Você está na página 1de 15

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/286013424

A ÉTICA NOS SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE: UMA REVISÃO


BIBLIOGRÁFICA

Conference Paper · November 2015


DOI: 10.13140/RG.2.1.4901.7682

CITATIONS READS

0 86

5 authors, including:

Simão, Victor Gomes Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas


National Institute of Metrology, Quality and Technology (Inmetro) Universidade Federal Fluminense
15 PUBLICATIONS   37 CITATIONS    271 PUBLICATIONS   2,713 CITATIONS   

SEE PROFILE SEE PROFILE

Ricardo Gabbay de Souza


São Paulo State University
34 PUBLICATIONS   265 CITATIONS   

SEE PROFILE

Some of the authors of this publication are also working on these related projects:

Rubens Walker View project

INOVAÇÕES, ESTRATÉGIAS, SUSTENTABILIDADE E SISTEMAS DE GESTÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS View project

All content following this page was uploaded by Simão, Victor Gomes on 07 December 2015.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


A ÉTICA NOS SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DA
CONFORMIDADE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
FELIPE TIAGO MONTEIRO - ftmonteiro@inmetro.gov.br
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE
INDUSTRIAL - INMETRO

VICTOR GOMES SIMÃO - victorsimao@yahoo.com.br


UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF

LUIZ CARLOS DAL CORNO - lcdalcorno@gmail.com


FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS - FGV

RICARDO GABBAY DE SOUZA - ricardogabbay@gmail.com


UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF

OSVALDO LUIZ GONÇALVES QUELHAS - quelhas@latec.uff.br


UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF

Resumo: ESTE ARTIGO TRAZ UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA QUE OBJETIVA


APRESENTAR UMA COMPARAÇÃO ENTRE AS REGULAMENTAÇÕES
ESTABELECIDAS ATRAVÉS DE SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DA
CONFORMIDADE COMPULSÓRIOS E VOLUNTÁRIOS, ABORDANDO
ASPECTOS QUE SE REFEREM À CREDIBBILIDADE, BEM COMO À
ATUAÇÃO ÉTICA DAS ORGANIZAÇÕES REGULAMENTADAS POR ESTES
SISTEMAS.EVIDENCIA-SE, ATRAVÉS DO REFERENCIAL TEÓRICO, QUE
A AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE, ENQUANTO FERRAMENTA
COMPULSÓRIA DE REGULAÇÃO DE MERCADO PODE PRODUZIR
EFEITOS MALÉFICOS QUANDO UTILIZADA NO SENTIDO DE CRIAR
BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO ATRAVÉS DA CAPTURA DOS
ÓRGÃOS REGULATÓRIOS PARA ATENDIMENTO A INTERESSES
SETORIAIS.AO FINAL, DEMONSTRA-SE QUE O SISTEMA DE AVALIAÇÃO
DA CONFORMIDADE VOLUNTÁRIO SE DESTACA COMO UMA
FERRAMENTA DE INDUÇÃO À MELHORIA CONTÍNUA DOS PRODUTOS,
PROCESSOS E SERVIÇOS DAS ORGANIZAÇÕES, PRIMANDO POR
PRÁTICAS SAUDÁVEIS DE LIVRE CONCORRÊNCIA, AO MESMO TEMPO
EM QUE REDUZ OS ÔNUS DAS ATIVIDADES DE CERTIFICAÇÃO PARA
TODOS OS ENTES ENVOLVIDOS.

Palavras-chaves: AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE; ÉTICA; ROTULAGEM


AMBIENTAL;
BARREIRAS TÉCNICAS.

Área: 2 - GESTÃO DA QUALIDADE


Sub-Área: 2.2 - NORMALIZAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PARA A QUALIDADE
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

ETHICS IN CONFORMITY ASSESSMENT SYSTEMS:


A LITERATURE REVIEW
Abstract: THIS ARTICLE PRESENTS A LITERATURE REVIEW THAT AIMS TO MAKE
A COMPARISON BETWEEN THE REGULATIONS ESTABLISHED
THROUGH COMPULSORY AND VOLUNTARY CONFORMITY
ASSESSMENT SYSTEMS, ADDRESSING ASPECTS REFERRING TO
CREDIBILITY, AS WELL AS THE ETHICALL ACTUATION OF
ORGANIZATIONS REGULATED BY THESE SYSTEMS.IT IS EVIDENT,
THROUGH THE THEORETICAL FRAMEWORK, THAT CONFORMITY
ASSESSMENT, WHILE COMPULSORY TOOL FOR REGULATING THE
MARKET CAN PRODUCE WORSE EFFECTS WHEN USED TO CREATE
TECHNICAL BARRIERS TO TRADE THROUGH THE CAPTURE OF THE
REGULATORY AGENCIES FOR SECTORIAL INTERESTS.AT THE END,
DEMONSTRATES THAT THE VOLUNTEER SYSTEM OF CONFORMITY
ASSESSMENT STANDS OUT AS A TOOL FOR INDUCTION TO THE
CONTINUOUS IMPROVEMENT OF PRODUCTS, PROCESSES AND
ORGANIZATIONS SERVICES, EXCELLING IN HEALTHY PRACTICES OF
FREE COMPETITION, WHILE REDUCING THE BURDEN OF
CERTIFICATION ACTIVITIES FOR ALL ENTITIES INVOLVED.

