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Faculdade de Tecnologia SENAI ROBERTO MANGE

Gabriel Moura de Barcelos

João Victor Alcântara Pires

Vinícius Affonso Pires

Yuri Vieira Duarte

AUTOMAÇÃO EM AUTOCLAVE VERTICAL

Anápolis, 2013
Gabriel Moura de Barcelos

João Victor Alcântara Pires

Vinícius Affonso Pires

Yuri Vieira Duarte

AUTOMAÇÃO EM AUTOCLAVE VERTICAL


Projeto de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia
SENAI Roberto Mange como requisito parcial à obtenção da
habilitação técnica em Eletromecânica.

Orientador: Prof. Almiro Martins da Silva Neto

Anápolis, 2013
Gabriel Moura de Barcelos

João Victor Alcântara Pires

Vinícius Affonso Pires

Yuri Vieira Duarte

AUTOMAÇÃO EM AUTOCLAVE VERTICAL

Projeto de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia SENAI Roberto Mange


como requisito parcial à obtenção da habilitação técnica em Eletromecânica.

Aprovado em: ___ de novembro de 2013.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________________
Prof. Eng. Almiro Martins da Silva Neto

________________________________________________________________
Prof. Diego Freire

________________________________________________________________
Prof. Leonardo de Almeida

________________________________________________________________
Prof. Leonardo Caixeta
Dedicamos este trabalho aos nossos familiares e amigos.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente, gostaríamos de agradecer a Deus que nos deu força para continuarmos
a trilhar nossos caminhos, com foco e determinação, para que pudéssemos concluir mais esta
etapa de nossas vidas.

Agradecemos também aos nossos familiares que nos incentivaram e motivaram e que
nos orientaram em nossas escolhas.

Agradecemos à Faculdade de Tecnologia Senai Roberto Mange que nos possibilitaram


um crescimento tanto na área profissional quanto crescimento em nossas vidas, como pessoas
e cidadãos.

Agradecemos ao Professor Engenheiro Almiro Martins da Silva Neto, que foi nosso
orientador neste trabalho e que disponibilizou de seu tempo para prestação de mais
esclarecimentos sobre nossa área técnica.

Agradecemos a todos os outros professores que nos transmitiram seus conhecimentos,


o que nos possibilitou chegar até o fim deste curso, com a certeza de que nos tornaremos grandes
profissionais.

Agradecemos ao Grupo Competec que nos forneceu todo o apoio necessário para que
pudéssemos realizar nosso trabalho, fornecendo a nós o espaço físico e todos os materiais
necessários para o projeto.
“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito. Não sou
o que deveria ser, mas graças a Deus, não sou o que era antes.”’
Marthin Luther King
RESUMO
Muitas indústrias já estão buscando métodos mais eficientes de controle como por exemplo a
automação, devido à exigência por qualidade do mercado competitivo. Tudo isso é fruto da
evolução tecnológica, onde a otimização de processos vem se tornando cada vez mais frequente
com a finalidade de melhorar a qualidade de um processo já estabelecido ou transformar o
trabalho realizado pelo homem, utilizando máquinas e robôs preparados para devida
necessidade. O projeto apresentado implementa um controlador e mostra a importância do
controle das grandezas, conhecidas como variáveis de processo, dentro de um processo
industrial. Neste trabalho, controlamos uma variável de processo, temperatura em uma
autoclave vertical, com ointuito de garantir a qualidade de esterilização de produtos e materiais.
É importante apontar que para a nossa qualidade de vida e saúde, como em caso de produção
de medicamentos, é necessário um eficiente processo de esterilização de materiais. O projeto
irá melhorar significativamente estas condições.
Palavras-chave: Automação, autoclave vertical, esterilização.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Autoclave vertical. ................................................................................................ 3


Figura 2. Resistência da Autoclave. ..................................................................................... 4
Figura 3. Tampa da Autoclave ............................................................................................. 4
Figura 4. Válvula de Alívio. ................................................................................................. 5
Figura 5. Manômetro Analógico .......................................................................................... 5
Figura 6. Chave de Comando. .............................................................................................. 6
Figura 7. Malha de controle fechado, ................................................................................ 12
Figura 8. Malha de Controle Aberta ................................................................................... 12
Figura 9. PT-100 ................................................................................................................. 14
Figura 10. Controlador de Temperatura ............................................................................. 15
Figura 11. Pressostato ......................................................................................................... 15
Figura 12. Chave Estática ................................................................................................... 16
Figura 14. Autoclave Vertical ............................................................................................ 21
Figura 15. Chave de Comando ........................................................................................... 21
Figura 16. Diagrama das Resistências ................................................................................ 22
Figura 17. Controlador de Temperatura ............................................................................. 23
Figura 18. Painel Aberto..................................................................................................... 24
Figura 19. Painel Fechado. ................................................................................................. 25
Figura 20. Pressostato e PT-100 Instalados ........................................................................ 25
Figura 21. Diagrama elétrico do painel .............................................................................. 26
Figura 22. Ligações Elétricas ............................................................................................. 27
Figura 23. Autoclave Automatizada ................................................................................... 28
Figura 24. Painel Instalado ................................................................................................. 28
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Ciclo de Entrada ................................................................................................. 29


Tabela 2. Ciclo de Sintonia................................................................................................. 29
Tabela 3. Ciclo de Operação............................................................................................... 29
Tabela 4. Materiais Utilizados ............................................................................................ 31
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas


ISO: International Standardization for Organization
VIM: Vocabulário Internacional de Metrologia
Inmetro: Instituto Nacional de Metrologia
MIT: Massachusetts Institute of Technology
ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
LISTA DE SÍMBOLOS

kPa: Quilo Pascal


°C: Grau Celsius
mm: Milímetro
Vca: Tensão Corrente Alternada
Hz: Hertz
VA: Potência aparente (Volt-Ampère)
%UR: Umidade Relativa do ar
”: Polegada
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

1.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 1

1.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 1

1.3 Justificativa .................................................................................................................. 2

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 3

2.1 Autoclave ..................................................................................................................... 3

2.1.1 Constituição da Autoclave .................................................................................... 3

2.1.2 Esterilização.......................................................................................................... 6

2.1.3 Características ....................................................................................................... 6

2.1.4 Funcionamento ..................................................................................................... 7

2.1.5 Aplicação .............................................................................................................. 7

2.2 Automação ................................................................................................................... 8

2.2.1 Histórico ............................................................................................................... 8

2.2.2 Instrumentação e Controle .................................................................................. 10

2.3 Metrologia .................................................................................................................. 17

2.3.1 Terminologia ...................................................................................................... 17

2.4 Certificação ................................................................................................................ 19

2.4.1 Qualificação de Desempenho ............................................................................. 19

3 METODOLOGIA............................................................................................................. 20

3.1 Especificações Técnicas Controlador de Temperatura N-480D ................................ 20

3.2 Sistema Implementado ............................................................................................... 20

3.3 Procedimento de Instalação ....................................................................................... 23

4 MEMORIAL DESCRITIVO............................................................................................ 26

4.1 Descrição do Diagrama Elétrico ................................................................................ 26

4.2 Programação do Controlador de Temperatura ........................................................... 29


4.3 Resultados Obtidos .................................................................................................... 29

4.4 Viabilidade Técnica e Econômica ............................................................................. 30

4.4.1 Relações de Benefício ........................................................................................ 30

4.4.2 Valores Totais ..................................................................................................... 31

5 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 32

6 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 33

APÊNDICES ............................................................................................................................ 36

ANEXOS .................................................................................................................................. 38
1

1 INTRODUÇÃO

A automação é um processo de controle pelo qual os mecanismos verificam seu próprio


funcionamento, efetuando medições e introduzindo correções, sem a necessidade da
interferência do homem.

