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EMPREENDEDORISMO I –
2022/2
Procure o filme em alguma plataforma de vídeo, redija comentários a respeito dele e sua
relação com o empreendedorismo e envie seu arquivo pelo SIGAA no campo
correspondente. Sugestão de vídeo: https://youtu.be/tsNFt6okIxs.
Responsabilidade Social
Stakeholders
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Ghosn vem sendo alvo de ataques por parte de sindicatos da indústria automotiva e até
do ministro da Economia, Pierre Moscovici, em razão de sua remuneração anual.
Enquanto a empresa vai mal, seu diretor-presidente vai bem. À frente de Renault-
Nissan, o franco-brasileiro receberá um total de € 11,2 milhões em salário anual
variável - quase dez vezes mais do que seu salário anual fixo, de € 1,23 milhão.
"A Nissan pede desculpas por causar grande preocupação aos nossos acionistas e
parceiros."
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A maior empreiteira do país tem donos que não se falam, funcionários deprimidos e
uma dívida de 90 bilhões de reais. O desafio é recomeçar do zero, com outra estratégia,
outra cultura – e talvez outro nome
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Até pouco tempo atrás, a competitividade era baseada em duas grandes vertentes: preço
e qualidade. Atualmente, o mercado está incorporando um novo fator de
competitividade: a QUALIDADE DAS RELAÇÕES.
Mas o que são relações de qualidade? São relações éticas e transparentes que adicionam
valor a todas as partes envolvidas. Para atingir esse objetivo, é necessário manter um
diálogo franco e justo com todos aqueles que participam do cotidiano do seu negócio,
ou seja, seus funcionários, fornecedores, clientes, concorrentes, autoridades de sua
cidade, de seu Estado e de seu país, os vizinhos de sua empresa etc. Dessa forma, todos
saberão o que podem e devem esperar da sua empresa, bem como o que a sua empresa
espera de cada um, em termos de relacionamento e atuação.
A construção de boas relações com os grupos de interesse da empresa, duradouras,
visando o longo prazo é chamada de RESPONSABILIDADE SOCIAL.
Os stakeholders
Stakeholder ou, em português, parte interessada, refere-se a todos os envolvidos num
processo, por exemplo, clientes, colaboradores, investidores, fornecedores, comunidade
etc. São definidos como as organizações ou indivíduos que podem ser
significativamente afetados pelas atividades, produtos e/ou serviços da organização
relatora e cujas ações possam significativamente afetar a capacidade dessa organização
de implementar suas estratégias e atingir seus objetivos com sucesso.
Este conceito parte da visão da empresa como uma entidade complexa, que vai mais
além da preocupação pelos seus acionistas. "Na empresa existe um conjunto de direitos
e de deveres que guiam suas relações, não somente com os acionistas, mas também com
o restante dos setores associados, categoria que não inclui unicamente aos empregados e
ao Estado. Também são considerados como stakeholders os consumidores, os vizinhos
das fábricas, os sub-contratistas, o país onde a empresa tenha se estabelecido...", dizem
os especialistas em administração.
As empresas, cada vez mais, se vêem afetadas pelas ‘pressões’ dos denominados
stakeholders. Da resposta dada as ditas pressões pode inferir tanto a direção estratégica
como a filosofia organizativa sobre a qual a empresa baseia sua missão.
Acionistas
Donos
Investidores
Empregados
Clientes
Fornecedores/subministradores da empresa
Sindicatos
Associações empresariais, industriais ou profissionais
Comunidades onde a empresa tem operações: associações de vizinhos
Governos locais
Governos estatais
Governo nacional
ONGs
Concorrentes
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Alledi, 2002.
Alledi, 2002.
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Cerveja perigosa
À época da crise, a Johnson & Johnson ordenou um “recall” nacional de 264 mil
caixas do Tylenol e ofereceu substituição grátis do produto em forma de cartela e mais
seguro. Não era comum que indústrias farmacêuticas fizessem “recall” de produtos.
Antes do escândalo, o Tylenol era a droga mais vendida entre as que não
careciam de receita médica nos Estados Unidos. Alguns observadores chegaram a
especular que o medicamento jamais seria capaz de se recuperar do desastre. No
entanto, no espaço de meses, Tylenol voltou às prateleiras das farmácias com um
novo envoltório de segurança. O “recall” e o relançamento custou à Johnson &
Johnson mais de US$ 100 milhões, porém, no final, a empresa foi elogiada por ter
conduzido bem a crise. No espaço de um ano, a fatia de Tylenol no mercado se
restabeleceu e a imagem maculada foi significativamente reparada.
O episódio jamais foi solucionado, embora diversas pessoas tenham sido
investigadas. Entretanto, um resultado positivo foi o que levou a indústria farmacêutica
a desenvolver embalagens à prova de adulteração, o que antes simplesmente não
existia.
Presidente da Vale assumiu em 2017 com o lema 'Mariana nunca mais'; pouco
mais de três anos depois, rompimento da barragem de Brumadinho se
encaminha para ser a pior tragédia humana em acidentes do tipo no mundo;
que ensinamentos do caso de Mariana governo e empresas ignoraram?
“Mariana nunca mais". Foi com esse lema que Fabio Schvartsman
assumiu a presidência da Vale em maio de 2017. A ideia era "aprender a lição"
deixada em 2015 pelo rompimento da barragem da Samarco - de propriedade
da Vale e da BHP Billiton - que deixou 19 mortos e é tida como o maior
desastre ambiental da história do Brasil. Três anos depois, a Vale se vê diante
da possibilidade de, desta vez, protagonizar o maior desastre em termos de
vidas humanas dos últimos 30 anos no mundo.
Até agora, segundo dados divulgados no final do dia 31/01, foram
encontrados 110 corpos e 238 pessoas estão desaparecidas após o
rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).
Se Mariana era para ter servido de exemplo para evitar tragédias como
que vimos na última sexta (25/01/19), que ensinamentos deixaram de ser
aproveitados pelas mineradoras e as autoridades brasileiras?
Sistema de sirenes
E o que fazer com as barragens que existem há muitos anos e que estão
rodeadas por comunidades?
A preocupação imediata após a tragédia de Mariana foi rever os
procedimentos de alerta em caso de rompimento. Não havia qualquer sistema
de sirenes nas barragens da Samarco que romperam em 2015. Na época, os
próprios moradores tiveram que alertar uns aos outros ao perceberem que uma
tragédia estava prestes a ocorrer. Mas 19 pessoas não tiveram tempo de se
salvar.
Após a tragédia, foi aprovada uma lei que exige a instalação de sistema
de alerta por sirenes nas barragens. No caso de Brumadinho, elas foram
instaladas nas comunidades próximas à barragem. Mas os moradores dizem
que as sirenes não tocaram. A lama pegou centenas de pessoas de surpresa,
na hora do almoço. Quem sobreviveu teve poucos minutos para escapar.
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Em nota à BBC News Brasil, a Vale disse que o sistema não funcionou
por causa da 'velocidade' do deslizamento. Mas especialistas disseram que a
explicação não convence, já que, segundo eles, existe tecnologia para que
alertas sonoros de emergência sejam acionados em qualquer circunstância,
independentemente da velocidade do evento.
"Falar que a sirene não tocou porque o evento foi muito rápido é
brincadeira", critica Sergio Medici de Eston, professor de Engenharia de Minas
da Universidade de São Paulo (USP).
caso do Espírito Santo, onde oito dos dez deputados federais receberam
doações da mineradora.
Há 76 deputados da Câmara dos Deputados, eleitos ainda em 2014, que
receberam doações da Vale ou 15% da casa, vindos de 22 Estados. Se fosse
um partido, seria a maior bancada do Congresso.
