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índice

Mensagem do Doutor.....................................................................................................................................3

Reposição Hormonal Masculina: chegou a minha hora de começar?..................................................4

Noções iniciais importantes sobre a testosterona...................................................................................6

Estudos revelam que 20% vão preencher os critérios para DAEM (Andropausa)...........................13

Fatores que aceleram a queda da testosterona no organismo.............................................................16

Quais os sintomas podem ocorrer com a queda da testosterona?.....................................................17

Como fechamos o diagnóstico do DAEM (Andropausa).......................................................................21

Quais os benefícios da reposição hormonal com testosterona?.........................................................31

Por quanto tempo o homem vai fazer a reposição hormonal?..........................................................33

Quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?..................................35

Testosterona X Obesidade e Síndrome metabólica...............................................................................48

Testosterona X risco cardiovascular (infarto)..........................................................................................49

Testosterona X Câncer de Próstata...........................................................................................................51

Há riscos na reposição hormonal?.............................................................................................................52

Contraindicações ao uso de testosterona?.............................................................................................55

Existe tratamento “natural” para aumento da testosterona?.............................................................56

Conclusão.......................................................................................................................................................57

Dr. Marco Túlio Cavalcanti........................................................................................................................58


mensagem do doutor
Parabéns pela iniciativa de baixar este e-book e pela vonta-
de de buscar informações relevantes para sua saúde.

Preparei este material sobre Reposição hormonal Masculi-


na com Testosterona, não para ser
mais do mesmo, e sim para tra-
zer ao público geral informa-
ções relevantes e atualiza-
das que são discutidas em
fóruns internacionais.

Vamos entrar em vários


pontos importantes que
geram muitas dúvidas para
pacientes, para meus segui-
dores das redes sociais, do canal
do Youtube e público em geral.

Tentei ao máximo deixar a linguagem não muito técnica.

Estamos vivendo um momento no qual a informação deve


ser disseminada sem barreiras, fico feliz quando vejo profis-
sionais de outras áreas (engenheiros, advogados, TI, profis-
sionais liberais, empresários, funcionários públicos ….) dis-
cutirem sobre assuntos médicos de uma forma embasada.

Esta é uma boa tendência do mundo e do homem moderno.

3
Reposição Hormonal Masculina:
chegou a minha hora de começar?
Você se sente cansado e com falta de disposição? Não anda
dormindo bem? Teve diminuição excessiva da capacidade
física, diminuição da massa muscular e aumento de gordu-
ra abdominal ? Sua libido (desejo sexual) não anda em seus
melhores momentos? Seu caso pode ter indicação para re-
posição hormonal.

Pelos sintomas acima, vemos que a testosterona é impor-


tante não só para função sexual, ela tem influência na parte
COMPORTAMENTAL, FÍSICA E SEXUAL, promovendo
melhor qualidade de vida quando em níveis ótimos.

O termo reposição hormonal é amplamente utilizado na


saúde feminina já que é de conhecimento geral que, em
média, a partir dos 45 anos, as mulheres vão entrar na me-
nopausa. Esse momento do ciclo reprodutivo feminino cau-
sa uma série de desconfortos que podem ser regularizados
com a recomposição dos níveis hormonais.

4
Reposição Hormonal Masculina:chegou a minha hora de começar?

Os homens podem ter um momento semelhante, conhe-


cido popularmente como andropausa. O Distúrbio Andro-
gênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) é a presença
de sintomas, como os acima citados, associado a uma baixa
dos níveis de testosterona no organismo.

Mas ao contrário da menopausa, que ocorre invariavelmen-


te para todas as mulheres, a andropausa não vai atingir to-
dos os homens. É preciso uma investigação cuidadosa para
diagnosticar e, se for o caso, indicar o tratamento de reposi-
ção hormonal masculina.

Não tem idade para começar a reposição hormonal! Pode ser


com 35, 40, 50, 60, 70, 80 anos ou mais... O critério utilizado
é a presença de sintomas + baixos níveis de testosterona no
exame de sangue e a ausência de contraindicações.

5
Noções iniciais importantes sobre
a testosterona
Esta parte é um pouco técnica, porém importante para o
entendimento mais a fundo do problema, sendo assim achei
importante mencionar. Quem achar muito complicado pode
passar para o próximo tópico ou leiam apenas o que estiver
em negrito.

A testosterona é um hormônio esteroidal androgênico, com


níveis sanguíneos em homens adultos 10 a 30 vezes mais
altos do que em mulheres. Cerca de 95% da produção da
testosterona circulante é feita pelas células de Leyding nos
testículos, 5% nas glândulas adrenais (suprarrenais).

Há também uma produção ínfima por células do SNC (Siste-


ma nervoso Central) onde tem ação apenas local.

6
Noções iniciais importantes sobre a testosterona

A glândula hipófise fica localizada na Sela Túrcica (dentro


do crânio), secreta o FSH (Hormônio Folículo Estimulante)
e o LH (Hormônio Luteinizante) estimulando o testículo a
produzir espermatozoides e testosterona respectivamen-
te. Quando os níveis de testosterona já estão adequados, o
estimulo de LH para, quando os níveis de testosterona no
sangue diminuem, a hipófise detecta isso e aumenta a se-
creção de LH. Isto ocorre o dia todo e todos os dias.