Com os recursos atuais, várias empresas vêm adotando esse método de otimização e
aplicando em determinados processos com intuito de se obter melhores resultados em qualidade
e confiabilidade sobre o produto final, fazendo com que os mesmos atendam rigorosamente as
normas de regulamentação e padronização, conquistando cada vez mais o mercado.

Buscando melhorar o controle das variáveis do processo, o projeto tem como objetivo
fazer uma automação em uma autoclave vertical, para garantir a eficiência no processo de
esterilização.

Através de um controlador com um sensor de temperatura, o usuário poderá interagir


diretamente com o equipamento conforme a necessidade. Isto garantirá um maior controle de
estabilidade da variável do processo (set-point), melhorando as condições de esterilização e
mostrando a eficiência do projeto, tendo como resultado final a qualidade.

1.1 Objetivo geral

O trabalho concentra-se na área de Automação e Controle, com foco em uma análise


sobre o melhoramento do controle de uma variável para a garantia de eficiência no processo de
esterilização.

Portanto, o objetivo geral desse trabalho é implementar um controle mais preciso e


eficiente de temperatura no trabalho executado pela autoclave (esterilização).

1.2 Objetivos específicos


Os objetivos específicos são:
• Automatizar o controle de temperatura de uma autoclave vertical;
• Aumentar a precisão do controle de temperatura;
• Garantir a conformidade do processo de esterilização;
• Melhorar a interface do equipamento.
• Implementar um sistema de segurança.
2

1.3 Justificativa

O trabalho foi produzido para gerar uma melhoria no controle de temperatura dentro do
processo de esterilização de autoclaves verticais. Tal situação é exigida pela norma ABNT NBR
ISO 17665-1, que trata de esterilização em produtos para saúde.

As melhorias estarão presentes na produtividade, tempo, qualidade, e segurança do


processo.
3

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Autoclave

Trata-se de um equipamento (fig.1) de grande importância em indústrias e empresas


voltadas a saúde, pois é utilizado na esterilização de diversos meios. O Dicionário online de
português (2013) define autoclave1 como “Recipiente metálico de paredes espessas, com fecho
hermético, para operar a cocção ou a esterilização pelo vapor sob pressão, e a alta temperatura.”

Figura 1. Autoclave vertical.Grupo Competec, 2013.

2.1.1 Constituição da Autoclave

A estrutura física e os componentes metálicos da autoclave são bem simples. Possui um


cilindro metálico de grande resistência a temperatura e pressão, onde fica localizada a
resistência que aquece a água e assim faz o que o processo de esterilização ocorra (fig.2).

1
Desenho técnico demonstrativo da autoclave em apêndices (apêndice A).
4

Figura 2. Resistência da Autoclave. Grupo Competec, 2013.

Possui uma tampa com parafusos com orelhas que fazem com que a autoclave fique
completamente fechada (fig.3), sem que haja qualquer influência do ambiente externo dentro
de seu processo de funcionamento.

Figura 3. Tampa da Autoclave. Grupo Competec, 2013.

Juntamente com a tampa está a válvula de alívio (fig.4), que te, como principal
função a extração do ar atmosférico que é encontrado dentro da autoclave ao fechar-se a tampa.
5

Figura 4. Válvula de Alívio. Grupo Competec, 2013.

Possui um manômetro (fig. 5), instrumento medidor de pressão, o qual indicará a


pressão interna do sistema adiabático da autoclave.

Figura 5. Manômetro Analógico. Grupo Competec, 2013.

E por último, possui uma chave de comando (fig. 6), que tem a função de controlar o
sistema dentro da autoclave, que aquecerá a água, e assim fazendo que ocorra a esterilização
dos produtos desejados.
6

Figura 6. Chave de Comando. Grupo Competec, 2013.

2.1.2 Esterilização

É o processo que tem como função a morte de micro-organismos por meio da elevação
da temperatura dentro de um ciclo adiabático, assim garantindo total descontaminação do meio
esterilizado.

O objetivo da esterilização é destruir completamente todos os


organismos vivos, incluindo esporos e vírus, os quais podem estar
presentes nos materiais a serem esterilizados. O processo deve destruir
ou matar todos os microrganismos, pois não existem materiais quase
estéreis ou parcialmente estéreis. Todos os microrganismos e seus
esporos devem ser destruídos para assegurar a esterilização (NBR–ISO
11134. Apud. NIEHEUS, 2004, p.10)

2.1.3 Características

O processo de esterilização dentro das autoclaves ocorre mediante a injeção de altas


temperaturas sobre uma coluna de água, onde a referida temperatura está acima da temperatura
de ebulição da água, que ao nível do mar e a pressão atmosférica é de 100ºC. A água é
encontrada em seu estado de agregação líquido, o que ocorre devido à alta pressão dentro
de seu sistema.

Na autoclave vertical o ar dentro dos pacotes e da câmara


interna é removido por gravidade. A colocação de água na câmara é
7

feita de forma manual. Ao injetar vapor na câmara de esterilização, o ar


sendo mais denso é removido para baixo pelo próprio vapor e, através
de uma válvula de drenagem, é deslocado para fora (NBR 9804). É um
processo lento e que favorece a presença e permanência do ar residual
(NBR ISO 11.134), (Norma ISO 11.134 –1). Os modelos convencionais
de autoclaves verticais operam com temperaturas de 121ºC para 1 kPa
e 127ºC para 1,5 kPa. A principal limitação para seu uso é o longo
tempo necessário para esterilização e a não secagem do material após o
ciclo de esterilização. (NIEHEUS, 2004, p. 12)

2.1.4 Funcionamento

As autoclaves convencionais, ou seja, de pequeno porte de aplicação em pequenos


laboratórios ou hospitais, devem ser mantidas dentro de padrões de temperatura e pressão, assim
gerando um ciclo para a esterilização, em que serão controladas tais grandezas mediante a um
tempo de controle. Esse controle temporal pode ser feito de duas formas: manualmente ou
automaticamente. A resistência da autoclave é sua peça de maior importância, pois será ela a
responsável pelo aumento da temperatura e da pressão dentro da autoclave, aquecendo a água
produzindo vapor que se expandirá volumetricamente dentro da mesma, assim aumentando a
pressão interna.

