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58 – TRATADOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

INTRODUÇÃO
Antes e logo após o término da Segunda Guerra Mundial ocorreram encontros importantes entre chefes de
estados dos países vencedores.

CONFERÊNCIA DE TEERÃ (1943)


Foi o primeiro dos acordos firmados entre as superpotências
durante a Segunda Guerra Mundial. Realizado no Irã, em 1943,
reuniu, pela primeira vez, os três grandes estadistas do mundo da
época: Stalin, Churchill e Roosevelt. Nessa conferência, os aliados
selaram um acordo de cooperação e de atuação conjunta, para
vencer a guerra. Deliberou-se sobre a divisão da Alemanha e as
fronteiras da Polônia, ao término da guerra, assim como qual seria
a situação geopolítica da Europa, após a eventual vitória dos
aliados. Com relação à situação no leste
europeu, ficou acordado que se daria apoio a
JOSEPH TITO, na Iugoslávia, e se reconheceria Figura://no.wikipedia.org/wiki/Teherankonferansen_i_1943

a anexação, pela URSS, de parte das regiões


fronteiriças com a Europa Ocidental, incluindo
uma parte da Polônia.
Ainda nesse evento, decidiu-se pela criação da
frente ocidental, que resultou em uma das
maiores mobilizações militares da história da
Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Josip_Broz_T
ito humanidade, o desembarque dos Aliados na
Normandia, a OPERAÇÃO
OVERLORD, conhecida como o DIA
‘D’. Essa conferência também ficou
também conhecida pelo seu nome Figur://www.todamateria.com.br/dia-d-segunda-guerra-mundial/
em código secreto, “Eureka”, e foi
marcada pela animosidade entre Stalin e Churchill. Stalin insistia em uma
estratégia militar que implicasse uma incursão pelo território francês,
enquanto Churchill sugeria uma ação estratégica anglo-americana na região
dos Bálcãs.
Na verdade, a pressão de Stalin decorre da desconfiança de que Churchill
pretendesse expor o Exército soviético ao máximo de desgaste, na luta
contra os nazistas; por isso manteve sua posição com relação à concentração
das forças aliadas ocidentais na França e na Itália – estratégia que aliviaria a
pressão sobre seu exército.
Figura://operamundi.uol.com.br/historia/38162/hoje-na-
historia-1944-churchill-e-stalin-se-reunem-para-definir-futuro-
dos-balcas

IMPORTANTE
O plano de ataque em solo europeu, que se efetivaria tanto pelo flanco ocidental (capitaneado pela Inglaterra e
pelos Estados Unidos) quanto pelo oriental (capitaneado, por sua vez, pela URSS).

CONFERÊNCIA DE YALTA (1945)


Também conhecida por Conferência da Crimeia, foi um
conjunto de reuniões ocorridas no Palácio Livadia, em
fevereiro de 1945, na estação balneária de Yalta, nas
margens do Mar Negro (Crimeia). Foi a segunda das três
conferências, em tempo de guerra entre os líderes das
principais nações aliadas, os chefes de governo dos Estados
Unidos, União Soviética e o primeiro-ministro do Reino
Unido. Nesse encontro geopolítico, pôs-se fim sobre a
Segunda Guerra e a divisão das zonas de influência entre o

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Oeste e o Leste. Desse modo, a CONFERÊNCIA DE YALTA MARCA O INÍCIO


DA DIVISÃO DO MUNDO ENTRE EUA E URSS, da mesma forma, a divisão da
Ásia e da Coreia. Em Yalta, a URSS conseguiu o direito de anexar os países
bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) e garantir a sua influência sobre os
países do Leste Europeu, como Polônia, Checoslováquia, Hungria, Romênia e
Bulgária, libertados dos domínios
nazistas com a ajuda das tropas
soviéticas.
Consequentemente, o mapa europeu
foi redefinido, especificamente as
fronteiras dos países do leste, com a Figura://www.todamateria.com.br/guerra-fria/
reestruturação dos governos desses países e o estabelecimento das
zonas de influência dos aliados; nessa mesmo conferência, também
ficou acordado uma ofensiva contra a resistência japonesa . Também
foram definidos os elementos necessários à efetiva criação de uma
Organização das Nações Unidas, além de uma possível divisão do
território da Alemanha em quatro zonas, cada uma sob a
Figura://professormarcianodantas.blogspot.com/2011/10/as-transformacoes-
responsabilidade de uma das nações aliadas.
no-leste-europeu.html

CONFERÊNCIA DE SÃO FRANCISCO (1945)


Realizada com objetivo de substituir a velha Liga das
Nações, por uma nova organização internacional. Para
tal fim, cria-se a Organização das Nações Unidas
(ONU), tendo como propósito a preservação da paz, a
manutenção da segurança coletiva e a promoção da
cooperação internacional para a resolução de
problemas econômicos, sociais, culturais e
humanitários. A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS é o
documento que criou a ONU, entidade máxima da
discussão do direito internacional, e fórum de relações
e entendimentos supranacionais. Foi assinada em São
Francisco, no dia 26 de junho de 1945, pelos
cinquenta Estados-membros originais.
Figura://nacoesunidas.org/carta-das-nacoes-unidas-organizacao-comemora-70-anos-de-assinatura-do-seu-
documento-de-fundacao/

A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS


Capítulo I: propõe os princípios e propósitos das Nações Unidas,
incluindo as provisões importantes da manutenção da paz
internacional e segurança.
Capítulo II: define os critérios para ser membro das Nações Unidas.
Capítulos III-XV: a maior parte do documento; descreve os órgãos
da ONU e seus respectivos poderes.
Capítulos XVI e XVII: descrevem os convênios para integrar-se à
ONU, com a lei internacional estabelecida.
Capítulos XVIII e XIX: proporciona os critérios para retificação e
ratificação da Carta.