Keyword: CONFORMITY ASSESSMENT; ETHICS; ENVIRONMENTAL LABELLING;


TECHNICAL BARRIERS.

1
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

1. Introdução

Um dos mecanismos para obtenção de vantagem competitiva é a assimetria de


informações. A informação de que um produto tem mais qualidade que outro oriundo de um
fornecedor conhecido é usada para buscar a preferência de compra do consumidor. Assim,
aqueles fornecedores que possuem produtos de alta qualidade são motivados a mostrar aos
consumidores que seus produtos o são, e o fazem por meio da adoção de diversos mecanismos
como certificações, rastreabilidade, rotulagem, entre outros (VIEIRA, 2010). A avaliação da
conformidade, em particular, a certificação de produtos e serviços, têm sido utilizadas pelas
empresas para alavancar seus negócios no atual mercado globalizado, como forma de
marketing, bem como para atenderem às exigências de importadores externos. (FILHO, 2004a).
O estabelecimento de programas de avaliação da conformidade, nas mais distintas
formas, se justifica por propiciar concorrência justa, estimular a melhoria contínua, informar e
proteger o consumidor, facilitar o comércio exterior possibilitando o incremento das
exportações e proteger o mercado interno (GIOVANETTI, 2014a).
O Inmetro, como ente de governo, tem a prerrogativa e o dever de estabelecer
programas de avaliação da conformidade em áreas de interesse da sociedade com o objetivo
de mitigar o risco à saúde e à segurança dos consumidores, prevenção de práticas enganosas
de comércio e a proteção ao meio ambiente (BRASIL, 1999).
Os programas de avaliação da conformidade compulsórios têm como documento de
referência um regulamento técnico, enquanto os voluntários são baseados em norma técnica.
A escolha de um deles deve levar em consideração aspectos legais, técnicos, sociais, políticos,
econômicos e financeiros (ISO/UNIDO, 2010a).
As premissas utilizadas para definir um sistema de avaliação da conformidade são
determinantes sobre os resultados que serão obtidos quando da implantação do mesmo,
abarcando o conjunto de critérios e objetivos que darão sustentação à operação do sistema.
1.1 Objetivos

Este artigo descreve os benefícios da certificação voluntária de produtos e serviços,


enquanto ferramenta de indução à melhoria contínua e de agregação de valor às marcas.
Destaca, por outro lado, os pontos negativos dos sistemas de avaliação da conformidade
compulsória, os altos custos envolvidos para a manutenção da infraestrutura de avaliação e a
relação de confiança e ética com todas as partes interessadas envolvidas no processo.