A testosterona pode se transformar em 2 outros hormônios


esteroidais:
- No Estradiol (hormônio mais prevalente das mulheres)
por uma enzima chamada Aromatase.
- Na Dihidrotestosterona (hormônio mais potente do que
a própria testosterona) por uma enzima chamada 5
alfaredutase.

7
Noções iniciais importantes sobre a testosterona

Os níveis de testosterona oscilam durante o dia, sendo


maiores das 3h às 8h da manhã em geral.

8
Noções iniciais importantes sobre a testosterona

A testosterona apresenta- se na circulação de três formas


principais: fortemente ligada à SHBG ( sex hormone-bindign
globulin) (60%); fracamente ligada às proteínas, principal-
mente a albumina (38% ) e não ligada ou livre (2%). As for-
mas que agem nos tecidos são a fracamente ligada e a livre,
conjunto chamado de testosterona biodisponível.

A Testosterona tem 3 picos fisiológicos durante a vida de


um homem:

1° Pico na fase fetal que é importante na formação da ge-


nitália masculina (pênis, escroto, próstata e vesículas semi-
nais);

2° Pico na fase Neonatal (nos primeiros meses de vida);

9
Noções iniciais importantes sobre a testosterona

3° Pico, que é o mais conhecido por todos, ocorre na pu-


berdade (adolescência). Este último pico de testosterona
na adolescência vai dar ao garoto características masculi-
nas, voz grave, pelos, aumento de massa muscular e estru-
tura óssea, crescimento do pênis, aumento da libido (dese-
jo sexual), ereções mais fortes e frequente, dentre outros.
Após atingido este pico, tem-se uma fase de estabilidade
no período de 20 a 30 anos e depois inicia-se um processo
de queda da taxa de testosterona.

10
Noções iniciais importantes sobre a testosterona

Sabe-se que há uma queda mais acentuada a partir dos 40


anos. Essa queda poderá ser de 1% a 2% ao ano. Isso varia
muito com alguns fatores:

- Genéticos -> Tem pessoas que têm esta “tendência” a


evoluir com uma taxa de queda mais acelerada deste
hormônio, apresentando sintomas mais precocemente.

- Estilo de vida saudável ajuda a manter bons níveis de


testosterona por mais tempo, diminuindo a taxa de que-
da deste hormônio. Ao contrário, pessoas com uma roti-
na muito estressante, obeso, sedentário, diabético, com
privação de sono, etc, tendem a acelerar a queda da
testosterona e adiantar sintomas da andropausa.

11
Noções iniciais importantes sobre a testosterona

As principais recomendações para uma vida saudável


são: boa alimentação, exercícios físicos regulares, sono
reparador, ausência de vícios como cigarro, drogas,
bebidas em excesso, controle dos níveis de estresse,
manter-se no peso adequado, evitar/controlar
doenças como Diabetes, Hipertensão e Dislipidemia.

A queda de testosterona pode se dar por 2 situações:

1- Problemas no próprio testículo que afetam e diminuem a


produção (Hipogonadismo Hipergonadotrófico).

2- Problemas na secreção do hormônio LH (luteinizante), as-


sim o testículo não recebe informações suficientes para man-
ter a produção de testosterona (Hipogonadismo
Hipogonadotrófico).

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Estudos revelam que 20% vão preencher
os critérios para DAEM (Andropausa)
A prevalência do DAEM (andropausa) é maior nos pacientes
que sofrem de síndrome metabólica (obesos, hipertensos,
diabéticos, com colesterol e triglicérides altos). Esses pa-
cientes devem ser observados mais de perto para acompa-
nhar os níveis de testosterona. Pesquisas já apontaram que
mais de 50% dos homens nunca foram a um consultório de
urologista, que é a especialidade médica para homens equi-
valente ao ginecologista para as mulheres. Outro tantos,
sequer sabem qual é a especialidade que vai tratar dos seus
problemas de ordem
sexual.

+50%
dos homens nunca foram
a um consultório de
urologista

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Estudos revelam que 20% vão preencher os critérios para DAEM (Andropausa)

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, 57%


dos homens nunca ouviram a palavra andropausa e outros
71% desconhecem quais os sintomas desse distúrbio.

Por isso, é necessária a ampliação de uma consciência cada


vez maior nos homens a respeito dos cuidados médicos
para tratar certas questões que poderão ser um tabu para
eles, especialmente quando afetam o desempenho nos mais
variados aspectos pessoais.

Muitos homens poderão sentir que esse declínio hormo-


nal trará sintomas que poderão facilmente ser confundidos
com outras patologias. Não é um processo abrupto, é gra-
dual, por isso, mais difícil de perceber.

Nos próximos capítulos vamos discutir que


esses 20% de prevalência da DAEM (Andro-
pausa) podem ser maiores devido aos crité-
rios variáveis de inclusão que seriam os li-
mites inferiores dos níveis de testosterona.
Quais níveis seriam considerados baixos ?
Vamos ver mais pra frente!