"A Vale nem me procura porque sabe que não vou aceitar (doação)", diz o
deputado estadual de Minas João Vitor Xavier (PSDB), autor de um projeto que
previa maior rigor na fiscalização de barragens e pretendia desativar modelos
como o de Brumadinho. Em julho do ano passado, sua proposta acabou
reprovada na Comissão de Minas e Energia da Assembleia por três votos a
um. Dois dos três que votaram contra receberam doação da Vale em 2014.
"Durou 30 segundos a análise e eles votaram contra. Passamos oito
meses desenvolvendo a proposta junto à população, Ministério Público e
Ibama, mas eles não quiseram ouvir os argumentos técnicos e preferiram ouvir
as mineradoras", diz. Reeleito para mais um mandato, Xavier promete
encampar novamente o projeto, dessa vez "esperançoso por mudança".
O "Estado" realizou questionamentos à mineradora Vale sobre o assunto.
Foi perguntado com que fins institucionais a empresa realizou essas doações,
como foram escolhidos os candidatos que receberam recursos, por que as
doações são mais volumosas nos Estados onde há mais operações da Vale, se
a Vale manteve contatos com os parlamentares eleitos com ajuda da empresa
e se há uma nova política para doação por pessoa física. As perguntas não
foram respondidas.
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Quando você terminar esta unidade, deverá ser capaz de definir, conceituar e
compreender as seguintes diretrizes:
Uma iniciativa importante para a empresa é buscar disseminar seus valores pela cadeia
de fornecedores, empresas parceiras e terceirizadas. Desta forma, deve exigir para os
trabalhadores terceirizados condições semelhantes às de seus próprios empregados.
Cabe à empresa evitar que ocorram terceirizações em que a redução de custos seja
conseguida pela degradação das condições de trabalho e das relações com os
trabalhadores.
Para ser reconhecida como socialmente responsável, a empresa não deve utilizar-se,
direta ou indiretamente, de trabalho infantil (de menores de 14 anos), conforme
determina a legislação brasileira. Por outro lado, é positiva a iniciativa de empregar
menores entre 14 e 16 anos, como menores aprendizes. A lei de aprendizes impõe
procedimentos rígidos em relação a estes adolescentes, o que inclui a exigência de sua
permanência na escola. Crianças e adolescentes têm direito à educação para poderem
exercitar sua cidadania e para capacitar-se profissionalmente.
As crianças e os adolescentes não podem ser vistos da mesma forma que o indivíduo
adulto. Investir na infância é a alternativa para quebrar o ciclo vicioso da pobreza e
promover o desenvolvimento social e econômico do País.
Vídeo Complementar:
Denúncia: crianças perdem a infância nas lavouras de tabaco. Fantástico.
https://youtu.be/ZotXEbq62S4
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A Faber-Castell, tão logo tomou conhecimento do caso, afirmou que suspenderia a compra da
matéria-prima fornecida pela Minas Talco e divulgou uma nota, afirmando estar 'estarrecida'
com a denúncia.
A Coral, controlada pela multinacional britânica ICI Paints, informou que igualmente
interrompeu suas relações comerciais com a Minas Talco e também anunciou que aguarda
providências por parte do Ministério Público. "A fornecedora Minas Talco respondia por apenas
0,1% dos insumos.
A Basf aguarda informações que solicitou a diversos órgãos públicos, tais como Ministério do
Trabalho e Procuradoria Regional do Trabalho de Minas Gerais. "Até agora, não recebemos
nenhum retorno dessas fontes", afirma a gerente de Comunicação Social Regional da Basf.
Conseqüências
O embaixador da Alemanha em Brasília, Prot von Kunow, revelou, por meio de sua assessoria,
que contatou diretamente os responsáveis das empresas Basf e Faber-Castell no Brasil, ambas
com matrizes alemãs, solicitando deles informações concretas sobre o caso, bem como sobre
suas decisões.
“(...) a recompensa pode ir muito além do consolo moral de se praticar um ato socialmente
útil... Não é por filantropia ou miserabilismo que emprego deficientes. É por pura
vantagem competitiva." Ernani Gonçalves, gerente da Silvex
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"Já temos deficientes aqui trabalhando há muitos anos. Eram dois surdos-mudos. Fizemos
não por caridade mas por acreditarmos no seu desempenho. Maria Isabel Antunes,
Tipografia Comercial
Dados da DRT mostram que, embora sejam obrigadas por lei, apenas 49,6% das
empresas privadas com cem ou mais funcionários contratam deficientes. Atualmente,
muitos deficientes poderiam estar em postos de trabalho, caso todas as empresas
seguissem a lei federal nº 8.213, de 91, que criou cotas de 2% a 5% de suas vagas a
portadores de deficiência ou profissionais reabilitados.
No país, das 24,6 milhões de pessoas (14,5% da população) que apresentam algum tipo
de incapacidade ou deficiência, apenas nove milhões estão ocupadas. Para a chefe de
fiscalização da DRT-SP, Lucíola Rodrigues, o principal motivo da não disponibilidade
de vagas é a discriminação dos empresários.
Muitas vezes as empresas têm dificuldade de encontrar deficientes capacitados para
preencher a cota e temem perder competitividade frente à concorrência. "Tem de
empregar com qualidade, com eficiência. Ele não deve ser olhado como o coitadinho."
A falta de oportunidade no mercado de trabalho faz com que muitos deficientes
desistam até de tentar emprego, como mostra uma pesquisa feita com 233 portadores de
deficiência na capital.
Com baixo nível educacional e socioeconômico, 33,5% só cursaram até a 4ª série do
ensino fundamental. Outros 29,2% chegaram até a 8ª série. Entre os que estavam
empregados, a maioria exercia atividades de pouca remuneração, como serviços gerais e
domésticos.
Vídeos Complementares:
Ciranda da Bailarina
Adriana Calcanhoto
Desenvolva e implemente uma política firme contra o assédio sexual. Esta não é só uma
atitude socialmente responsável, mas uma exigência legal. Esclareça a todos que
qualquer reclamação recebida implicará uma investigação objetiva, salientando as
penalidades aplicadas por violação da regra, inclusive a possível demissão. Proíba,
estritamente, qualquer tipo de vingança contra aqueles que apresentarem reclamações e
proteja, se for o caso, a fonte de reclamação. Monitore pessoalmente tais situações, em
especial quando a reclamação envolver o superior direto de quem foi molestado.
Assédio moral no trabalho é toda a conduta abusiva manifestada por comportamento,
palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à
integridade física ou psíquica de uma pessoa, por em perigo seu emprego, ou degradar o
ambiente de trabalho
Levante todas as opções de redução nos custos antes de decidir por demissões. Solicite
aos próprios funcionários sugestões para diminuir as despesas. Nas empresas com maior
números de funcionários, como último recurso, deve-se pensar na hipótese de reduzir
salários mediante negociação coletiva, submetida à Justiça do Trabalho, de forma a
manter os empregos.
Quando forem inevitáveis, a empresa deve realizá-las com responsabilidade,
estabelecendo critérios para executá-las (empregados temporários, facilidade de
recolocação, idade do empregado, empregado casado ou com filhos etc.) e assegurando
os benefícios que estiverem a seu alcance. Além disso, a empresa pode utilizar sua
influência e acesso a informações para auxiliar a recolocação dos empregados
demitidos.
Considere a possibilidade de treinar o funcionário para uma segunda função, para evitar
sua demissão e proteger o que a empresa nele investiu. Confira com outras empresas
locais se estão necessitando de pessoal e se há condições de alocarem seu excedente de
funcionários por determinado período.