2
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

2. Revisão da Literatura

2.1 Sistemas de Avaliação da Conformidade

Regulação econômica é conceituada como uma intervenção do Estado, que reflete a


busca pela correção de falhas de mercado de distintas naturezas, visando modificar ou
controlar o comportamento de produtores e/ou consumidores, com determinado objetivo,
como a redução da assimetria de informações, ou a necessidade de regulação na área de saúde
e segurança dos consumidores. Uma falha de mercado acontece quando, na ausência de
regulação do Estado, o mercado funciona com total liberdade, causando resultados
econômicos ou sociais indesejáveis (MARTINS, 2010a). Uma das formas mais comuns de
regulação econômica é a avaliação da conformidade.
A avaliação da conformidade tem por finalidade atender à sociedade, fazendo com que
produtos, processos ou serviços estejam de acordo com requisitos especificados, sem que isso
represente um problema para o setor produtivo, visando não envolver recursos além daqueles
que a sociedade estiver disposta a investir (JABBOUR, 2003a).
O estabelecimento de normas determina uma regulação no âmbito estritamente
técnico, e é com base nela que os agentes do mercado deverão se comportar em um setor
específico (MARTINS, 2010b). A infraestrutura técnica necessária para o funcionamento
justo e eficiente do mercado doméstico, para a normalização e para o desempenho de produtos
e prestação de serviços, inclui o estabelecimento de normas e especificações técnicas. Por sua
vez, essas devem garantir que os riscos à saúde pública, à segurança e ao meio ambiente
sejam apropriadamente tratados e que produtos e serviços comercializados no país sejam
adequados ao uso (JABBOUR, 2003b).
As regras para a avaliação da conformidade de produtos e serviços são geralmente
definidas através de um regulamento técnico que pode tratar parcial ou exclusivamente de
terminologia, símbolos e requisitos de embalagem, marcação ou rotulagem aplicáveis a
produtos, serviços ou processos (FILHO, 2004b).
O ato de regulamentar é essencial para o funcionamento da sociedade e da economia.
No entanto, regulamentos mal formulados podem impor custos desnecessários à sociedade,
impedir a inovação tecnológica e solapar a livre concorrência (GOULART et al, 2009a).
É dever do Estado agir pró-ativamente para resguardar a regulamentação, mas para
isto a infraestrutura de fiscalização deve ser adequada a este propósito. A existência de
produtos fora dos requisitos normativos sendo comercializados denota que há margem para o

3
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

sucesso de ações ilegais. Quanto maior for esta margem, menor o respeito pelo poder do
Estado e pelo cidadão (GIOVANETTI, 2014b).
Produtos em conformidade com normas técnicas e contendo selos que o identifiquem
assim, enfrentam menor risco de rejeição no mercado. A lealdade e a confiança dos consumidores
aumentam se um produto está em conformidade com as normas de qualidade ou de segurança.
Consequentemente é possível que haja maior demanda deste produto, o que pode resultar em
maior lucratividade para a empresa que assim certifica seus produtos (KANG, 2010a).
Um sistema de avaliação da conformidade agrega valor ao consumidor e à sociedade
em geral, na medida em que fornece informações relevantes e confiáveis para a tomada de
decisão de compra dos consumidores. Para que se construa essa reputação é necessário o
domínio das tecnologias envolvidas e o estabelecimento de regras suficientemente robustas
para separar os produtos que têm qualidade dos que não têm, os produtos que oferecem riscos
dos que não oferecem (ISO/UNIDO, 2010b).
Conforme histórico evolutivo demonstrado na Figura 1, os programas compulsórios
têm sido a solução mais utilizada amplamente por órgãos como o Inmetro, pois forçam as
empresas do setor, por lei, a agirem conforme os requisitos obrigatórios exigidos pela
regulamentação. Para assegurar que os produtos comercializados estejam de acordo com a
regulamentação, o governo faz ações de fiscalizações no mercado.

FIGURA 1 – Histórico evolutivo dos Programas de Avaliação da Conformidade Compulsórios e Voluntários.


Fonte: Inmetro (2015).

O sistema de certificação de produtos é sustentado por quatro grandes infraestruturas


essenciais, que exigem reconhecimento internacional: capacidade de medição, normas
voluntárias documentais, legislação obrigatória aplicada aos setores regulados (regulação
técnica) e um sistema formal de confiança, capaz de avaliar a competência dos prestadores de
serviços de avaliação da conformidade. (GUASCH et al., 2007).

4
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

No processo de regulamentação, as consequências devem ser pesadas de modo a não


inviabilizar as empresas que tenham maior dificuldade em se adequar aos requisitos
normativos. A grande quantidade de micro e pequenas empresas que abandonaram o mercado
em decorrência da ausência de recursos técnicos e financeiros denotam esta questão. A
certificação de produtos acarreta custos consideráveis, independentemente do porte do
fabricante. O Estado deve definir estratégias para tornar a certificação menos onerosa, já que
isto impacta nos preços dos produtos certificados ofertados. A busca de alternativas viáveis
para empresas, considerando os seus diferentes contextos econômicos, deve ser um elemento
constante na melhoria dos processos de certificação de produto (GIOVANETTI, 2014c).