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Estudos revelam que 20% vão preencher os critérios para DAEM (Andropausa)

A expectativa de vida da população está aumentando, o ho-


mem moderno deseja viver mais e principalmente viver me-
lhor. Há 3 ou 4 gerações passadas um homem de 55 anos,
por exemplo, já era considerado velho, atualmente eles vi-
vem como jovens que estão começando ou recomeçando
a vida.

Alguns estão no auge da vida profissional e muitas vezes em


novos relacionamentos, praticando esportes em alta perfor-
mance, ou seja, o estilo de vida mudou e as necessidades
também.

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Fatores que aceleram a queda da testosterona
no organismo
A queda hormonal a partir dos 40 anos poderá ser mais ou
menos acentuada de acordo com a qualidade de vida dos
pacientes e seus cuidados com a própria saúde. Algumas
condições físicas favorecem a queda da hormônio no orga-
nismo e poderão resultar na necessidade da reposição hor-
monal masculina de forma mais precoce:

7.5

Dislipidemia Diabetes Hipertensão


(anomalia nos níveis de lipídeos
no sangue);

Sedentarismo Tabagismo Obesidade

Estresses Privações de descanso Abuso da ingestão


(sono) de álcool

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Quais os sintomas podem ocorrer com a
queda da testosterona?
Para iniciar um tratamento de reposição hormonal, o urolo-
gista/andrologista vai começar a investigar o histórico clíni-
co de cada paciente e a combinação de seus sintomas.

Os sintomas que poderão denunciar que um homem está


com o DAEM, como já citados acima, estão distribuídos na
esfera comportamental, física e sexual.

Os sintomas abaixo podem ocorrer em níveis diferentes de


déficit de testosterona, ou seja, alguns ocorrem mais pre-
cocemente logo quando os níveis começam a cair (sintomas
iniciais) e outros apenas quando realmente os níveis estão
muito baixos.

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Quais os sintomas podem ocorrer com a queda da testosterona?

- Fadiga;
- Indisposição;
- Oscilações de humor;
- Desânimo;
- Depressão;
- Alterações no sono (sonolência diurna/insônia);
- Aumento da gordura abdominal;
- Perda da libido (diminuição do desejo sexual);
- Perda de massa muscular (diminuição na capacidade
física, na força, na performance em esportes, diminui
ção da recuperação muscular pós atividades físicas);
- Perda de massa óssea;
- Irritabilidade;
- Perda da memória;
- Anemia;
- Diminuição das ereções espontâneas;
- Diminuição do volume ejaculatório e orgasmos;
- Diminuição das ereções matinais;
- Disfunção erétil;
- Fogachos (ondas de Calor).

18
Quais os sintomas podem ocorrer com a queda da testosterona?

19
Quais os sintomas podem ocorrer com a queda da testosterona?

Outros efeitos deletérios causados por baixos níveis de tes-


tosterona

- Disfunção Endotelial;
- Piora da glicemia (taxa de açúcar no sangue);
- Aumento do risco cardiovascular ( Infarto e derrrame);
- Aumento de citocinas pró inflamatórias;
- Aumento na mortalidade ( Pacientes com testosterona
baixa tendem a viver menos).

Pacientes com testosterona baixa estão sujeitos a maiores


riscos cardiovasculares (infarto) e estão associados a menor
expectativa de vida. Quando são submetidos à reposição
hormonal em doses adequadas esse quadro pode ser rever-
tido, melhorando a qualidade e a expectativa de vida.

20
Como fechamos o diagnóstico do DAEM
(Andropausa)
Quando temos pelo menos 3 destes sintomas apresentados
acima, associados a um nível baixo de testosterona, fecha-
mos o diagnóstico.

A princípio parece fácil, porém, existem 2 pontos principais


que reforçam a necessidade do paciente procurar um espe-
cialista para conduzir o caso: a determinação do que seria
um índice de testosterona baixo e o descarte de outras
doenças que poderiam ter sintomas semelhantes à
andropausa.

21
como fechamos o diagnóstico do daem (andropausa)

1 - O que seria considerado baixos níveis de


testosterona sérica (no sangue)?

Esta é uma grande questão discutidas em congressos nacio-


nais e internacionais anualmente. E vamos apresentar algu-
mas questões sobre isso:

1- A maioria dos valores de referências do limite inferior da


testosterona nos laboratórios não estão atualizados e não
condizem com a realidade.

22
como fechamos o diagnóstico do daem (andropausa)

2- Há uma divergência considerável entre os consensos de


grandes sociedades a respeito deste assunto e os consen-
sos em geral, que avaliam a testosterona total e não a tes-
tosterona livre. Exemplo:

- Endocrine Society 2018: Testosterona total < 264 ng/dl

- AUA (American Urological Association) 2018: Testostero


na total < 300ng/dl

- EUA (European Urological Association): Testosterona total


<350 ng/dl

- ISSM (International Society for Sexual medicine): Tes


tosterona total<350 ng/dl

- Opinião de “Experts”: Testosterona total pode ser


>400ng/dl. Sintomas são mais importantes, mencionam
a importância do teste terapêutico nestes casos.

