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CONHECIMENTOS

BANCÁRIOS
Produtos e Serviços Financeiros – Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Produtos e Serviços Financeiros – Parte I

Sumário
Douglas Xavier

Produtos e Serviços Financeiros – Parte I. . ................................................................................ 3


Introdução......................................................................................................................................... 3
Cartões de Débito e de Crédito..................................................................................................... 3
Cartão de Crédito............................................................................................................................. 4
Crédito Direto ao Consumidor....................................................................................................... 9
Crédito Rural....................................................................................................................................12
Títulos de Capitalização............................................................................................................... 18
Previdência...................................................................................................................................... 23
Previdência Complementar Aberta............................................................................................ 26
Previdência Complementar Fechada......................................................................................... 30
Investimentos................................................................................................................................. 32
Caderneta de Poupança. . .............................................................................................................. 32
Certificado de Depósito Bancário (CDB).. .................................................................................. 36
Recibo de Depósito Bancário (RDB)........................................................................................... 37
Fundos de Investimento............................................................................................................... 37
Letras de Crédito Imobiliário (LCI).. ............................................................................................ 39
Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)...................................................................................40
Debêntures......................................................................................................................................40
Mapas Mentais...............................................................................................................................42
Questões de Concurso..................................................................................................................44
Gabarito............................................................................................................................................ 67
Referências......................................................................................................................................68

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Produtos e Serviços Financeiros – Parte I
Douglas Xavier

PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS – PARTE I


Introdução
Olá, concurseiro(a) dedicado(a)! Como estão as coisas? Espero que bem!
Na aula anterior, nós estudamos as instituições operadoras do Sistema Financeiro Nacio-
nal, as quais realizam a intermediação entre os agentes superavitários e deficitários na Eco-
nomia. Tal intermediação é realizada por meio da comercialização dos chamados produtos e
serviços financeiros (você pode encontrar em editais como “produtos bancários”, também).
Como os produtos e serviços financeiros são muitos, nós optamos por dividir o tema em
duas aulas. Nessa aula, estudaremos os seguintes: cartões de crédito e de débito, crédito dire-
to ao consumidor, crédito rural, títulos de capitalização, previdência e investimentos.
Na próxima aula veremos: seguros, leasing, letras de câmbio, crédito rotativo, financiamen-
to de capital de giro e capital fixo e o, tão falado, cheque. Além disso, estudaremos aspectos
importantes da Abertura e movimentação de contas e do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
Bons estudos! Sigamos!

Cartões de Débito e de Crédito


O primeiro produto sobre o qual vamos falar é, com certeza, o mais utilizado atualmente,
que são os cartões, também chamados de “dinheiro de plástico”. A grande utilização se deve
ao fato da praticidade e flexibilidade que esse instrumento confere ao usuário, além do fato de
que os bancos os oferecem em larga escala, visando a fidelização do cliente.
Os cartões podem ser classificados em relação a modalidade de pagamento que permi-
tem, qual seja: débito e crédito.

Cartão de Débito

O Cartão de débito é utilizado para compras ou pagamentos à vista, sendo um instrumento


para movimentação das contas em banco, sejam correntes, poupança ou conta-salário, pois
permite que se faça pagamentos em estabelecimentos comerciais debitando o valor direta-
mente da conta bancária do usuário do cartão.
Além disso, o cartão de débito permite o acesso aos caixas eletrônicos para a utilização de
alguns serviços, como: depósitos, saques, transferências, consultas e pagamentos.
É importante que saibamos que o cartão de débito é considerado pela legislação brasi-
leira um serviço essencial, o que significa que os bancos devem oferecer gratuitamente a
seus clientes.

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Segundo o Bacen, são considerados serviços essenciais, ou seja, aqueles que os bancos
devem oferecer sem cobrança de tarifas:
1. Fornecimento de cartão de débito;
2. Fornecimento de segunda via de cartão, exceto nos casos de pedido de reposição
formulados pelo correntista decorrentes de perda, roubo, furto, danificação e outros
motivos não imputáveis à instituição emitente (ou seja, caso, seja “culpa do cliente”, o
banco pode cobrar tarifas);
3. 10 folhas de cheque por mês;
4. Compensação de cheques;
5. 4 saques por mês;
6. 2 extratos por mês;
7. Fornecimento anual de extrato consolidado, discriminando movimentação mês a mês
8. 2 transferências entre contas do mesmo banco;
9. Realização de consultas pela internet.

Cartão de Crédito
Características Gerais

O cartão de crédito é aquele por meio do qual o cliente pode fazer compras ou pagamentos
de serviços a prazo, mediante a utilização de um limite de crédito. Ele pode ser de dois tipos:
básico e diferenciado. Vamos ver a diferença entre eles. É muito simples!
O cartão básico é de uso exclusivo para pagamento de compras, contas e serviços. É o
cartão mais simples que a instituição financeira oferece. E, por isso, deve ter a menor tarifa de
anuidade em relação aos demais cartões oferecidos pela instituição.

O PULO DO GATO
O cartão de crédito básico NÃO PODE oferecer programas de benefícios ou recompensas, que
são aqueles nos quais se junta pontos para trocar em produtos ou se acumula milhas para
comprar passagens aéreas, por exemplo.
Esse é um ponto muito importante, pois as bancas costumam cobrar a diferença entre cartões
básicos e diferenciados e, se você tiver em mente que os básicos não possuem planos de
benefícios e recompensas e que devem possuir a menor anuidade entre os cartões, poderá
acertar algumas questões com facilidade.

A Resolução n. 3.919 do Conselho Monetário Nacional, a qual trata da cobrança de tarifas


para prestação de serviços por parte de instituições financeiras e outras entidades autorizadas
a funcionar pelo Bacen, estabelece o seguinte:

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Art. 10. As instituições que emitam cartão de crédito ficam obrigadas a ofertar a pessoas naturais
cartão de crédito básico, nacional e/ou internacional.§ 2º A exigência de que trata o caput pode ser
atendida pelo oferecimento de cartão de crédito de âmbito regional ou local, caso a instituição não
disponibilize, entre os seus cartões, algum de âmbito nacional ou internacional.

Trago o artigo supracitado para lhe dar duas informações relevantes:


• as instituições financeiras e demais autorizadas pelo Bacen que emitem cartão de cré-
dito são obrigadas ofertar o cartão de crédito básico a pessoas físicas;
• existem dois tipos de cartões de crédito básico: o básico nacional e o básico interna-
cional. A instituição deve ofertar pelo menos um dos dois, considerando a exceção que
vimos no § 2º, aplicado às instituições que atuem em âmbito regional, mas que não é
comum.

O cartão de crédito básico nacional é, por óbvio, aquele utilizado em âmbito nacional. En-
quanto o cartão de crédito básico internacional é o que pode ser utilizado fora do País, situa-
ção na qual as compras e pagamentos são convertidos em real, utilizando a cotação do dia da
transação.
Outra diferença bem simples que precisamos saber é que a anuidade do cartão básico na-
cional deve ser inferior a anuidade do cartão básico internacional.
Resumindo: a anuidade do cartão básico deve ser menor que a anuidade do cartão di-
ferenciado.
Entre os básicos: o nacional deve ter anuidade menor que o internacional.

Exemplo: além de explicar a matéria, gosto de, às vezes, trazer informações que julgo interes-
santes para nossa vida real (rs)!
Essa questão sobre as compras feitas em outros países serem convertidas utilizando a cota-
ção do dia é recente.
Até o dia 29/02/2020, você comprava um produto fora do país hoje e só saberia efetivamente
o valor, em reais, que iria pagar por ele quando vencesse sua fatura do cartão de crédito. Isso
ocorria, pois a conversão se dava utilizando a cotação do dia do fechamento da fatura. Se o dólar
tivesse subido no intervalo entre sua compra e o vencimento da fatura, você “se dava mal”.
A partir do dia 01/03/2020 o BC instituiu o seguinte: os cartões são obrigados a utilizar a cota-
ção do dólar do dia da compra para converter o valor gasto para o real.
Essa mudança facilita muito, uma vez que é possível o cliente planejar melhor seus gastos.
Fique atento(a), pois talvez você encontre por aí questões mais antigas que ainda citem a
conversão no vencimento da fatura. No entanto, para provas futuras leve o entendimento
atualizado.

Vamos lá! Voltando ao estudo dos cartões de crédito. Já falamos sobre os cartões básicos.
Agora vamos tratar dos diferenciados, aqueles que fazem os clientes se sentirem especiais! 😜
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Como você é um(a) concurseiro(a) esperto(a) já deve estar supondo que os cartões dife-
renciados são os que oferecem serviços diferenciados (está brincando comigo, professor?). É
isso mesmo! Entre esses serviços estão os programas de benefícios ou recompensas.
Devido à diferença nos serviços, essa modalidade de cartão de crédito pode cobrar uma
tarifa de anuidade diferenciada, tal como preceitua a Resolução n. 3.919 do Conselho Mone-
tário Nacional.

Tarifas

Vamos ver quais as tarifas que os cartões de crédito (sejam básicos ou diferenciados)
podem cobrar. São cinco:
1. Anuidade: valor cobrado anualmente dos usuários de cartão de crédito. Pode ser par-
celado ou pago à vista;
2. Emissão de 2ª via do cartão: tarifa cobrada em caso de perda, roubo e danos causa-
dos pelo usuário, por exemplo. Lembre-se que a emissão de 2ª via não pode ser cobrada
se “o erro” for do banco ou o cartão estiver vencido;
3. Saques no cartão de crédito: alguns cartões oferecem um limite para que o cliente
possa sacar dinheiro do cartão de crédito. A pessoa se dirige a um caixa eletrônico e
realiza o saque em espécie. Esse valor sacado é incluído na fatura. No entanto, essa
operação possui cobrança de tarifas;
4. Tarifas quando utilizado para pagamento de contas: algumas contas podem ser
pagas utilizando o limite do cartão de crédito. Para tanto, a instituição financeira pode
cobrar tarifas;
5. Avaliação emergencial de crédito: é um serviço que pode ser contratado pelo cliente.
Ele permite que, caso o limite do cartão seja ultrapassado no momento de uma compra,
o banco realize uma análise emergencial e libere ou não uma espécie de “limite extra”.

Tente gravar bem essas 5 tarifas, pois aparecem com frequência em prova, como vamos
ver a seguir.

001. (CESPE/CEF/TÉCNICO BANCÁRIO/2014/Q713515) A cobrança do uso de cartões de


crédito emitidos por instituições financeiras está limitada a três tarifas específicas: anuidade,
segunda via do cartão magnético e uso da função saque.

Segundo a resolução 3.919 do Conselho Monetário Nacional, a qual trata da cobrança de ta-
rifas para prestação de serviços por parte de instituições financeiras, podem ser cobradas 5
tarifas dos usuários de cartão de crédito. São elas:
1. anuidade;
2. para emissão de 2ª via do cartão;
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3. para retirada em espécie na função saque;


4. no uso do cartão para pagamento de contas; e
5. no caso de pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.
Errado.

Vamos lá! Sigamos nosso estudo sobre cartão de crédito! Calma! Falta pouco para acabar-
mos essa parte. Vamos falar de inadimplência, algo que aparece em prova.
Se você possui no momento ou já possuiu um cartão de crédito, sabe que na fatura que nós
recebemos todos os meses para efetuar o pagamento aparece dois valores: pagamento total
e pagamento mínimo.
O pagamento total, obviamente, é o valor total da sua fatura. E o mínimo é o menor valor
que é permitido que você pague da fatura. Portanto, é possível pagar qualquer valor entre o
mínimo e o total, sem que seja considerado inadimplência.
No entanto, o que precisamos saber, para a vida e para as provas de concurso, é que, quan-
do pagamos o valor mínimo ou algum outro valor acima do mínimo e abaixo do valor total,
estamos tomando dinheiro emprestado da instituição financeira, por meio de uma modalidade
chamada crédito rotativo.

Crédito Rotativo

Suponha que a cliente Ana tenha uma fatura de 800 reais para pagar, com pagamento mí-
nimo de 200. Caso ela pague o mínimo (200 reais) ou qualquer valor entre 200 e 800 reais, o
saldo devedor restante será financiado pelo crédito rotativo.
O que acontece é que essa operação, é claro, possui um custo para o cliente, que são: ju-
ros e outros encargos, que virão na próxima fatura. É por isso que tanto se fala na mídia que é
muito perigoso deixar de pagar o valor integral da fatura de cartão de crédito. Pense: se você
ficar devendo na fatura atual, a próxima virá com os seguintes valores:
A parte não paga dessa fatura + juros do rotativo + encargos + o valor da próxima fatura.

A Resolução 4.549 do Conselho Monetário Nacional, que entrou em vigor em abril de 2017,
instituiu que o saldo devedor da fatura só poder mantido em crédito rotativo até o vencimento
da próxima fatura (geralmente, 30 dias).

Caso, o(a) cliente não consiga efetuar o pagamento na próxima fatura, a instituição deve,
obrigatoriamente, disponibilizar uma proposta de parcelamento, com condições melhores que
a do crédito rotativo (menores taxas de juros).

E quando não se paga nem o valor mínimo, professor?

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Em caso da falta de pagamento ou de pagamento de valor inferior ao mínimo, o(a) cliente


não “entra” no crédito rotativo, fincando, na verdade, inadimplente.
Em caso de inadimplência, o cartão pode ser bloqueado e é autorizada a cobrança dos
seguintes juros e encargos:
• juros remuneratórios, por dia de atraso sobre a parcela vencida ou sobre o saldo devedor
não liquidado;
• multa;
• juros de mora.

O PULO DO GATO
Se a pessoa paga o valor igual ou superior ao mínimo, mas inferior ao valor total =crédito rotativo
Não paga nada ou valor menor que o mínimo = inadimplente.

Cartões de Loja

A última coisa que vamos ver sobre cartões de crédito refere-se aos cartões oferecidos
pelas lojas de departamento (C&A, Renner, Pernambucanas etc.). É muito comum, atualmente,
que tais lojas ofereçam cartões de crédito para seus clientes.
Os cartões de crédito de loja podem ser de dois tipos:
• Private label: cartões que só podem ser utilizados para compras na própria loja. Tente
associar private com privativo. Assim, você se lembrará que esses cartões são de uso
privativo das lojas que os oferecem;
• Co-Branded: é emitido em parceria com as bandeiras de cartão de crédito (Visa, Master-
card, Elo) e, por isso, pode ser utilizado em estabelecimentos para além da própria loja.
Esse cartão é o que tem sido mais oferecido pelas lojas de departamento na atualidade.

Cartões Múltiplos

Pois bem! Nós estudamos algumas características essenciais dos cartões de débito e cré-
dito. A última observação que tenho a fazer sobre esse assunto é a seguinte: apesar de termos
feito essa divisão para efeitos didáticos, muitos cartões atualmente são múltiplos, isto é, pos-
suem as funções de débito e crédito, bastando que o(a) cliente escolha na hora de utilizar se
deseja pagar no débito ou no crédito, mas isso certamente você já sabe.

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As instituições que emitem


Nacional { Deve possuir menor anuidade
cartões são obrigadas a
Básico Internacional ofertar um dos dois para
clientes que solicitarem

Diferenciado Pode cobrar anuidade diferenciada

Anuidade
2ª via (por motivos não imputáveis ao banco)
Saques
Tarifas permitidas
Utilização para pagamento de contas

Cartão de Avaliação emergencial de crédito

crédito
Cliente paga o valor mínimo ou valor maior
que o mínimo e menor que o valor total
Só pode ser utilizado até o vencimento da Depois disso, a instituição deve
Crédito rotativo próxima fatura oferecer opção de parcelamento
com condições melhores que do
rotativo

Cliente deixa de pagar a fatura ou paga valor


Inadimplência menor que o mínimo

Private label: usado somente na loja


Cartões de loja Co-Branded: pode usar fora da loja

Crédito Direto ao Consumidor


Conceitos

Mesmo que você não tenha percebido e não saiba o que é, com certeza, você já utilizou o
Crédito Direto ao Consumidor (CDC). Você já vai entender!
O CDC é uma modalidade de crédito destinado a consumidores, seja pessoa física ou pes-
soa jurídica, com a finalidade de aquisição de bens e serviços, com pagamento parcelado. Ou
seja, o CDC é, em tese, vinculado a uma finalidade específica.
Exceção: os bancos costumam oferecer outra opção de CDC a alguns clientes, o qual fun-
ciona como um crédito pessoal comum. Já é pré-aprovado, ou seja, basta o(a) cliente aderir e
recebe rapidamente o dinheiro em conta. Esse tipo de CDC não possui finalidade específica,
podendo ser utilizado para qualquer fim que o(a) cliente quiser. No entanto, para a prova, é
preciso que tenhamos em mente que, em tese, o CDC é uma modalidade de crédito com vin-
culação específica.