As autoclaves convencionais devem funcionar sob pressão efetiva


de vapor saturado de 110 kPa a 150 kPa na câmara de esterilização
correspondendo de 121ºC a 127ºC de temperatura. As autoclaves
rápidas com sistema mecânico ou remoção de ar, de 200 kPa a 220 kPa
correspondendo de 133ºC a 135ºC. Tempo de exposição pode ser
contado automaticamente ou manualmente, dependendo do material e
da temperatura escolhida para esterilização, após a câmara de
esterilização atingir tal valor na parte mais fria. Na autoclave, a saída
de vapor condensado e de ar, da câmara interna, ou seja a drenagem,
deve ser pela parte inferior oposta ao lado que é injetado o vapor. As
autoclaves podem ser construídas com comandos automáticos ou
manuais. (NBR 9804. Apud.NIEHEUS, 2004, p. 18)

2.1.5 Aplicação

As autoclaves geralmente são aplicadas em empresas que estão ligadas à área da saúde
ou microbiologia, tais quais: hospitais e indústrias farmacêuticas. Empresas que necessitam da
total extinção de micro-organismos na prestação de serviços (no caso de hospitais), ou em
empresas que tem como fonte de produção produtos estéreis, (no caso de indústrias
farmacêuticas)
8

2.2 Automação

Por automação entende-se a capacidade de se executar


comandos, obter medidas, regular parâmetros e controlar funções
automaticamente, sem a intervenção humana. Automação também é
sinônimo de integração, ou seja, da função mais simples a mais
complexa, existem um ou mais sistemas que permitem que um
dispositivo seja controlado de modo inteligente, tanto individualmente
quanto em conjunto, visando alcançar um maior conforto, informação
e segurança. (PINHEIRO, 2004, p.)
Automação pode ser definida como um conjunto de técnicas
que podem ser aplicadas sobre um processo com o objetivo de torna-
mais eficiente através da maximização da produção com o menor
consumo de energia, menor emissão de resíduos e melhores condições,
tanto humana e material quanto das informações inerentes ao processo.
(CONCEITO TECNOLOGIA, 2013)

2.2.1 Histórico

Quando se trata de automação industrial a princípio deve-se observar os anos 50


conhecidos como anos dourados. Neste tempo então que o termo automação começou a ficar
conhecido, se popularizando. Deve-se lembrar que o aprimoramento dos processos de
produção, assim como a passagem dos processos artesanais para os processos de produção
industrial, se deram primeiramente no século XVIII, começando então a andar no campo da
automação industrial, onde tem-se a criação dos primeiros equipamentos mecânicos para
auxiliar no trabalho de produção.

Para entendermos o que é automação industrial, primeiro


devemos olhar para os anos 50. Foi nessa época, também conhecida
como anos dourados, que o termo automação começou a se popularizar.
Assim, descrevia-se a movimentação automática de materiais. Convém
lembrar que desde meados do século XVIII o homem já caminhava no
campo da automação industrial com o aperfeiçoamento dos processos
de produção, como por exemplo, a mudança do processo artesanal na
produção industrial na Inglaterra. (COMAT RELECO, 2013).
Percebe-se então que as automações provêm desde a conhecida pré-história, através das
tentativas do homem de estar sempre inovando e melhorando suas invenções, buscando a
mecanização de suas atividades e gerando a diminuição de seus esforços. Então com a busca
por aumentar a produtividade e a produção só no século no século XX que temos os sistemas
inteiramente automáticos. Logo em 1788 tem-se a criação dos sistemas de controle com
realimentação, este “dispositivo” tinha como finalidade regular fluxo do vapor em máquinas.
9

Em seguida no século XX com sua existência os computadores passam a integrar junto


aos controladores programáveis e servomecanismos a tecnologia da automação industrial,
tomando em conta que seguidamente tem-se a invenção de elementos como a régua de cálculo
e também da máquina aritmética. Tendo em vista da importância dos computadores na
atualidade, servindo como a base fundamental para automação, considera-se então que a
tecnologia da automação industrial e seu desenvolvimento estão absolutamente ligada à
evolução de hardwares e softwares (computadores).

A utilização do vapor como fonte de energia, em substituição à


energia muscular (manual) e hidráulica. Foi aproximadamente no ano
de 1788 que James Watt criou o que pode ser considerado um dos
primeiros sistemas de controle com realimentação. Tratava-se de um
dispositivo que regulava o fluxo de vapor em máquinas. Por volta de
1870, a energia elétrica começou a ser introduzida. Inicialmente,
estimulou indústrias como a do aço, química e de máquinas-ferramenta.
No século XX, os computadores, servomecanismos e controladores
programáveis passaram a fazer parte da tecnologia da automação
industrial, hoje, os computadores podem ser considerados a principal
base da automação industrial contemporânea. Logo após isso, tivemos
a invenção da régua de cálculo e também da máquina aritmética.
(COMAT RELECO, 2013).
Então a partir de 1948 com os investimentos da Força Aérea dos Estados Unidos no
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), teve-se a criação de uma fresadora com
servomecanismos de posição com três eixos. Isso se deu graças a criação do uso de cartões
perfurados onde esses contém informações as quais serviam para controlar os movimentos de
uma máquina-ferramenta, sendo criado por John T. Parsons. Após essa sequência de
investimentos em servomecanismos tem-se o desenvolvimento da APT, que ajudou os
comandos de trajetórias de ferramentas nas máquinas, onde APT é uma linguagem de
programação (APT do inglês, Automatically Programemed Tools, ou “Ferramentas
Programadas Automaticamente”). Como consequência deste momento, teve-se a criação dos
comandos numéricos, graças ao desenvolvimento de projetos particulares de empresas
privadas.

Já em 1948, John T. Parsons criou um método que consistia no


uso de cartões perfurados com informações que serviam para controlar
movimentos de uma máquina-ferramenta. Este método foi apresentado
para a Força Aérea, que investiu em outros projetos do laboratório de
servomecanismos do Instituto Tecnológico e Massachusetts (MIT).
Após alguns anos, isto acabou culminando em um protótipo de
fresadora com três eixos com servomecanismos de posição. A partir
deste momento, várias empresas privadas que fabricavam máquinas-
10

ferramentas começaram a desenvolver projetos particulares, foi assim


que surgiu o comando numérico. O MIT também desenvolveu a
linguagem de programação APT (do inglês, Automatically
Programemed Tools, ou “Ferramentas Programadas
Automaticamente”) para ajudar na entrada de comandos de trajetórias
de ferramentas na máquina. (COMAT RELECO, 2013).
Com o desenvolvimento dos primeiros robôs em 1954, e o sucesso de seus trabalhos,
teve-se então a integração destes nos processos de produções industriais. Essas criações
robóticas fizeram com que nos dias atuais nota-se que a automação e seus avanços seguem lado
a lado e está a todo o momento ligado a robótica e suas inovações. Percebe-se que a automação
foi criada para melhorar a qualidade de um processo, sua produtividade e segurança dentro dele.