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como fechamos o diagnóstico do daem (andropausa)

3- A testosterona apresenta-se na circulação de três formas


principais: fortemente ligada à SHBG ( sex hormone-bindign
globulin ) (60%), fracamente ligada às proteínas, principal-
mente a albumina (38%) e não ligada ou livre (2%).

As formas que agem nos tecidos são a fracamente ligada e


a livre, conjunto chamado de testosterona biodisponível.
Então, é principalmente a fração livre da testosterona que
realmente atua nos receptores androgênicos e algumas ve-
zes o paciente tem níveis “normais” de testosterona total,
porém, a fração livre é baixa. Se isto não for considerado,
pode haver um subdiagnóstico do hipogonadismo.

Pacientes com níveis mais altos do SHBG, tendem a ter ní-


veis mais baixos de testosterona livre.

Resumindo, é importante dosar testosterona total, testos-


terona livre e SHBG e os resultados serem interpretados
adequadamente pelo médico fazendo uma associação com
sintomas clínicos.

24
como fechamos o diagnóstico do daem (andropausa)

4- Para a testosterona agir precisa acoplar-se a um recep-


tor androgênico. Há uma grande variabilidade da quantida-
de e qualidade destes receptores (polimorfismo dos recep-
tores androgênicos).

O exame para verificar isso só se aplica a pesquisas clínicas


e não estão amplamente disponíveis. Quando mais repeti-
ções CAG (>25) em uma parte deste receptor androgênico,
menos efetivo ele vai ser. Ou seja, o homem pode ter níveis
“normais” de testosterona, e apresentar sintomas devido a
esta diminuição da sensibilidade destes receptores.

A função preservada dos Receptores androgênicos é fun-


damental para ação da testosterona e DHT (Dihidrotestos-
terona - metabólito mais ativo da testosterona).

25
como fechamos o diagnóstico do daem (andropausa)

O polimorfismo destes receptores contribuem para a ex-


pressão dos sintomas mais acentuados, mesmo com níveis
“normais”ou pouco mais baixos de testosterona, para a
resposta ao tratamento e para reações adversas ou efeitos
colaterais quando administramos a reposição com testos-
terona.

As investigações farmacogenômicas do polimorfismo da RA


podem ser uma opção futura para personalizar a titulação
da testosterona individualmente e identificar melhor os in-
divíduos como potencialmente mais ou menos responsivos
aos tratamentos

5- A testosterona livre só é confiável se for feita pelo mé-


todo de ultracentrifugação/ultrafiltrado ou diálise técnica.
Pode ser usada a testosterona livre calculada. Não deve ser
usada radioimunoensaio para dosagem da Testosterona
livre.

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como fechamos o diagnóstico do daem (andropausa)

6- Há alguns fatores que impactam nos níveis de testoste-


rona:
- Ritmo circadiano: Os níveis de testosterona variam du
rante o dia. O pico de testosterona ocorre entre 3h e 8h
da manhã. A variação da testosterona às 8h versus às 16h
é de 20% a 25% em indivíduos de 30 a 40 anos e de 10%
em homens com mais de 70 anos.

- Variação de testosterona intraindividual é de 65 - 153%


entre testes (ensaios dependentes). Usando 2 a 3 medidas
distintas esta variação pode ser diminuída em 30 a 43%
respectivamente.

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como fechamos o diagnóstico do daem (andropausa)

- Obesidade: O aumento de 4 a 5 pontos no IMC ( Índice


de Massa Corpórea) equivalem a 10 anos a mais na idade.
A média de aumento da testosterona após uma mudança
na dieta ou cirurgia bariátrica é de 83ng/dl a 252ng/dl.

- A prática de exercícios pode ter uma melhora modesta


nos níveis de testosterona, variando de 23 a 59ng/dl.

- Doença aguda: O fato de colher exame de testosterona


quando está doente por outra condição, pode mostrar
uma baixa do nível basal em média de 10% a 30%.
O exame de testosterona deve ser colhido no sangue,
preferencialmente, no período da manhã. O jejum, não é
obrigatório, porém como, em geral, é coletado com outros
exames em geral é feito desta forma. A dosagem de testos-
terona pela saliva não é reconhecida nem usada pelos pro-
tocolos das principais sociedades.