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Amplamente utilizado tanto nas instituições financeiras quanto no comércio em geral, o


Crédito Direto ao Consumir é uma ferramenta muito importante, sendo bastante relevante para
a indústria e comércio, sobretudo de bens duráveis (eletrodomésticos, por exemplo) e, conse-
quentemente, para o desenvolvimento da economia do País.
Uma situação comum de utilização do CDC é quando o(a) consumidor(a) realiza compras
parceladas. Isso mesmo! Quando você compra uma TV e opta pelo parcelamento no famo-
so crediário das lojas de departamento, por exemplo, você, certamente, está financiando por
meio de CDC.

Como assim eu faço um CDC sem saber, professor?

Essa transação ocorre por meio do chamado CDC-interveniente (CDC-i). O CDC-interve-


niente é a forma pela qual muitas empresas comerciais vendem seus produtos a prazo. Elas
procuram uma instituição financeira que tenham interesse em financiar os produtos para seus
clientes. Dessa forma, quem, na verdade, concede o parcelamento é uma financeira ou um
banco, enquanto repassa os recursos à vista para a empresa vendedora.
A empresa vendedora (por exemplo, uma loja) negocia as condições de pagamento (prazos,
quantidades de parcelas etc.), realizando, assim a intermediação dessa operação de crédito
e sendo garantidora (interveniente) do pagamento das parcelas junto à instituição financeira.
A vantagem desse tipo de operação, como já vimos, é que o vendedor recebe o valor das
vendas à vista, enquanto o cliente paga parcelado para a instituição financeira. No entanto, o
risco é que o vendedor é interveniente, isto é, garante o pagamento das parcelas junto ao ban-
co ou financeira - caso o cliente não efetue os pagamentos, ela deve se responsabilizar.

Características Importantes dos Contratos de CDC

O consumidor que adquire um bem por meio de CDC o recebe imediatamente e se com-
promete a realizar o pagamento das parcelas com sua renda futura. Parece óbvio, mas isso já
apareceu em prova.
Os cartões de crédito também concedem CDC. Se no nosso exemplo da compra da TV
você, ao invés do crediário, utilizar o cartão de crédito para parcelar com juros, certamente,
utilizará o CDC da mesma forma.
As instituições que oferecem CDC os bancos múltiplos com carteira de crédito, financia-
mento e investimento e as financeiras (sociedades de crédito, financiamento e investimento).
Essas últimas são muito utilizadas pelas lojas de departamento para a concessão de CDC-i.
Importante dizer que no CDC, após realizada a contratação da operação de crédito, não é
possível alterações nas taxas de juros ou no valor das parcelas. No entanto, é possível a ante-
cipação das parcelas a qualquer momento.

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Vamos supor que você tenha um computador caríssimo que parcelou em 24 vezes. Você
já pagou 10 parcelas. Entretanto, você passou em um concurso e agora está rica(o)!!! Não dá
para quitar todas as parcelas restantes, mas dá para pagar a parcela do mês atual e mais umas
5 de uma vez, o que já adianta o seu lado. Não é mesmo? Nesse caso, você pode solicitar a
antecipação de 5 parcelas e, com isso, receber um desconto no pagamento delas.
Geralmente, se antecipam as parcelas finais. Isto é, no nosso exemplo, você pagaria adian-
tado as parcelas de números 20 a 24. Terminando mais rápido o financiamento e pagando
menos juros. Que beleza!

Encargos e Tributação

Como é de se deduzir, por ser uma operação de crédito, há cobrança de juros e taxas de
contratação do CDC, as quais variam em cada instituição.
Além disso, há incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

Garantias

Como é característico das operações de crédito, o CDC conta com garantias contra a ina-
dimplência. Na maioria dos casos, a garantia é o próprio bem financiado. Esse tipo de garantia
é denominado alienação fiduciária. Nesse caso, embora o consumidor realize a compra do
bem, a posse fica com a instituição que concedeu o CDC. Isso significa que, caso os pagamen-
tos não sejam realizados, ela pode “tomar” o bem do cliente, pois ele foi dado como garantia.
Com certeza, você já ouviu alguém dizer: “Esse carro não é meu. É o banco!”. Na próxima
vez que você ouvir essa frase já vai saber que se trata de uma alienação fiduciária!
Para finalizar o estudo sobre CDC, vamos ver uma questão de prova e, na sequência, um
mapa mental resumindo as características desse produto.

001. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011/Q1055085). Considerando as possibilidades de ope-


rações de crédito em uma pequena empresa, julgue o item a seguir.
A referida empresa poderá oferecer aos seus clientes pessoas naturais o crédito direto ao
consumidor com interveniência, provido pelo BRB, para que eles adquiram os seus produtos.

Exatamente! O CDC-interveniente (CDC-i) é a forma pela qual muitas empresas comerciais ven-
dem seus produtos a prazo. Elas procuram uma instituição financeira que tenha interesse em
financiar os produtos para seus clientes. Dessa forma, apesar de a loja negociar as condições
de pagamento (prazos, quantidades de parcelas etc.), quem, na verdade, concede o financia-
mento é uma financeira ou um banco.
A vantagem desse tipo de operação. É que o(a) comerciante recebe o valor das vendas à vista,
enquanto o cliente paga parcelado para a instituição financeira.
Certo.

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Destinado a consumidores
Há cobrança de juros e IOF.

Aquisição de bens e serviços


Cartões de crédito também (principalmente bens duráveis).
concedem. Ex.: eletrodomésticos.
CDC

A garantia, geralmente, é CDC-i. A empresa vendedora


o próprio bem - alienação é a interveniente da operação.
fiduciária. Muito utilizado pelas lojas de
departamento.

Crédito Rural
Conceito e Objetivos

Outro produto bastante importante para o desenvolvimento econômico do País é o crédito


rural, modalidade de crédito concedida por instituições integrantes do chamado Sistema Na-
cional de Crédito Rural (SNCR). Tal sistema é organizado da seguinte forma:
• Órgãos básicos:
− Banco Central do Brasil;
− Banco do Brasil;
− Banco da Amazônia;
− Banco do Nordeste do Brasil;
• Órgão vinculado: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
• Órgãos auxiliares:
− Caixas Econômicas;
− Cooperativas de crédito rural;
− Bancos privados;
− Sociedades de crédito financiamento e investimento (financeiras).

Perceba que podem operar em crédito rural tanto bancos públicos, quanto privados, além
de cooperativas e financeiras, desde que possuam a carteira de crédito rural.
Agora vamos à definição formal, que pode cair em prova. A lei n. 4829 de 5 de novembro de
1965, a qual institucionaliza o crédito rural, o define da seguinte forma:

Art. 2º Considera-se crédito rural o suprimento de recursos financeiros por entidades públicas e
estabelecimentos de crédito particulares a produtores rurais ou a suas cooperativas para aplicação
exclusiva em atividades que se enquadrem nos objetivos indicados na legislação em vigor.

Como é possível depreender do artigo supracitado, o crédito rural é uma modalidade de cré-
dito ofertada para produtores ou cooperativas de produtores rurais para aplicação nas ativida-
des que visam cumprir os objetivos traçados na própria lei. Vejamos quais objetivos são esses:

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• Estimular os investimentos rurais;


• Facilitar o custeio adequado da produção rural e comercialização dos produtos, ou seja,
contribuir para diminuição de seus custos, sempre que possível;
• Fortalecer o setor rural, de modo a contribuir para o progresso econômico dos produto-
res rurais;
• Contribuir para a adoção de métodos racionais de produção, facilitando o aumento da
produtividade, a melhoria da qualidade de vida das populações rurais, a defesa do solo
e a proteção ambiental;
• Propiciar a aquisição e regularização de terras;
• Desenvolver atividades florestais e pesqueiras;
• Conceder estímulo para a geração de renda e o melhor uso da mão de obra no tocante
à agricultura familiar.

Nós vimos, que a legislação coloca que crédito rural é direcionado para produtores rurais e
cooperativas de produtores rurais. No entanto, o Banco Central do Brasil coloca mais um agen-
te que pode fazer uso desse tipo de crédito. Trata-se de pessoa física ou jurídica que, embora
não seja produtor rural, dedique-se a atividades de pesquisa e outros serviços agropecuários
(pesquisa ou produção de mudas, por exemplo).
Modalidades
É importante dizer, também, que a Lei n. 4829/65 classifica os financiamentos rurais em al-
gumas modalidades a depender da finalidade para a qual o produtor o toma. Vejamos quais são!
1. Custeio: utilizado para cobrir despesas normais de produção agrícola ou pecuária. Esse
tipo de crédito é destinado a um ciclo produtivo. O produtor rural pode tomar esse tipo de cré-
dito para, por exemplo, adquirir insumos, antecipadamente, aproveitando de melhores preços
e assim planejar a próxima safra.
2. Investimento: destinam-se a investimentos em bens e serviços, cujos desfrutes se reali-
zem no curso de vários períodos (ex. compra de máquinas);
3. Comercialização: utilizado para cobrir despesas pós-produção, tais como custos de es-
tocagem, transporte, por exemplo.
4. Industrialização: destinado a industrialização de produtos agropecuários, tanto a reali-
zada por produtor na sua propriedade rural quanto a de cooperativas.
Peço que você releia com bastante atenção as modalidades de crédito rural que acabamos
de ver acima, pois aparecem muito em prova. Quer ver como pode cair?

002. (CESGRANRIO/BASA/TÉCNICO BANCÁRIO/2018/Q972338). O crédito rural abrange di-


versas modalidades de financiamento aos empresários do setor, desde a fase de produção até
o abastecimento dos mercados consumidores.
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A modalidade que assegura aos produtores e cooperativas rurais recursos destinados a finan-
ciar o abastecimento doméstico e o armazenamento dos estoques excedentes em períodos de
queda dos preços é denominada crédito
a) geral
b) especial
c) de investimento
d) de custeio
e) de comercialização

Veja que o “pulo do gato” aqui é a expressão “armazenamento dos estoques excedentes”. A
atividade de estocagem ocorre no período pós-produção. Não é? Para você manter estoques
já tem que ter produzido aquele produto.
Portanto, a assertiva define a modalidade de crédito de comercialização. Recuperando a definição:
Comercialização: utilizado para cobrir despesas pós-produção, tais como custos de estoca-
gem, transporte, por exemplo.
Letra e.

O Órgão que disciplina, ou seja, impõe as normas e diretrizes para a política de crédito rural no
Brasil é o Conselho Monetário Nacional (CMN).
Ao passo, que quem coordena a política de crédito rural estabelecida pelo CMN e fiscaliza o
cumprimento das normas impostas é o Banco Central do Brasil (BACEN).
CMN Disciplina
BACEN Coordena e fiscaliza

Fontes de Recursos

Apenas para recapitular, caro(a) concurseiro(a): nós já vimos o conceito de crédito rural, as
entidades que o operam, os objetivos desse tipo de financiamento e suas modalidades. Agora,
é importante sabermos de onde vem o dinheiro para a concessão de crédito rural, ou seja, as
fontes de recursos. São fontes de recursos para o crédito rural:
• Depósitos à vista: parte dos depósitos à vista captados pelos bancos deve ser direcio-
nado ao crédito rural;
• Poupança rural: são parecidas com a caderneta de poupança comum, mas a maior par-
te dos recursos que captam é destinada ao crédito rural. Podem ser oferecidas por coo-
perativas de crédito rural, por exemplo;
• Letras de Crédito do Agronegócio (LCA): é uma modalidade de investimento muito co-
mercializada por bancos. Os recursos captados por meio de LCA são direcionados a
empréstimos para o financiamento do agronegócio;

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Produtos e Serviços Financeiros – Parte I
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• BNDES e fundos constitucionais: são recursos públicos destinados ao financiamento


do crédito rural a taxas mais baixas que as praticadas no mercado em geral. Por isso,
podemos dizer que o crédito rural pode ser subsidiado pelo Governo (importante!);
• Recursos próprios de instituições financeiras: as instituições financeiras, como bancos,
podem destinar recursos próprios para o financiamento do crédito rural, desde estejam
autorizadas pelo Banco Central do Brasil a operarem em crédito rural. Considerando que
o agronegócio, bem como a agricultura familiar são atividades essenciais para o desen-
volvimento econômico e social do País, o Governo Federal atua fortemente, visando o
direcionamento eficiente do financiamento para o crédito rural. Para tanto, os recursos
captados por meio das fontes que acabamos de ver se dividem em: a) recursos contro-
lados e b) recursos não controlados;
• Recursos controlados: é a parcela destinada a operações de crédito rural, mediante con-
dições, tais como taxas de juros, garantias e prazos, definidas pelo Governo Federal;
• Recursos não controlados: são recursos destinados ao crédito rural com livre negocia-
ção das condições, sobretudo taxas de juros.

Exigências

Como em toda a operação de crédito, sobretudo as subsidiadas, há algumas exigências


que o cliente precisa cumprir para que seja concedido o recurso. Para o crédito rural, o Branco
Central coloca as seguintes exigências como sendo essenciais:
1. comprovação da idoneidade do tomador;
2. apresentação de orçamento, plano ou projeto, salvo em operações de desconto;
3. oportunidade, suficiência e adequação dos recursos;
4. observância de cronograma de utilização e de reembolso;
5. fiscalização pelo financiador;
6. liberação do crédito diretamente aos agricultores ou por intermédio de suas associa-
ções formais ou informais, ou por organizações cooperativas;
7. observância das recomendações e restrições do zoneamento agroecológico.

Garantias

Falamos no tópico anterior sobre as ​exigências para a concessão do crédito rural. Outra
característica essencial nos contratos de crédito é a apresentação de garantias de pagamento.
A instituição financeira, ao emprestar recursos, para se proteger em relação aos riscos de ina-
dimplência, solicita alguma garantia. Em relação ao crédito rural, elas podem ser as seguintes,
segundo o Banco Central do Brasil:
• penhor agrícola, pecuário, mercantil, florestal ou cedular;
• alienação fiduciária;

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• hipoteca comum ou cedular;


• aval ou fiança;
• seguro rural ou ao amparo do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proa-
gro);
• proteção de preço futuro da commodity agropecuária, inclusive por meio de penhor de
direitos, contratual ou cedular;
• outras que o Conselho Monetário Nacional admitir.

Acredite! Eu sei que é muito detalhe. No entanto, à medida que formos resolvendo questões,
eles vão se fixando nas nossas mentes espertas. Fique tranquilo(a) e força! A recompensa virá! 😅
Proagro

Entre as garantias que listamos acima, está o Proagro, que é um programa governamental
muito importante e, por isso, vamos ver brevemente do que ele se trata. De acordo com o Mi-
nistério da Agricultura e Abasteciment:
Visando atender aos pequenos e médios produtores, o Programa de Garantia da Atividade
Agropecuária (Proagro) garante a exoneração de obrigações financeiras relativas à operação
de crédito rural de custeio, cuja liquidação seja dificultada pela ocorrência de fenômenos natu-
rais, pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações, na forma estabelecida pelo Conse-
lho Monetário Nacional – CMN (GOVERNO FEDERAL, 2021).
Nesse sentido, o Proagro é uma importante ferramenta de amparo a pequenos e médios
produtores, ao garantir junto a instituição financeira o pagamento do crédito caso o produtor
não possa arcar com ele, devido a condições alheias a sua vontade, tais como fenômenos na-
turais que prejudicam sua produção.
Ele funciona como uma espécie de seguro. O produtor ao tomar o crédito rural pode fazer
a adesão ao programa pagando um adicional que é incluído no contrato (prêmio do Proagro).
Dessa forma, a instituição financeira recebe sua garantia e o produtor rural fica seguro contra
intempéries que dificultem o cumprimento das obrigações contratuais.
Outras informações relevantes:
• o Proagro é regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional;
• administrado pelo Banco Central do Brasil;
• custeado pelas próprias contribuições dos produtores rurais (lembrando que eles pa-
gam o adicional para receber a garantia do programa), além de recursos transferidos
pela União.

Pronaf

Outro programa importante para o desenvolvimento social e econômico do País e para nosso
estudo sobre crédito rural é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pro-
naf). Como é possível perceber pelo nome, o Pronaf é destinado ao apoio à agricultura familiar.

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Agricultura familiar é, grosso modo, toda forma de atividade no meio rural que é realizado
em pequenos lotes de terra e com mão de obra da própria família, a qual possui sua renda
vinculada a essa produção.
A importância desse modo de produção se dá devido ao fato de que a agricultura familiar
é responsável pela maior parte dos alimentos que chega nas mesas da população brasileira.
Apenas para se ter uma ideia, o Censo Agropecuário de 2017, realizado pelo IBGE demonstrou
que 77% dos estabelecimentos agrícolas do Brasil são de agricultura familiar.
Devido a essa importância é que foi criado o Pronaf, um programa financiado pelo Banco Nacio-
nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o qual o define como sendo uma forma de:
Financiamento para custeio e investimentos em implantação, ampliação ou modernização
da estrutura de produção, beneficiamento, industrialização e de serviços no estabelecimento
rural ou em áreas comunitárias rurais próximas, visando à geração de renda e à melhora do uso
da mão de obra familiar (BNDES, 2021).
Traduzindo para nossas palavras: O Pronaf é um programa de financiamento a taxas sub-
sidiadas, que visa facilitar a modernização produtiva dos estabelecimentos ocupados por agri-
cultura familiar, de modo a contribuir para a geração de renda e melhoria das condições de vida
da população que se dedica a essa atividade.