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https://youtu.be/ShaiZmC_Zew
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Em muitas empresas, o papel é a maior fonte de lixo. Estabeleça em sua empresa uma
ampla política para o uso dos dois lados do papel para fotocópias. O lado branco do
papel impresso poderá ser usado para rascunho de documentos. Use e-mail ao invés de
imprimir cópias. Utilize formulários ultrapassados, que não tenham mais uso, para
memorandos internos. Memorandos dirigidos a todos os funcionários podem ser
afixados em locais centrais da empresa, ao invés de serem distribuídos a todos. Encoraje
os funcionários a guardarem documentos em disquetes, substituindo o uso de papel.
Crie um plano que assegure o descarte seguro de tudo o que é tóxico, incluindo o que
não aparenta ser prejudicial: pilhas, cartuchos de tintas de impressoras e copiadoras,
tintas, solventes, etc. Descubra na prefeitura local quais as áreas, nas proximidades de
sua empresa, próprias para depósito de substâncias tóxicas ou verifique a possibilidade
de criá-las em conjunto com outras empresas.
Japão
A Tepco disse que, em 11 anos, não inspecionou a peça que alimenta uma válvula de
controle da temperatura do reator, apesar dos técnicos, que se contentaram em fazer
apenas controles rotineiros, garantirem o contrário.
Antes da catástrofe, a agência reguladora do setor havia alertado a Tepco, exigindo uma
mudança de comportamento e a aplicação de um novo plano de manutenção antes de 2
de junho.
Organizações que aparecem na lista são proibidas de acessar linhas de crédito de bancos
estatais e outras formas de financiamento público. - REUTERS 06 fevereiro de 2019.
A Danone e a Dairy Partners Americas Brasil (DPA), que tem a Nestlé como
sócia, correm o risco de entrar na "lista suja" do governo brasileiro de empresas que já
usaram trabalho escravo, disseram autoridades. As duas empresas aparecem numa
auditoria que investiga a cadeia de fornecimento de laticínios em São Paulo, segundo
inquérito.
Organizações que aparecem na lista são proibidas de acessar linhas de crédito
de bancos estatais e outras formas de financiamento público. As companhias negaram
qualquer irregularidade.
Danone e DPA são acusadas de serem coniventes com empresário que
mantinha 28 pessoas em situação de escravidão, uma vez que seus distribuidores
afiliados vendiam produtos a granel sem monitorar as condições de trabalho da
operação.
Vendedores de porta-a-porta foram vítimas de uma rede de tráfico de pessoas,
que os tiraram de regiões pobres do Ceará, e os obrigaram a vender iogurtes perto da
data de validade com desconto na cidade de Salto (SP). Investigadores descobriram
que cerca de 70% dos produtos vendidos eram de marcas da Danone e da Nestlé. Os
demais 30% correspondem a empresas menores que também serão notificadas dentro
das próximas semanas.
"Muitos trabalhadores já chegavam com dívidas, devido ao custo da viagem",
disse o auditor fiscal do trabalho que coordenou as operações no local. "Eles às vezes
trabalhavam por 15 horas sob calor extremo, frio ou chuva".
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A vinheta de 40 segundos informa que "as pessoas que confiam no nome Silvio Santos
estão absolutamente garantidas" e que "não terão qualquer prejuízo".
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje que não foi usado
dinheiro público para o aporte, que pode evitar a falência do banco e o contágio ao
sistema financeiro.
Todo esse dinheiro foi colocado para reforçar o caixa do banco. As pessoas e as
empresas que confiam no nome Silvio Santos estão absolutamente garantidas. Não
tiveram e nem terão, em hipótese alguma, qualquer prejuízo.
A relação que uma empresa tem com sua comunidade de entorno é um dos principais
exemplos dos valores com os quais está comprometida. Respeito aos costumes e à
cultura local, contribuição em projetos educacionais, em ONGs ou organizações
comunitárias, destinação de verbas a instituições sociais e a divulgação de princípios
que aproximam seu empreendimento das pessoas ao redor são algumas das ações que
demonstram o valor que sua empresa dá à comunidade.
Um entrosamento saudável e dinâmico com os grupos representativos locais na busca
de soluções conjuntas para os problemas comunitários fará do seu empreendimento um
parceiro da comunidade, reconhecido e considerado por todos.
Passados dez anos após a criação do parque gráfico da indústria Esdeva, localizada no
Poço Rico, muitos moradores ainda sofrem com os transtornos gerados pela presença da
empresa no bairro. Após a compra da concessionária Fiat em 1998, a indústria passou a
funcionar em uma área que se estende desde a avenida Brasil até a rua Espírito Santo,
englobando boa parte do bairro Poço Rico.
Transtornos continuam
Segundo moradores, alterações foram feitas para que a gráfica se adeqüe às
características residenciais do bairro. "A instalação de filtros nas chaminés amenizou a
poluição do ar, mas o barulho dos funcionários na madrugada ainda é um incômodo",
afirma Elaisa Silva, moradora da rua Paraná. Medições feitas pela prefeitura no início do
ano mostram que as atividades da indústria chegaram a atingir ruídos de 80 decibéis,
enquanto o limite previsto por lei é de 50. Porém, mesmo após a realização de obras
para isolamento acústico por parte da Esdeva, os problemas persistem.
É o que incomoda Renan Simões, 21 anos, morador do bairro. "O barulho dos maquinários
e dos funcionários gritando a noite incomoda muito. O mau cheiro diminuiu, mas não
cessou. De vez em quando cai uma espécie de fuligem na minha varanda. Desconfio que
ela venha da indústria".
Na justiça
Em 2007, foi criada a Associação de Moradores do Bairro Poço Rico (AMBPR), com intuito
de intermediar as relações a respeito do caso no judiciário. "Realizamos diversos abaixo-
assinados que foram entregues para a Delegacia do meio ambiente. O isolamento
acústico foi feito apenas em parte da rua Paraná e não solucionou nada. Uma nova
perícia será feita por um técnico da UFMG e esperamos que a indústria se mobilize e
resolva nossos problemas", relata Rui Gonçalves, presidente da AMBPR.
Não é resumo: é comentário. Destaque o que lhe chamou atenção e faça relações com o
universo empresarial. Sua capacidade de resumir não será avaliada e sim sua capacidade
de relacionar o texto à organização de empresas e ao empreendedorismo. É um
comentário breve sobre qualquer capítulo (cerca de meia página de um editor de texto,
como o Word ou similar: fonte 12, espaçamento simples). Todos os trabalhos serão
analisados e incidências de cópia/plágio serão avaliadas com nota zero.
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3.1.1 - PLANEJAR
A função de planejar (ou de planejamento), por exemplo, é aquela responsável pela
definição dos objetivos e da concepção de planos para atingi-los. Envolve, portanto, a
definição do que deve ser feito (ou os objetivos) e de como deve ser feito (ou planos).
Essa função é a base de todas as outras funções da Administração.
Pense na situação do executivo da Renault-Nissan que vimos no início desta apostila: a
empresa passava por problemas financeiros e mercadológicos. Seu diretor, então,
precisou traçar objetivos e metas de melhoria para a empresa (Aumentar x% as vendas,
diminuir x% os custos com matéria-prima, etc.). Além disso, precisou definir de que
forma estes objetivos e metas seriam atingidos. Houve planejamento.
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Para maiores detalhes sobre planejamento e seus níveis, acesse o vídeo de apoio:
https://youtu.be/1aPMUS-Tq4Q
3.1.2 - ORGANIZAR
Certamente, para que os objetivos e metas fossem atingidos foi necessário criar
condições para que os planos pudessem ser executados. Em outras palavras, foi preciso
dispor um conjunto de recursos humanos (pessoas) e materiais (equipamentos) em uma
estrutura, organizar. É através da organização que se: determina os departamentos
organizacionais; distribui tarefas e recursos entre os profissionais de uma empresa;
determina quem tem autoridade sobre quem; etc.