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como fechamos o diagnóstico do daem (andropausa)

2- Existem muitas doenças que podem apresen


tar-se com sintomas iguais aos do DAEM
(andropausa). O diagnóstico diferencial é
fundamental!
Alguns exemplos de doenças que podem cursar com sinto-
mas semelhantes ao do DAEM (andropausa):

Diabetes Doenças Crônicas/ Anemias


Câncer em estados
avançados

Burn out Apneia do sono

Disfunção erétil vasculogência associados a distúrbios


psicogênicos secundários

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como fechamos o diagnóstico do daem (andropausa)

Reposição Hormonal Masculina com Testosterona ficou po-


pularmente conhecida como TRT (Terapia de Reposição de
Testosterona) e SÓ PODE SER FEITO COM TESTOSTERO-
NA, COMO O PRÓPRIO NOME FAZ REFERÊNCIA. Não
existe fazer reposição hormonal com esteróides anaboli-
zantes.
Lembrem que há uma diferença entre hormônio esteroidal
(hormônios que são produzidos pelo nosso corpo e na com-
posição de base tem o ciclopentanoperihidrofenantreno) e
esteróide anabolizantes (moléculas sintéticas que não são
iguais as que naturalmente produzimos, estimulam recepto-
res androgênicos produzindo efeitos anabólicos e androgê-
nicos em graus variados).
O uso de esteróides anabolizantes é um capítulo à parte e
podemos fazer um e-book sobre isso mais adiante.

30
Quais os benefícios da reposição
hormonal com testosterona?
Os benefícios são vários e melhoram muito a qualidade de
vida dos pacientes. Eles também são apresentados na es-
fera comportamental, física e sexual. É muito gratificante
para o médico tratar deste assunto e ver o resultado nas
consultas de acompanhamento. Muitos já no primeiro re-
torno relatam melhora no dia a dia, no trabalho, nas ativi-
dades em família, uma sensação de bem-estar e energia.

Seguem os principais benefícios da reposição hormonal de


testosterona:

- Melhora na disposição / energia;

- Melhora da autoestima/autoconfiança/capacidade de
decisão /memória;

- Melhora da qualidade do sono;

- Aumento da sensação de bem-estar;

- Aumento da massa muscular e massa óssea;

- Diminuição do percentual de gordura;

31
quais os benefícios da reposição hormonal com testosterona

- Melhora capacidade física em geral;


- Aumento da frequência e qualidade das ereções
noturnas/matinais;
- Aumento da libido (desejo sexual);
- Melhora ereção e a resposta a medicamentos para
ereção como viagra ou cialis, para pacientes que fazem
uso destes;
- Melhora do controle da glicemia;
- Melhora da qualidade de vida em geral.

32
Por quanto tempo o homem vai fazer a
reposição hormonal?
Pode ser um tratamento temporário ou permanente.

Vamos avaliar os 2 casos:

Pacientes candidatos a tratamento temporário são aqueles


que têm vários fatores que contribuem para baixar a tes-
tosterona e entraram num ciclo vicioso. Exemplo:

1- Paciente de 40 anos, diabético, hipertenso, obeso, com


colesterol alto, dormindo pouco, estressado e com sintomas
de testosterona baixa. Todos os fatores apresentados pio-
ram os níveis de testosterona e a testosterona baixa tam-
bém agrava mais estas doenças. Com a testosterona baixa,
este paciente não vai ter ânimo para fazer exercícios, cum-
prir uma dieta, mudar seu estilo de vida, ou seja, ele está
num ciclo vicioso. Se fizermos uma reposição hormonal, ele
começar a ter ânimo e mudar seu estilo de vida, podemos
após um período variável, desmamar o hormônio, estimular
os testículos com medicações específicas e observar a
função testicular se foi restabelecida.

33
quais os benefícios da reposição hormonal com testosterona

2 - Também se encaixam no grupo de temporário aqueles


que iniciaram o tratamento com testosterona e, mesmo 6
meses após a normalização dos níveis sanguíneos do hor-
mônio, continuam com os sintomas, ou seja, aqueles que
não tiveram melhora. Daí suspendemos o tratamento e re-
visamos os outros diagnósticos diferenciais para o caso.

O uso permanente ou contínuo é o mais comum, pois mui-


tas vezes, para chegar neste ponto, o dano testicular foi
permanente e ele não consegue entregar níveis de testos-
terona suficientes para atender a demanda do paciente.
Outro ponto importante é que ao deixar a testosterona em
níveis adequados, o homem se acostumará com uma nova
performance e qualidade de vida que provavelmente não irá
se manter se houver suspensão do tratamento. A produção
testicular de testosterona também diminui quando estamos
fazendo TRT (Terapia de Reposição se testosterona).

Por isso, antes de realizar a indicação da reposição, o médi-


co precisa estar bem amparado pelos exames laboratoriais
e o relato dos sintomas do paciente. É em geral uma con-
sulta longa e abrange quase todos os temas citados neste
texto.

34
Quais as formas de apresentação da
testosterona e vias de administração?
Oral: Undecanoato de Testosterona, pouco usado devido a
variação da dose de absorção;

Nasal: pouco usado devido a variação da dose de absorção;

Adesivos: (caiu em desuso por dar mais irritação na pele do


que o gel;

Gel transdérmico

Injeção de ésteres de testosterona de média duração

Injeção de ésteres de testosterona de longa duração

Implantes subcutâneos de Testosterona

Vamos falar sobre estes 4 últimas formas em destaque.

35
quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?

Aplicação de gel transdérmico de Testosterona

O gel de Testosterona, é composto de testosterona pura em


um percentual variável de concentração, numa base hidro-
alcoólica ou em pentravan (agente que pode ajudar na ab-
sorção cutânea).