Requisitos

Para ter acesso ao Pronaf, os produtores devem cumprir algumas condições. Vejamos
algumas delas:
• Devem utilizar mão de obra familiar e ter, no máximo, até 2 empregados fixos;
• A propriedade de posse do agricultor não deve ultrapassar 4 módulos fiscais (pequena
propriedade);
• Deve morar no próprio estabelecimento rural ou próximo a ele;
• Pelo menos 80% da renda bruta familiar deve ser fruto das atividades exercidas no es-
tabelecimento.

A seguir, apresentamos um mapa que resume as informações que vimos sobre crédito rural.

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Estimular investimentos
Facilitar custeio da produção e comercialização
Fortalecer o setor rural
Produtor rural
Adoção de métodos racionais de produção Objetivos Direcionado Cooperativa de produtores
Aquisição e regularização de terras
Desenvolver atividades florestais e pesqueiras Custeio
Geração de renda e melhor uso da mão de obra Investimento

Modalidades Comercialização

Controlados: pelo governo federal Industrialização

Não controlados Tipos de recursos Crédito rural


Regulamentado pelo CMN
Depósitos à vista
Poupança rural
LCA
Fonte de recursos Penhor
BNDES e fundos constitucionais
Alienação fiduciária
Recursos próprios de IFs
Hipoteca
Garantias
Aval ou fiança
Fiscalizado pelo Bacen Seguro rural ou Proagro
Proteção de preço
futuro de commodity

Títulos de Capitalização
Conceitos

Título de capitalização é um produto financeiro no qual uma parte dos pagamentos reali-
zados pela pessoa que o adquiriu (subscritor) é utilizada para a formação de um capital que
será pago a ela em determinada prazo máximo, segundo as condições gerais que constam no
próprio título. Outra parte dos pagamentos é usada para cobrir os custos administrativos das
sociedades de capitalização, bem como para custear os sorteios, que estão geralmente previs-
tos em tal produto financeiro.
Essa definição que acabamos de ver é a que encontramos no site da Superintendência de
Seguros Privados (Susep), com pequenas adaptações feitas para nossa melhor compreensão.
A partir da definição, vamos destacar as primeiras características importantes dos títulos de
capitalização.

1. A pessoa que adquire o título é chamada de subscritor

2. Os pagamentos realizados pelo subscritor são divididos em 3 cotas, digamos:

• cota de capitalização: a parte que forma um capital que retornará ao subscritor, atualiza-
do monetariamente e acrescido de determinada rentabilidade
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• cota de sorteio: destinada a cobrir os gastos com sorteio de prêmios, previstos nas con-
dições gerais do título.
• cota de carregamento: a parte que fica para cobrir as despesas administrativas da insti-
tuição que comercializa os títulos (sociedades de capitalização)

Considerando que apenas uma parte do valor pago formará o capital e que a atualização mo-
netária e a taxa de juros só serão aplicadas a essa cota de capitalização, é possível (e acontece
com frequência) que o titular receba de volta menos do que aplicou.

Um exemplo de título de capitalização muito conhecido pela população brasileira é o Carnê


do Baú. Lembre-se do funcionamento desse produto e perceba que ele possui as característi-
cas que citamos. A pessoa que adquire (subscritor) concorre a prêmios e após um tempo pode
realizar o resgate, que, no caso do carnê do baú, é realizado em produtos.
Preciso esclarecer uma coisa que pode lhe causar dúvida. Acabamos de dizer que as en-
tidades que operam com títulos de capitalização são as sociedades de capitalização. Aí você
pode me perguntar: Professor, já vi muitos títulos de capitalização ofertados em bancos. É
verdade! O que acontece é que os bancos múltiplos são como um “Frankenstein”, pois eles são
conglomerados financeiros, como se fossem várias instituições em uma só. Por isso, comer-
cializam produtos que vão além dos tipicamente bancários, digamos assim. É o caso dos títu-
los de capitalização, dos planos de previdência privada e dos seguros, por exemplo, os quais
vamos ver no decorrer da aula.
Você se lembra que os produtos financeiros que vimos até agora são normatizados pelo
Conselho Monetário Nacional e fiscalizados pelo Banco Central do Brasil? Esse não é o caso
dos títulos de capitalização e essa é uma pegadinha que pode aparecer em prova! Vamos lá!
O órgão que traça as normas para o funcionamento do mercado de títulos de capitalização
é o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e quem fiscaliza a aplicação das normas é
a Superintendência de Seguros Privados (Susep).
A Susep é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia, responsável pelo
controle e fiscalização do funcionamento dos mercados de Seguros, Resseguros, Previdência
Complementar Aberta e Capitalização no Brasil.

Como você é um(a) concurseiro(a) estudioso(a), sei que vai se lembrar, mas coloco abaixo
a estrutura do Sistema Financeiro Nacional, para que possamos ver a parte dele que estamos
estudando nesse momento!

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Sistema Financeiro Nacional


Fonte: Banco Central do Brasil

Uma última informação geral: é permitido que se adquira um título de capitalização para ou-
tra pessoa, bastando o subscritor indicar a pessoa como titular, a qual terá o direito de resgatar o
valor e concorrer aos sorteios.

Rentabilidade

A rentabilidade dos títulos de capitalização é expressa nas Condições Gerais de cada títu-
lo. A legislação estabelece apenas que o rendimento do título de capitalização deve ser de, no
mínimo, 20% da taxa de juros da poupança + a TR (taxa Referencial, utilizada para atualização

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monetária) . Isso faz com que eles sejam uma forma de aplicação de recursos pouco atrativa,
1

ao possuírem rentabilidade inferior à poupança (que já é baixa).

Tipos de Título de Capitalização

Antes de vermos os tipos de títulos de capitalização, precisamos compreender dois con-


ceitos importantes.
Prazo de vigência: é o tempo no qual o Título de Capitalização será administrado pela
Sociedade de Capitalização. Nesse período o capital investido pelo subscritor será atualizado
monetariamente, geralmente pela TR, bem como estará sujeito a rentabilidade de acordo com
a taxa de juros expressa nas Condições Gerais do título.
Importante: o prazo de vigência deve ser igual ou maior que o prazo de pagamento, o qual
vamos ver a seguir.
Prazo de pagamento: por óbvio, é o período durante o qual a pessoa que adquiriu o título
(subscritor) fica comprometido a realizar os pagamentos.
Visto esses conceitos, podemos partir para uma parte muito importante para sua prova. Vejamos!
Segundo a Susep, os títulos de capitalização podem ser classificados quanto a sua forma
de pagamento em 3 tipos.
1. PM (Pagamento mensal). Nesse tipo de título o subscritor realiza um pagamento mensal
durante o tempo de vigência do título. Suponha que você adquira um título de capitalização
com vigência de 1 ano. Nesse caso, se ele for um PM, você pagará 12 parcelas.
2. PP. É um título no qual não existe correspondência entre o número de pagamentos e o
número de meses de vigência do título. Ou seja, nesse tipo, você pode adquirir um título com
vigência de 12 meses, ou seja, ficará 12 meses concorrendo ao sorteio. No entanto, as condi-
ções gerais do título podem prever 8 pagamentos, por exemplo.
3. PU (pagamento único). Como o nome já diz, é um título no qual o pagamento é realizado
uma única vez, com seu prazo de vigência estipulado na proposta.

Modalidades

Além da classificação segundo à forma de pagamento, a Susep também estabelece algu-


mas modalidades de títulos de classificação.
1. Compra programada: nessa modalidade, o cliente pode optar pelo resgate em bem ou
serviço. É subsidiado por acordos com empresas comerciais e indústrias.
1
“Essa taxa foi criada no ano de 1991. Ela surgiu em meio a um pacote de medidas econômicas chamado de Plano Collor
II. Atualmente, a TR se configura como uma taxa de juros de referência, ou seja, um indicador geral da economia brasileira.
Por isso, é utilizada na hora de calcular o rendimento de determinadas aplicações financeiras” (TORO investimentos, 2021.
Disponível em: https://blog.toroinvestimentos.com.br/tr-taxa-referencial-o-que-e).

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2. Filantropia Premiável: está sendo muito difundido, principalmente em âmbito regional.


São aqueles que realizam sorteios na Televisão. Certamente, você conhece. Nessa modalida-
de, o subscritor concorre a prêmios e doa o direito de resgate para instituições beneficentes,
constantes nas condições gerais.
3. Incentivo: o cliente não tem direito de resgatar o saldo capitalizado, apenas de concorrer
aos sorteios. Nessa modalidade o subscritor é a empresa promotora. É utilizado em promo-
ções de empresas comerciais.
4. Instrumento de garantia: nessa modalidade o titular utiliza o saldo do título de capitali-
zação para garantir o cumprimento de alguma obrigação financeira assumida. Grosso modo, o
saldo do título é dado como garantia em algum contrato.
5. Popular: objetiva a participação em sorteios. No entanto, o valor devolvido ao final do
prazo de vigência é inferior ao total pago. Nesse caso, é obrigatório que conste a seguinte men-
sagem nas Condições Gerais do título:
“Este título restituirá ao final de sua vigência valor inferior ao total dos pagamentos efetua-
dos. A contratação deste título é apropriada principalmente na hipótese de o consumidor estar
interessado em capitalizar parte da contribuição e participar dos sorteios. Consulte a tabela
para observar a evolução do percentual de resgate, de acordo com os meses de vigência do
título.” (SUSEP, 2021).
6. Tradicional: tem como objetivo devolver ao subscritor, no mínimo, o valor total dos paga-
mentos, desde que todos tenham sido efetuados nas datas programadas.

Por favor, concurseiro(a) esperto(a), não vamos confundir os tipos (considerando a forma de
pagamento) com as modalidades de títulos de capitalização.

Prazos de Vigência

Os prazos de vigência dos títulos de capitalização variam conforme sua modalidade. Ela-
borei um mapa para facilitar a compreensão. Vejamos!

Tradicional
mínimo de 12 meses

Popular

Instrumento de garantia
Vigência - Títulos mínimo de 6 meses
de Capitalização Compra programada

Incentivo
60 dias

Filantropia premiável

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Previdência
A palavra Previdência pode ser encontrada no dicionário online de português (2021) como
sendo “condição daquilo que é previdente, que prevê ou busca evitar previamente transtornos:
medidas de previdência”. Nesse sentido, podemos dizer que o objetivo central da Previdência
é evitar transtornos no futuro, caracterizando, assim, como uma atividade de poupar recur-
sos para eventuais dificuldades, como acidentes, perda do emprego, doenças, dentre outras.
Além de doenças e imprevistos, visa garantir situações que exigem afastamento do trabalho, a
exemplo de gravidez e aposentadoria.
Fica clara a importância dos regimes de previdência para a garantia da subsistência das
pessoas e o bom funcionamento da economia e sociedade como um todo. Em poucas pala-
vras: é o seguro da trabalhadora e do trabalhador brasileiros. Além disso, é tema recorrente em
concursos, motivo pelo qual vamos estudar.
A parte que mais interessa, no que tange à disciplina de Conhecimentos Bancários, é
o tema da previdência privada (ou complementar). No entanto, antes de entrarmos nesse
assunto, precisamos ter uma visão mais ampla de todo o sistema de previdência brasilei-
ro. Vamos lá!
A primeira questão que precisamos saber é que no Brasil existem dois sistemas de
previdência:
• Previdência Pública, a qual abarca o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e o
Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
• Previdência Privada ou complementar

PREVIDÊNCIA

Pública Privada

RGPS RPPS

Previdência Pública

É o sistema de previdência organizado pelo poder público. Ele é de filiação obrigatória.


Todos os trabalhadores, tanto públicos como privados, devem realizar sua contribuição para
a previdência social, a qual já vem debitada no seu contracheque. Além dos empregados no
poder público e iniciativa privada, a previdência pública também assegura trabalhadores autô-
nomos e contribuintes facultativos (estudante, por exemplo).

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Dessa forma, o sistema de previdência pública é destinado a todos os tipos de trabalha-


dores. No entanto, existem diferenças quanto às normas aplicáveis aos servidores públicos
titulares de cargo efetivo e os demais trabalhadores. É por isso que a Previdência Pública é
dividida em dois grandes regimes: o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e o Regime
Geral de Previdência Social (RGPS).
Vejamos a definição de RPPS extraída do site da Secretária de Previdência do Governo Federal:
Regime Próprio de Previdência Social é um sistema de previdência, estabelecido no âmbito de
cada ente federativo, que assegure, por lei, a todos os servidores titulares de cargo efetivo, pelo
menos os benefícios de aposentadoria e pensão por morte previstos no artigo 40 da Constituição
Federal. São intitulados de Regimes Próprios porque cada ente público da Federação (União, Es-
tados, Distrito Federal e Municípios) pode ter o seu, cuja finalidade é organizar a previdência dos
servidores públicos titulares de cargo efetivo, tanto daqueles em atividade, como daqueles já apo-
sentados e, também, dos pensionistas, cujos benefícios estejam sendo pagos pelo ente estatal.
Como é possível extrair da definição, o RPPS é um regime que pode ser mantido pelos
entes da federação, isto é: União, Estados, Distrito Federal e Municípios e é destinado aos ser-
vidores titulares de cargo efetivo desses entes, de modo a garantir, no mínimo, os benefícios
de aposentadoria e pensão por morte.

Perceba que usamos a expressão “pode ser mantido”, uma vez que nem todos os entes
possuem RPPS.
Alguns municípios, sobretudo os menores, não possuem condições de manter um RPPS para
seus servidores. O que acontece nesse caso? Eles ficam desamparados? De maneira nenhu-
ma! Os servidores públicos não amparados por regimes próprios de previdência social são
amparados pelo regime geral. A propósito, vamos falar um pouquinho dele!
O RGPS é o regime para o qual a maioria dos trabalhadores brasileiros contribuem. Ele é gerido
pelo Instituto Nacional do Seguro Social, o famoso INSS. Se você, concurseiro(a) trabalha com
carteira assinada, com certeza, é segurado(a) do INSS e, portanto, suas contribuições previ-
denciárias são direcionadas ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
Portanto, o RGPS é destinado a todos os trabalhadores regidos pela CLT (Consolidação das
Leis Trabalhistas) e aos servidores públicos titulares de cargo efetivo (estatutários) que não
estejam amparados por RPPS.

Outras Características da Previdência Pública

A previdência pública brasileira (ou Previdência Social) adota o modelo de repartição sim-
ples, que consiste no seguinte mecanismo: a contribuição dos trabalhadores ativos financia as
aposentadorias, pensões e demais benefícios dos trabalhadores inativos.
Com a recente mudança no perfil demográfico da população brasileira, causado pelo au-
mento da expectativa de vida (eleva o tempo de recebimento de aposentadorias) e da queda

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da natalidade (diminui a população ativa), muitas pessoas passaram a se preocupar com a


sustentabilidade do regime de previdência pública brasileira.
Sem entrarmos no mérito dessa discussão acerca da existência ou não de déficit na previ-
dência e do risco de “quebra” do sistema, podemos dizer que é fato que esse receio tem cres-
cido consideravelmente em alguns setores da população brasileira.
Além disso, os benefícios possuem um teto. Ou seja, há um limite de valor para o recebi-
mento de benefícios. A aposentadoria pelo INSS possui um teto atualmente de pouco mais de
R$ 6 mil (2021), o qual tem sido seguido também pelos regimes próprios de previdência. Ima-
gine uma pessoa que ganhe um salário de R$ 20 mil. Certamente ela não quer se aposentador
e ver sua renda cair para o teto do INSS.
É por esses motivos que muitas pessoas recorrem a um complemento para a aposentado-
ria, que são os planos de Previdência Privada, os quais vamos estudar a seguir.

Previdência Privada

Agora que já entendemos o básico sobre o funcionamento da previdência pública, pode-


mos passar ao assunto sobre previdência que mais nos interessa na disciplina de conhecimen-
tos bancários, que é a previdência privada (complementar), sobretudo os planos de previdên-
cia. Vejamos a definição de Previdência Privada extraída do site da Secretária de Previdência
do Governo Federal:
A Previdência Privada é um sistema complementar e facultativo de seguro, de natureza
contratual, cuja finalidade é suprir a necessidade de renda adicional, por ocasião da inativida-
de, e é administrada pelas entidades abertas com fins lucrativos (Bancos e Seguradoras) ou
por entidades fechadas, sem fins lucrativos (Fundos de Pensão tais como a PREVI e a PETROS,
entre outros).
A definição traz alguns elementos que são importantes sobre a previdência privada:
• Sistema complementar: utilizada para complementar a previdência pública;
• Caráter facultativo: o trabalhador não é obrigado a aderir a ela, ao contrário da previdên-
cia pública (social);
• Pode ser de dois tipos: Previdência complementar aberta e Previdência complementar
fechada, os quais vamos estudar daqui a pouco.