A departamentalização faz parte da organização e surge quando existe a necessidade de
melhorar a qualidade das supervisões, distribuindo tarefas antes atribuídas a um setor, a
vários outros.
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Vantagens Desvantagens
Agrupa especialistas comuns Reduz a cooperação
em uma única chefia. interdepartamental.
Garante plena utilização das Faz com que pessoas
habilidades técnicas das focalizem sub-objetivos de
pessoas. suas especialidades.
Vantagens Desvantagens
• Assegura o sucesso da organização pelo ajustamento às
condições locais.
Vantagens Desvantagens
• Quando a satisfação do cliente é o aspecto
mais crítico da organização.
• Quando o negócio depende de diferentes Concorrência entre os gerentes
tipos de clientes. para utilização de recursos da
• Predispõe os executivos a pensar em empresa;
satisfazer as necessidades dos clientes.
3.1.3 - DIRIGIR
A função de dirigir, ou de direção, é aquela responsável pela articulação da ação dos
indivíduos no contexto organizacional. É, portanto, um processo interpessoal. Envolve
aspectos como motivação, comunicação e liderança dos trabalhadores.
a) Motivação humana
A motivação humana vem sendo estudada há muitos anos principalmente a partir dos
estudos relacionados à Psicologia. Um dos grandes estudos utilizados como referência
na área, entre inúmeros outros, é a chamada Hierarquia das necessidades de Maslow
(ou Pirâmide de Maslow). Segundo este estudo, as necessidades humanas estão
organizadas na forma de uma pirâmide, sendo que necessidades de níveis mais baixos,
quando não satisfeitas, determinam o comportamento de uma pessoa. A figura seguinte
mostra uma representação gráfica desse modelo.
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Outro estudo que merece destaque é a Teoria dos dois fatores de Herzberg. Nesse
estudo Herzberg propõe que dois conjuntos substancialmente distintos de fatores
independentes e não vinculados interferem na satisfação e na insatisfação no trabalho:
os higiênicos e os motivacionais.
Os fatores higiênicos estão relacionados ao contexto de trabalho e estão situados no
ambiente externo ao indivíduo. Provocam insatisfação ou ausência de insatisfação.
Pode-se citar, para fins de exemplificação: ambiente geral de trabalho, salário,
benefícios, horário de trabalho, forma de supervisão, relacionamento com colegas,
condições físicas e ambientais (limpeza, ventilação, barulho, iluminação, etc.), políticas
da empresa, clima organizacional, regulamentos, etc. Estes fatores, via de regra, não
estão sob controle do indivíduo, e, quando se apresentam de forma negativa, podem
gerar um trabalho altamente insatisfatório.
Os fatores motivacionais, por sua vez, estão relacionados a como o indivíduo percebe a
sua importância numa organização. Estão, dessa forma, sob controle do indivíduo. Esses
fatores sofrem influência direta do conteúdo do cargo e da natureza das tarefas às quais
ele realiza, podendo provocar satisfação ou ausência de satisfação. Para ilustrar, estes
fatores estão associados à existência de atividades desafiantes e estimulantes; à
realização pessoal; ao reconhecimento pelo trabalho; ao progresso profissional, etc.
Leitura obrigatória sobre motivação: leia o texto sobre motivação humana de
Herzberg, disponível no SIGAA.
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b) Comunicação
A comunicação organizacional é considerada o conjunto de estratégias para o
relacionamento com todos os seus públicos: a comunicação entre cliente interno e
externo, com fornecedores, prestadores de serviços e outros que necessitem de
informação da organização em evidência.
Para alcançar a qualidade na comunicação organizacional, é fundamental que as
informações circulem por todos os setores da empresa, que a verdade e a transparência
sempre prevaleçam, e que os vários tipos de indivíduos, cada um com seu modo de agir,
pensar e sua cultura sejam respeitados.
O tipo de gestão interfere na comunicação. A gestão vertical é aquela que possui um
organograma com vários níveis administrativos e hierárquicos. No topo está o
presidente da empresa, e depois cada divisão é composta por uma série de quadros
intermediários e supervisores que são responsáveis por vários departamentos. Na
estrutura horizontal, os funcionários têm autonomia para tomar suas próprias decisões.
Neste modelo, grandes grupos de funcionários relatam a apenas um gerente. É um
sistema mais informal, bastante comum em empresas menores. Quanto à comunicação
há uma grande diferença entre a gestão horizontal e vertical. A estrutura rígida de uma
organização vertical tende a tornar a disseminação de informações entre departamentos
e funcionários mais lenta, já que tudo deve seguir os níveis hierárquicos. Já em uma
organização horizontal, a comunicação tende a ser mais orgânica, fluindo naturalmente
de um setor para o outro.
c) Liderança:
A liderança pode ser entendida como um processo social de dirigir e influenciar o
comportamento dos membros da organização, levando-os a realizar determinados
objetivos. Três elementos podem ser destacados nesse conceito: pessoas, poder e
influência. Em linhas gerais, duas perspectivas orientaram as pesquisas na área ao longo
dos anos: aquela baseada nos traços e a comportamental.
A perspectiva baseada nos traços de liderança pressupõe que existem características
internas e individuais que são inatas aos líderes. Ou seja, pressupõe-se que os líderes
nascem com essas características; que possuem traços de personalidade que os
distinguem dos demais. Nessa concepção os treinamentos não surtem efeito no processo
de formação gerencial, ou seja, entende-se não ser possível a formação de líderes. O
fracasso na comprovação dessa perspectiva abriu espaço para outras abordagens.
Aspectos físicos- Uma boa estrutura física, força, aparência e postura também eram
considerados traços favoráveis a um líder nato.
A partir desse estudo, diversos outros foram realizados no intuito de verificar qual dos
três estilos era o mais eficaz. Em geral, estudos mostraram que, comparativamente, o
estilo laissez-faire era ineficaz e que os outros atingiam níveis de desempenho similares
com maior satisfação dos empregados quando o estilo democrático era adotado. Robert
Tannenbaum e Warren Schmidt desenvolveram um continuum de comportamentos de
liderança o qual está exposto na figura acima.
3.1.4 - CONTROLAR
Você planejou, organizou e delegou as tarefas aos seus empregados. Isso tudo não é
garantia de que, na prática, o trabalho será bem executado e dará os resultados previstos.
Para isso, existe o controle. Ele envolve a medição do desempenho atual, a comparação
entre o desempenho padrão (esperado) e o atual e as possíveis ações corretivas para
redirecionar os esforços no caminho dos objetivos inicialmente traçados.
a) Compara-se o que foi PLANEJADO com o que foi efetivamente REALIZADO;
b) Realiza-se essa comparação mediante padrões previamente estabelecidos que
denominamos INDICADORES;
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Para controlar a empresa, é muito importante ter uma boa capacidade de análise,
fundamentalmente baseando-se em números. Quanto mais indicadores técnicos você
tiver, melhor condição terá de fazer uma avaliação fiel da situação da empresa. Mas
lembre-se que a frieza dos números também pode enganar – use a sua capacidade de
observação para interpretar as planilhas.