E finalmente em 1954 surgiram os primeiros robôs (do tcheco


robota, que significa “escravo”) pelas mãos do americano George
Devol, que alguns anos depois fundaria a fábrica de robôs Unimation.
Inicialmente, eles substituíram a mão-de-obra no transporte de
materiais perigosos. Mas, poucos anos depois, a General Motors
instalou robôs em sua linha de produção para a soldagem de carrocerias.
A partir daí, os processos de automação industrial continuaram a evoluir
até chegar nos dias atuais. A parte mais conhecida da automação,
atualmente, está ligada à robótica, mas também é utilizada nas
indústrias químicas, petroquímicas e farmacêuticas, com o uso de
transmissores de pressão, vazão, temperatura e outras variáveis
necessárias para um SDCD (Sistema Digital de Controle distribuído)
ou CLP (Controlador Logico Programável). A automação industrial
visa, principalmente a produtividade, qualidade e segurança em um
processo. (COMAT RELECO, 2013).

2.2.2 Instrumentação e Controle

Há alguns processos industriais em que há a necessidade de controle de determinadas


variáveis, tais como temperatura, vazão, etc. Esses processos exigem sistemas de controle e de
precisão na produção de seus produtos, onde a característica do controle será baseada no
produto específico. Os objetos que são utilizados pra manter controle das variáveis são
denominados como instrumentos, de forma que, os instrumentos são empregados pra melhorar
a qualidade e a quantidade do produto final na produção, visando melhor desempenho e mais
segurança.

Os processos industriais exigem sistemas de controle na


fabricação de seus produtos. Estes processos são muito variados e
abrangem muitos tipos de produtos como, por exemplo, a fabricação
dos derivados do petróleo, os produtos alimentícios, a indústria de papel
e celulose, entre outros. Em todos estes processos é absolutamente
11

necessário controlar e manter constantes algumas variáveis, tais como,


pressão, vazão, temperatura, nível, pH, condutividade, velocidade,
umidade etc. Os instrumentos de medição e controle são os elementos
que permitem manter controladas as variáveis do processo com os
objetivos de melhorar a qualidade do produto, aumentar em quantidade
produzida, manter a segurança e melhorar do meio ambiente.
(TEIXEIRA; STEBEL; FARIA, 2006, p.08)
Com o crescente desenvolvimento da tecnologia e no padrão de fabricação industrial,
os recursos do trabalho industrial passaram a ser ampliados, exigindo mais facilidade na
produção de produtos antes inviáveis, levando em consideração a fabricação de acordo com a
necessidade empresarial. Serviços manuais e simples começaram a desenvolver, forçando a
melhoria dos instrumentos de controle e de medição, centralizando o monitoramento do serviço
em uma única sala, onde ocupações que eram apenas físicas passaram a serem mais práticas e
rápidas.

No princípio da era industrial, o operário atingia os objetivos


citados através do controle manual destas variáveis utilizando somente
instrumentos simples, como manômetros, termômetros e válvulas
manuais, e isto era suficiente porque os processos eram simples.Com o
passar do tempo, os processos foram se sofisticando e exigindo a
automação cada vez maior dos instrumentos de medição e controle. Os
operadores foram liberados de sua atuação física direta no processo e,
ao mesmo tempo, ocorreu um movimento de centralização do
monitoramento das variáveis em uma única sala. Devido à centralização
das variáveis do processo, podemos fabricar produtos que seriam
impossíveis através do controle manual. Para atingir os níveis que
estamos hoje, os sistemas de controle sofreram grandes transformações
tecnológicas passando do controle manual, para o controle mecânico e
hidráulico, o controle pneumático, o controle elétrico, o controle
eletrônico e, atualmente, o controle digital. (TEIXEIRA; STEBEL;
FARIA, 2006, p.08)
Inevitavelmente, com o avanço na produção alguns processos de controle tiveram de se
ambientar também, de forma que, o sistema de controle passou a comparar os valores das
variáveis do processo com os valores das variáveis próximas aos que a empresa ambiciona,
tomando atitudes de correção de acordo com o valor baseado na comparação. Porém, para que
se possa realizar esta correção, é indispensável que se tenha uma unidade de medida, uma
unidade de controle e um elemento final de controle de processo, onde este conjunto de unidade
forma uma malha de controle que pode ser aberta ou fechada, conforme (figs. 7 e 8).

O sistema de controle que permite fazer isto compara o valor de


uma variável qualquer do processo com um valor desejado para ela
naquele momento e toma uma atitude de correção de acordo com o
desvio encontrado, sem a intervenção do operador. Para fazer esta
12

comparação e, consequentemente, a correção, é necessário que o


sistema de controle possua uma unidade de medição, uma unidade de
controle e um elemento final de controle no processo. Este conjunto de
unidades forma uma malha de controle. A malha de controle pode ser
aberta ou fechada. (TEIXEIRA; STEBEL; FARIA, 2006, p.08)

Figura 7. Malha de controle fechado, disponível em: Noções de Instrumentação Industrial

Figura 8. Malha de Controle Aberta, disponível em: Noções de Instrumentação Industrial

2.2.2.1 Instrumentos

Teixeira, Stebel e Faria (2006) afirmam que pode-se classificar os instrumentos e


dispositivos utilizados em instrumentação de acordo com a função que o mesmo desempenha
no processo.

2.2.2.1.1 Indicador

“Instrumento que dispõe de um ponteiro e de uma escala graduada na qual podemos ler
o valor da variável. Existem também indicadores digitais que indicam a variável em forma
numérica com dígitos ou barras gráficas.” (Teixeira, Stebel e Faria. 2006. p. 9).
13

2.2.2.1.2 Transmissor

De acordo com Teixeira, Stebel e Faria (2006) transmissor é o instrumento que


determina o valor de uma variável no processo através de um elemento primário, tendo o mesmo
sinal de saída (pneumático ou eletrônico) cujo valor varia apenas em função da variável do
processo. O elemento primário pode ou não estar acoplado ao transmissor.

2.2.2.1.3 Transdutor

Teixeira, Stebel e Faria (2006) delibera que transdutor é um instrumento que recebe
informações na forma de uma ou mais quantidades físicas, modifica, caso necessário, essas
informações e fornece um sinal de saída resultante. Dependendo da aplicação, o transdutor pode
ser um elemento primário, um transmissor ou outro dispositivo. O conversor é um tipo de
transdutor que trabalha apenas com sinal de entrada e saída padronizado.

2.2.2.1.4 Controlador

Instrumento que compara a variável controlada com um valor


desejado e fornece um sinal de saída a fim de manter a variável
controlada em um valor específico ou entre valores determinados. A
variável pode ser medida, diretamente pelo controlador ou
indiretamente através do sinal de um transmissor ou transdutor.
(Teixeira, Stebel e Faria.2006. p.8)

2.2.2.1.5 Elemento Final de Controle

Como diz Teixeira, Stebel e Faria (2006) é o instrumento que modifica diretamente o
valor da variável manipulada de uma malha de controle.