Antes de entrarmos nos tipos de previdência privada, temos que saber como esse sistema
funciona. Nós já vimos que a previdência pública funciona sob o regime de repartição simples.
Não é mesmo? Lembre-se a contribuição dos trabalhadores ativos financia a aposentadoria
dos inativos. Pois bem! Na previdência privada é um pouco diferente, uma vez que é adotado
o regime de capitalização.
Explicando de maneira bem simplificada: no regime de capitalização, a pessoa é que forma
a própria “poupança” para sua aposentadoria.

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Como assim?
A pessoa que ingressa em um plano de previdência complementar disponibiliza periodica-
mente recursos que vão sendo “guardados” pela entidade administradora. Tais recursos são
aplicados em ativos financeiros, visando não só a guarda do capital, mas sua ampliação ao
longo do tempo.

Previdência Complementar Aberta


Os planos de previdência complementar aberta são produtos oferecidos por entidades
abertas de previdência complementar (EAPC) e podem ser adquiridos por qualquer pessoa
interessada. Tais planos visam garantir, principalmente, um “complemento de aposentadoria”
ao titular, mas podem conter outros benefícios. Vejamos quais são!

Tipos de Benefício

Renda por sobrevivência: nome estranho. Não é? Não se assuste! É a aposentadoria. O


nome é dado por ser a renda paga ao usuário que sobrevive ao prazo de diferimento contratado
(período de contribuição).
Renda por invalidez: paga ao participante que é acometido de invalidez total e permanente,
se ocorrida durante o período de cobertura do plano, respeitado o tempo de carência estabele-
cido na contratação.
Pensão por morte: paga, em decorrência de morte, a um ou mais beneficiários indicados
pelo titular do plano, na proposta de inscrição, se a morte ocorrer durante o período de cober-
tura do plano e respeitado o tempo de carência estabelecido na contratação.
Pecúlio por morte: a diferença em relação à pensão por morte é que o pecúlio é pago de
uma vez só ao beneficiário ou beneficiários indicados na proposta de inscrição.
Pecúlio por invalidez: é um valor também pago de um só vez, mas ao próprio participante
do plano, em razão de invalidez total e permanente, ocorrida durante o período de cobertura do
plano, respeitado o prazo de carência.
É importante dizer que, ao contrário da previdência social que paga a aposentadoria até o
falecimento do contribuinte, na previdência complementar o tempo de pagamento da renda
poderá variar, conforme as condições contratualmente estabelecidas.
A renda pode ser paga das seguintes formas:
• Pagamento único: o participante saca sua aposentadoria de uma só vez (que perigo
para quem possui pouco controle de dinheiro! Rs!);
• Renda mensal vitalícia: paga até o falecimento do participante;
• Renda mensal temporária: paga ao participante por um tempo determinado. Por exem-
plo: 10 anos;

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Produtos e Serviços Financeiros – Parte I
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• Renda mensal vitalícia com prazo garantido: é paga também até o falecimento do par-
ticipante. No entanto, existe um prazo mínimo garantido. Suponhamos que esse prazo
seja de 20 anos. Caso o falecimento do participante ocorra antes desse período, a renda
mensal continua sendo paga para aos beneficiários indicados na proposta. É uma forma
de garantir uma renda aos herdeiros.

Taxas

As instituições que administram os planos de previdência o fazem mediante a cobrança de


taxas. São elas:
• Taxa de administração: é um percentual cobrado para a remuneração dos serviços pres-
tados pela instituição gestora do fundo de previdência, tais como consultoria de investi-
mentos e gestão da carteira de ativos do fundo, por exemplo. É um valor anual e varia a
depender da instituição e do plano;
• Taxa de carregamento: é destinada a cobrir custos administrativos da gestão do plano.
Cobrada mensalmente sobre as contribuições do participante. Suponhamos que a taxa
de carregamento seja de 5%. Se você destinar 200 reais por mês ao plano de previdên-
cia, na verdade, apenas 190 serão aplicados, já que 10 reais será para a taxa de carrega-
mento. Algumas instituições já não cobram tal taxa ou buscam diminuí-la, como forma
de atrair clientes;
• Taxa de saída: é uma taxa paga no momento do resgaste do capital, independente se faz
o resgate total (pode ser feito a depender do contrato) ou de forma parcelada.

Tributação

A renda proveniente de previdência complementar (resgate do acumulado ou recebimen-


to de benefícios mensais) é sujeita à tributação de imposto de renda retido na fonte (IRRF),
que é aquele debitado diretamente do pagamento do benefício. Pois bem, a peculiaridade dos
regimes de previdência complementar é que o usuário pode escolher entre dois regimes de
tributação. São eles: a tabela progressiva e a tabela regressiva.

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Progressiva

Esse regime é igual ao pago no regime de previdência social. Ou seja, a tributação vai de
0% a 27,5% e sobe conforme a renda da pessoa.
Tabela Progressiva (2021)

Base de cálculo (mensal) Alíquota


de 0,00 até 1.903,98 isento
de 1.903,99 até 2.826,65 7,5%
de 2.826,66 até 3.751,05 15%
de 3.751,06 até 4.664,68 22,5%
a partir de 4.664,68 27,5%

Tabela Regressiva

Nesse regime de tributação, a alíquota do IR diminui conforme se aumenta o tempo de


contribuição ao plano de previdência. Vejamos como ocorre:

Tempo de contribuição Alíquota


Até 2 anos 35%
de 2 a 4 anos 30%
de 4 a 6 anos 25%
de 6 a 8 anos 20%
de 8 a 10 anos 15%
Mais de 10 anos 10%

Como é possível perceber, o regime regressivo é mais indicado para quem pretende ficar por
muito tempo contribuindo para o plano de previdência, de preferência mais de 10 anos. Ou
seja, ainda vai demorar para se aposentar, por exemplo.
Enquanto o regime progressivo é mais indicado para quem pretende ficar menos tempo con-
tribuindo ao plano de previdência ou objetiva receber um benefício relativamente baixo, que
provavelmente será isento de IR ou pagará uma alíquota inferior a 10%, para compensar a não
escolha do regime regressivo.

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Entre os planos de previdência complementar aberta oferecidos no mercado, destacam-se


dois, que são mais conhecidos e costumam cair em prova.
1) Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) – permite que se abata no Imposto de Ren-
da os aportes realizados no plano. É mais indicado para quem possui renda mais alta e faz a
declaração de Imposto de Renda completa (aquela que aceita deduções). Como assim?
Suponha que você ganhe 20 mil reais por mês. Durante um ano, você ganha, portanto, 240 mil re-
ais (sem 13º para simplificar). Com o salário de 20 mil, é claro, que você irá vai pagar imposto de renda.
Então, no final do ano você fará sua declaração de IR e o governo vai dizer o seguinte: fulano(a),
você tem que pagar x reais de IR. Olha que interessante: se você possuir um plano de previdência
PGBL você poderá deduzir o valor pago ao plano de previdência no valor do imposto de renda devido.
No entanto, preste atenção: o limite para essa dedução é de até 12% da renda bruta anual.
No nosso exemplo, a renda bruta anual é de 240 mil reais. Portanto, você só poderá deduzir
12% de 240 mil, que é 28.800 reais.
Suponha que você tenha aplicado durante o ano a soma de 40.000 reais no plano de previ-
dência PGBL. Não poderá abater todo o valor no Imposto de Renda, mas poderá abater 28.800.
O que já pode ser um benefício interessante.

Por que “pode” ser um benefício interessante, professor?

Porque nem tudo é perfeito! Quando você for resgatar o valor aplicado no PGBL (em razão
da sua aposentaria, por exemplo), será cobrado Imposto de Renda sobre o valor de seu resga-
te. Portanto, essa modalidade de plano só é interessante para quem paga muito Imposto de
Renda, para que os abatimentos presentes compensem a tributação na hora do resgaste.
2) Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL): essa modalidade de plano de previdência
complementar aberta não permite o abatimento no Imposto de Renda. Portanto, ao contrário
do PGBL, é mais interessante para quem não possui renda tributável ou declara IR no regime
simplificado (o que não permite deduções/abatimentos).
No VGBL o titular só pagará imposto de renda sobre o ganho de capital. Explico: quando ele
for resgatar o valor aplicado, o IR incidirá somente sobre a rentabilidade auferida e não sobre
todo o capital que será resgatado. Essa é outra diferença em relação ao PGBL, no qual o IR
incide sobre todo o valor resgatado.

Portabilidade

Suponhamos que você tenha um plano de previdência em determinada instituição e esteja


insatisfeito por algum motivo. Nesse caso, é possível migrar de um plano de previdência para
outro, seja na mesma instituição ou em outra instituição, levando – é claro – todo o valor já
aplicado para o novo plano.

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No entanto, existem algumas restrições:


• Só é possível fazer portabilidade de um plano PGBL para outro PGBL. Assim como de
um VGBL para outro VGBL;
• Deve ser mantido o tipo de tabela de tributação, também. Ou seja, só é possível a portabi-
lidade de um plano de tabela progressiva para outro de tabela progressiva, por exemplo.

Os planos de previdência são fiscalizados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).


Não são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

O que é FGC, professor?

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma instituição privada sem fins lucrativos, sustentada por
contribuições de instituições financeiras. Um dos objetivos do FGC é dar maior segurança aos
investidores, protegendo-os, até um limite, de eventuais falências das instituições financeiras.
Como dissemos, a poupança possui a garantia do FGC. Isso significa que caso você aplique re-
cursos em determinado banco e ele entre em falência, você não corre o risco de perder seu di-
nheiro. No entanto, existe um limite de valor para essa garantia que é atualmente é de 250.000
por pessoa ou empresa (CPF ou CNPJ).

Oferecidas por
Fiscalizada
entidades abertas
pela Susep
PGBL (permite de previdência renda por sobrevivência
dedução no IR)
complementar
VGBL (não permite Principais planos
Previdência renda por invalidez
(EAPC)
dedução) pensão por morte
Complementar
pecúlio por morte
Progressiva (sobe Aberta Tipos de benefício pecúlio por invalidez
conforme a renda)
Regressiva: alíquota Tributação de administração
cai conforme o tempo
de contribuição sobre a renda de carregamento
Taxas
de saída

Previdência Complementar Fechada


Talvez você, concurseiro(a) antenado(a), tenha ouvido falar ou lido algo sobre os fundos
de pensão. Principalmente, devido aos recentes escândalos envolvendo desvio de dinheiro de
tais fundos.
Os famosos “fundos de pensão” constituem-se numa forma de previdência complementar
fechada, pois são exclusivos para determinado grupo de trabalhadores. Explico!

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Como vimos no tópico anterior, os planos de previdência complementar aberta podem ser
adquiridos por qualquer pessoa interessada. Isso não ocorre com os planos de previdência
complementar fechada, populares fundos de pensão, visto que são constituídos por empresas
privadas ou entes públicos e oferecidos exclusivamente para os funcionários de tais entidades.
Além da participação exclusiva dos funcionários, existem outras diferenças dos planos de
pensão quando comparados aos planos de previdência complementar aberta, quais sejam:
• Além da contribuição do próprio participante, a empresa ou o órgão público também
costuma contribuir para o fundo de pensão, aumentando assim o montante acumulado
pelo funcionário;
• As taxas de administração costumam ser menores quando comparadas às cobradas no
mercado;
• Frequentemente, concedem empréstimos aos participantes com taxas de juros relativa-
mente mais baixas que as do mercado em geral.

A seguir, alguns exemplos de fundos de pensão bem conhecidos:


• Petros (Petrobras);
• Funcef (Caixa Econômica Federal);
• Previ (Banco do Brasil).

Os fundos de pensão são fiscalizados pela Superintendência Nacional de Previdência Comple-


mentar (PREVIC). Diferente dos planos de previdência complementar aberta, que são fiscaliza-
dos pela Susep. Cuidado com pegadinhas da banca!

Vamos treinar!

003. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2015/Q1198111) Uma cliente bancária está decidi-


da a contratar um plano de previdência privada para si. No entanto, ela está em dúvida se seu
perfil está mais adequado ao “Plano Gerador de Benefício Livre” – PGBL ou ao “Vida Gerador
de Benefício Livre” - VGBL.
Sabendo que a cliente é solteira e que sempre estará isenta de imposto de renda, a escolha
adequada seria o
a) PGBL, pois ela não conta com a vantagem fiscal do VGBL.

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b) VGBL, pois ela não conta com a vantagem fiscal do PGBL.


c) PGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo simplificado.
d) PGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo completo.
e) VGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo completo.

Considerando que a cliente “sempre será isenta do imposto de renda”, o melhor plano para ela
seria o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), que é mais indicado para pessoas isentas de
pagamento de imposto de renda e que fazem a declaração pelo modelo simplificado – o que
não permite deduções. Lembrando que o VGBL não possui o benefício do abatimento de im-
posto de renda. Enquanto o PGBL permite. Pegou o macete da letra “p”?
Letra b.

Investimentos
Definindo investimento de forma bem simples, podemos dizer que nada mais é do que a
aplicação de determinado capital com a expectativa de retorno futuro. O investimento pode ser:
a) produtivo, que se refere a aplicação de recursos na produção de determinado bem ou serviço
para comercialização ou pode ser b) financeiro, que se trata da aplicação de recursos em ativos
do mercado financeiro e de capitais. É essa segunda modalidade que vamos estudar a partir de
agora, sobretudo alguns tipos de investimento oferecidos pelas instituições financeiras.
Uma primeira informação sobre a modalidade de investimentos que vamos estudar é que
eles podem ser classificados em:
• Renda fixa: no momento da aplicação, o investidor já é informado sobre o rendimento ou
o índice que será utilizado para avaliar a rentabilidade do seu investimento, bem como
o prazo. Devido a sua maior previsibilidade, esses são os investimentos mais seguros e,
por isso, muito procurados;
• Renda variável: são produtos cujo rendimento não é determinado previamente, depen-
dendo de elementos futuros, como a conjuntura econômica, por exemplo. O exemplo
mais comum são as ações. Esse tipo de investimento é de maior rico, mas pode gerar
uma maior rentabilidade.

Nessa aula, iremos tratar de investimentos em renda fixa, mais cobrados em provas de con-
curso. O assunto Renda variável, sobretudo ações, é tratado na aula sobre mercado de capitais.
Feita essa introdução importante, vamos aos produtos!

Caderneta de Poupança
Conceitos

Para entendermos como funciona a caderneta de poupança, vamos relembrar algumas


coisinhas. A primeira delas é o conceito de depósito à vista, que são os depósitos em conta

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corrente, os quais permitem a livre movimentação do dinheiro, pois são feitos sem prazo deter-
minado e não gozam de rendimentos.
O segundo conceito que vamos relembrar é o de depósitos a prazo que é quando o cliente
deposita determinada quantia na instituição financeira por um tempo que é determinado no
momento do depósito. Além do prazo determinado, outra diferença em relação aos depósitos
à vista é que o depósito a prazo gera rendimentos, pois, ao devolver os fundos ao cliente na
data futura que foi combinada, a instituição o faz com um acréscimo de juros.
Esses depósitos geram um título, uma espécie de recibo, que indica que o cliente possui o
direito de saque de seus recursos em data futura.
Exemplos de depósitos a prazo são:
• Certificado de Depósito Bancário (CDB) – são os mais utilizados pelos bancos;
• Recibo de Depósito Bancário (RDB).

E daí, professor?

Fizemos essa breve conceituação para lhe dizer o seguinte: a caderneta de poupança é
um terceiro tipo de depósito que mescla característica dos depósitos à vista e dos depósitos
a prazo. Explico: a caderneta de poupança é uma modalidade de depósito de livre movimenta-
ção, mas que pode gerar rendimentos, desde que o(a) cliente, que pode ser pessoa física ou
jurídica, deixe o dinheiro depositado pelo tempo previsto na legislação, que é de 30 dias. Já
vamos entender os detalhes desse tipo de aplicação. Sigamos!

Características

Pelo fato de gerar rendimentos, a caderneta de poupança, também chamada de depósito


em poupança, é considerada uma forma de investimento em renda fixa. Por ser de livre movi-
mentação, ou seja, o depositante pode sacá-lo a qualquer momento, dizemos que é um inves-
timento de liquidez diária. E por não estar sujeita a oscilação (ao contrário do investimento em
ações, por exemplo) é um investimento de baixo risco.
Outra característica que confere segurança a quem aplica na caderneta de poupança é
que as aplicações são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até 250.000 reais
por CPF/CNPJ.
Os recursos captados na caderneta de poupança integram o Sistema Brasileiro de Poupan-
ça e Empréstimo (SBPE), cuja função primordial é facilitar o financiamento imobiliário no País.
Por isso, os depósitos em poupança são de grande relevância para o fomento dos programas
habitacionais no país.
Isso é muito importante, pessoal. Então, vamos fixar: a caderneta de poupança tem como
principal função captar recursos para o financiamento da habitação no Brasil. Assim, quando

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depositamos recursos em poupança, parte desse recurso será utilizado para o financiamento
de compra e construção de habitações.

Condições para Abertura

A abertura da conta poupança é muito simples, um dos motivos pelos quais ela é tão popu-
lar entre a população brasileira. Para abrir uma conta poupança a pessoa física precisa apre-
sentar os seguintes documentos apenas:
• RG;
• CPF;
• Comprovante de residência.