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Quem vê o grande imóvel na Rua Otília de Souza Leal, com um amplo salão de vidro, o
charmoso deque de madeira e os grandes tanques para fabricação de cerveja, jamais
conseguiria imaginar o quanto o terreno guarda histórias vividas ao longo dos anos. O
mesmo gramado onde se ergueu o Mr Tugas, muitas peladas de moleques foram
disputadas, muita lenha já foi cortada, e muitas festas vararam a madrugada, bem antes
de serem trilha para amantes de pizza e cerveja artesanal. “Fiz uma festa nos meus 20
anos que lotou, e um cara que fazia turismo me disse que dava pra ganhar dinheiro
fazendo festa aqui. Como eu sempre gostei de correr atrás das coisas, realizar,
embarquei. E de 2002 a 2005, aqui era o Chalé do Tugão, e teve muita festa aqui: de
fundo de formatura, rave, festa com DJ famoso, com praça de alimentação, isso aqui
ficava lotado. Você nunca veio em festa aqui não?”, vai dizendo Hugo Siqueira, o
Tugão em pessoa, que de promoter virou empresário de uma das marcas mais relevantes
da gastronomia local – não sem antes ser pizzaiolo. E sacoleiro. E ter tido uma loja de
roupas, a TugaTuga. “Isso veio de um amigo meu de adolescência, que não falava Hugo
de jeito nenhum, falava Tugo, Tugão… e o apelido pegou.
” Mas a história do terreno é de muito antes disso tudo. Ainda criança, Hugo correu
muito com o irmão Fábio pelas ruas, então de terra, de um Marilândia ainda a ser
desbravado. “Eu sempre dizia pro meu irmão: ‘Fabinho, em uns 30 anos isso aqui vai
estar cheio de prédio’. E ele me chamava de doido. Mas hoje está tudo aí, antes até do
que eu previa”, diz Hugo, apontando para a vista panorâmica do bairro que se tem do
deque do Mr. Tugas, onde conversamos. Dali, também é possível ver o cantinho exato
onde a pizzaria começou, o chalé idealizado por Paulo, pai de Hugo, mais de 30 anos
atrás, que acabou virando a logomarca da empresa. “Era um chalé de fim de semana
mesmo, de lazer nosso, mas meu pai sempre quis fazer um bar aqui. Tinha até nome:
“Chalica” , que vem do apelido dele, Polica! (risos). Bar não virou, mas cerveja, nós
temos. E boa, hein?”, conta Hugo.
Foi no chalezinho que as primeiras pizzas da empreitada que hoje tem fila na porta
foram servidas, na época com capacidade para 35 pessoas. “Comecei a fazer pizza de
bobeira, reunindo os amigos, igual se faz churrasco. Mas dava o maior trabalho porque
amigo é assim, né? Nunca ajuda. (risos) Comprava os materiais, preparava as massas,
calculava receita para dez e vinham 20, tinha que fazer mais massa na hora, e no final
ninguém arrumava as coisas. Fiquei cansado de fazer pizza pros outros, mas como todo
mundo gostava muito, vi que tinha uma oportunidade de negócio, que veio a calhar
porque estava passando aperto”, relembra o empreendedor. Na época, Paulo, que era
médico, tinha acabado de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) e estava
impossibilitado de exercer a profissão. “Estávamos duros”, relembra Hugo.
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Formado em Administração de
Empresas, Hugo, apesar de
aventureiro, quando decidiu viver
de pizza pesquisou os
estabelecimentos da cidade. “De
133 pizzarias que havia na cidade,
fomos em 45 para conhecer o
serviço, o paladar, estudar o
estabelecimento e o público. Quem
precisa, não tem escolha. Fui na
cara e na coragem, desbravando
cada uma”, relembra ele, que sabe o
montante exato do investimento inicial no Mr. Tugas: R$ 16 mil. “Foi o dinheiro de um
carro ‘véio’ que meu pai vendeu. Usamos R$ 4 mil para pesquisa, e o resto foi tudo que
tínhamos de capital inicial. Fizemos o melhor que dava com o que a gente tinha. Eu
fazia pizza, minha mãe ficava no caixa e meu pai fazia as entregas. Minha esposa,
Natália, também ajudava. Mal começamos a namorar e ela veio trabalhar com a gente,
de garçonete”, relembra Hugo.
Daqueles tempos de muito trabalho e pouca grana, ficam sim, boas lembranças. “Tinha
época em que a gente só comia arroz com calabresa, arroz com calabresa. Quando a
mãe da Natália mandava uns potinhos de feijão, a gente comemorava: ‘Nossa, feijão!’.
Mas morava nesse chalé delicioso, com piscina, sauna… estava com a mulher que eu
amo, perto da família, não podia reclamar”, diz Hugo. A mulher em questão, Natália,
lembra-se inclusive com carinho desta época. “Tinha dia que a gente fazia uma sauna, e
ia arrumando o salão depois de roupão, com calma…”, diz ela. “Aí não vinha ninguém!
(risos)”, completa Hugo. “É! (risos) Mas era uma época boa, de recém casados… Quer
dizer, eu fui ficando né?”, brinca a Mrs. Tugas.
“Naquele tempo, a coisa era tão feia que faltava grana para eu ir vê-la em Grama, tinha
que pegar dois ônibus! Aí era melhor ficar por aqui mesmo. E ela foi ficando, foi
ficando bom, que deu em casamento mesmo!”, conta Hugo, lembrando que nem no dia
em que comemoraram a união a pizzaria deixou de funcionar. “Não dava. Era sábado.
Se não abrisse, não ganhava dinheiro, e não podia me dar a este luxo. Fizemos um
almoço mineiro, cortei mandioca a noite anterior inteira. À noite, estávamos
trabalhando. Mas foi a nossa cara”, recorda-se o empresário, e Natália, em
concordância, acena com a cabeça, enquanto embala o carrinho do pequeno Conrado,
caçula do casal, irmão de Luca e Heitor, que são habitués entre as mesas do salão
durante o expediente, correndo para lá e para cá. “Mas ainda vamos ter duas meninas!”,
planeja Hugo. E de planejamento o homem entende.
tem até que dar uma freada”, revela Natália, que nem sempre tem sucesso. Hugo é 220
volts mesmo. Tanto que hoje produz pizza, cervejas, azeites e criou a lojinha do Mr.
Tugas, com camisetas e acessórios variados. Todos os dias pedala alguns quilômetros,
“pela saúde e pelo desafio”, e também nos negócios, tem intenção de expandir ainda
mais. “Quero ir além das pizzas, abrir também uma casa de carnes e uma cafeteria suíça.
Eu gosto disso, de empreender, criar, estar em movimento. Acho que pelo menos até
uns 70 anos vou neste ritmo”, diz Hugo. E dá para vê-lo aos 70, passeando pelo salão,
falando com os clientes, oferecendo uma provinha do novo chope da casa, testando um
novo cardápio… “Ainda não realizei nem 10% do que eu quero”, conta o empresário,
com o brilho no olhar de quem extrapolará a porcentagem. Ninguém duvida.
O pequeno imóvel, que abriga as delícias criadas por Raphael desde 2012, está com os
dias contados. “Temos um apego emocional muito grande por este espaço. Viemos para
cá com ideia de ser só fábrica, porque não dava mais para produzir só na minha casa,
como fazíamos até então. Mas as pessoas queriam comer aqui, o pessoal sentava no
passeio. Aí colocamos banquinhos lá fora, depois mesas e hoje tem um espaço interno,
mas já está pequeno”, diz o empresário Raphael Mendes da Cunha Neto, acrescentando
que a fábrica, que opera hoje em um imóvel na Severiano Sarmento, está de mudança
para um grande galpão no Poço Rico. “Mas talvez o Rapha pense em alguma coisa para
manter a lojinha. É muito significativo hoje sermos uma empresa nacional, mas com
esta portinha aqui em Juiz de Fora. Tenho orgulho de ser daqui, de levar o nome da
cidade ao Brasil inteiro”, observa ele, que frequentemente fala de si na terceira pessoa.