No Brasil, temos atualmente apenas o androgel 1% em sa-


chês de 5G (50mg de testosterona) ou 2,5G (25mg de Tes-
tosterona), que é vendido em farmácias comuns.

Usa-se bastante também compostos manipulados que po-


dem ser feitos em concentrações mais altas diminuindo a
quantidade de gel final.

Exemplo: Androgel 1% sachê 5G = 50mg de testosterona


Testosterona manipulada 5% -- 1 pump de 1g = 50mg de
testosterona.

36
quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?

A absorção percutânea de testosterona varia de cerca de


9% a 14% da dose aplicada, ou seja, se você aplica 50mg
apenas 5mg irá ser absorvido em média.

Um dado importante é que de 15 a 20% dos pacientes que


usam o gel não absorvem bem o produto e não tem nenhu-
ma melhora clínica / laboratorial.

A reposição realizada com o gel é tida como a forma mais


“segura” de fazer uso da testosterona.

O gel é de aplicação diária, 1 vez ao dia pela manhã, em ge-


ral; porém, em alguns casos, pode ser usado mais vezes a
depender da recomendação médica.
Deve-se utilizar em áreas de pele mais fina como face inter-
na sem pelos dos braços e antebraço, pescoço, testa, lateral
do abdome, face interna da coxa.
Não deve tomar banho ou entrar em piscina ou mar, antes
de 4 horas da aplicação.

Deve-se evitar muito contato com crianças na região que


passou o gel durante pelo menos 6 horas.

37
quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?

Vantagens do gel transdérmico:


- Níveis de Testosterona mais parecido com o ritmo de
secreção natural e tem fácil aplicação;

- Segurança da aplicação;

- Se o tratamento for interrompido por qualquer motiva-


ção, os níveis da testosterona, vão cair rapidamente.

Desvantagens do gel transdérmico:


- O uso diário, que é uma problema para muitos paciente;.

- Irritação na pele de alguns usuários (infrequente);

- A absorção cutânea é variável também, paciente a


paciente;

- Transferência por contato para pessoas que não precisam


daquelas dosagens de hormônio, como mulheres e
crianças.

Injetável

Outra forma de realizar a reposição da testosterona nos ho-


mens é a injetável, que no Brasil, têm possibilidades de tra-
tamento de média e longa duração.

38
quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?

A testosterona na forma injetável é feita na forma de Éster


de Testosterona. Esta cadeia éster adicionada ao carbono
17 da molécula de testosterona serve para a absorção não
ocorrer de forma muito rápida. Se aplicasse a testosterona
na forma pura a meia vida seria de 10 minutos e as injeções
seriam muito frequentes. Assim, quanto maior o tamanho
da cadeia éster adicionada maior o tempo de meia vida
da medicação.

O propionato seria um exemplo de ester de cadeia curta

O Cipionato seria um exemplo de ester de cadeia Média

O Undecanoato seria um exemplo de ester de cadeia Longa.

39
quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?

Apesar de ser um Éster de Testosterona, essas medicações


injetáveis, intramusculares ou subcutâneas, são considera-
das idênticas, pois ao serem absorvidas do subcutâneo ou
do músculo e caírem na corrente sanguínea, o éster é rapi-
damente hidrolisado, liberando testosterona pura na circu-
lação.

Testosterona de média duração

Aqui no Brasil temos o Cipionato de Testosterona (Depos-


teron) ou um blend de Testosterona (Durateston).

Para quem opta pelo uso do Cipionato de Testosterona


também há uma forma de fazer a autoaplicação das inje-
ções, com a devida orientação médica. É necessária receita
especial controlada para adquirir nas farmácias.

40
quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?

As doses precisam ser individualizadas, o que exige sempre


o acompanhamento do médico, que poderá indicar também
que haja fracionamento das quantidades para evitar os
picos e baixas de testosterona no intervalo das doses.

Vantagens do uso de injeções de média


duração:
- Baixo Custo;

- Bastante Eficaz.

Desvantagens do uso de injeções de


média duração:
- Aplicações frequentes (aplicações a cada 10 a 21 dias - ou
mais fracionadas a depender da prescrição médica);

- Pode ter picos levando a testosterona a níveis acima do


normal (pode ser minimizado com fracionamento da
dose);

- Aumento dos efeitos colaterais dose dependente;

- Dor no local da aplicação;

41
quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?

- Disponibilidade em farmácias é limitada. Às vezes, essas


medicações entram em falta no mercado - o Cipionato de
Testosterona (Deposteron 200mg/2ml) ou Blend de tes-
tosterona (Durateston);

- Não imita o ritmo circadiano natural da testosterona.

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quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?

Testosterona de longa duração

O tratamento de Éster de Testosterona de longa duração


utiliza o undecanoato de testosterona (Nebido ou Hormus).

Vantagens:
- Vai exigir injeções com frequência muito menor, com apli-
cações em média a cada dois ou três meses;

- Em geral não provoca os picos supra fisiológicos comuns


no tratamento de média duração.

Desvantagens:
- Custo é mais alto;

- Dor no local das aplicações;

- Se o tratamento necessitar de interrupção, o paciente


terá níveis de circulação do hormônio ainda por um
bom tempo;

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quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?