A pessoa jurídica apresenta:


• RG
• CPF dos sócios
• Comprovante de residência
• Ato constitutivo da empresa (documento que cria a empresa).

Rentabilidade

Preste atenção, concurseiro(a) esperto(a), pois a rentabilidade da caderneta de poupança é


um assunto bastante cobrado em provas de concurso. No entanto, com calma, vamos tirar de letra!
A poupança possui rendimento mensal (a cada 30 dias) para clientes pessoa física e pes-
soa jurídica sem fins lucrativos. Vejamos como isso ocorre: Suponha que você coloque 500
reais na poupança no dia 23 de abril de 2021. A rentabilidade em 30 dias significa que o rendi-
mento dela será creditado na sua conta somente no dia 23 de maio de 2021, chamada de data
de aniversário da sua aplicação.
Isso significa que, se você precisar do dinheiro e retirá-lo antes dos 30 dias, perderá a renta-
bilidade. Só irá retirar os mesmos 500 reais que aplicou. Mas, professor, eu deixei 29 dias! Não
importa, querido(a) concurseiro(a), não desfrutará do rendimento.
Perceba que dissemos que essa rentabilidade a cada 30 dias é para pessoa física e pessoa
jurídica sem fins lucrativos. Fizemos essa diferenciação, pois a regra para pessoa jurídica COM
FINS LUCRATIVOS é diferente: o rendimento é trimestral (a cada 90 dias).

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Em relação às taxas de juros da poupança, existem 2 regras. Vejamos!


A Regra antiga (válida para depósitos até 03 de maio de 2012): nessa regra a rentabilidade
é fixa em 0,5% ao mês + TR (taxa referencial).
Regra nova (para depósitos a partir de 04 de maio de 2012): o índice de remuneração
pode variar. Se a taxa básica de juros da economia, a SELIC, estiver acima de 8,5% ao ano a
rentabilidade da poupança permanece inalterada, ou seja, fixa em 0,5% ao mês + a TR – regra
antiga, portanto.
No entanto, se a SELIC estiver igual ou abaixo de 8,5% a.a a rentabilidade da poupança
passa a ser 70% da SELIC + a TR.

REGRA ANTIGA REGRA NOVA

SELIC maior que


Rentabilidade da regra antiga
8,5% a.a
0,5% a.m + TR
SELIC igual ou me-
70% da SELIC + a TR
nor que 8,5% a.a

Importante: os depósitos feitos até 03 de maio de 2012 continuam rendendo com base na
regra antiga.

Tributação

De pessoa física não é cobrada nenhum tributo.


A pessoa jurídica paga Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) que incide sobre os ren-
dimentos que obtiver.

Movimentação e Tarifas Bancárias

A conta poupança não pode ser utilizada como uma conta corrente. Por isso, possui alguns
limites que devem ser respeitados pelos usuários. Por exemplo:
• Limite de saques: até 4 por mês;
• Cartão: somente de débito;
• Não é movimentável por cheques;
• Segundo o artigo 1º da Resolução 2303 do Bacen, a conta está isenta de tarifa de manu-
tenção. No entanto, tal isenção não se aplica para as seguintes contas poupança:
I – cujo saldo seja igual ou inferior a R$20,00 (vinte reais); e
II – que não apresentem registros de depósitos ou saques, pelo período de seis meses
(conta sem movimentação)

Hora de treinar! Vamos ver uma questão de prova sobre poupança!

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004. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2008/Q263836) Os valores depositados e mantidos em


depósito por prazo inferior a um mês recebem remuneração correspondente aos dias de depó-
sito e proporcionalmente àquela estabelecida para o mês.

Nada disso! Como vimos, a poupança possui rendimento mensal para clientes pessoa física e
pessoa jurídica sem fins lucrativos e trimestral para pessoa jurídica com fins lucrativos.
A questão não fala se o recurso é de pessoa física ou jurídica. De qualquer modo, com menos
de 30 dias não é possível receber rentabilidade em nenhum tipo de conta poupança.
Errado.

Certificado de Depósito Bancário (CDB)


Na parte que estudamos sobre poupança, nós já falamos, brevemente, sobre o conceito de
depósito a prazo, que é quando o cliente deposita certa quantia em uma instituição financeira
por um tempo que é determinado no momento do depósito. A diferença em relação aos depó-
sitos à vista é que o depósito a prazo gera rendimentos, pois, ao devolver os fundos ao cliente
na data futura que foi combinada, a instituição o faz com um acréscimo de juros.
Esses depósitos geram um título, uma espécie de recibo, que indica que o cliente possui o
direito de saque de seus recursos em data futura.
Exemplos de Depósitos a prazo são: Certificado de Depósito Bancário (CDB) – os mais
utilizados pelos bancos - e Recibo de Depósito Bancário (RDB).
O CDB é um título de renda fixa, que pode ser adquirido por pessoas físicas ou jurídicas,
emitido por bancos comerciais, bancos de investimentos ou bancos múltiplos. Grosso modo,
é como se o investidor fizesse um empréstimo para a instituição financeira, que, por sua vez,
devolverá o capital acrescido de rendimentos.
A rentabilidade do CDB pode ser de duas formas:
• Pré-fixada: é uma remuneração fixa. (por exemplo, 6% ao ano);
• Pós-fixada: a rentabilidade é baseada em algum índice de referência. Esse é o tipo mais
comum de CDB. O índice de referência comumente utilizado é o CDI (uma taxa bem pró-
xima da taxa básica da economia, a Selic).

O investidor receberá uma percentagem da taxa de referência. Vamos supor que o CDB renda
90% do CDI. Assim, o investidor já sabe de antemão que seu investimento renderá 90% da taxa
do CDI, que é variável. Portanto, observe que não é o rendimento que é fixo do tipo que você vai
receber tal valor, mas sim que você receberá uma porcentagem de determinada taxa, seja ela em
que valor estiver. No entanto, na prática, o rendimento não sofre grandes oscilações.

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Importante para sua prova (e para a sua vida profissional futura). Sobre o CDB:
• Pode ser negociado no mercado secundário (vendido a outros investidores);
• Pode ser resgatado antes do prazo final, caso a instituição concorde;
• Possuem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito, até o limite de 250.000 reais por
CPF ou CNPJ (atualmente).
• Possuem alta liquidez. O dinheiro pode ser resgatado facilmente, caso o investidor necessite.

Recibo de Depósito Bancário (RDB)


O RDB (Recibo de Depósito Bancário) é semelhante ao CDB, sendo também uma forma de
captação de recursos junto ao público. No entanto as diferenças são as seguintes:
• É inegociável e intransferível. Isto é o investidor não pode fazer o resgate antes do ven-
cimento e não pode vender o RDB;
• Não é muito comercializado por bancos. Quem mais comercializa são as cooperativas
de crédito;
• Geralmente, não possuem elevada liquidez.

O rendimento proveniente de CDB e RDB se sujeitam a cobrança da tabela regressiva do Impos-


to de Renda, ou seja, quanto maior o tempo de investimento menor será a tributação:
• Até 180 dias → 22,5%;
• 181 a 360 → 20%;
• 361 a 720 → 17,5%;
• Acima de 720 → 15%.

Fundos de Investimento
Vamos ver um dos produtos mais comercializados pelos bancos, que são os fundos de in-
vestimento. Trata-se de “uma comunhão de recursos, captados de pessoas físicas ou jurídicas,
com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da aplicação em títulos e valores mobiliá-
rios” (CVM,2021)2. Em outras palavras: é uma reunião de investidores, a fim de unirem recursos
para aplicá-los no mercado financeiro e de capitais.
O Patrimônio líquido do fundo de investimento é constituído pela soma do valor dos títulos
e demais recursos em posse dele. Esse patrimônio é dividido em cotas, motivo pelo qual os
investidores são chamados de cotistas.
Talvez, você more ou já tenha morado em um condomínio. Qual é a lógica de funciona-
mento desse tipo de organização? Cada casa ou apartamento deve contribuir com recursos
2
https://www.investidor.gov.br/ /menu/primeiros_passos/Investindo/Tipos_Investimento/Fundos_Investimento.html

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(pagamento do condomínio) para que o condomínio funcione, de modo a atingir os objetivos


em comum do grupo de moradores. Dessa forma, as despesas são divididas e os benefícios
são colhidos por todos.
Grosso modo, esse é, também, o funcionamento dos fundos de investimentos, os quais
são constituídos sob a forma de condomínio (base legal deles). Assim, os recursos dos cotis-
tas são somados para que sejam investidos no mercado financeiro e de capitais, aproveitando
os benefícios desse agrupamento de recursos, tais como: maior possibilidade de diversifica-
ção de risco (variedade de ativos investidos), bem como liquidez.

 Obs.: uma vez que a base legal de constituição dos fundos de investimentos é o condomínio,
os integrantes também podem ser chamados de condôminos.

Tipos de Fundos

1. Abertos:
• Cotistas podem solicitar resgaste a qualquer momento;
• O número de cotas é variável;
• Recomendado para ativos com alta liquidez.

2. Fechados:
• Cotistas só podem resgatar ao final do prazo de duração do fundo;
• O prazo de duração do fundo é definido previamente.

Modalidades

De acordo com a instrução normativa 555 CVM, os fundos de investimento podem ser
classificados em 4 modalidades, quando se leva em conta a política de investimento (como
aplicam os recursos dos investidores):
• 1. Fundos de renda fixa;
• 2. Fundos de ações;
• 3. Fundos cambiais;
• 4. Fundos Multimercado.

Vamos ver as principais características de cada um!

1. Fundos de Renda Fixa

A carteira de investimentos desses fundos é composta por ativos que rendem uma taxa
acordada previamente. Assim, quem aplica recursos nesses fundos sabe que receberá

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Produtos e Serviços Financeiros – Parte I
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um rendimento de acordo com tal taxa. Como já dissemos, não é o rendimento que é fixo,
mas sim que você receberá o equivalente a determinada taxa, seja ela em que valor estiver.
Não confunda!

Para ser considerado de renda fixa, o fundo de investimento deve aplicar, no mínimo, 80% de
seus recursos em ativos de renda fixa.

2. Fundos de Ações

São fundos nos quais no mínimo 67% do patrimônio líquido é investido em ações. Assim, a
rentabilidade do fundo acompanha as oscilações das ações.

3. Fundos Cambiais

São fundos que aplicam no mínimo 80% do seu patrimônio líquido em ativos que variam
conforme a oscilação de moeda estrangeira ou cupom cambial. Ex: Fundos Cambiais atrela-
dos ao dólar.

4. Fundos Multimercado

Os fundos multimercados são uma mistura das modalidades que já vimos, uma vez que
podem aplicar os recursos com maior liberdade e realizam uma diversificação entre ativos de
renda fixa, cambiais e ações, por exemplo. Esse tipo de fundo, ao buscar uma maior rentabili-
dade, possui um grau de risco mais elevado.

Taxas e Despesas

A gestão dos fundos de investimento é feita mediante a cobrança de algumas taxas. Vejamos!
Taxa de administração: é um percentual cobrado para a remuneração dos serviços presta-
dos pela instituição gestora do fundo de investimento, tais como consultoria de investimentos
e gestão da carteira de ativos do fundo, por exemplo. É expressão em um percentual ao ano,
mas é cobrada diariamente.
Taxa de performance: é um percentual cobrado quando a rentabilidade supera determina-
do índice de referência. Alguns fundos deixam de cobrar essa taxa, como forma de competir
no mercado. Possui periodicidade semestral.

Letras de Crédito Imobiliário (LCI)


A Letra de Crédito Imobiliário é um título de renda fixa, emitido por algumas instituições
financeiras, cujos recursos captados são aplicados no financiamento de atividades no setor

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imobiliário. Dessa forma, o investidor que aplica em LCI está emprestando recursos à insti-
tuição financeira, que, por sua vez, concederá financiamentos para aquisição e construção
de imóveis.
A LCI é um investimento lastreado em crédito imobiliário. Isso quer dizer que é baseado em
contratos de crédito imobiliário, garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de imóvel
(grave essa informação).

Quais instituições podem emitir LCI, professor?

Bancos comerciais.
Bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário.
Associações de poupança e empréstimo.
Companhias hipotecárias.
Demais instituições autorizadas pelo Bacen.

Os rendimentos provenientes de LCI são isentos de Imposto de Renda para pessoa física e os
investimentos são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o valor de 250.000.

Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)


A LCA também é um título de renda fixa, parecido com a LCI. A principal diferença é que a
captação de recursos é direcionada ao financiamento do Agronegócio como o nome do título
já sugere, sendo uma importante ferramenta para o fomento da produção, industrialização e
comercialização de produtos e insumos agropecuários. É emitida por bancos e cooperativas
de crédito.

Assim como a LCI, os rendimentos provenientes de LCA também são isentos de Imposto de
Renda para pessoa física e os investimentos são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Cré-
dito) até o valor de 250.000.

Debêntures
Debênture trata -se de “um valor mobiliário emitido por sociedades por ações, representati-
vo de dívida, que assegura a seus detentores o direito de crédito contra a companhia emissora”
(GOVERNO FEDERAL, 2021).
Você, certamente, conhece ou já ouviu falar dos títulos públicos federais. Pois bem! Eles
são títulos que o governo federal emite e vende no mercado, a fim de captar recursos e finan-
ciar seus investimentos ou seu déficit. As debêntures seguem a mesma lógica, no entanto são

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emitidas por sociedades anônimas (S.A.) não financeiras, sendo uma forma que essas empre-
sas utilizam para captarem recursos, a fim de financiar seus projetos, constituir capital de giro,
bem como administrar suas dívidas.
Os agentes que adquirem debêntures recebem uma remuneração periódica via juros, além
do pagamento do principal (valor do título) na data de vencimento. Os principais comprado-
res de debêntures são bancos, fundos de pensões, companhias seguradoras e investidores
individuais.

Quem emite debêntures são sociedades anônimas não financeiras. Isso significa que os ban-
cos, por exemplo, não podem emitir debêntures, podendo apenas comprá-las de empresas
emissoras.

Só para que fique mais claro na sua mente: a emissão de debêntures é muitas vezes utili-
zada como uma fase anterior à abertura de capital pelas empresas, uma vez que existe pos-
sibilidade de que as debêntures sejam convertidas em ações. Para tanto, são classificas em:
• Conversíveis: podem ser convertidas em ações ao final do prazo determinado ou a qual-
quer tempo, conforme expresse o contrato;
• Simples: não podem ser convertidas em ações.

Quanto à tributação, as debêntures se sujeitam a cobrança da tabela regressiva do Imposto


de Renda, ou seja, quanto maior o tempo de investimento menor será a tributação.
Exceção: debêntures incentivadas. São debêntures isentas do Imposto de Renda para pes-
soa física e IOF (imposto sobre operações financeiras), visto que são emitidas por empre-
sas que atuam no ramo da infraestrutura do País, como construção de estradas e aeroportos,
por exemplo.
😅
Cansado(a)? Chegamos ao fim da parte teórica da nossa aula. Obrigado por me acompa-
nhar até aqui!
Sugiro que você tome um fôlego (quem sabe um cafezinho!) e volte para entrarmos
na parte das questões comentadas para que possamos fixar o conhecimento adquirido.
Vamos lá! Força!!

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MAPAS MENTAIS
As instituições que emitem
Nacional { Deve possuir menor anuidade
cartões são obrigadas a
Básico Internacional ofertar um dos dois para
clientes que solicitarem

Diferenciado Pode cobrar anuidade diferenciada

Anuidade
2ª via (por motivos não imputáveis ao banco)
Saques
Tarifas permitidas
Utilização para pagamento de contas

Cartão de Avaliação emergencial de crédito

Crédito
Cliente paga o valor mínimo ou valor maior
que o mínimo e menor que o valor total
Só pode ser utilizado até o vencimento da Depois disso, a instituição deve
Crédito rotativo próxima fatura oferecer opção de parcelamento
com condições melhores que do
rotativo

Cliente deixa de pagar a fatura ou paga valor


Inadimplência menor que o mínimo

Private label: usado somente na loja


Cartões de loja Co-Branded: pode usar fora da loja

Destinado a consumidores.
Há cobrança de juros e IOF.

Aquisição de bens e serviços


Cartões de crédito também (principalmente bens duráveis).
concedem. Ex.: eletrodomésticos.
CDC

A garantia, geralmente, é CDC-i. A empresa vendedora


o próprio bem - alienação é a interveniente da operação.
fiduciária. Muito utilizado pelas lojas de
departamento.