2.2.2.2 Instrumentos Utilizados


2.2.2.2.1 TermoresitênciaPT-100

De acordo com a empresa Quality Up (2013) o PT-100 é: sensor de altíssima precisão


e estabilidade, permitindo seu uso tanto na indústria em geral quanto em laboratórios e centros
de pesquisa com altíssimo nível de exigência (fig. 9).

Em sua montagem convencional o bulbo de resistência é


montado em uma bainha de aço inox, totalmente preenchida com óxido
14

de magnésio, permitindo uma ótima condução térmica e protegendo o


bulbo de qualquer impacto ou choques mecânicos. A interligação do
bulbo é feita com 2, 3 ou 4 fios de cobre, ou em montagens especiais
com fios de prata ou de níquel, isolados entre si. (CONTEMP, 2013)

Figura 9. PT-100. Comtemp. Disponível em: http://www.contemp.com.br/produtos

2.2.2.2.2 Controlador de Temperatura

Um controlador de temperatura é um instrumento que tem a finalidade de manter


constante a temperatura dentro de um determinado processo (fig. 10), sem que aja nenhuma
influência de temperaturas externas em seu processo de controle térmico e sem que leve em
conta as perdas de calor do meio, ou seja, do corpo controlado.

Um controlador automático de temperatura é caracterizado por


tentar manter a temperatura de um corpo constante, independente das
variações de temperatura ambiente e das condições de dissipação de
calor deste corpo. Para controlar a temperatura de um corpo e
necessário ter uma fonte de calor para aquecer e uma fonte de calor para
arrefecer. Neste trabalho só se dispõe do arrefecimento natural para o
meio ambiente pelo que o sistema só funciona para temperaturas
maiores do que a temperatura ambiente. (PIEDADE, 2002, p. 4)
15

2.2.2.2.3 Pressostato

Figura 10. Controlador de Temperatura. Irmãos Salfatis. Disponível em: http://www.salfatis.com.br

Pressostatos são instrumentos controladores de pressão (fig. 11), que funcionam a partir
da variação de pressão dentro de um sistema. Tais mudanças fazem com que ele consiga acionar
inúmeros outros aparelhos.

Os pressostatos são dispositivos de controle que respondem a


variações de níveis de pressão de ar ou líquidos onde estão conectados.
Estas mudanças de pressão fazem atuar os contatos elétricos do
pressostato que pode assim controlar o acionamento de outros
dispositivos, tais como motores, contatores, sinalizadores de alarme,
bombas de água, etc. (MARGIRUS, 2013)

Figura 11. Pressostato. Hot Frog. Disponível em: http://www.hotfrog.com.br


2.2.2.2.4 Chave Estática

O propósito da Chave Estática de Transferência em corrente


Alternada (AC) é manter a carga crítica alimentada a partir de duas
redes de alimentação, selecionando uma das redes como “prioritária” e
transferindo a alimentação da carga crítica para a outra rede em caso
falha ou variações de tensão da rede prioritária sem interrupção.
(AMPLIMAG, 2013)
16

Figura 12. Chave Estática. Meditec Brasil. Disponível em: http://www.meditecbrasil.com.br


2.2.2.2.5 Manômetros

Os manômetros são instrumentos indicadores de pressão (fig. 13), os quais tem a função
de indicar a pressão dentro de um processo, equipamento e etc.

Os manômetros mecânicos são produzidos com tubo bourdon,


diafragma ou cápsula. Os elementos sensores são reproduzidos em liga
de cobre, aço inoxidável ou matérias especiais para aplicações
especificas. Pressão sempre é medida em relação a uma pressão de
referência, como por exemplo, a pressão atmosférica. Os manômetros
de pressão relativa indicam o quanto uma pressão medida é maior ou
menor que a pressão atmosférica. A pressão é indicada no mostrador
por meio do ponteiro e escala. Manômetros com enchimento liquido
oferecem maior proteção contra danos, causados por cargas altamente
dinâmicas e/ou amortecimento resultante de vibração. (WIKA, 2013)

Figura 13. ManômetroABC Instrumentação. Disponível em: http://www.abcinstrumentacao.com.br


17

2.2.2.2.6 Controladores PID

Os controladores PID são controladores com feedback muito


utilizados em automação industrial. Esses controladores calculam um
erro entre o valor medido na saída e o valor desejado no processo.
Assim o controlador tenta diminuir o erro que foi gerado pela saída,
ajustando suas entradas. (LABDEG, 2013)
2.3 Metrologia

De acordo com Inmetro (2012), metrologia é a “Ciência da medição e suas aplicações”.


Onde, “A metrologia engloba todos os aspectos teóricos e práticos da medição, qualquer que
seja a incerteza de medição e o campo de aplicação.” (INMETRO, 2012, p. 16)

A metrologia é um dos campos na qual se mostra o desenvolvimento técnico dentro de


uma empresa ou indústria. Onde indivíduos os quais trabalham com exatidão e precisão de
medidas têm a necessidade de utilizar procedimentos e padrões fundamentais na obtenção de
suas medidas.

A metrologia é função estratégica para o desenvolvimento e o


crescimento tecnológico e comercial das organizações. Para o
profissional que no dia-a-dia de suas atividades está envolvido com as
técnicas de medição, o conhecimento dos fundamentos matemáticos,
das ferramentas estatísticas, das técnicas e dos procedimentos
operacionais, é fundamental. (MENDES e ROSÁRIO, 2005, p.8)

2.3.1 Terminologia

Os termos metrológicos são baseados no Vocabulário Internacional de Metrologia


(VIM), onde todos os mesmo são definidos e portanto estabelecidos para todos os países.

2.3.1.1 Medição

O Inmetro (2012) define medição por “Processo de obtenção experimental dum ou mais
valores que podem ser, razoavelmente, atribuídos a uma grandeza”.

2.3.1.2 Mensurando

De acordo com Inmetro (2012) mensurando é a “Grandeza que se pretende medir.”


18

2.3.1.3 Grandezas
“Propriedade dum fenômeno dum corpo ou duma substância, que pode ser expressa
quantitativamente sob a forma dum número e duma referência.” (INMETRO, 2012)

2.3.1.3.1 Temperatura
Temperatura é a grandeza responsável por indicar o grau de agitação das moléculas de
um determinado corpo, essa definição se dá mediante o conceito de quente e frio, onde, quente
é a definição para um corpo com elevado grau de agitação de suas moléculas e frio para um
corpo com um baixo nível de agitação molecular.