2.2 Avaliação da Conformidade Voluntária

A avaliação da conformidade é voluntária quando parte de uma decisão exclusiva das


empresas que desejam ter um diferencial de qualidade e demonstrar credibilidade de seus
produtos e serviços aos consumidores. Assim, podem coexistir no mercado produtos e
serviços certificados e não certificados. Nestes casos, a certificação torna-se um diferencial de
mercado altamente significativo, em favor das empresas que adotam a certificação.
A competição bem atuante se caracteriza por clientes exigentes com influência
suficiente para induzir os provedores de produtos e serviços a melhorar a qualidade e, ao
mesmo tempo, reduzir custos (PORTER, 1999).
Em muitos casos, a marca é capaz de potencializar o valor de mercado de determinado
produto ou serviço, desatrelando-o completamente de qualquer parâmetro de custo ou da lógica
de oferta-demanda, criando uma lógica própria de custo-benefício a que os consumidores se
sujeitam. Em sua maioria, portanto, as marcas são determinantes para os consumidores quando
da aquisição de um produto ou serviço, o que as torna uma característica primordial e essencial
do próprio bem oferecido ao consumo (QUELHAS et al, 2010a).
A certificação de caráter voluntário, quando combinada com a normalização, pode
diferenciar produtos, representando uma importante vantagem competitiva em relação aos
concorrentes. Esse procedimento é utilizado por fabricantes ou importadores, como meio de
informar e atrair o consumidor, buscando assim aumentar sua participação no mercado
(ISO/UNIDO, 2010c).
No setor produtivo de aguardente, a certificação voluntária demonstrou sucesso, uma vez
que seu programa de certificação trouxe vantagens para os produtores, governo, exportadores e
consumidores. Dentre estes benefícios destacam-se o incentivo à melhoria contínua da qualidade

5
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

da bebida e do processo de produção; agregação de valor às marcas, aumentando a


competitividade dos produtores; facilitação da entrada do produto em novos mercados e
informação e proteção do consumidor facilitando decisões de compra. O reconhecimento
conquistado pela marca de certificação aumenta sua competitividade e a qualidade percebida
pelos clientes. (SORATTO et. al., 2007)
Os programas voluntários baseiam-se na punição que advém do consumidor, crítico
em relação ao custo / benefício e à qualidade do produto, ao exercer seu direito de escolha na
hora da compra. Ao certificador resta apenas a verificação de que a sua marca esteja sendo
usada de maneira adequada pelos produtos que atendem ao regulamento.

2.3 Avaliação da Conformidade Compulsória

Avaliação da conformidade é compulsória quando uma entidade reguladora entende


que processos, serviços ou produtos podem ocasionar riscos à saúde e à segurança dos
consumidores, ao meio ambiente ou trazer prejuízos econômicos à sociedade. A certificação
de caráter compulsório tem o propósito de contribuir para o nivelamento dos produtos, quanto
à garantia de níveis de qualidade ou segurança mínimos.
As certificações compulsórias são aquelas em que um regulamento determina que a
empresa só pode produzir/comercializar um produto depois que ele estiver certificado. Nesse
caso, a legislação define os requisitos obrigatórios a serem seguidos por todas as empresas.
Porém, há um custo associado a qualquer nova regulamentação de produto, além do
repasse dos custos incorridos pelos fabricantes ao consumidor. A regulamentação de um padrão
reduz as possibilidades de escolha, eliminando a opção de o consumidor comprar produtos mais
baratos que não atendam a este padrão. A avaliação da conformidade, todavia, pode afetar o
comércio negativamente quando é elaborada e aplicada de forma a criar barreiras
excessivamente restritivas, cujas formas de atendimento elevem o custo do processo, sejam de
lenta execução, ou não apresentem transparência suficiente (LIU, 2001). A indústria, muitas
vezes, tem um papel de destaque na definição dos requisitos dos produtos, havendo assim o
risco de que esta venha a elevar as exigências além do necessário, para oferecer desempenho e
segurança reforçados, embora a um preço de venda mais elevado. Além de maximizar o lucro,
esta elevação dos níveis de qualidade protegeria os fabricantes existentes contra a entrada de
eventual novo concorrente com produto básico e mais barato (KANG, 2010b).
Barreiras à entrada são dadas pela medida na qual, em longo prazo, as empresas
estabelecidas podem elevar custos acima do nível de custo mínimo de produção, o qual deverá

6
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

ser arcado por potenciais entrantes, colocando-os em desvantagem em relação aos agentes
econômicos já estabelecidos no mercado, criando assimetrias entre concorrentes existentes e
potenciais na capacidade de atuar eficazmente em determinados mercados. (STIGLITZ, 1999).
O grau de concorrência pode ser prejudicado se a regulamentação estiver diretamente
orientada para favorecer determinadas empresas do setor. Tal situação ocorre quando as
empresas são capazes de influenciar o processo de normalização, ou quando os órgãos
reguladores estabelecem normas com interesse de proteger fabricantes nacionais dominantes.
Grandes empresas, com maior economia de escala podem impor assim uma considerável
barreira de acesso ao mercado (GUASCH et al, 2007).
Portanto, é fundamental que o sistema funcione baseado em princípios éticos, que
permitam que o interesse público, do consumidor, esteja acima dos interesses individuais, ou
de grupos. Para obter eficiência econômica, o nível dos requisitos regulatórios exigidos
compulsoriamente deve ser o mínimo necessário para evitar falhas de mercado, e não
superior, evitando assim custos desnecessários para o consumidor.