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Estimular investimentos
Facilitar custeio da produção e comercialização
Fortalecer o setor rural
Produtor rural
Adoção de métodos racionais de produção Objetivos Direcionado Cooperativa de produtores
Aquisição e regularização de terras
Desenvolver atividades florestais e pesqueiras Custeio
Geração de renda e melhor uso da mão de obra Investimento

Modalidades Comercialização

Controlados: pelo governo federal Industrialização

Não controlados Tipos de recursos Crédito Rural


Regulamentado pelo CMN
Depósitos à vista
Poupança rural
LCA
Fonte de recursos Penhor
BNDES e fundos constitucionais
Alienação fiduciária
Recursos próprios de IFs
Garantias Hipoteca
Aval ou fiança
Fiscalizado pelo Bacen
Seguro rural ou Proagro
Proteção de preço
futuro de commodity
Tradicional
mínimo de 12 meses

Popular

Instrumento de garantia
Vigência - Títulos mínimo de 6 meses
de Capitalização Compra programada

Incentivo
60 dias

Filantropia premiável

Oferecidas por
Fiscalizada
entidades abertas
pela Susep
PGBL (permite de previdência renda por sobrevivência
dedução no IR)
complementar renda por invalidez
VGBL (não permite Pricipais planos
Previdência
(EAPC) pensão por morte
dedução)
Complementar
pecúlio por morte
Progressiva (sobe Aberta Tipos de benefício pecúlio por invalidez
conforme a renda)
Regressiva: alíquota Tributação de administração
cai conforme o tempo
de contribuição sobre a renda de carregamento
Taxas
de saída

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QUESTÕES DE CONCURSO
005. (CESGRANRIO/QUESTOES INÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/10º/SIMULADO/2020/
Q1316763) O termo dinheiro de plástico é muitas vezes utilizado em reportagens sobre for-
mas de pagamento e opções de crédito em geral. Dinheiro de plástico significa “cartão de cré-
dito” ou “cartão de débito” que são usados para pagar contas em vez de o dinheiro em espécie,
o papel moeda comum. Dinheiro de plástico é, portanto, devido aos cartões serem feitos de
plástico e terem se tornado a principal forma de pagamento em vários tipos de estabelecimen-
tos. Postos de gasolina, restaurantes, supermercados e compras pela internet lideram o grupo
de serviços e produtos em que a principal forma de pagamento é o cartão. O motivo para isto
é a comodidade, segurança e atrativos oferecidos pelo cartão.
Com relação ao assunto acima apresentado, assinale a alternativa correta.
a) Os cartões de crédito conhecidos como cartões de loja, ou private label, são aqueles emiti-
dos por lojas e que podem ser usados em qualquer estabelecimento credenciado pela bandei-
ra do cartão.
b) O cartão de crédito é um serviço de intermediação que permite ao consumidor adquirir bens
e serviços em estabelecimentos comerciais previamente credenciados sem a necessidade da
comprovação de sua condição de usuário.
c) Quando um usuário de cartão de crédito preferir não pagar o total de sua fatura, tanto as
instituições financeiras quanto as bandeiras podem financiar o saldo devedor restante.
d) Na sistemática observada no Brasil, o titular do cartão de crédito não paga encargos finan-
ceiros quando as compras de mercadorias e serviços são pagas integralmente na primeira
data de vencimento seguinte à compra.
e) Os cartões com valor armazenado, conhecidos como charge cards, podem ser utilizados para
pagamentos de serviços diversos e para compras, desde que haja limite de crédito disponível.

a) Errada. Como vimos, atualmente, é muito comum que as lojas de departamento (C&A, Rener
etc.) ofereçam cartões de crédito para seus clientes. No entanto, o erro da questão é dizer que
o private label pode ser utilizado nos estabelecimentos em geral. Na verdade, essa modalidade
é emitida apenas para utilização na própria loja.
O cartão que recentemente tem sido oferecido pelas lojas de departamento em parcerias com
bandeiras (Visa, Elo etc.) é o co-Branded. Esse, sim, por possuir bandeira, pode ser utilizado em
outros estabelecimentos para além da própria loja.
b) Errada. Uma vez que é necessária a comprovação de usuário do cartão. Não à toa se utiliza
senhas e/ou assinatura do usuário.
c) Errada. Não é a bandeira (Visa, Elo etc.) que financia o saldo devedor. O financiamento é
feito por instituições financeiras.

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d) Certa. A compra no cartão de crédito sem parcelamento não comporta encargos financeiros.
e) Errada. Não há que se falar em limite de crédito, pois os cartões com valor armazenado pos-
suem determinado valor disponível para que seja gasto. Ou seja, só pode ser utilizado o valor
constante previamente no cartão. Exemplos são: vale alimentação e vale refeição.
Letra d.

006. (FADESP/BANPARÁ/TÉCNICO BANCÁRIO/2018/Q1060238) Considerado um serviço


de intermediação que permite ao consumidor adquirir bens e serviços em estabelecimentos
comerciais previamente credenciados, mediante a comprovação de sua condição de usuário.
Essas características referem-se ao
a) Crédito Rotativo.
b) Crédito Direto ao Consumidor.
c) empréstimo em consignação.
d) Mobile Bank.
e) Cartão de Crédito.

A questão apresenta uma definição adequada para cartão de crédito.


Letra e.

007. (CESGRANRIO/QUESTOES INÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/1ºSIMULADO/2020/


Q1240359) Cartão de crédito é uma forma de pagamento eletrônico. É um cartão de plástico
que pode conter ou não um chip e apresenta na frente o nome do portador, número do cartão
e data de validade, e, no verso, um campo para assinatura do cliente, o número de segurança
e a tarja magnética, que pode ser usado como meio de pagamento para comprar um bem ou
contratar um serviço.
Com relação às tarifas que podem ser cobradas pela administradora de cartão de crédito, as-
sinale a alternativa correta.
a) Elevação do limite de crédito, por iniciativa da administradora do cartão de crédito.
b) Envio de mensagem automática de ofertas e do lançamento de novos produtos que possam
ser adquiridos com o cartão de crédito.
c) Uso do cartão para saque em espécie na conta cartão, fazendo uso do limite de crédito de-
finido pela administradora do cartão de crédito.
d) Envio pelos Correios de demonstrativos e/ou faturas mensais de cartão de crédito.
e) Emissão de segunda via do cartão, quando do vencimento da data de validade do cartão
de crédito.

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Veja como esse assunto cai em prova. Novamente, as 5 tarifas previstas na resolução 3.919 do
CMN que podem ser cobradas dos usuários de cartão de crédito são as seguintes:
• 1. anuidade;
• 2. para emissão de 2ª via do cartão;
• 3. para retirada em espécie na função saque;
• 4. no uso do cartão para pagamento de contas; e
• 5. no caso de pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.
Letra c.

008. (CESGRANRIO/QUESTÕES INÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/8ºSIMULADO/2020/


Q1286264) O cartão de crédito é uma forma de pagamento eletrônico. É um cartão de plástico
que pode conter ou não um chip e apresenta na frente o nome do portador, número do cartão e
data de validade (pelo menos) e, no verso, um campo para assinatura do cliente, o número de
segurança (CVV) e a tarja magnética (geralmente preta). O cartão de crédito foi criado para fa-
cilitar as compras e reduzir a quantidade de dinheiro “vivo” em circulação. Ele caiu rapidamente
no gosto dos brasileiros. Toda conta de cartão de crédito possui um limite de compras definido
pelo banco emissor. As compras efetuadas reduzem o limite disponível até que, quando insu-
ficiente, novas compras são negadas. O pagamento da fatura libera o limite para ser utilizado
novamente.
Sobre cartões de crédito, analise:
I – Permitem compatibilizar as necessidades de consumo dos titulares às suas disponibili-
dades de caixa, à medida em que a data de vencimento da fatura coincida com o crédito dos
seus salários.
II – A empresa emitente do cartão, de acordo com o contrato firmado com o consumidor, fica
responsável pelo pagamento das aquisições feitas por ele com o uso do cartão, até o valor-li-
mite combinado.
III – Conforme as novas regras do conselho monetário nacional, os cartões de crédito básicos
podem ser tanto nacionais quanto internacionais.
IV – Quando o usuário do cartão de crédito opta por pagar parcialmente a fatura mensal, as
instituições financeiras são as únicas que podem conceder financiamento para a quitação do
débito restante junto à empresa administradora.
É correto o que consta em
I, apenas.
II, apenas.
III, apenas.
I, II, III e IV.
II – e III, apenas.

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Todas as alternativas estão corretas, não havendo nenhum reparo a ser feito. É o tipo de ques-
tão bem útil para revisarmos o conteúdo que estudamos em aula.
Letra d.

009. (CESGRANRIO/QUESTÕES INÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/15ºSIMULADO/2020/


Q1328190) Usado frequentemente para estimular uma compra rápida, é uma modalidade de
financiamento e empréstimo muito comum nos bancos, lojas e instituições de crédito. O mo-
delo disponibiliza um valor em crédito ao consumidor. A quantia varia com o caso, alguns fato-
res podem influenciar na hora de obter ou não, como por exemplo:
• renda e tempo de trabalho;
• finalidade do crédito;
• histórico, capacidade e situação financeira; e
• quantidade e valor de bens em nome próprio.

Nele, é possível antecipar as prestações do financiamento a qualquer momento, conseguindo


descontos nos juros que a longo prazo chegam a taxas elevadas. Cada parcela da prestação é
composta por uma fração do valor financiado e outra em taxas. O Banco Central é responsável
por fiscalizar as instituições que oferecem os empréstimos e financiamento.
(https://www.sunoresearch.com.br/artigos/credito-diretoconsumidor/)

O produto financeiro com as características anteriormente apresentadas é o


a) Crédito Rural
b) Crédito Rotativo
c) Crédito Direto ao Consumidor
d) Open Banking
e) PIX – Pagamentos instantâneos

O enunciado da questão define o Crédito Direto ao Consumidor (CDC), que se trata de uma
modalidade de crédito destinado a consumidores, seja PF ou PJ, com a finalidade de aquisição
de bens e serviços, com pagamento parcelado. É muito comum nos bancos, financeiras (que a
questão chama de instituições de crédito) e lojas, sobretudo as de departamentos.
Letra c.

010. (CESPE/BASA/TÉCNICO BANCÁRIO NOVO/2009/Q693280) O crédito direto ao consu-


midor é uma modalidade destinada exclusivamente à compra de bens imóveis comerciais e
residenciais, e seus principais clientes são as pessoas físicas.

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O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é uma modalidade de crédito destinado a consumido-


res, seja Pessoa Física ou Pessoa Jurídica, com a finalidade de aquisição de bens móveis e
serviços, com pagamento parcelado. É frequentemente utilizado para o parcelamento de com-
pras de eletrodomésticos, por exemplo.
Portanto, ao contrário do que a questão diz, o CDC não é destinado a compras de imóveis. Para
isso, têm-se o crédito imobiliário.
Errado.

011. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2015/Q1198118) Uma das medidas adotadas para


mitigar os efeitos da crise financeira de 2008 foi a ampliação do acesso ao crédito, aumentan-
do, com isso, ainda mais, o papel dos bancos no desenvolvimento do país.
O Crédito Direto ao Consumidor (CDC)
a) é um empréstimo pessoal de operação não vinculada à aquisição de bens ou serviços.
b) exclui as compras no cartão de crédito.
c) é um crédito concedido através de bancos e instituições financeiras para aquisição de bens.
d) é um empréstimo descontado diretamente na folha de pagamento.
e) possui um prazo mínimo de 2 anos para o vencimento.

a) Errada. Em tese, o CDC é um crédito vinculado à aquisição de bens e serviços.


b) Errada. Uma vez que as compras de cartão de crédito também podem ocorrer via CDC.
c) Certa. Apresentando uma definição correta de CDC.
d) Errada. Trata do empréstimo consignado.
e) Errada. Não existe essa determinação.
Letra c.

012. (CESPE/BASA/TÉCNICO BANCÁRIO/2012/Q508877) Na operação de crédito direto ao


consumidor entre uma financeira e seus clientes, o bem adquirido serve como garantia da ope-
ração, quando possível, ficando vinculado à financeira pela alienação fiduciária. Trata-se de um
contrato sem amortização obrigatória, no qual a posse direta do bem permanece com o cliente.

O início da questão está correto, uma vez que a alienação fiduciária pode ocorrer, situação na
qual o próprio bem adquirido serve de garantia do Crédito Direto ao Consumidor. Nesse caso,
o bem é de propriedade da instituição que o financiou, tendo o cliente apenas o direito de uso
dele, enquanto paga as parcelas.

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No entanto, o erro da assertiva está em dizer que é um contrato “sem amortização obrigatória”.
Nada disso! O cliente possui a obrigação de amortizar a dívida, isto, é de pagar as prestações.
Nada mais lógico, não é mesmo?
Errado.

013. (CESGRANRIO/QUESTÕES INÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/2ºSIMULADO/2020/


Q1246824) Para apoiar você em eventuais necessidades financeiras durante este período de
impacto econômico em virtude da COVID-19, disponibilizamos linhas de Crédito Direto ao Con-
sumidor – CDC, com carências diferenciadas para o pagamento: BB Crédito Salário: carência
mínima de 60 dias e máxima de até 180 dias para pagar a primeira parcela e pula parcela para
até 2 meses; BB Crédito Automático: carência de 60 dias para pagar a primeira parcela, e pula
parcela para até 2 meses; e BB Crédito Consignado: carência de até 180 dias para pagar a pri-
meira parcela, conforme condições de cada convênio. As renovações de operações já contra-
tadas poderão ter os mesmos prazos de carência e, também, de pula parcela.
(https://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/voce/produtos-e-servicos/emprestimo/emprestimo-pessoal#/)

Com relação ao CDC – Crédito Direto ao Consumidor, aponte a alternativa correta.


a) É uma excelente modalidade de financiamento destinada ao financiamento de imó-
veis urbanos.
b) É formalizado na modalidade de crédito rotativo, sem a obrigação de amortização periódica,
podendo o devedor efetuar o pagamento da dívida do jeito que ele puder e no prazo que ele
considerar, pagando os juros contratados mensalmente.
c) É uma modalidade de financiamento destinada à aquisição de bens e serviços cujo benefi-
ciário é o consumidor ou usuário final.
d) Somente as cooperativas de crédito podem conceder esse tipo de financiamento.
e) Caracteriza-se pela não incidência de IOF nos contratos com pessoa física que seja pro-
dutor rural.

a) Errada. O CDC não é utilizado para o financiamento de imóveis. Pelo contrário, é uma moda-
lidade de crédito destinada a aquisição de bens móveis, além de serviços.
b) Errada. Dispensa comentários. Não é mesmo? De jeito nenhum! O CDC possui um prazo
estipulado para pagamento e, é claro, que conforme as parcelas vão sendo pagas, a dívida é
amortizada. Alternativa incorreta.
c) Certa. Define corretamente o CDC e é o gabarito.
d) Errada. As instituições que oferecem CDC são as financeiras (sociedades de crédito, finan-
ciamento e investimento) e os bancos múltiplos com carteira de crédito, financiamento e in-
vestimento.
e) Errada. Não há tal isenção de IOF.
Letra c.

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014. (FGV/BESC/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2004/Q129366) É uma operação de cré-


dito direto ao consumidor, com interveniência do vendedor, usado por lojas de bens de consu-
mo duráveis ou não:
a) CDC
b) CDCi
c) CDI
d) crédito pessoal
e) contrato de mútuo

O enunciado da questão refere-se ao CDC-interveniente (CDC-i), que é a forma pela qual muitas
empresas comerciais vendem seus produtos a prazo. Elas procuram uma instituição financeira
que tenham interesse em financiar os produtos para seus clientes. A loja (chamada de interve-
niente) negocia as condições de pagamento (prazos, quantidades de parcelas etc.) e garante
o pagamento das parcelas junto ao banco ou financeira.
Letra b.

015. (FCC/QUESTÕES INÉDITAS/BANRISUL/ESCRITURÁRIO/1ºSIMULADO/2019/


Q1456792) O crédito rural foi institucionalizado pela Lei n. 4.829/1965, que o considera como
suprimento de recursos financeiros por entidades públicas e estabelecimentos de crédito par-
ticulares e produtores rurais ou suas cooperativas para aplicação exclusiva em atividades que
se enquadrem nos objetivos indicados na legislação em vigor. Com relação aos aspectos rela-
cionados ao crédito rural, julgue os itens seguinte
a) Entre as despesas a que está sujeito o tomador do crédito rural, estão incluídas a remune-
ração financeira.
b) Entende-se por crédito de custeio os valores destinados a cobrir despesas normais de um
ou mais períodos da produção agrícola.
c) Um dos objetivos específicos do crédito rural é incentivar a introdução de métodos irracio-
nais de produção visando ao aumento da produtividade, à melhoria do padrão de vida das
populações rurais e à adequada defesa do solo.
d) Por ferir o princípio da isonomia, é vedada a prática de subsídio à produção agropecuária.
e) É objetivo do crédito rural estimular o incremento ordenado dos investimentos rurais, in-
clusive para armazenamento, beneficiamento e industrialização dos produtos agropecuários,
quando efetuados por sindicatos ou pelo produtor na sua propriedade rural.

a) Certa. O tomador de recursos por meio do crédito rural arca com encargos financeiros (juros
e outras taxas), como é característica de qualquer operação de crédito.

