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Cara Luiza,

Me sinto lisonjeada por sua escrita e elogios, e concordo com você,


quando traz a interdisciplinaridade na minha pratica enquanto psiquiatra,
contemporânea e que discorda dos métodos convencionais de abordagem às
pessoas em sofrimento psíquico, em especial os com esquizofrenia. Bem, o
meu trabalho é voltado para a interdisciplinaridade e se baseia na
humanização, em inserir atividades sócio educativas, arte, artesanato, afeto,
convívio social como planos de cuidados, sem hostilidade, que vão além de
tratamento que se assemelham a tortura. Começando a deixar de lado o termo
paciente, pois precisamos ser pacientes com nossos “clientes”, sem violência,
sempre incentivando essas pessoas a se expressar, seja em forma de
desenhos, gestos, mas estimulando a criatividade, promovendo contato com a
natureza, com os animais, com objetos e com pessoas. Percebi que esse
processo, promoveu mudanças significativas no comportamento deles,
inclusive, muitos voltaram a sorrir e reaprenderam a se comunicar de alguma
forma, dentro de suas possibilidades.
Aos poucos eu conseguir chamar atenção da ciência, e das pessoas,
levando essas mudanças aos olhos de todos, estas precisam ser feitas no
âmbito de tratamentos ofertados a essas pessoas, neste contexto, consegui
revolucionar a psiquiatria e promover um novo olhar para saúde mental,
através da criatividade, da arte e do afeto.

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