2.4 A Ética nos Sistemas de Avaliação da Conformidade

Um ponto chave a ser considerado no caso avaliado por este trabalho é a dificuldade
inerente a se conseguir a atuação ética de tantos atores envolvidos.
A ética é constituída por regras aplicáveis à conduta humana que fazem delas atitudes
compatíveis ou não com a concepção geral do bem. Na literatura recente, conceitos como ética e
moralidade, são explicitados de que forma eles deveriam ser promovidos e implantados dentro das
organizações. Pode-se afirmar que hoje em dia as organizações precisam estar atentas não só a
suas responsabilidades econômicas e legais, mas também a suas responsabilidades éticas, morais e
sociais, que envolvem uma série de normas, padrões ou expectativas de comportamento para
atender o que os diversos públicos (stakeholders) com as quais a empresa se relaciona consideram
legítimo, correto, justo ou de acordo com seus direitos morais. (ASHLEY, 2001).
O estabelecimento de programas compulsórios induz à formação de associações entre
as empresas que atuam no sentido de atenuar ou abrandar os requisitos que seus produtos
terão que atender. Ao regulador não cabe limitar ou impedir a iniciativa empresarial, porém,
os programas compulsórios tornam-se uma barreira para novos entrantes (PORTER, 1999).
Na teoria da Captura, um grupo, representado por uma associação que visa promover o
interesse comum de seus membros se organiza com o objetivo de se apropriar de determinadas
vantagens econômicas, parte do fato de que não havia forte correlação entre as falhas de mercado

7
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

e a regulação em uma indústria. Assim, haveria a captura do legislador quando o aparato


regulatório fosse criado para atender à demanda e interesses da indústria (MARTINS, 2010).
É importante perceber que os vários agentes envolvidos frequentemente apresentam
objetivos contraditórios. Assim, os fornecedores do setor regulado demandam proteção contra a
concorrência dos produtos estrangeiros, que podem apresentar diferencial no mercado por seu
alto patamar tecnológico, ou pelo baixo custo; ao passo que seus clientes demandam produtos
com melhor qualidade, mais seguros, ou mais eficientes. No entanto, de forma geral, as
associações empresariais tendem a ser muito mais eficazes na colocação de suas demandas
junto aos órgãos reguladores, do que os consumidores (MARTINS, 2010).
A confiança e a garantia são elementos essenciais das marcas de certificação, embora
se desvinculem do controle governamental, especialmente no que diz respeito às condições de
utilização da marca. Sobre a utilização por qualquer um que cumpra com as normas vigentes
para seu uso, é necessário que as autoridades públicas desempenhem seu papel na vigilância
no cumprimento das regulamentações que a marca garante ao cliente. A marca de certificação
representa interesse público, mais diretamente dos consumidores (QUELHAS et al, 2010b).

2.5 A Rotulagem Ambiental Voluntária

A rotulagem ambiental voluntária é um sistema de sucesso que permite ao consumidor


distinguir os produtos e serviços com boa performance ambiental, em relação à concorrência
de produtos de baixa qualidade. A rotulagem ambiental voluntária e direcionada para informar
consumidores tenta conscientizar o consumidor sobre os propósitos do programa, bem como
sobre os aspectos ambientais do produto, influenciando assim a sua escolha e o
comportamento dos fabricantes (LEMOS et al, 2006).
A rotulagem ambiental busca difundir informações que alterem positivamente padrões
de produção e consumo, aumentando a consciência dos consumidores e produtores para a
necessidade de usar os recursos naturais de forma mais responsável. Do ponto de vista
econômico, é um instrumento que apela à responsabilidade ambiental dos consumidores em
suas escolhas e busca criar um nicho de mercado para produtos funcionalmente idênticos aos
tradicionais, mas que possuem um atributo ambiental adicional, requerido por um segmento
particular do mercado (MOURA, 2013a).
A rotulagem é útil não apenas por seus aspectos ambientais, mas também por divulgar
boas práticas e permitir aos produtores que conquistem novos mercados, através do uso de
selos ambientais. Exemplos são apresentados no quadro 1:

8
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

Blue Angel Iniciativa do governo alemão para a certificação de tintas de baixa toxicidade, produtos
feitos com material reciclado, pilhas, baterias e produtos químicos de uso doméstico.
Green Seal Criado nos EUA, por iniciativa privada e sem fins lucrativos, é um diferencial ambiental
para lâmpadas fluorescentes, detergentes domésticos, papel de jornal, óleo
recondicionado e produtos de plástico.
Ecolabel Selo do Parlamento Europeu que considera o ciclo de vida do produto e vem sendo
exigido para produtos como lavadoras de louça, adubos para solo, detergentes, papéis
higiênico e de cozinha.
Selo de Qualidade Iniciativa brasileira para a certificação de papel e celulose, couro, calçados,
Ambiental ABNT eletrodomésticos, aerossóis, lâmpadas, móveis de madeira e embalagens de cosméticos e
produtos de higiene pessoal.

Quadro 1: Selos ambientais voluntários que se destacam pelo mundo

Fonte: LEMOS et al, 2006

O mecanismo da rotulagem ambiental é baseado no pressuposto que um determinado


bem pode ser produzido de formas variadas em termos de impacto ambiental e que métodos
de produção mais limpos são geralmente mais caros ou requerem a redução em atributos
apreciados pelos consumidores. Neste sentido, ao implementar um programa de rotulagem
ambiental, considera-se que um segmento do mercado de consumo apoiará os custos mais
altos de produção requeridos para atingir os padrões ambientais. Contudo, com o aumento da
oferta de produtos com melhores padrões ambientais, os custos e, consequentemente, os
preços finais, tendem a cair (MOURA, 2013b).
O fato de os consumidores serem mal informados sobre o conteúdo dos rótulos ambientais
pode ser solucionado através da implantação de programas que visam promover a cultura do
consumo consciente e sustentável. O problema dos consumidores não acreditarem nos rótulos
ambientais pode ser resolvido através da responsabilidade dos fabricantes, que devem prover
confiança nas informações que seus produtos fornecem. (VOLOSATOVA, 2014).
Para o Brasil, a rotulagem ambiental desempenha um importante papel no comércio
exterior e facilitou a sua introdução em mercados internacionais mais exigentes, pode
contribuir para a redução das vendas de produtos poluentes em favor daqueles menos
prejudiciais ao ambiente. No longo prazo, a rotulagem pode estimular os produtores em
direção a inovações tecnológicas mais limpas.

3. Metodologia de Pesquisa

Este artigo consolida um estudo observacional do tipo bibliográfico cujo roteiro


metodológico baseou-se na leitura exploratória e seletiva do material de pesquisa sobre a

9
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

relação entre a ética e a confiança nos sistemas de avaliação da conformidade, com destaque
para mecanismos voluntários amplamente utilizados no mundo, como a rotulagem ambiental.
Os termos de busca utilizados para a pesquisa bibliográfica foram definidos pelos
pesquisadores envolvidos na pesquisa, devido à sua experiência prática com o tema, os quais
sejam: avaliação da conformidade, regulamentação, competitividade, ética, rotulagem
ambiental e segurança de produtos.
O levantamento bibliográfico foi realizado através dos seguintes bancos de teses,
dissertações e artigos acadêmicos; Scielo, Isi Web of Knowledge, Science Direct, Scopus.
Além disso foi feito levantamento dos temas em livros específicos, com o objetivo de prover
embasamento aos conceitos de: ética, avaliação da conformidade, rotulagem ambiental e
regulação e competitividade.
O material selecionado foi avaliado, agrupado e teve suas principais ideias resumidas.
Posteriormente, os principais conceitos foram classificados em torno de eixos centrais para
sua discussão e posterior conclusão através dos pontos de convergência e divergência
encontrados entre a regulamentação compulsória e voluntária.

4. Discussão dos Resultados

O referencial teórico que norteou a formação dos conhecimentos sobre o assunto em


pauta permitiu concluir que a certificação voluntária simplifica todo o sistema, pois funciona
através das próprias forças envolvidas no mercado, apenas acrescentando informação
assimétrica sobre a qualidade dos produtos. Ao fazê-lo induz a melhoria contínua dos
produtos como forma de agregar valor à marca e poder participar do mercado de forma mais
competitiva ou aumentar o diferencial em relação aos demais.
A vigilância de mercado em programas de certificação voluntária, ao ente regulador
basta fiscalizar o correto uso da marca de conformidade, sem incluir o ônus de ter que banir
do mercado os produtos que necessitam de melhoria, ou considerados não conformes. A
pressão para suprimir o produto do mercado será feita pelo próprio consumidor ao não
realizar a compra do mesmo. Nesse caso, pode também ocorrer o inverso, ou seja, a sociedade
pode decidir se o produto certificado é realmente melhor e justifica um maior investimento.
Considerando a existência do risco da captura do agente regulador por um grupo de
organizações de um determinado setor, os interesses deste grupo (lobby) podem passar a ter
força através de instrumentos de governo, ou seja, os participantes do lobby legislando
indiretamente a seu favor. A captura do ente regulador pode se dar das mais diversas formas,
desde o estabelecimento de normas técnicas setoriais tendenciosas, até a definição de