Temperatura é a grandeza que caracteriza o estado térmico de


um corpo ou sistema.Fisicamente o conceito dado a quente e frio é um
pouco diferente do que costumamos usar no nosso cotidiano. Podemos
definir como quente um corpo que tem suas moléculas agitando-se
muito, ou seja, com alta energia cinética. Analogamente, um corpo frio,
é aquele que tem baixa agitação das suas moléculas. (Física, 2013)
2.3.1.3.2 Pressão
Pressão é a grandeza que indica a aplicação de uma força sobre uma determinada área.
“Grandeza normalmente definida como força por unidade de área. Em física, aplica-se
o conceito geralmente aos fluidos. Quando um fluido é submetido a forças, exerce-se uma
pressão sobre ele. Quanto maior a força, maior a pressão.” (DICIONÁRIO ONLINE DE
PORTUGUÊS, 2013)

2.3.1.4 Padrão

“Processo de obtenção experimental dum ou mais valores que podem ser,


razoavelmente, atribuídos a uma grandeza.” (INMETRO, 2012)

2.3.1.5 Calibração

Calibração consiste na comparação de um mensurando com um determinado padrão,


em condições especificas de trabalho.

Operação que estabelece, sob condições especificadas, numa


primeira etapa, uma relação entre os valores e as incertezas de medição
fornecidos por padrões e as indicações correspondentes com as
incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta informação para
estabelecer uma relação visando a obtenção dum resultado de medição
a partir duma indicação. (INMETRO, 2012)
19

2.3.1.6 Erro de medição

Conforme o Inmetro (2012) erro de medição é definido como a “Diferença entre o valor
medido duma grandeza e um valor de referência.”

2.3.1.7 Incerteza de Medição

“Parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores atribuídos a um


mensurando, com base nas informações utilizadas.” (INMETRO,2012)

2.4 Certificação

A certificação de instrumentos esterilizantes voltados para a área da saúde, como é o


caso da autoclave deve obedecer os parâmetros da norma ABNT NBR ISO 17665-1:2010
Tratando-se de certificação de instrumentos esterilizante, deve-se usar como referência
“Qualificação” ao invés de “Certificação”.

2.4.1 Qualificação de Desempenho

A qualificação de desempenho é um documento deve produzido por um laboratório com


acreditação no Inmetro para a produção do mesmo. Neste documento devem ter contidas as
informações sobre o equipamento, na qualificação todo o processo deve ser descrito, incluindo
os instrumentos nele envolvido.

A qualificação de desempenho deve demonstrar que o produto


foi exposto ao processo de esterilização especificado pelo equipamento
a ser usado para esterilização de rotina. Deve ser documentada a
justificativa para o número e as localizações de sensores de temperatura
usados para demonstrar que os requisitos são atendidos na carga de
esterilização2. (ABNT NBR ISO 17665-1, 2010, p. 18)

2
Norma ABNT NBR ISO 17665-1, em anexo (anexo C).
20

3 METODOLOGIA
3.1 Especificações Técnicas Controlador de Temperatura N-480D
É um controlador que substitui com inúmeras vantagens controles analógicos
(ultrapassados) por reunir simplicidade de operação com alta precisão de instrumentos digitais
micro processados. De fácil implementação, aceita termopares e termo resistências PT-100.
Com sintonia automática dos parâmetros de controle proporcional-integral-derivativo (PID) e
menu de funções de fácil programação permite ser manipulado por operadores com pouca
experiência em instrumentação. (NOVUS, 2013)
• Alimentação: 100-240 Vca/CC ±10% (50/60 Hz)
• Temperatura de controle: Termorresistência PT-100 -199,9 °C a 850°C
• Consumo Máximo: 6 VA
• Dimensões: 48 x 48 x 110 mm
• Temperatura de operação: 5 a 50ºC / 30 a 80% UR

3.2 Sistema Implementado


Para a execução do trabalho, foi utilizado uma autoclave vertical, modelo AV-50,
fabricado pela empresa Phoenix, com faixa de trabalho de 121ºC a 127ºC (Ficha Técnica
disponível em Anexo B), mostrado na figura 14, e um controlador de temperatura fabricado
pela empresa Novus, (controlador utilizado na automação). Esse poder ser utilizado para fins
diversos, especialmente para produtos que exijam maior controle em altas temperaturas, para
garantir a qualidade do processo e dos produtos.
21

Figura 14. Autoclave Vertical. Grupo Competec 2013.


Esta era controlada por uma chave comutadora (4 posições) de acordo com a figura 15
que tinha como função alimentar, de acordo com a ligação, as duas resistências da autoclave.
A chave é de pouco recurso por não ter uma indicação e controle eficiente sobre a temperatura
na câmara da autoclave, além disso não se tem uma precisão sobre o tempo de regime (patamar)
do processo.

Figura 15. Chave de Comando. Grupo Competec 2013.


A indicação da chave e aquecimento da resistência é representada a partir dos
diagramas abaixo:
22

Figura 16. Diagrama das Resistências


A chave comutadora é um instrumento que não possui ajuste de set-point para
alterações de temperatura. A alteração é feita a partir da posição da mesma. Este componente
não apresenta controles precisos e confiáveis, sendo opção viável a instalação de um
controlador de temperatura.
Sem o controlador instalado, a sua forma de ajustar a temperatura era através do
aquecimento das resistências a partir da ligação elétrica feita. Para ajustar a temperatura o
usuário posicionava a chave de acordo com o indicado nas instruções do processo da autoclave:
• Após colocar água e o material a ser utilizado, a chave deve ser posicionada na
indicação MAX e abrir o registro de vapor. Nesta posição, conforme o diagrama,
as duas resistências são alimentadas separadamente.
• Depois da total eliminação do ar interno, fechar o registro e atingida a pressão
de trabalho mudar a chave para a posição MED. Esta ligação alimenta apenas uma
das resistências, abaixando a temperatura de trabalho.
• A posição MIN possui uma ligação que trabalha com as resistências em série.
Era necessário que um funcionário ficasse monitorando a pressão de trabalho e o tempo
durante o patamar de esterilização. Com falta de confiabilidade desse processo, as empresas
que são sujeitas à fiscalização de órgãos governamentais, como ANVISA, corriam o risco de
uma notificação devido a não conformidade, pelo processo não ser confiável, além da restrição
na qualidade do processo esterilizador e de seus produtos.
23

Com o controlador Novus N480D instalado (Figura 17), a empresa não terá mais esse
problema, porque o controlador permite uma interação que substitui com vantagem a obsoleta
chave de controle por reunir uma extrema simplicidade de operação e não será mais preciso um
operador ficar monitorando a autoclave por uma eventual elevação ou queda de temperatura e
pressão, pois o controlador tem a função de tender a manter constante a temperatura através do
controle PID. O pressostato após ajustado abre ao ser exercida uma pressão acima do limite
estabelecido. Ainda além, o controlador trabalha durante o tempo de patamar configurado após
alcançado o valor de set-point.