- Risco maior de embolia gordurosa (volume de solução


oleosa aplicada no músculo - 4ml );

- Não imita o ritmo circadiano natural da testosterona;

- Aumento dos efeitos colaterais dose dependente.

Implantes subcutâneos

Essa modalidade é uma opção onde se implantam pellets de


testosterona no tecido subcutâneo (embaixo da pele), em
geral, no glúteo ou flancos (lateral do abdome).
São apresentados comumente em 2 tamanhos:

- 4.5mm de diâmetro e 6mm de comprimento = Pellet com


100mg
- 4.5mm de diâmetro e 12mm de comprimento = Pellet com
200mg

A quantidade de pellets varia de acordo com a dose estipu-


lada pelo especialista. Usualmente de 800 a 1.200mg.
O tempo de meia vida é em torno de 2 meses e meio.

O tempo de duração para novas aplicações varia e é em tor-


no de 4 meses.

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quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?

Vantagens:
- Menor frequência de aplicação.

Desvantagens:
- Difícil remoção, caso paciente precise suspender o trata
mento, por isso,
devem utilizados apenas em casos de pacientes que têm
boa tolerância e já estão adaptados ao tratamento;

- Alto custo;

- Possibilidade de extrusão dos pellets;

- Infecção do local de aplicação.

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quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?

Um adendo para uma pergunta muito frequente:

“Doutor você faz reposição com Testosterona Bioidêntica?”

Vamos a explicação:

Este é um termo inadequado, que foi muito usado e talvez


ainda esteja sendo em campanhas de marketing, quando
começou a se falar em modulação hormonal.

Testosterona bioidêntica significa que é uma molécula de


testosterona igual (idêntica) à que existe circulando no nos-
so corpo. Agora veja só, não precisa usar este termo bioi-
dêntica, pois se fosse uma molécula diferente da Testos-
terona não poderia ser chamada assim, teria que ter outro
nome.

Existem diversas modificações que foram feitas em labo-


ratório na molécula da testosterona e dihidrotestosterona:
são os esteróides anabolizantes, esses têm nomes específi-
cos e não devem ser usados para reposição hormonal.

46
quais as formas de apresentação da testosterona e vias de administração?

Então os pacientes sempre perguntam:

“Doutor esse gel de testosterona é bioidêntico?”


“Essa testosterona injetável é bioidêntico?”
‘Esse implante de testosterona é bioidêntico?”

A resposta é a seguinte: toda testosterona é bioidêntica,


se não for idêntica não é testosterona e tem que ter outro
nome.

Daí abre espaço para outra pergunta: “Doutor, mas o cipio-


nato de testosterona ou enantato de testosterona são éste-
res de testosterona e não a testosterona em forma livre, e
agora?”

Resposta: esses ésteres são acoplados à molécula apenas


para tempo de absorção muscular ou subcutânea, quanto
maior a cadeia éster, maior o tempo de duração e o inter-
valo das doses, quando cai na circulação a cadeia éster é
desligada e a molécula de testosterona “idêntica”, cai na cir-
culação para atuar posteriormente nos receptores andro-
gênicos.

47
Testosterona X Obesidade e Síndrome
metabólica

A reposição hormonal com testosterona pode ser particu-


larmente benéfica para pacientes obesos e com síndrome
metabólica (Hipertensão, Diabetes, Colesterol Alto ) por al-
guns fatores:

- Aumento da massa muscular;


- Diminuição do percentual de gordura;
- Diminuição da cintura / Gordura visceral ;
- Melhora o perfil glicêmico;
- Aumento da disposição para o paciente obeso criar
ânimo para atividade; física e aderir a uma dieta.

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Testosterona X risco cardiovascular
(infarto)
O efeito benéfico ou maléfico da testosterona no sistema
cardiovascular depende da dose.

Não há relação entre a incidência de doenças cardíacas e a
reposição hormonal.

Bem ao contrário, estudos já apontaram que uma testos-


terona baixa poderá proporcionar mortalidade maior nos
homens em relação àqueles que estão com níveis normali-
zados do hormônio. Assim, a reposição hormonal com tes-
tosterona vai proteger das doenças cardiovasculares.

A testosterona também não aumenta o risco de trombose.

49
testosterona x risco cardiovascular (infarto)

Obs: Pessoas que fazem uso de doses exageradas e in-


discriminadas da testosterona ou outros esteróides, para
efeitos anabólicos extremos podem ter aumento do risco
cardiovascular por alteração nos níveis de colesterol e au-
mento da viscosidade do sangue.