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“É algo que sempre fiz, mas que acaba vindo a calhar com a empresa (risos)”, explica
Raphael, que caiu no setor de alimentação – de deleite gastronômico, para ser mais
precisa – um tanto por acaso. A ideia, lá pelos idos de 2011, era concluir o curso de
educação física na UFJF e atuar na área, mas o tino para os negócios acabou levandoo a
trabalhar para que o consumo de calorias em vez da queima delas “Foi um momento
decisivo da vida. Tinha quebrado o braço, o que me impediria de ser educador físico de
imediato. Além disso, uma pensão que recebia do meu pai e me ajudava nos custos
estava para acabar. Tentei várias vezes vagas no mercado, mas sempre dava alguma
coisa errada. Tudo conspirava para que eu continuasse fazendo bolo de chocolate”,
relembra Rapha. “De fato, o brownie fez nascer um outro Rapha. Mais determinado,
com mais proatividade, menos brincalhão. Ainda tenho muito dele, mas sou mais
focado, mais organizado, porque preciso”. “De vez em quando os dois Raphas entram
em choque?”, pergunto. “Que nada, me dou muito bem comigo mesmo (risos)”.
Como o destino é cheio das ironias, se não tivesse quebrado o braço, talvez Raphael não
tivesse se aventurado a fazer os bolinhos que hoje enchem a boca e os olhos da gente.
“Estava assistindo Ana Maria Braga e o convidado era o Luiz, do Brownie do Luiz, do
Rio de Janeiro, que na época vendia o seu na faculdade. Vi a receita, vi que era fácil, só
misturar os ingredientes… e resolvi tentar repetir. Fui ao Bahamas com minhas
economias, comprei os ingredientes e decidi que tentaria reproduzir até ficar bom, o que
só aconteceu no nono tabuleiro, hoje sei que por causa do meu forno. mas eu teria feito
quantos fossem preciso para acertar”, recorda-se ele. Depois do acerto, os brownies
passaram a ser vendidos em um cybercafé em que Rapha trabalhava, depois sua casa
virou centro de fabricação dos produtos para serem vendidos em empresas, e QG de
vendas por delivery, com a ajuda de um amigo que fazia as entregas de moto e outros
que atuavam na produção.
Quando a fornada já saía perfeita de primeira, Raphael, inquieto, resolveu criar sua
própria receita. Com a criação original, Rapha escreveu à produção do Mais Você e
depois de contar sua história no programa de Ana Maria Braga, as vendas explodiram.
“As pessoas descobriram onde o Rapha morava e tocavam o interfone mesmo, era uma
loucura. Mas mesmo depois da loja eu perdi muito dinheiro, porque não tinha noção de
administração, então troquei muita cebola, mesmo vendendo muito. Nunca parei de me
especializar,e faço isso até hoje”, conta o empresário. “Não para mesmo. Aliás, como
regra geral na vida, ele não para, é difícil acompanhar o ritmo, mas agora ele vai ter que
desacelerar um pouquinho”, intervém Camila, com a mão na barriguinha de 4 meses
que começa a aparecer, em que carrega Isabela.
vida, mas não quero correr o risco de não estar aqui para milha filha”, diz o empresário,
decidido a não repetir uma história como a sua. “Nunca conheci meu pai, então quero
que ela cresça sabendo que estou aqui: para ensinar, apoiar, para estar junto.”
Embora tenha tido ajuda de amigos e familiares, Raphael conta que muito de sua
caminhada até se tornar uma das marcas mais populares no segmento, com mais de 1,5
milhão de seguidores no Facebook, foi de passos solitários. “Precisei me impor, porque
minha família não acreditava que eu pudesse fazer sucesso vendendo bolo. Tive apoio,
mas ninguém botava fé de que dava para viver disso”, recorda-se ele, que ainda hoje
coloca a mão na massa, no sentido estrito e metafórico do termo. “Outro dia peguei a
moto e entreguei um ovo de Páscoa em Matias Barbosa, porque o cliente reclamou que
não tinha chegado e os Correios estavam de greve. Uni o útil ao agradável: cumpri o
papel da empresa e ainda caí na estrada de moto (risos).”
Da infância brincando nas ruas do Linhares até os dias de império de chocolate, Raphael
não guarda arrependimentos. “Não acredito em sorte. Acho que tudo que a gente faz
com vontade dá certo, mesmo que demore. O que acontece é que as pessoas desistem no
meio do caminho. E eu não sei desistir.
Os olhos azuis
claríssimos chegam a
parecer que têm água
dentro, de tanto que
brilham enquanto
Xororó posa com dois
pratos da iguaria que
fez com que de lavrador
na infância e
adolescência, ele se
tornasse empresário.
“Esse torresmo aqui
vale ouro, não é a toa
que ele é douradinho (risos). O de ponta chega a acabar no fim de semana, de tanto que
o povo pede”, diz Nilton do Couto Oliveira, de 57 anos, referindo-se à parte mais nobre
da barriga de porco, que dá origem, ao autointitulado “melhor torresmo do Brasil”, no
famosíssimo Bar do Bigode. Ou melhor, Bar do Bigode e Xororó. “
Tenho muito orgulho de ver meu nome nesta placa”, diz ele, enquanto observa a fachada
do boteco na Rua Oswaldo Aranha, não raramente referida como a “Rua do Bigode”. “E
Xororó”, ele completa. Longe de qualquer vaidade, a satisfação em ver seu nome
batizando o estabelecimento que teve muito de seu suor vem do desejo de celebrar a
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O apelido, aliás, vem da época do Bar Amazonas, por causa do corte de cabelo
imitadíssimo por homens e mulheres entre os anos 80 e 90, deixando fotos
constrangedoras para muita gente, mas para Xororó uma identidade que ficou no metiê
botequeiro. “Ô Xororó! E aí, Xororó? Beleza, Xororó?”, gritam vários que passam por
nós ao longo da entrevista. “Eu usava aquele cabelinho comprido e arrepiado que o
Chitãozinho e o Xororó usavam, lembra? Aí ficou. Mas eu gostei!”, relembra Nilton.
Zelar pelos irmãos sempre foi, inclusive, uma prioridade para Xororó. “As coisas iam
melhorando e eu ia trazendo um por um da roça. Eles jogavam a enxada de lado e
vinham felizes, ‘chegou minha vez!’, (risos). Eu ensinava a trabalhar, encontrava
emprego… Hoje minha família está toda aqui. Abrimos uma pastelaria só dos irmãos e
eu morro de orgulho de ver todo mundo trabalhando, e sendo dono do próprio negócio”,
conta Nilton. Os pais, Sinval e Efigênia, também vieram para a cidade, deixando Santo
Antônio do Aventureiro na memória afetiva da família. “Minha mãe, com 79 anos, é
uma menininha, e toma mais cerveja que eu e meus irmãos (risos). Meu pai é a única
saudade que eu tenho, já faleceu. Lembro-me muito do carinho que ele tinha com a
gente a vida toda, e ele era um cara muito legal, gente boa mesmo, todos gostavam
dele”, revela Nilton. Ouço mais um “Ô Xororó!”, seguido de sorrisos e um aperto de
mão, e descubro que a característica é hereditária.
Segundo Xororó, sua especialidade como empresário são as vendas. “Eu vendo
qualquer coisa mesmo. Modéstia a parte, sou bom de conversa. Se você me pede um
torresmo, te vendo dois”, brinca ele, ajeitando a aba do boné, uma de suas marcas
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registradas. “Na roça, usava muito chapéu, acostumei a usar alguma coisa, mas hoje em
dia é o bonezinho. No mais, estou sempre assim, de bermuda, bem tranquilão. Só uso
calça quando a gente vai em alguma festa, ou uma ocasião que peça mesmo. Ah, quando
está muuuuuito frio também! (risos)”, conta ele.