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b) Errada. Mistura a definição de crédito de custeio e crédito de investimento. O crédito de


custeio destina-se a cobrir despesas normais de produção agrícola ou pecuária de determina-
do ciclo produtivo. Enquanto o crédito de investimento destina-se a investimentos em bens e
serviços, cujos desfrutes se realizem no curso de vários períodos;
c) Errada. Um dos objetivos específicos do crédito rural é incentivar a introdução de métodos
racionais.
d) Errada. Uma vez que o crédito rural pode (e, geralmente é) ser subsidiado.
e) Errada. Vamos torná-la correta?
É objetivo do crédito rural estimular o incremento ordenado dos investimentos rurais, inclusive
para armazenamento, beneficiamento e industrialização dos produtos agropecuários, quando
efetuados por sindicatos cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural.
Letra a.

016. (CESGRANRIO/QUESTÕES INÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/5ºSIMULADO/2020/


Q1275261) O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou que produtores e coopera-
tivas afetados pela seca renegociem operações de crédito de custeio e investimentos. A
decisão foi publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (15/5),
com a assinatura do presidente do Banco Central. Conforme a publicação, o refinancia-
mento será feito utilizando a fonte original de recursos, no caso das operações ou parcelas
de crédito rural de custeio e de investimento contratadas, e terá equalização de encargos
financeiros pelo Tesouro Nacional no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf) ou ao amparo de recursos do Banco Nacional de Desenvolvi-
mento Econômico e Social (BNDES).
https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2020/05/conselho-monetario-nacional-permite-
-refinanciamento-de-dividas-produtores-afetados-pela-seca.html, consulta em 24.05.2020

Com relação à decisão do CMN, de 15.05.20, pode-se afirmar que a modalidade de crédito rural
denominada
a) custeio assegura aos produtores e cooperativas rurais recursos destinados a financiar o
abastecimento doméstico e o armazenamento dos estoques excedentes em períodos de que-
da dos preços.
b) investimento financia as despesas necessárias à fase seguinte à colheita da produ-
ção própria.
c) comercialização destina-se à cobertura das despesas do dia a dia da produção das ativida-
des agrícolas e pecuárias.
d) custeio destina-se a cobrir despesas habituais dos ciclos produtivos, da compra de insumos
do plantio à fase de colheita.
e) custeio ou investimento permitem o acesso aos recursos, sem que seja necessário que o
proponente comprove a sua condição de produtor rural.

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Produtos e Serviços Financeiros – Parte I
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a/b) Erradas. Falam em “armazenamento de estoques” e “fase seguinte à colheita”, ou seja,


referem-se ao período pós-produção e, portanto, ao crédito para comercialização.
c) Errada. Refere-se ao crédito de custeio. Atente-se para o termo “despesas do dia a dia”.
d) Certa. Como vimos, “despesas habituais” ou do “dia a dia” dizem respeito ao crédito
de custeio.
e) Errada. Independente da modalidade, o crédito rural é destinado a produtor rural e cooperativas
de produtores rurais, sendo necessária a comprovação de tal condição.
Letra d.

017. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2007/Q193575) As fontes de recursos para o crédito rural,


conforme sua origem, podem ser classificadas em três grupos: recursos controlados (taxas
controladas pelo governo), recursos não controlados (taxas livres) e fundos especiais (taxas
subsidiadas equalizadas por fundos multilaterais, em especial, dos exportadores para os EUA.

As fontes de recursos do crédito rural podem ser classificadas em dois grupos: controlados
(taxas controladas pelo governo) e não controlados (taxas livres).
Errado.

018. (CESPR/BB/CERTIFICAÇÃO INTERNA/2009/Q379010) Determinado sindicato rural


apresentou proposta de financiamento a uma agência do BB, em nome do próprio sindicato,
para a construção e a instalação de dois silos, tendo em vista recebimento e armazenamento
dos grãos produzidos pelos seus sindicalizados, todos produtores familiares.
Considerando essa situação hipotética bem como as normas do crédito rural e as instruções
vigentes do BB acerca do assunto, assinale a opção correta.
a) Trata-se de uma operação de investimento que deve ser atendida com recursos do BN-
DES/FINAME.
b) É possível atender a essa demanda por meio do programa BB Armazenagem.
c) A referida proposta deve ser enquadrada no crédito agroindustrial.
d) A proposta deve ser indeferida, visto que esse cliente não é beneficiário de crédito rural.
e) A proposta do sindicato deve ser enquadrada no PRONAF Agroindústria.

A única alternativa correta é a letra D, visto que o sindicato em nome próprio não é beneficiário
do crédito rural. São beneficiários: produtores rurais e suas cooperativas.
Errado.

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Produtos e Serviços Financeiros – Parte I
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019. (CESGRANRIO/CEF/TÉCNICO BANCÁRIO NOVO/2012/Q512547) As Sociedades de


Capitalização são entidades constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam
contratos, denominados títulos de capitalização.
Esses títulos têm por objeto a(o)
a) aquisição de ações de empresas privadas, para investimento em longo prazo, com opção de
realizar a venda dessas ações a qualquer tempo.
b) compra parcelada de um bem em que um grupo de participantes, organizados por uma em-
presa administradora, rateia o valor do bem desejado pelos meses de parcelamento.
c) compra de títulos públicos ou privados, mediante depósitos mensais em dinheiro, que serão
capitalizados a uma determinada taxa de juros até o final do contrato.
d) investimento em títulos públicos do governo federal, no qual o investidor poderá optar pelo
resgate do Fundo de Garantia (FGTS) ou pelo pagamento em dinheiro.
e) depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá o direito de resga-
tar parte dos valores corrigidos e de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro.

A única alternativa que apresenta uma correta definição para títulos de capitalização é a al-
ternativa E.
Letra e.

020. (CESPE/BASA/TÉCNICO BANCÁRIO NOVO/2009/Q693285) Os títulos de capitaliza-


ção são adequados para os recursos de curtíssimo prazo, considerando a alta liquidez, sen-
do vedada a distribuição de prêmios aos detentores desses títulos por meio da realização
de sorteios.

A elevada liquidez não é característica dos títulos de capitalização. Não é um recurso que está
sempre disponível para que você faça o saque, como é caso da poupança, por exemplo. Além
disso, a questão erra ao dizer que é vedada (proibida) a realização de sorteios. Pelo contrário,
a maioria dos títulos de capitalização fazem sorteio de prêmios, sendo o maior atrativo des-
ses produtos.
Errado.

021. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2007/Q191426) Com relação aos títulos de capitalização,


não há obrigação prevista em lei para que o resgate seja igual ao montante pago, podendo ser,
portanto, inferior.

Exatamente! Os valores pagos pelo subscritor (cliente) do título de capitalização são divididos
em 3 partes:

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• Cota de capitalização: a parte que forma um capital que retornará ao subscritor, atuali-
zado monetariamente e acrescido de determinada rentabilidade;
• Cota de sorteio: destinada a cobrir os gastos com sorteio de prêmios, previstos nas
condições gerais do título;
• Cota de carregamento: a parte que fica para cobrir as despesas administrativas da insti-
tuição que comercializa os títulos (sociedades de capitalização)
Considerando que somente uma parte do valor aplicado retornará ao subscritor, é possível que
o valor de resgate seja inferior ao valor pago, mesmo considerando os juros recebidos (que,
geralmente, são baixos).
Certo.

022. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011/Q1055101) O prazo de pagamento de um título de


capitalização não necessariamente coincide com o seu prazo de vigência, que é o período no
qual o título está em vigor, dando direito aos sorteios existentes.

Prazo de pagamento: é o período durante o qual o subscritor fica comprometido a realizar os


pagamentos.
Prazo de vigência: é o tempo no qual o Título de Capitalização será administrado pela Socie-
dade de Capitalização. Nesse período o capital investido pelo subscritor será atualizado mo-
netariamente, pela TR, bem como estará sujeito a rentabilidade de acordo com a taxa de juros
expressa nas Condições Gerais do título.
Segundo a legislação, o prazo de vigência deve ser igual ou maior que o prazo de pagamento.
Certo.

023. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2007/Q165490) O prazo de vigência de um título de ca-


pitalização é o período durante o qual o título está sendo administrado pela sociedade de
capitalização. O capital relativo ao título é atualizado monetariamente pela taxa convênio de
pagamentos e créditos recíprocos (CCR) e capitalizado pela taxa de juros informada nas con-
dições gerais.

Como vimos na questão anterior, o capital aplicado em Títulos de capitalização será atualizado mo-
netariamente pela TR e capitalizado pela taxa de juros informada nas Condições Gerais do título.
Errado.

024. (CESGRANRIO/QUESTÕES INÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/6ºSIMULADO/2020/


Q1277945) Planejar suas realizações futuras é muito mais fácil com nossos títulos de capita-
lização. Assim, você tem mais tranquilidade para realizar aquela viagem, para dar a sonhada
festa de formatura ou iniciar o seu próprio negócio. Você junta um pouquinho todo mês ou se

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preferir, pode optar por um título com pagamento único. Comece agora a fazer seus novos
planos e conte com a sorte para concorrer a vários prêmios.
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A respeito do produto aqui apresentado, julgue as afirmativas a seguir.


I – Para os títulos de capitalização, prazo de vigência e prazo de pagamento são a mesma coisa.
II – Do valor aplicado pelo investidor em títulos de capitalização, a sociedade de capitalização
pode separar um percentual para a poupança, outro para o sorteio e um terceiro para cobrir
suas despesas.
III – Com relação aos títulos de capitalização, o resgate será sempre igual ou superior ao mon-
tante pago, conforme previsão legal.
IV – Os títulos de capitalização devem ser remunerados segundo os mesmos critérios de re-
muneração da caderneta de poupança.
V – Os rendimentos de títulos de capitalização das pessoas físicas são isentos do impos-
to de renda.
Pode-se afirmar que:
a) somente II está correta.
b) somente II e V estão corretas.
c) todas estão corretas.
d) somente IV e V estão corretas.
e) estão corretas todas as afirmativas.

Essa questão é interessante por nos permitir uma boa revisão de características dos títulos de
capitalização. Vamos lá!
I. Incorreto. O prazo de vigência é o tempo no qual o título de capitalização será administrado
pela Sociedade de Capitalização, enquanto prazo de pagamento é o período durante o qual o
subscritor fica comprometido a realizar os pagamentos. Portanto, não são a mesma coisa.
II. Correto. O valor dos pagamentos realizados é dividido em três partes: cota de investimento,
cota de sorteio e cota de carregamento.
III. Incorreto. Uma vez que o montante de resgate pode ser inferior ao valor pago, já que parte
dos pagamentos é utilizada para os sorteios e os custos de administração.
IV. Incorreto. A remuneração dos títulos de capitalização é expressa nas Condições Gerais
de cada um, sendo, geralmente, inferior à poupança na verdade. A legislação estabelece ape-
nas que rendimento do título de capitalização deve ser de, no mínimo, 20% da taxa de juros
da poupança.
V. Incorreto. Não existe tal isenção para títulos de capitalização.
Portanto, somente o item II está correto.
Letra a.

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025. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2007/Q165503) O BB trabalha com intermediações em di-


versas áreas, tais como sistema de seguros privados, previdência complementar, administra-
ção de cartões de crédito e títulos de capitalização, entre outros. Acerca dessas atividades do
BB, julgue o item subsequente.
Não é permitido que uma pessoa adquira um título de capitalização para outra pessoa, a não
ser por meio de regular instrumento de procuração.

Sim! É permitido que se adquira um título de capitalização para outra pessoa, bastante indicá-
-la como titular, a qual terá o direito de resgatar o valor e concorrer aos sorteios.
Errado.

026. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2007/Q268754) A distinção entre os grupos de previdên-


cia privada aberta e fechada reside na obrigatoriedade, no caso das entidades fechadas, de
vínculo empregatício entre participante e empresa patrocinadora do fundo.

Exatamente! Como vimos, os planos de previdência complementar fechada, populares fundos


de pensão, são constituídos por empresas privadas ou entes públicos e oferecidos exclusiva-
mente para os funcionários de tais entidades.
Certo.

027. (FADESP/BANPARÁ/TÉCNICO BANCÁRIO/2018/Q1060229) A previdência comple-


mentar proporciona um seguro previdenciário adicional ao trabalhador ou seu beneficiário,
conforme a necessidade e vontade. Sobre isso, é correto afirmar que
a) existem três modelos de previdência privada no Brasil: a previdência aberta, a previdência
fechada e a previdência privada mista, que envolve características da aberta e da fechada si-
multaneamente.
b) os planos, no modelo de previdência privada aberta, são oferecidos por bancos, entidades
ou seguradoras, sendo fiscalizados pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e pela
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC).
c) as entidades de previdência fechada funcionam como empresas administradoras da previ-
dência, lucrando com esta atividade, ao cobrar taxas pelos serviços prestados.
d) o modelo de previdência privada mista é administrado por empresas e bancos e dele podem
fazer parte funcionários de uma única empresa ou funcionários de empresas diferentes.
e) as entidades de previdência fechada, também chamadas de fundo de pensão, oferecem
planos criados por empresas e voltados exclusivamente aos seus funcionários, não podendo
ser oferecidos para quem não é funcionário daquela empresa.

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a) Errada. Existem dois modelos de previdência privada no Brasil: aberta e fechada.


b) Errada. Os planos de previdência privada aberta são fiscalizados pelo Susep. Lembre-se do
nosso esquema:

c) Errada. As entidades de previdência fechada (os fundos de pensão) são entidades sem fins
lucrativos.
d) Errada. Uma vez que não existe tal modelo de previdência privada mista.
e) Certa. Define corretamente os fundos de pensão.
Letra e.

028. (CESGRANRIO/QUESTÕES INÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/8ºSIMULADO/2020/


Q1286270) A sigla PGBL significa Programa Gerador de Benefício Livre. Essa é uma das prin-
cipais formas de investimento em previdência privada hoje no Brasil. Quem faz a declaração
de Imposto de Renda completa poderá abater as parcelas pagas pela contratação de um PGBL,
em cima da base de cálculo do IR, do total da renda bruta tributável (salários, aluguéis, pen-
sões etc.).
Supondo que uma pessoa com renda bruta anual de R$ 200.000,00 e deduções legais de R$
50.000,00 tenha, nesse mesmo exercício fiscal, contribuído com R$ 30.000,00 para um Plano
Gerador de Benefícios Livre (PGBL), sua base de cálculo do imposto de renda (IR) seria de
a) R$ 30.000,00.
b) R$ 120.000,00.
c) R$ 126.000,00.
d) R$ 200.000,00.
e) R$ 150.000,00.

A base de cálculo do imposto de renda é o valor que sobra da renda bruta após o total de dedu-
ções permitidas. Lembre-se que é permitido deduzir os valores pagos ao PGBL no imposto de
renda. No entanto, até o limite de 12% da renda bruta.
A questão dá o exemplo de renda bruta de R$ 200.000 por ano.
12% de R$ 200.000 = R$ 24.000. Esse é o limite do valor pago ao PGBL que será permitido dedu-
zir do imposto de renda, mesmo que a pessoa do nosso exemplo tenha contribuído com mais.
Portanto, a base de cálculo será:
200.000 – 24.000 – 50.000 (as demais deduções legais apresentadas na questão) = 126.000
Letra c.

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029. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2008/Q263832) As entidades abertas de previdência pri-


vada são constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo
instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda
continuada ou pagamento único, sendo acessíveis a qualquer pessoa física.

É exatamente isso! As entidades abertas de previdência privada são Sociedades anônimas


(S.A) e que podem oferecem planos de previdência a qualquer pessoa interessada.
Certo.

030. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2003/Q125888) As entidades abertas de previdência com-


plementar, constituídas sob qualquer forma de sociedade comercial aceita pela legislação
brasileira, têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário
concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pes-
soas físicas.

As entidades abertas de previdência complementar só podem ser constituídas sob a forma de


S.A. É o que prevê a Lei Complementar n. 109/2001:

Art. 36. As entidades abertas são constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas
e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em
forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas.
Errado.

031. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2007/Q192099) É possível a portabilidade entre planos do


tipo VGBL e os do tipo PGBL.

Vamos revisar as restrições para a portabilidade entre os planos:


Só é possível fazer portabilidade de um plano PGBL para outro PGBL. Assim como de um VGBL
para outro VGBL.
Deve ser mantido o tipo de tabela de tributação, também. Ou seja, só é possível a portabilidade
de um plano de tabela progressiva para outro de tabela progressiva, por exemplo.
Errado.