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Testosterona X Câncer de Próstata
Existiu durante muito tempo mitos sobre o desenvolvimen-
to de câncer de próstata com a reposição hormonal com
testosterona. Nos trabalhos atuais são evidenciados os se-
guintes achados:

- O fato de ter a testosterona mais alta ou realizar reposi-


ção hormonal não aumenta o risco de desenvolver câncer
de próstata;

- Os pacientes com testosterona mais baixas desenvol


vem câncer de próstata de alto risco (mais agressivos);

- Podemos fazer reposição hormonal com testosterona em


pacientes com tumor de próstata de baixo risco em
seguimento;

- Reposição hormonal com testosterona não aumenta taxa


de recorrência do câncer de próstata em pacientes sub-
metidos a prostatectomia radical (retirada da próstata)
ou radioterapia;

NESTES 2 ÚLTIMOS ITENS, MAIS DO QUE NUNCA, DE-


VEM SEMPRE SER CONDUZIDO POR ESPECIALISTA
COM EXPERIÊNCIA EM TRATAMENTO DE CÂNCER
DE PRÓSTATA E REPOSIÇÃO HORMONAL.

51
Há riscos na reposição hormonal?
A reposição hormonal com testosterona pode causar alguns
riscos/ efeitos colaterais, como:

Infertilidade:
O organismo entende que o nível do hormônio está ade-
quado e, portanto, reduz parcialmente ou totalmente de es-
permatozóides e testosterona testicular. No entanto, se o
paciente usa o hormônio por muitos anos e quiser cessar o
tratamento para tentar engravidar a parceira, o quadro po-
derá ser revertido com medicações que vão ajudar os testí-
culos na produção da testosterona. Em alguns casos, ainda
será necessária um processo de fertilização (reprodução as-
sistida);

52
há riscos na reposição hormonal

Ginecomastia:
Essa é uma condição na qual ocorre um aumento dos seios
nos homens que têm predisposição ao problema e quando
a dosagem na reposição é muito alta. Porém, há medicações
para PREVENIR e REVERTER. Por isso, é fundamental fazer
a reposição hormonal com especialista;

Problemas de pele:
Acne, sudorese, aumento da taxa de queda de cabelo e au-
mento dos pelos do corpo. São efeitos que PODEM ocorrer
e tem medidas para prevenção e tratamento;

53
há riscos na reposição hormonal

Policitemia:
Aumento dos glóbulos vermelhos (Hemácias). As hemácias
exercem um papel importante no transporte de oxigênio
aos tecidos otimizando o funcionamento destes.

Porém, se aumentar muito a concentração das hemácias


no sangue (engrossar o sangue), pode aumentar o risco car-
diovascular. Por isso, deve-se fazer um acompanhamento
periódico com o especialista, ajuste de doses, aumento da
ingesta hídrica e se necessário sangrias/doação de sangue
para controle da viscosidade.

54
Contraindicações ao uso de
testosterona ?
● Tumores hepáticos ativos que poderão ser sensíveis à
testosterona, o que pode causar um aumento do tumor;

● Câncer de mama masculino;

● Câncer de próstata não estadiado e não tratado;

● Policitemia (aumento da viscosidade do sangue não


tratada);

● Apneia do sono severa e hiperplasia prostática benigna


com sintomas urinários severos, eram contraindicações
relativas, porém, sem evidências fortes sobre isso;

● Pacientes jovens que estão tentando engravidar suas


parceiras.

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Existe tratamento “natural” para
aumento da testosterona ?
Dicas para que os pacientes evitem a
queda dos níveis de testosterona
Quando os homens se cuidam, é muito provavelmente que
o organismo continue a produzir testosterona em níveis
normais. Por isso, os especialistas revelam que nem todos
os homens irão precisar de reposição hormonal de testoste-
rona. Para tanto, os bons hábitos farão muita diferença,
como:
- Manter boa qualidade do sono;
- Praticar exercícios físicos;
- Investir em uma alimentação saudável;
- Promover a prevenção do estresse;
- Controlar os marcadores de pressão alta e diabetes;
- Parar de fumar;
- Beber de forma moderada;
- Fazer visitas periódicas ao médico para checar a saúde.
- Ter um bom convívio social e com a parceira.

56
existe tratamento “natural” para aumento da testosterona?

Fitoterápicos para aumento da testosterona


Não há recomendação de nenhum fitoterápico no guideline
americano e brasileiro. Existem centenas de trabalhos de
vários fitoterápicos que sugerem efeito benéfico, a decisão
do uso deve ser feita de forma individualizada.

conclusão
A terapia de reposição hormonal, quando bem indicada e
acompanhada pelo especialista, é certamente um tratamen-
to muito seguro, que poderá devolver a qualidade de vida
do homem que está na andropausa.

Então, se você tem sintomas que indicam uma baixa do


hormônio, consulte o médico de sua confiança para pedir
exames e monitorar sua saúde.

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dr. marco túlio crm: 136.030

MÉDICO UROLOGISTA E ANDROLOGISTA,


ALTAMENTE QUALIFICADO PARA O
PLENO ATENDIMENTO
Mini currículo:
• Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco;
• Residência Médica em Cirurgia Geral na Irmandade Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo;
• Residência Médica em Urologia na Irmandade Santa Casa de Misericórdia
de São Paulo;
• Membro da Sociedade Brasileira de Urologia;
• Membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual.
• Membro da AUA ( American Urological Association).

/dr.mtcavalcanti Dr. Marco Tulio Cavalcanti

http://drmarcotuliourologista.com.br

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