10
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

requisitos que definem exigências que cercam determinados mercados, atuando de forma nada
ética. Aquilo que antes era apenas uma falha de mercado passaria a ser um problema maior,
valendo-se do poder de governo para atender objetivos de um grupo.
A instituição de programas de avaliação da conformidade de maneira exagerada (em
número maior que o necessário), entrando nas esferas possíveis de produtos, processos e
atividades profissionais existentes na sociedade, impõe um custo adicional aos produtos
oferecidos, funcionando como uma espécie de “novo imposto” a ser pago ao governo para que
se possa estar em dia com as obrigações legais.
O poder de atuar no mercado criando regulamentos e fiscalizando os produtos que
estão no mercado pode ser mal utilizado e se tornar um instrumento de barreira a novos
entrantes, ou uma fonte de rendimentos para um determinado setor, às custas do consumidor.
Programas de avaliação da conformidade compulsórios exigem recursos cada vez
maiores para seu acompanhamento mais intensivo no mercado e a infraestrutura para manter
este sistema envolve uma série de players, tais como: órgão de acreditação, organismo
regulador, organismo de certificação, laboratórios de ensaios e calibração, organismo
normalizador, organismo que defende o interesse do consumidor, fabricante, distribuidor,
lojista e o usuário final. Em toda essa cadeia existem riscos e ameaças que podem prejudicar a
conformidade do produto e comprometer os resultados pretendidos com o programa de
avaliação. De todos estes players é exigido um desempenho que proporcione credibilidade ao
sistema.

5. Considerações Finais

O levantamento teórico feito nesta pesquisa permitiu a definição de algumas premissas


básicas fundamentais para regulação de um mercado através do funcionamento ético dos
Sistemas de Avaliação da Conformidade.
Quanto mais programas em vigor, maior a necessidade de vigilância por parte do
governo, implicando em maiores necessidades de recursos humanos e materiais. A
incapacidade de exercer essa vigilância com eficiência aumenta os custos e a incapacidade de
ter uma vigilância eficaz promove a degradação da marca de certificação. Com isso, perdem-
se os maiores valores do sistema, sua credibilidade e reputação decorrentes.
Como foi visto, sistemas compulsórios convivem com o risco de induzir à criação de
lobbys de grupos de empresas legislando, regulando e fiscalizando indiretamente a seu favor.
Tal prática gera um comportamento antiético pelas associações de grandes fabricantes e

11
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

demais players envolvidos, que utilizam o sistema de avaliação da conformidade como


barreira técnica a novos entrantes, na medida que conseguem o poder de manipulação sobre
os órgãos reguladores, além de funcionar como a criação de mais “impostos”.
O sustentáculo básico de um sistema de avaliação da conformidade deve ser a
reputação das organizações envolvidas na certificação dos produtos. Tanto as que executam a
função de avaliadoras como aquelas que são objeto de avaliação. Sistemas menos onerosos
para os players do mercado possibilitam ao consumidor final a livre escolha de decidir sobre o
que é melhor para si e são mais eficazes, pois eliminam a necessidade da intervenção do
governo e não impedem a entrada no mercado de novas empresas e novas tecnologias,
permitindo uma concorrência mais justa. As palavras chave para o sucesso desses sistemas são
a credibilidade e a confiança.
O risco de punição advindo da fiscalização é uma das motivações para o fabricante
manter produtos conformes no mercado. A maior motivação, porém, deve ser sempre a que
decorre da vantagem competitiva que o uso da marca de conformidade proporciona quando
tem amplo respaldo popular.
Diretrizes básicas para a efetividade de um sistema de certificação voluntário são a
possibilidade de novos entrantes no mercado, sem favorecer certas tecnologias em detrimento
de outras; produtos certificados se diferenciam dos demais deixando livre a opção de escolha
para o consumidor final; a qualificação dos produtos e serviços é executada pelo consumidor
(através de sua decisão de compra) que é mais eficiente e abrangente que a do governo e a
identificação de conformidade no produto não deve estar vinculada ao governo, devendo ser
do certificador, que deve assumir o sucesso ou o fracasso do seu trabalho de avaliação.
Ao final desta pesquisa, conclui-se que sistemas de avaliação voluntários podem ser
aplicados de forma mais eficaz enquanto mecanismo de indução à melhoria contínua dos
produtos, processos e serviços oferecidos pelas organizações. O uso de marcas voluntárias de
conformidade, representando requisitos ambientais ou de desempenho, agrega valor aos
produtos que ostentam essas marcas, criando diferencial competitivo no mercado e primando
por práticas éticas e de concorrência livre.