Pai de quatro, duas mulheres, uma de 31 e outra de 21; e dois meninos, um de 11 e um
de 10, estar com a família é uma das alegrias na vida de Xororó. “Temos uma
convivência muito boa. As meninas, mais velhas, são mais amigas mesmo, e com os
meninos eu me divirto com as brincadeiras”, conta o empresário, que adora passar fins
de semana em família em sua granja, ou pegar a estrada e ir para Cabo Frio. “É quase
um bairro de Juiz de Fora, né? (risos) Gosto demais daquele lugar, vou sempre.”
Da loja que existe desde a abertura do bar, em 1965, antes até de Xororó emprestar seu
nome ao estabelecimento, uma lembrança dos clientes mais atentos e um tanto mais
antigos era um painel pintado no local que hoje abriga as escadas de acesso a uma
sobreloja. “Era uma fazendinha, com porquinhos, curral, e um motoboy levando os
torresmos. (risos) Mas ela faz referência ao nosso passado na roça. Eu em Santo Antônio
do Aventureiro e o Bigode e o João em Ervália. A fazendinha pintada era tentando
lembrar a que eles venderam antes de começarem e ter bar”, conta o empresário.
Para, respira, olha para o alto e sorri enquanto reconhece todo o esforço que envolveu
suas conquistas. “Era para eu continuar sendo porteiro e estava tudo certo.” Fábio
Henrique Araújo Costa queria outro caminho. E não apenas resistiu, como insistiu, de
mãos dadas com Natália Dias Mendes, que conheceu no curso de formação de mirins da
Amac. Ele ainda não havia completado o ensino médio, que iniciou na Escola Estadual
Clorindo Burnier, no Barbosa Lage, após fazer todo o ensino fundamental na Escola
Municipal Cecília Meirelles, no Nova Era, onde vivia parte dos dias. Ainda criança,
Fábio viu os pais se separarem e ele, então, passou a se dividir entre a casa do pai, no
Nova Era, e a da mãe, em Benfica, bairro onde ela há mais de 30 anos mantém uma
banca de jornal na praça principal. “Sou humilde e não deixo nada me subir à cabeça”,
acrescenta, sob a concordância de Natália, com quem vive há 15 anos. Casados, estão
desde o último 16 de setembro, quando subiram ao altar, festejaram e depois partiram
para uma viagem por três países da
Europa. Aos 33 anos, o casal hoje é dono
da rede Açaí do Fábio, com sete lojas,
seis em Juiz de Fora e a recém-
inaugurada filial de Cataguases.
“Queremos saber como vai se comportar
essa unidade nossa a 120km de casa.
Muita gente já conhece lá, e isso é que é
legal”, diz Fábio, que junto da esposa
emprega quase 50 pessoas, muitos deles
amigos seus.
“Eu estudei pouco, mas um livro que um amigo me deu, chamado ‘Oportunidades
disfarçadas’ (de Carlos Domingos), me ajudou a abrir a mente. As oportunidades estão
onde a gente menos espera. Não durmo nem um dia sem olhar anúncios na internet”,
conta ele, dizendo tomar açaí três vezes por semana. Natália toma com frequência
menor, para evitar gelado. “Tem quatro ou cinco meses que não lanço nada, mas tenho
umas invenções guardadas!”, anuncia ele, certo de que, além de resistir e insistir,
também é preciso apostar: “Sempre tive um espírito empreendedor, visão e acreditei”.
Quando venceu o período como mirim no núcleo dos Curumins, projeto do governo
municipal, Fábio tornou-se porteiro, terceirizado da Regional Norte. Com o acerto como
mirim e algumas economias, resolveu, junto da namorada, montar uma pequena lan
house no Nova Era. “Nos meus dias de folga eu ficava na lan house, nos finais de
semana ela ia para lá, e enquanto eu trabalhava tinha um menino que cuidava das coisas
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para mim. Estávamos tentando a sorte. O negócio estava indo bem. Em alguns meses
conseguimos comprar mais video games. Na época tinha uma onda de assaltos a lan
houses, tomamos precauções, prendemos os video games com armações de ferro, mas
dois caras assaltaram a loja no meu dia de trabalho na Regional Norte. Eles levaram
quatro e ficou um só. Não tínhamos como continuar, porque tudo que entrava a gente
investia nos próprios equipamentos. Foi nosso primeiro fracasso na vida”, conta ele, que
já morava junto de Natália numa pequena casa no Bonfim, bairro onde ela foi criada.
“Era pequenininha, com um quarto, sala, cozinha e banheiro”, recorda-se ela, então
auxiliar de escritório numa loja de peças e utilidades, onde permaneceu por 12 anos.
Hoje eles vivem num apartamento em Benfica. Pouco tempo depois do fechamento da
lan house, Fábio ficou desempregado. E um projeto de moto-entrega nem saiu do papel.
A sogra, então, sugeriu-lhe pleitear uma vaga como porteiro de escola estadual. O
jovem foi contratado para atuar na Escola Estadual Padre Frederico Vienken, no
Bonfim, onde ele conheceu a professora e ex-diretora Ana Rossignoli, para quem fez
campanha política em 2008. “Era muito corpo a corpo, então, fora do expediente eu ia
pedir voto para ela”, lembra. Ana foi eleita, e Fábio tornou-se colaborador do gabinete,
mas sem abandonar o trabalho na escola, pela manhã. “O sonho de ser dono do meu
próprio negócio nunca saiu de mim.”
Quando esteve em Mariana, cidade onde acabou levando prejuízo por ter que cancelar um
show, Fábio conheceu o dono de uma loja de sucos, que sugeriu a ele comprar uma
máquina de sorvetes. “Aquilo ficou na minha cabeça. Passou um tempo e eu vi uma
máquina à venda na internet. Eu queria ser um vendedor de casquinha (de sorvete) igual ao
McDonald’s. Minha mãe mora na Rua Martins Barbosa, e a varanda é de cara para a rua.
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Coloquei a máquina na varanda. Não tinha isso em Benfica. Eu ficava atrás do balcão,
começou a dar certo. Empolguei, mas continuei fazendo shows, só que pensando em
investir nos sorvetes. Foi então que surgiu um anúncio na internet de um ponto no Manoel
Honório”, narra. Fábio precisava, porém, de mais uma máquina de sorvetes. A que tinha já
começava a falhar. Achou uma sendo vendida em Ipatinga e trocou pelo carro. A máquina
não deu certo, e o casal decidiu investir no açaí, protagonista da loja do Manoel Honório e
alimento que eles mal conheciam. A rotina tornou-se ainda mais apertada. Natália saía do
trabalho no escritório e partia para a loja no Manoel Honório. Aos finais de semana, ambos
ficavam em Benfica, vestidos com uma camisa cuja frente tinha estampado “Açaí do Fábio”
e, nas costas, “Sorvetes do Fábio”. “Sempre fui sonhador, visionário e empreendedor,
acreditando que não dá para parar ou acomodar. Muitas vezes tivemos a chance de ter um
carro melhor e outros bens, mas sempre priorizamos investir no nosso negócio.”
