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A Imortalidade da Alma
NATAL-2022
O Fédon foi escrito no principal período do pensamento de
Platão, já amadurecido o seu pensamento e influenciado por sua teoria das
ideias e reminiscência que está muito presente nessa obra na qual ele deu
novos conceitos que transcendem a capacidade metafísica da alma onde ele
afirma ser “imortal e renasce, muitas vezes” 1.
A IMORTALIDADE DA ALMA
1
Coleção os Pensadores – Fédon. Editora Abril Cultural e Industrial. São Paulo. 1972. P.108 c
2
Ibid, p. 73 – 66b
Mas aquele que construiu a sua alma a viver
independente da dependência do corpo, é preciso considerar que o corpo é
uma prisão da alma3.
3
Ibid, p.94 83b “Contra essa libertação a alma do verdadeiro filósofo persuade-se de que não
se deve opor, e por isso se afasta tanto quanto possível dos prazeres, assim como dos
desejos, dos incômodos e dos terrores.”
4
Ibid. p. 131e, 132
5
Ibid. p. 77b
6
Ibid. p. 116 b
Para Sócrates, todo o contrário surge do seu contrário: o
feio do belo, o pequeno do grande, etc.; assim a morte nasce da vida e a vida da
morte e que as almas continuam a existir em algum lugar, do qual retornam
ciclicamente, assim como as várias analogias na natureza indicam esta verdade.
De outro modo, o universo estaria parado, não haveria evolução. Noutro polo o
processo de devir ter dois sentidos, de um contrário para o outro e deste
novamente para o primeiro.
“Portanto, meu caro Cebes, a alma é antes de tudo uma coisa imortal e
indestrutível, e nossas almas de fato hão de persistir no Hades”7
7
Ibid. p. 120 – 107a
8
Ibid. p. 82e
9
Ibid. p. 85-76a
alma se assemelha com as ideias que são eternas e imutáveis, logo, ela é
imortal.
10
Ibid., p.85-75e
11
Ibid, p. 108c
12
Ibid, p. 71 – 64a
Só dessa forma o filósofo encontra a verdadeira sabedoria
(no hades), aqueles que temem a morte são homens que então predestinados a
uma vida imoral e desregrada, no sentido contrário, Sócrates declara que um
homem que passou sua vida na filosofia, tem necessariamente coragem para
morrer, pois a filosofia é apenas um exercício para morte
13
Ibid. p.78c
14
Ibid, p. 108c