Figura 17. Controlador de Temperatura. Novus. Disponível em: www.novus.com.br

3.3 Procedimento de Instalação


Inicialmente a autoclave foi desinstalada da empresa e levada para a sede da empresa
Grupo Competec, para posterior manutenção e automação. A instalação do controlador foi feita
em um novo painel anexo a autoclave, pois além do próprio controlador foram implementadas
algumas novas alterações, como a instalação de sinalizadores luminosos e sonoros. O novo
painel também fornece uma melhor interface à própria.
No painel3 foram feitas seis marcações, quatro para os sinalizadores, uma para a chave
liga/desliga e a última para o controlador.
• Nas marcações dos sinalizadores foi usado a furadeira com um serra copo de
tamanho 21mm e retirada as rebarbas com uma lima redonda (limatão) para
encaixe dos mesmos.

3
Desenho técnico demonstrativo do painel em apêndices (apêndice A).
24

• O furo da chave liga/desliga foi feito com uma broca de 11mm e retirado
rebarbas com o limatão.
• O rasgo do controlador foi feito nas dimensões 45,5 x 45,5 com uma lixadeira
e disco de corte, e as rebarbas foram retidas utilizando uma lima mursa.
• Foi instalado ainda o relé auxiliar e a chave estática dentro do painel. O relé foi
fixado em um trilho DIN por meio de rebites 3/16” e a chave estática foi
parafusada a chapa com parafusos allen de 5 x 15mm.
Após realizada as operações descritas acima o painel está representado nas (figs. 18 e 19)
abaixo:

Figura 18. Painel Aberto. Grupo Competec 2013.


25

Figura 19. Painel Fechado.Grupo Competec 2013.

Em seguida, foi instalado o PT-100 e o pressostato na autoclave (fig. 20), utilizando


uma chave inglesa 8”. Para o pressostato foi utilizado um tubo de cobre de 5/16” de diâmetro e
conexões para evitar o vazamento. O PT-100 foi conectado com fita teflon para boa vedação.

Figura 20. Pressostato e PT-100 Instalados. Grupo Competec 2013


26

4 MEMORIAL DESCRITIVO
4.1 Descrição do Diagrama Elétrico
Parte-se então para as ligações elétricas, conforme esquema mostrado na figura 21.

Figura 21. Diagrama elétrico do painel. Grupo Competec 2013.

A ligação foi iniciada trazendo a fase e o neutro para o novo painel implementado a
partir do cabeamento da própria autoclave.
Da fase são conectados a chave liga/desliga e o relé de estado sólido (chave estática),
e ao neutro são feitas as ligações dos 4 sinalizadores, do controlador, do relé auxiliar e da
resistência da autoclave. O circuito tem a seguinte funcionalidade:
A partir da chave liga/desliga são energizados a lâmpada verde (L1) que sinaliza o
funcionamento do equipamento, o contato comum do pressostato e o controlador de
temperatura, ainda há a ligação ao contato normal aberto do relé auxiliar. Da chave estática são
ligadas as resistências da autoclave e o sinalizador de cor amarela (L2).
Nestas condições, após atingir o valor de setpoint e contabilizar o tempo de patamar,
o controlador de temperatura (CT) fechará seu contato de alarme (CT-AL1) que acionará o
27

sinalizador juntamente da sirene (L3), indicando o fim de ciclo. O controlador de temperatura


tem a saída ligada à chave estática que executa o controle de acionamento ou desativação da
energização das resistências.
Caso a pressão exceda o ajuste realizado no pressostato, seu contato normal fechado
será aberto e o normal aberto será fechado, acionando o relé auxiliar e a lâmpada de
sobrepressão (L4), o contato normal fechado do relé será aberto atuando como segurança para
garantir que o controlador não seja energizado novamente. O contato normal aberto do relé tem
a função de selo, garantindo que mesmo que a pressão abaixe dentro da autoclave o ciclo só
será retomado caso haja a desenergização do painel e ligação novamente.
Finalizando a parte de instalação, foram colocadas as abraçadeiras de nylon nos cabos
para ficarem presos e organizados. A instalação ilustra-se nas (figs. 22, 23 e 24).

Figura 22. Ligações Elétricas. Grupo Competec 2013


28

Figura 23. Autoclave Automatizada. Grupo Competec 2013

Figura 24. Painel Instalado. Grupo Competec 2013


29

4.2 Programação do Controlador de Temperatura


Feito as instalações é feita a programação no controlador com o auxílio do manual de
instruções e de acordo com os critérios que a empresa estabeleceu. Nas tabelas1, 2 e 3 é
mostrado os parâmetros configurados no controlador.

Ciclo de Entrada
Função Descrição Parâmetro Adotado
tyPE Tipo de Entrada: Seleção do tipo de sensor de temperatura PT-100 - Pt
dP.Po Ponto Decimal: determina a apresentação de ponto decimal 1 casa após
unIt Unidade de Temperatura: indicação em °C ou °F °C
Act Ação de Controle: Reversa ou Direta Reversa
out.A Função da sáida Alarme 1 - AL1
out.B Função da sáida Controle - Ctr
SPLL Limite inferior de setpoint 25°C
SPHL Limite superior de setpoint 125°C
AIFu Função do alarme 1 Fim de Patamar - End.t
Tabela 1. Ciclo de Entrada

Ciclo de Sintonia
Função Descrição Parâmetro Adotado
Auto-Tune: Habilita a sintonia automática dos parâmetros Executar de modo
Atun
PID preciso - FULL
Tabela 2. Ciclo de Sintonia

Ciclo de Operação
Função Descrição Parâmetro Adotado
Tempo de Patamar: intervalo de tempo, em minutos, que o
t SP 45 min.
processo deve permanecer na temperatura de setpoint
run Run: Tela que habilita ou desabilita a atuação do controlador yes
Tabela 3. Ciclo de Operação

4.3 Resultados Obtidos


Após todas as instalações e programações concluídas, partimos para os testes na
autoclave vertical onde foram feitas as observações para observar se não havia nenhuma ligação
errada. Feito a conferência a autoclave foi ligada na rede elétrica que funcionou perfeitamente
conforme solicitação do cliente. Foi feito a programação em seu setpoint de 121°C em um
tempo de patamar de 45 minutos, cuja temperatura foi determinada pela empresa solicitante do
projeto.
Aguardou-se a autoclave alcançar a temperatura programada no controlador e
percebeu-se que a resistência permaneceu em funcionamento até atingir temperatura do
30

setpoint. Quando a temperatura foi estabilizada, o controlador automaticamente, após um


intervalo de tempo, começa o controle PID.
Como seus parâmetros são configurados automaticamente, o controlador liga e desliga
constantemente a energização das resistências para manter a temperatura o mais próximo ao
setpoint, não trabalhando com histerese determinada. A partir desta situação dar-se-á
necessidade da chave estática, pois o trabalho (liga/desliga) constante do controlador danificaria
facilmente um relé convencional.