ASSEMBLEIA GERAL DA ONU


É a assembleia deliberativa principal das Nações Unidas. É composta por todos os Estados-membros das
Nações Unidas, a Assembleia reúne-se em uma sessão ordinária anual, no âmbito de um presidente eleito
entre os Estados-Membros. A primeira sessão foi convocada em 10 de Janeiro de 1946, no Westminster
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Central Hall, em Londres, e contou com


representantes de 50 nações. Para a aprovação da
Assembleia Geral sobre questões importantes, é
necessária a maioria de dois terços dos presentes e
votantes.
Exemplos de questões importantes incluem:
recomendações sobre a paz e segurança, eleição de
membros de órgãos, admissão, suspensão e
expulsão de membros, bem como questões
orçamentais. Todas as outras questões são decididas
por maioria de votos, sendo que cada país-membro
tem direito a um voto. Além da aprovação da
Figura://nacoesunidas.org/carta/ matéria orçamental, as resoluções não são
vinculativas para os membros. A Assembleia pode
fazer recomendações sobre quaisquer matérias no âmbito da ONU, excetuando as questões de paz e
segurança, que estão sob consideração do Conselho de Segurança.

CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU


Responsável por manter a paz e a segurança entre
os países do mundo. As decisões do Conselho são
conhecidas como Resoluções do Conselho de
Segurança das Nações Unidas, que é composto por
15 Estados-membros, sendo 5 permanentes –
China, França, Rússia, Reino Unido e Estados
Unidos – e por 10 integrantes temporários.
Qualquer um desses membros permanentes pode
impedir a aprovação de uma proposta, mesmo que
os outros 14 membros tenham votado a favor dela,
a isso se chama “poder de veto”. Por várias vezes,
Figura://neccint.wordpress.com/legislacao-internaciona/resolucoes-do-conselho-de-seguranca-da-onu/
esse poder dado a cada um dos cinco grandes
impediu o Conselho de Segurança de manter a paz.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Delineia os direitos humanos básicos. Foi adotada pela Organização das Nações Unidas, em 10 de
dezembro de 1948. Embora não seja um documento que representa obrigatoriedade legal, serviu como
base para os dois tratados sobre direitos humanos da ONU, de força legal: Pacto Internacional dos Direitos
Civis e Políticos, e o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
"A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser
atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade,
tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito
a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por
assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios
estados-membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição”.
FONTE: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Declara%C3%A7%C3%A3o-Universal-dos-Direitos-Humanos/declaracao-universal-
dos-direitos-humanos.html

CONFERÊNCIA DE POTSDAM (1945)


O encontro aconteceu em Potsdam, na Alemanha, entre julho e
agosto, e reuniu Clement Attlee, Harry Truman e Stalin, para
decidirem o destino da Alemanha. Os líderes aliados decidiram
que a ALEMANHA SERIA DIVIDIDA EM QUATRO ZONAS SOB A
ADMINISTRAÇÃO FRANCESA, BRITÂNICA, NORTE-AMERICANA E
SOVIÉTICA, BEM COMO A DIVISÃO DE BERLIM.

Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Potsdam
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Incluíram o estabelecimento da
ordem pós-guerra, assuntos
relacionados com tratados de paz e
maneiras de contornar os efeitos da
guerra. Como resultado, optou-se
pela reversão de todas as anexações
alemãs na Europa, após 1937; pela
separação da Áustria da Alemanha;
pelo estabelecimento dos objetivos
da ocupação da Alemanha pelos
aliados: desmilitarização,
Figura://ospyciu.wordpress.com/2016/07/28/segunda-guerra-mundial-as-conferencias-de-yalta-e-potsdan-texto-e-videos/
desnazificação, inclusive a destruição
de símbolos e livros nazistas, a
democratização, e o estabelecimento da fronteira da Alemanha com
a Polônia nos rios Oder e Neisse (Linha Oder-Neisse).
UM DOS PONTOS MARCANTES DA CONFERÊNCIA FOI A CRIAÇÃO
DO TRIBUNAL DE NUREMBERG, EM QUE FORAM JULGADOS OS
NAZISTAS CONDENADOS POR CRIMES DE GUERRA.

Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Julgamentos_de_Nuremberg

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, José Jobson de; PILETTI, Nelson. Toda a História: História geral e história do Brasil. 6.ed. São
Paulo: Ática, 1996.
COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 2, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 3, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.
WRIGHT, Edmund; LAW, Jonathan. Dicionário de História do Mundo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

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