvaziar-se
de tudo o que vejo
pra que reste
o invisível
e quem sabe
a mim
vazio
vazio
v a zi o
vazio
vazio
vazio
vazio
vazio
gratidão
Agradeço a todas as histórias de amor que
deixei no passado pra então partir pro luto com
o coração, na maioria das vezes, estraçalhado

Agradeço porque agora, mergulhade em mim


nesse ora deserto ora floresta ora oceano ora
vazio do meu ser descubro que é tarefa sagrada
colar com muito perdão, amor próprio e
gratidão os pedaços de meu coração
despedaçado seguido de um emocional viciado
na dor e uma mente apegada no
sadomasoquismo da masturbação mental de
memórias antigas de amores sempre novos e
também mal resolvidos por eu ainda não ser
bem resolvide comigo mesme

Nessa faxina de dentro e fora onde recolho os


pedaços de mim esquecidos por aí e com muita
calma e respiração começo a dançar no meu
ora vivo ora sombrio e sempre divertido
compasso
Com os cacos eu faço e refaço pra depois desfazer
um sempre novo mosaico de mim que a cada dia
me percebo uma nova companhia

sempre sonhei viver numa relação que nunca


virasse rotina e hoje preciso estar sempre atenta
desperta pra não cair na rotina de mim mesme

me descubro na delícia que é sentir a graça de me


amar em todas as fases e faces de mim sem
precisar fazer nenhum movimento que não o de
relaxamento
mente pensante e meditante, corpo dançante,
alma cantante e ser apaixonante

ser apaixonante e aprendendo a se apaixonar


cada dia mais por sentir a leveza que é se libertar
de tudo aquilo que é desamor disfarçado de
amor, beleza ou autruísmo

o eurocentrismo racista narcisista patriarcal


capitalista monogâmico cristão deixou sequelas
profundas em meu corpo, sentimentos, psique e
alma

mas calma que esse Útero Sagrado tem força


que vem da Terra e que a cada dia vivido é um
parto de mim que com corpo floresço através da
minha sempre sagrada profana alma selvagem
que faz dessas sequelas pontes que ligam o
passado amargo ao futuro doce através do agora
que chora
calma
tá tudo acontecendo me convidando
a desesperar e eu ancoro a alma na calma
calma pra escutar a alma
pois é através dela que o Amor fala
RE
NA
SER

renascer.
Renasci e
a puta que me pariu diz não ter transado,
mas como assim?
A puta que me pariu diz ter lutado,
mas como assim?
Puta, que ora sorria com os olhos
ora chorava com a boca
Ela, que me ensinou a ser nua mesmo vestindo roupa
A puta que me pariu
foi vista como puta pela sua mãe
A puta que me pariu
Renasceu.
A puta que me pariu,
sou eu.
Que transei comigo mesma
muitas vezes sem querer
Pensei que era ruim só no começo,
depois de um tempo ia gozar
Se passaram anos
Não gozei, poucas vezes gostei
E, graças a luz que encontrei
num quarto escuro dentro de mim
senti que era hora de deixar de me estuprar
para fazer amor com o meu ser

Renasci
e me pari
com a ausência
de um gozo líquido
mas com a presença de
uma alma sólida

e que agora só
resolveu namorar
com o mar
sem mais temer
o amar

A vida que dança entre meus


olhos e olhares é mesma vida
que se esconde por entre meus
dentes. Ora cerrados, ora cheio
de lágrimas são todos
naturalmente viciados em
vida.
Vida que tenta se esconder
entre os meus alvéolos
pulmonares, mas se mostra
em cada respiração perdida ao
encontrar a ocitocina do amor.

Nas artérias e veias que


devaneias entre a vida que de
repente tem seu primeiro
encontro com a morte e
desnorteia o corpo dizendo que
o norte é a mente que de
forma triunfal desestabiliza o
canal entre mim e
minha’lma que calma, tem
paciência de riacho para me
mostrar que na realidade o
Oceano é o meu verdadeiro lar.

- sobre Ãnn Carolin -


sou água viva oceano rio
fundo do mar tromba d'água
bem desse jeitinho que leu
nessas poesias todas

importante!
se utilizar AS poesias
autorais por amor dê
os DEVIDOS créditos para
apoiar a arte independente

anncarolin__

foto da capa
por taynara bruni
taynarabr
Espero ter tocado tua
alma corpo coração

Agradeço a ti,
por ter chegado até aqui
Apoie a expansão desse trabalho
COM UMA CONTRIBUIÇÃO  CONSCIENTE,
AMOROSA, ABUNDANTE, RADIANTE

doe o quanto quiser e puder

valor sugerido
R$
27
ANNA CAROLINA ROZZA SCHMIDT

CHAVE PIX
CPF
412.502.928-83
No fundo do poço
do poço das sombras
Encontrei três entidades
A alma, a arte e o corpo
Que unidas são uma só força
Alguns por hábito chamam de Deus
Eu por fé chamo de Amor

até breve
em

AMOR
^
ORGANICO

ãnn carolin

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