4.4 Viabilidade Técnica e Econômica

4.4.1 Relações de Benefício


A relação custo x benefício do projeto dá-se mediante a adaptação do mesmo a autoclave,
pois sendo agora de referência normativa pelo INMETRO com a nova norma ABNT NBR ISO
17665-1 o qual trata-se da qualificação de performance de produtos voltas à área da saúde, e da
ANVISA RDC-17 que dispõe-se sobre as boas práticas de fabricação de medicamentos.
A gerência de qualidade de uma empresa determina as intenções e diretrizes globais
relativas à qualidade, e elementos básicos para esse gerenciamento são: uma infraestrutura
apropriada, que englobe instalações, procedimentos, processos e recursos organizacionais, e
ações sistemáticas que assegurem com confiança que um produto cumpra seus requisitos de
qualidade. (ANVISA RDC-17, 2010 p. 6)
Dentro de uma organização o controle de qualidade é utilizado como uma ferramenta de
gerenciamento e deve ser seguido e monitorado de forma que assegure conformidade
estabelecidas em normas e para as boas práticas de fabricação (BPF).
A automação executada na autoclave vertical teve como valor total R$ 1426,95 e se faz
necessário pela necessidade de desenvolvimento no processo de esterilização. As últimas
revisões das normas supracitadas estabelecem que não haja interferência humana durante o
ciclo de esterilização, exigindo que o equipamento opere-se automaticamente garantindo a
qualidade e conformidade do processo executado. Além disso o projeto traz benefícios
significativos para a melhoria geral do processo, como:
• Segurança quanto sobrepressão e superaquecimento;
• Economia de energia elétrica;
• Redução na perda de amostras;
• Maior qualidade no processo;
31

• Conformidade com as normas regulamentadoras.


Com a implantação do projeto no equipamento o mesmo estará em conformidade com
as normas, fazendo com que o cliente não tenha qualquer tipo de prejuízo por ter que adquirir
uma nova autoclave que já esteja em acordo com a norma, o que lhe custaria em média R$
20.000,00 e/ou que seja advertido em qualquer uma de suas auditorias por não estar em
conformidade com as normas vigentes.

4.4.2 Valores Totais


Para a instalação do projeto foram utilizados os materiais descritos abaixo (Tabela 4),
juntamente com os custos e o valor total dos materiais4.

Materiais Utilizados
Descrição Qntd. Preço Unit. Vlr Total
Sinalizador Amarelo LED - 220V 1 R$ 6,72 R$ 6,72
Sinalizador (Verde e Vermelho) - 220V 2 R$ 7,12 R$ 14,24
Chave Liga/Desliga 1 R$ 22,85 R$ 22,85
Painel para Montagem 1 R$ 58,30 R$ 58,30
Pressostato 1 R$ 50,37 R$ 50,37
Relé Conversível 1 R$ 38,73 R$ 38,73
Relé Estado Sólido (Chave estática) 1 R$ 39,69 R$ 39,69
Controlador de Temperatura 1 R$ 419,00 R$ 419,00
Termorresistência PT-100 1 R$ 104,55 R$ 104,55
Sinalizador Acústico 1 R$ 120,50 R$ 120,50
Valor Total R$ 874,95
Tabela 4. Materiais Utilizados

Além dos custos com os materiais ainda há a mão-de-obra necessária para a execução
do projeto.
Para a realização do projeto foi necessário um período de trabalho de 1 (um) dia (8
horas), realizando-se as atividades mecânicas e elétricas e mais 4 (quatro) horas para as
realizações dos testes e observações gerais. Adotando o valor da hora técnica de R$ 46,00,
obtivemos um custo total de mão-de-obra de R$ 552,00.
Observando os custos dos materiais juntamente aos gastos de mão-de-obra obtivemos
um projeto com custo total de R$ 1426,95.

4
Orçamentos em anexo (anexo A).
32

5 CONCLUSÃO

É uma alternativa que transforma um processo rudimentar em um processo com níveis


de controle confiáveis, fazendo com que o produto final esteja com a qualidade necessária para
atender as especificações de saúde e qualidade.

A automação foi o processo pelo qual todo o projeto se desenvolveu, alcançado com
êxito pelo grupo, o aumento da precisão no controle da temperatura veio mediante a instalação
de um controlador de temperatura digital, que dava uma medição correta e confiável da
temperatura da autoclave em seu ciclo. A conformidade com a nova norma da ABNT em vigor
(ABNT NBR ISO 17665-1: 2010) veio com a automatização da autoclave. A melhoria na
interface do equipamento está presente em seu novo de painel de controle, o que além de
auxiliar no processo da autoclave melhora a mesma em suas características estéticas. O aumento
da segurança no processo veio com a diminuição do contato humano com o equipamento,
devido a automação realizada.

Por fim, observa-se que os objetivos propostos foram alcançados por meio do trabalho
desenvolvido, todos os testes executados obtiveram resultados satisfatórios e o trabalho foi
concluído com êxito, ficando clara a importância do controle eficaz de uma variável de
processo.
33

6 BIBLIOGRAFIA

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<http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_sistemas_automacao.php>. Acesso em: 20
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34

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2013.

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<http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Termometria/temperatura.php>. Acesso
em: 09 dez. 2013.
36

APÊNDICES
Apêndice A – Desenhos Técnicos (Demonstrativo)
37

Apêndice B – Cronograma
38

ANEXOS
Anexo A – Orçamentos
39
40
41

KG ELETROMATERIAIS
HSMS ELETROMATERIAIS LTDA
Endereço.......: AVENIDA BRASIL NORTE, 1540 Telefone.......:
(0062) 3311-2525
Bairro.........: CIDADE JARDIM Fax............:
(0062) 3311-2525
Cidade.........: ANAPOLIS Estado.........:
GO
CNPJ(MF).......: 07.950.020/0001-72 Insc. estadual.:
10.400.045-7
PROPOSTA
Cliente........: GABRIEL Pedido.........:
471075
A/C............: GABRIEL
CNPJ / CPF.....: 111.111.111/11 Insc. estadual.:
ISENTO
Endereço.......: AVENIDA
Bairro.........: CENTRO Telefone.......:
(0000) 0000-0000
Cidade.........: ANAPOLIS Estado.........:
GO
----------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------Data emissão...: 20/11/2013 Prazo entrega..: 000001 dias
Frete..: CIF Data validade..: 30/11/2013
Cond. pagamento: DINHEIRO
Vendedor.......: REGIANE
----------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------
Item Quantidade UND Código Cód. original Descrição Marca
Preco unitário Valor total
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0001 1,00 PC 10134 16034001 SIRENE ACUSTICO HB 12 a 220 VCA COEL
120,50 120,50
Total dos itens...: 120,50
IPI...............: 0,00
Substituição tributária (R$).....: 0,00
Desconto (R$).....: 30,50
Frete (R$)........: 0,00
Outras Despesas (R$).....: 0,00
Líquido a pagar...: 90,00

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42

Anexo B – Ficha Técnica


43

Anexo C – Norma ABNT NBR ISO 17665-1

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