032. (CESGRANRIO/QUESTÕES INÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/9ºSIMULADO/2020/


Q1315794) A poupança nada mais é do que uma conta bancária com funções limitadas, com
um limite de transações por mês e, que em troca, oferece ao cliente um pequeno rendimento
mensal. Ao abrir sua conta em um banco, é como se você estivesse emprestando dinheiro

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para aquela instituição financeira, que, por sua vez, vai remunerar o cliente por esse emprésti-
mo - são os famosos juros da poupança. É importante não confundir a caderneta com o ato de
poupar. Ou seja, fazer uma poupança é um passo importante para juntar dinheiro, concretizar
metas e investir para aumentar o patrimônio. O que não é recomendável, contudo, é usar a ca-
derneta como aplicação financeira, pois há opções muito mais rentáveis e igualmente seguras
no mercado.
https://blog.rico.com.vc/rendimento-da-poupanca

Por falar em rentabilidade da poupança, tendo em conta que, na mais recente reunião do Co-
pom, encerrada em 17.06, foi definida a Taxa Selic Meta de 2,25% a.a., pode-se afirmar que
quem efetuar algum depósito na caderneta de poupança em 22.06 receberá, em 22.07, rendi-
mentos correspondentes a
a) 70% de 2,25% a.a., mensalizada, mais a TR.
b) 130% de 2,25% a.a., mensalizada, mais a TR.
c) 2,25% a.a., mensalizada.
d) 70% de 2,25% a.a., mensalizada.
e) 130% de 2,25, mensalizada.

A regra atual da poupança, aplicada quando a SELIC for igual ou menor que 8,5% ao ano, esta-
belece que a rentabilidade seja a seguinte: 70% da SELIC + a TR. Lembrando, também, que a
rentabilidade da poupança é mensal (mensalizada).
Segue a tabela das regras da poupança, apenas para revisar:
REGRA ANTIGA REGRA NOVA

SELIC maior que


Rentabilidade da regra antiga
8,5% a.a
0,5% a.m + TR
SELIC igual ou me-
70% da SELIC + a TR
nor que 8,5% a.a
Letra a.

033. (CESPE/BNB/ANALISTA BANCÁRIO I/2018/Q1023347) Um capital aplicado em título


de capitalização produzirá montante inferior ao gerado pela aplicação do mesmo capital, pelo
mesmo período, em caderneta de poupança, visto que, nos títulos de capitalização, os custos
relativos a premiações, no caso de haver sorteios, e as despesas administrativas do emissor
são descontados dos pagamentos efetuados no título.

A rentabilidade dos títulos de capitalização é expressa nas Condições Gerais de cada um. A
legislação estabelece apenas que o rendimento do título de capitalização deve ser de, no mínimo,
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20% da taxa de juros da poupança + a TR. Além disso, o rendimento incide somente em uma
parte do valor pago (aquela que forma o capital), visto que existe a cota que vai para os sor-
teios e a cota para custos administrativos. Tudo isso faz com que os títulos de capitalização,
na prática, possuam rentabilidade inferior à poupança.
Certo.

034. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/ATUÁRIA/2016/Q817851) A remuneração adicional


dos depósitos de poupança varia com base na meta fixada para a SELIC, que corresponde à
taxa média ajustada das operações de redesconto realizadas junto ao BCB.

A remuneração da poupança se dá da seguinte forma:


Remuneração básica = TR (atualização monetária)
+
Remuneração adicional = taxa de juros, que é de 0,5% ao mês se a SELIC estiver maior que 8.5%
ao ano ou 70% da SELIC se ela for igual ou menor que 8,5% ao ano.
Errado.

035. (CESPE/BASA/TÉCNICO CIENTÍFICO/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2012/Q505926) Ape-


sar das recentes modificações na poupança, nada se alterou para os depósitos anteriores
(feitos até 3 de maio de 2012). Nesse caso, a poupança continua rendendo 0,5% ao mês, mais
a variação da taxa referencial de longo prazo (TRLP).

O erro da questão está na taxa utilizada para a atualização monetária. Não é TRLP, mas sim TR.
Errado.

036. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2003/Q125476) Os bancos não podem cobrar pela manu-


tenção de conta de poupança.

Segundo o artigo 1º da Resolução 2303 do Bacen, a conta está isenta de tarifa de manutenção.
No entanto, tal isenção não se aplica no caso de contas:
• cujo saldo seja igual ou inferior a R$20,00 (vinte reais); e
• que não apresentem registros de depósitos ou saques, pelo período de seis meses.
Errado.

037. (CESPE/BANESE/TRAINEE/2002/Q130831). Há alguns anos, foi criado no Brasil, como


mecanismo de garantia aos clientes de instituições financeiras, o Fundo Garantidor de Créditos
(FGC). Esse mecanismo não garante, todavia, aplicações, investimentos e depósitos de forma

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ilimitada, nem todos os tipos de créditos que um cliente possua junto a uma instituição do
sistema financeiro. Os créditos garantidos pelo FGC, junto a uma instituição bancária, incluem
depósitos em caderneta de poupança.

Os depósitos em caderneta de poupança são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito


(FGC) até 250.000 reais por CPF/CNPJ.
Certo.

038. (CESPE/BNB/ANALISTA BANCÁRIO I/2018/Q1023346) Um valor que for depositado


em conta de poupança no dia 10 de outubro e sacado no dia 9 de novembro do mesmo ano
será remunerado à taxa de juros de 0,5% ao mês mais a taxa referencial, caso a meta da taxa
SELIC seja superior a 8,5% ao ano.

A data de aniversário seria 10 de novembro.


Errado.

039. (CESGRANRIO/QUESTÕES INÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/10ºSIMULADO/2020/


Q1316754/ADAPTADA) Considere que, no dia 16 de junho, uma pessoa física tenha deposi-
tado R$ 4.000,00 numa caderneta de poupança no Banco do Brasil e que, no dia 26 de junho,
tenha sacado R$ 1.500,00.
Está correto afirmar que
a) o cliente receberá rendimentos proporcionais relativos ao depósito inicial de R$ 4.000,00.
b) o Banco do Brasil remunerará, em 16 de julho, o saldo remanescente de R$ 2.500,00.
c) está incorreta a afirmação dando conta do saque em 26 de junho, visto que a caderneta de
poupança não admite saques antes do primeiro aniversário da aplicação inicial.
d) como o cliente fez saque antes da data do aniversário, não receberá rendimento algum em
16 de julho.
e) o cliente receberá rendimentos em 16 de julho que estarão sujeitos à tributação do Impos-
to de Renda.

Sabemos que a remuneração da poupança se dá na data de aniversário, que no caso do exem-


plo citado seria dia 16 de julho (30 dias após a aplicação). Portanto, os recursos retirados antes
desse prazo não apresentam rendimentos. Tais rendimentos serão aplicados apenas ao saldo
que ficou até a data de aniversário, ou seja, 2500 reais. Assim, a única alternativa correta é a B.
Letra b.

040. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011/Q1055089) Embora todos os bancos possam co-


brar tarifas sobre as contas de poupança, os correntistas dessas contas terão direito, em qual-
quer banco e sem custo algum, a extratos ilimitados nos terminais de autoatendimento.

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Os bancos devem oferecer, pelo menos, 2 extratos gratuitos por mês. A partir desse número
podem cobrar tarifas para emissão de tal documento.
Errado.

041. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2008/Q263838) O dinheiro depositado em caderneta


de poupança somente poderá ser sacado depois de transcorrido prazo fixado por ocasião
do depósito.

O saldo depositado em caderneta de poupança pode ser sacado a qualquer momento (liquidez
diária). O que ocorre é a perda da rentabilidade, caso o saque se dê antes da data do aniversá-
rio da aplicação (30 dias).
Errado.

042. (VUNESP/FITO/ANALISTA DE GESTÃO I/ÁREA FINANÇAS/2020/Q1300109) Assinale


a alternativa correta sobre o Certificado de Depósitos Bancários (CDB).
a) É uma obrigação de pagamento passada de um capital aplicado em depósito a prazo fixo
em instituições financeiras.
b) Não incide Imposto de Renda sobre os rendimentos produzidos pelo CDB.
c) Não pode ser negociado antes do vencimento
d) Se for prefixado, é informado ao investidor, no momento da aplicação, quanto irá pagar em
seu vencimento.
e) Trata-se de um título de alto risco, visto que está vinculado à solvência da instituição
financeira.

a) Errada. O CDB é um título de renda fixa, que pode ser adquirido por pessoas físicas ou ju-
rídicas, emitido por bancos comerciais, bancos de investimento ou bancos múltiplos. Grosso
modo, é como se o investidor fizesse um empréstimo para a instituição, que, por sua vez, de-
volverá o capital acrescido de rendimentos. É, portanto, uma obrigação de pagamento futura
por parte da instituição financeira.
b) Errada. Os rendimentos provenientes do CDB não são isentos de IR.
c) Errada. Pode ser negociado livremente antes do vencimento. Essa é uma das diferenças em
relação ao RDB (Recibo de Depósito Bancário), o qual é inegociável e intransferível.
d) Certa. A rentabilidade do CDB pode ser de duas formas:
Pré-fixada: é uma remuneração fixa. (por exemplo, 6% ao ano).

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Pós-fixada: a rentabilidade é baseada em algum índice de referência. Esse é o tipo mais co-
mum de CDB. O índice de referência comumente utilizado é o CDI (uma taxa bem próxima da
taxa básica da economia, a Selic).
e) Errada. É um investimento de baixo risco, pois possui cobertura do Fundo Garantidor de Cré-
dito, até o limite de 250.000 reais.
Letra d.

043. (CESPE/BASA/TÉCNICO BANCÁRIO NOVO/2009/Q693281) Ao aplicar em um fundo


de investimentos, assim como em um CDB, o cliente tem seus recursos garantidos pelo Fundo
Garantidor de Créditos (FGC).

Os fundos de investimento não são garantidos pelo FGC. Aproveitando, vamos relembrar: entre
os investimentos que vimos na aula, são garantidos pelo FGC, até o limite de R$ 250.000:
• Poupança;
• CDB e RDB;
• LCI;
• LCA.
Além dos que vimos, são cobertos também:
• depósitos à vista;
• letras de câmbio (LC);
• letras Hipotecárias (LH).
Errado.

044. (FADESP/BANPARÁ/TÉCNICO BANCÁRIO/2018/Q1060231) Em relação ao Recibo de


Depósito Bancário (RDB) e ao Certificado de Depósito Bancário (CDB), é correto afirmar que
a) o RDB é considerado um depósito à vista enquanto o CDB é considerado um depósito a prazo.
b) o RDB é considerado um depósito a prazo enquanto o CDB é considerado um depósito à vista.
c) o RDB e o CDB são considerados depósitos à vista.
d) o RDB e o CDB são considerados depósitos a prazo.
e) o RDB e o CDB podem ser tanto depósitos à vista quanto depósitos a prazo.

A única alternativa possível é a letra D, uma vez que tanto o Recibo de Depósito Bancário (RDB)
quanto o Certificado de Depósito Bancário (CDB) são depósitos a prazo. Trata-se de uma for-
ma de captação de recursos, na qual o cliente deposita determinada quantia na instituição
financeira por um tempo que é determinado no momento do depósito. Tais depósitos geram
rendimentos.
Letra d.

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045. (CESGRANRIO/QUESTOES INÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/3ºSIMULADO/Q1249128/


ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos não protege todas as modalidades de investimen-
tos. Aponte, entre as alternativas abaixo, o tipo de investimento que não possui garantia do FGC.

a) Caderneta de Poupança – CP.


b) Letra de Crédito Imobiliário – LCI.
c) Certificado de Depósitos Bancário – CDB.
d) Letra de Câmbio – LC.
e) Letra Financeira – LF.

Veja como é importante essa questão do FGC. Vamos relembrar mais uma vez: são garantidos
pelo FGC, até o limite de R$ 250.000:
• Poupança;
• CDB e RDB;
• LCI;
• LCA;
• Depósitos à vista;
• Letras de câmbio (LC);
• Letras Hipotecárias (LH).
Portanto, entre as alternativas apresentadas, somente a Letra Financeira não possui a garantia do FGC.
Letra e.

Os fundos de investimento constituem-se como uma comunhão de recursos, captados de pes-


soas físicas ou jurídicas, com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da aplicação em
títulos e valores mobiliários.
Em relação aos fundos de investimento, julgue os itens a seguir:

046. (INÉDITA/2021) Os fundos de investimentos podem ser abertos ou fechados. Os fundos


abertos são aqueles nos quais o prazo de duração do fundo é definido previamente.

A característica citada é do fundo de investimento fechado. Os fundos de investimentos po-


dem ser de 2 tipos:
Abertos:
• Cotistas podem solicitar resgaste a qualquer momento;
• O número de cotas é variável;
• Recomendado para ativos com alta liquidez.
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Fechados:
• Cotistas só podem resgatar ao final do prazo de duração do fundo;
• O prazo de duração do fundo é definido previamente.
Errado.

047. (INÉDITA/2021) Os fundos de renda fixa são uma boa opção para o investidor que de-
seja correr menos riscos, uma vez que a carteira de investimentos desses fundos é composta
por ativos que rendem um percentual de uma taxa acordada previamente. Assim, quem aplica
recursos nesses fundos sabe que receberá um rendimento de acordo com tal taxa (X% do CDI,
por exemplo). Para ser considerado de renda fixa, o fundo de investimento deve aplicar, no mí-
nimo, todo o seu patrimônio líquido em ativos de renda fixa.

A assertiva define corretamente o que seria um fundo de investimento de renda fixa. No entan-
to, o erro está em dizer que “todo o patrimônio do fundo deve ser aplicado em ativos de renda
fixa”. Na verdade, é necessário que seja aplicado, ao menos, 80%.
Errado.

048. (INÉDITA/2021) As debêntures são títulos emitidos por bancos, sendo uma forma que
essas empresas utilizam para captação de recursos, a fim de financiar seus projetos, constituir
capital de giro, bem como administrar suas dívidas.

Cuidado! As debêntures são emitidas por sociedades anônimas (S.A.) não financeiras. Ou seja,
não podem ser emitidas por instituições financeiras, tais como bancos.
Errado.

049. (INÉDITA/2021) As debêntures incentivadas são isentas do Imposto de Renda para pes-
soa física e IOF (imposto sobre operações financeiras).

Isso mesmo. As debêntures incentivadas são emitidas por empresas que atuam no ramo da
infraestrutura do País, como construção de estradas e aeroportos, por exemplo. A fim de fo-
mentar o investimento nesses setores tão importantes para o desenvolvimento econômico do
País, essa modalidade de debêntures goza de isenção de IR e IOF.
Certo.

050. (INÉDITA/2021) A taxa de administração de um fundo de investimento é um percentual


cobrado quando a rentabilidade supera determinado índice de referência. Alguns fundos dei-
xam de cobrar essa taxa, como forma de competir no mercado.

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Na verdade, a definição apresentada na assertiva é da taxa de performance, que é cobrada


quando a rentabilidade da carteira de ativos do fundo supera determinado índice de referência.
Enquanto a taxa de administração é um percentual cobrado para a remuneração dos serviços
prestados pela instituição gestora do fundo de investimento, tais como consultoria de investi-
mentos e gestão da carteira de ativos do fundo, por exemplo.
Errado.

051. (CESPE/CEF/TÉCNICO BANCÁRIO/2014/Q713516) A cobrança de tarifa para a emis-


são de segunda via de cartões com a função débito é permitida nos casos de pedidos de
reposição formulados pelo correntista e decorrentes de motivos não imputáveis à instituição
financeira emitente.

Exatamente! É permitida a cobrança de tarifa para emissão de 2ª via de cartão, em caso de


perda, roubo e danos causados pelo usuário, por exemplo. Lembre-se que a emissão de 2ª via
não pode ser cobrada se “o erro” for do banco ou o cartão estiver vencido.
Certo.

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GABARITO
5. d 41. E
6. e 42. d
7. c 43. E
8. d 44. d
9. c 45. e
10. E 46. E
11. c 47. E
12. E 48. E
13. c 49. C
14. b 50. E
15. a 51. C
16. d
17. E
18. E
19. e
20. E
21. C
22. C
23. E
24. a
25. E
26. C
27. e
28. c
29. C
30. E
31. E
32. a
33. C
34. E
35. E
36. E
37. C
38. E
39. b
40. E

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n. 4.829 de 5 de novembro de 1965. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/


ccivil_03/leis/l4829.htm.

BCB. Banco Central do Brasil. Resolução n. 3.919 do Conselho Monetário Nacional. Disponível
em: https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/2010/pdf/res_3919_v4_P.pdf

___. Resolução 4.549 do Conselho Monetário Nacional. Disponível em:

https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Nor-
mativos/Attachments/50330/Res_4549_v1_O.pdf

CVM. Comissão de Valores Mobiliários. Instrução normativa 555 CVM

Disponível em: http://conteudo.cvm.gov.br/legislacao/instrucoes/inst555.html

DICIO. Dicionário online de Português. Disponível em: https://www.dicio.com.br/

GOVERNO FEDERAL. Portal do investidor. Disponível em: https://www.investidor.gov.br/

____. Secretária de Previdência do Governo Federal. Disponível em: https://www.gov.br/previ-


dencia/pt-br

SUSEP. Superintendência de Seguros Privados. Disponível em: http://novosite.susep.gov.br/

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2017. Disponível em:
https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/

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Mestre em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e graduado em Ciências Econômicas
pela mesma instituição. Aprovado e convocado nos concursos de escriturário do Banco do Brasil (2013)
e escrevente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (2017), cargo que ocupa atualmente. Ministra
aulas na disciplina de Conhecimentos Bancários e na área de Economia.

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