Referências
ASHLEY, P.A. Ética e Responsabilidade Social nos negócios. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
BRASIL. Lei nº 9.933, de 20 de dezembro de 1999. Dispõe sobre as competências do CONMETRO e do
INMETRO, institui a taxa de serviços metrológicos, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília –
DF. P. 2, 21. Dez. 1999.

12
XXII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

FILHO, M. S. - Avaliação do sistema de tratamento de reclamações /denúncias sobre produtos, processos e


serviços avaliados no âmbito do sistema brasileiro de avaliação da conformidade. Dissertação (Mestrado em
Sistemas de Gestão) Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios & Meio Ambiente, Universidade Federal
Fluminense - UFF, Niterói, 2004.
GIOVANETTI, J. Impactos da Certificação de Produto na Indústria de Baterias Automotivas: Um Estudo
Multicaso. Dissertação, Universidade Federal do Paraná - UFPR, Curitiba, 2014.
GOULART, F. A. L; GOMES, R.. E. Boas práticas de regulamentação: globalização, governança e responsabilidade
social. In: XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, Salvador, 2009.
GUASCH, J. L.; RACINE, J. L.; SANCHEZ, I.; DIOP, M. Quality Systems and Standards for a Competitive
Edge. Washington, DC: World Bank Publications, 2007. Disponível em:
<http://siteresources.worldbank.org/EXTEXPCOMNET/Resources/2463593-
1213887855468/69_LAC_Quality_and_Standards_Pub_Nov_2007.pdf>. Acesso em 24.02.2015.
ISO, UNIDO. A caixa de ferramentas da avaliação da conformidade, Brasil, 2010. Disponível em:
<http://www.iso.org/iso/building_trust_pt.pdf>. Acesso em 15.06.2015.
JABBOUR, S. M. J. Impacto da presença do estado no processo de certificação de produtos. Dissertação
(Mestrado em Sistemas de Gestão) Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios & Meio Ambiente,
Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2003.
KANG, B. Colaborative Strategy. In: CHOI, Dong-Geun (org.). Education Guideline 3: Textbook for Higher
Education – Standardization: Fundamentals, Impact and Business Strategy. APEC, 2010.
LEMOS, H. M.; BARROS, R. L. P. Ciclo de Vida dos Produtos, Certificação & Rotulagem Ambiental. Rio de
Janeiro: Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, 2006.
LIU, V. World trade and conformity assessment. In:IAF Seminar 2001, Kyoto, 2001.
MARTINS, V. P. Teoria de Regulação: conceitos básicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
MOURA, A.M.M. O Mecanismo de Rotulagem Ambiental: Perspectivas de Aplicação no Brasil. In: IPEA
Boletim Regional, Urbano e Ambiental | 07 | Jan. – Jun, 2013.
PORTER, M. E. Competição: estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
QUELHAS, O.L.G. GOMES, C.S. A importância da marca de certificação como estratégia de marketing na
indústria de esquadrias de alumínio padronizadas. Revista Gestão Industrial, JANUARY 2010.
SORATTO, Alexandre Nixon; VARVAKIS, Gregorio; HORII, Jorge. A certificação agregando valor à cachaça
do Brasil. Artigo publicado na Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas - SP, 27(4): p.681-687,
out.- dez. 2007.
STIGLITZ, J. E. Promoting competition and regulation policy: exemples form network industries: Senior Vice
President and Chief Economist, The World Bank, Speech delivered on the Ressearch Center for Regulation and
Competition. Chinese Academy of Sciences: Beijing, China, july 25, 1999.
VIEIRA. A. C. P. Instituições e Segurança dos alimentos: construindo uma nova institucionalidade. Tese de
Doutoramento. Programa de Desenvolvimento Econômico, Espaço e Meio Ambiente. Instituto de Economia.
UNICAMP, 2009.
VOLOSATOVA, U.A.; HARKOVA,N.N.; ROSSINSKAYA,M.V.; SIDORENKO, A.S. Peculiarities of
Environmental Certification on the Russian Market. World Applied Sciences Journal 30 (3): 381-383, IDOSI
Publications, 2014.

13

View publication stats

Você também pode gostar