Quando passou pela praça de Benfica, Natália encontrou uma loja com uma faixa: “Passo
o ponto”. No dia seguinte, Fábio chegou antes dos outros interessados e fechou o negócio,
que envolveu todas as suas economias e uma parte emprestada de um amigo. “Foi onde
tudo começou, mas foi o mais difícil de todos os pontos”, lembra ela. O novo endereço
exigia uma identidade. Sempre conectado, Fábio pesquisou receitas e identificou a
importância de investir em ingredientes com fama e incontestável qualidade. Depois criou
uma linha gourmet, com taças e tigelas que incrementavam o açaí com picolés e
chocolates. “Se for bom, alguém vai gostar”, apostou ele, que rapidamente viu os
compartilhamentos com fotos de
seus produtos se multiplicarem nas
redes sociais. “Quando o açaí
embalou, eu estava no auge dos
bailes. O MC começava a estourar e
eu já contratava. O dinheiro entrava e
eu investia no açaí. Mas eu já tinha
escapado de duas tentativas de
assalto e estava muito visado. Era
uma coisa que a gente amava fazer,
mas depois de dois anos com o açaí,
parei com os bailes, que chegaram a lotar Juiz de Fora e Muriaé”, lembra. Vivendo do
próprio negócio, o casal começou a procurar na internet ideias ainda mais ousadas. Um
dia viram diferentes composições das tradicionais barcas de comida japonesa. “No Rio
surgiu uma barca de hambúrguer, com batata frita, linguiça. Vimos barca de salgadinhos,
mas não tinha de açaí”, conta ele, para logo constatar: “Quando fizemos a barca, estourou.
As pessoas se acomodam e nunca arriscam. É preciso apostar. E trabalhar. De quantos
domingos já abrimos mão até hoje?”
Criação de Fábio, a barca de açaí tem morango, leite em pó, chocolate, banana, picolé
e muito mais. (Foto: Olavo Prazeres)
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Na esquina das ruas Porto das Flores com Ibitiguaia, no Santa Luzia, o Bahamas, em
1983, uniu duas famílias que, no ano seguinte, estariam ligadas pelo matrimônio. “Casei
em 1984 com a Marta, logo depois de abrir o negócio. Fui morar numa garagem. Minha
esposa foi muito corajosa. Era um banheirinho e um quarto. A cozinha era numa
varandinha, com o tanque do lado de fora”, lembra Jovino, que passado mais um ano foi
viver na casa de cima, de um tio dela. “Sempre pensei que não podia tirar da empresa
para ter para mim. Fui ter carro novo depois de muitos anos. Só dez anos depois de ter
aberto o bar é que fomos ter nossa casa”, pontua ele, hoje CEO do Grupo Bahamas, que
soma 39 lojas abertas e ocupa o 16ª lugar no ranking das maiores redes
supermercadistas do país, divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados
(Abras). Em 34 anos, no entanto, Jovino continuou acordando cedo. “Acostumei. Mas
durmo cedo e não durmo mal. Naquela época, eu acordava cedo e dormia mal.
Amanheço animado para trabalhar. Não tenho compromisso de horário, mas estando em
Juiz de Fora, venho. Sou um dos primeiros a chegar e um dos últimos a sair. Inclusive
sábado.’
JOSÉ E MARIA
Pouco mais de 72km dividia Maria da Penha e o marido José de Paula Reis Filho. Por
alguns meses, José (hoje viúvo, com 93 anos) e um dos 11 filhos viveram sozinhos em
Juiz de Fora, apostando numa vida melhor que tinham em Rio Pomba. “Minha mãe
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vendeu um sítio que herdou do meu avô em Rio Pomba e comprou um lote aqui, no
Santa Luzia. Fomos morar na casa ainda sem reboco, sem piso, sem nada. Vim para cá
muito cedo, quando estava para completar meus 7 anos. Família grande, éramos 11,
hoje são apenas dez. Meu pai era marceneiro e minha mãe, do lar”, conta Jovino, que
precisou, muito cedo, juntar-se aos trabalhadores da casa. “Quando criança, antes de
completar 14 anos, fui ajudante no açougue e caixeiro no mercado. Trabalhar é o melhor
remédio. Isso ajudou muito na minha formação. Aos 14 fui trabalhar numa fábrica de
móveis, com meu pai”, traz à memória.
DA CADERNETA AO CARD
Todos os dias, levantar a pesada porta de metal do bar e mercearia no Santa Luzia
representava mais um tanto de aprendizado. “Fazíamos muito o que víamos fazer, o que
dava certo. Em alguns casos, vendíamos abaixo do custo, só para ganhar cliente.
Vendíamos fiado, na caderneta, e levávamos prejuízo. Quando um cliente deixava de
pagar, era preciso vender muito para pagar a conta daquele cliente. Trabalhávamos
muito, mas o resultado ainda era ruim”, ressalta Jovino. “Abrimos o bar sem pretensões.
Fomos aprendendo aos poucos. Hoje a empresa é bem organizada, mas passamos por
momentos ruins para chegar até aqui. Até 2000 não tínhamos planejamento na empresa.
O que arriscávamos, acertávamos, na grande maioria. Passávamos sufoco. Vivíamos
pagando juros a banco, a fornecedor, atrasando duplicata, sem sossego no dia a dia”,
pontua ele, que ao lado do sócio abriu uma filial no São Pedro e, mais tarde, uma loja
em plena Avenida Rio Branco.
PLANOS PARA OS 95
Questionado sobre um desejo urgente, Jovino diz do negócio que ajudou a fundar.
“Particularmente penso muito na empresa. Quero ver a empresa grande, independente
do quanto ela vai valer. Meu objetivo é ter um empresa bem organizada para que,
quando formos medir no mercado, ela possa valer muito”, responde, demonstrando em
sua retórica o que empreendeu para o grupo e também para si. “Nunca coloquei o
dinheiro na frente do negócio. Ele é consequência. Hoje queremos chegar entre os dez”,
diz, na expectativa de inaugurar, neste ano, quatro novas lojas na Zona da Mata, duas no
Triângulo Mineiro, além de reformar uma grande unidade juizforana. “Penso em me
aposentar com 95″, ri, aos 55 anos de idade. “Não tenho data limite para me aposentar.
Enquanto tiver saúde e sentir que posso ser útil, vou continuar. Mas estou trabalhando
para que a empresa seja cada vez menos dependente de mim”, comenta, incansável
desde os tempos em que balcões e prateleiras eram por sua conta e risco.
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c) Pense nas mudanças mais significativas que ocorreram na sociedade nos últimos
cinco anos. Identifique quais mudanças são possíveis de se antever para os próximos
cinco anos (por exemplo, um aumento acentuado do número de automóveis utilizando
combustíveis alternativos, uma maior preocupação da sociedade com a saúde e
alimentação, etc....).
Você pode usar, como exemplo, características que constam no quadro a seguir:
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B I N G O
Preocupação
Pais sem Violência na Número de
com a qualidade Reciclagem
filhos sociedade homossexuais
de vida
Envelhecimento Alimentação Temperatura Sociedade 24 Animais de
da população saudável do planeta horas estimação
Quantidade Singles (aumento
Educação de Mundo mais
Obesidade de no número de
adultos conectado
informações solteiros)
Classe C e a base Pandemia e outras
Prática de Uso da
Pais separados da pirâmide crises sanitárias ou
esportes tecnologia
social políticas
Responsabilidade
Sustentabilidade Cultura Conveniência Empreendedorismo
Social
Por exemplo:
Gostos: por animais de estimação
Ideias de negócio: você pode gerar uma ideia de um aplicativo para facilitar a adoção
de animais de estimação. Ou um aplicativo para que pessoas com disponibilidade de
tempo possam ser passeadores de cães/ dog walkers.
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Ideias de negócio: você pode gerar uma ideia de se tornar um professor particular
(tradicional) ou abrir um canal no Youtube dando dicas de conteúdos.
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Gosta: de escrever