Me sinto lisonjeada por sua escrita e elogios, e concordo com você,
quando traz a interdisciplinaridade na minha pratica enquanto psiquiatra, contemporânea e que discorda dos métodos convencionais de abordagem às pessoas em sofrimento psíquico, em especial os com esquizofrenia. Bem, o meu trabalho é voltado para a interdisciplinaridade e se baseia na humanização, em inserir atividades sócio educativas, arte, artesanato, afeto, convívio social como planos de cuidados, sem hostilidade, que vão além de tratamento que se assemelham a tortura. Começando a deixar de lado o termo paciente, pois precisamos ser pacientes com nossos “clientes”, sem violência, sempre incentivando essas pessoas a se expressar, seja em forma de desenhos, gestos, mas estimulando a criatividade, promovendo contato com a natureza, com os animais, com objetos e com pessoas. Percebi que esse processo, promoveu mudanças significativas no comportamento deles, inclusive, muitos voltaram a sorrir e reaprenderam a se comunicar de alguma forma, dentro de suas possibilidades. Aos poucos eu conseguir chamar atenção da ciência, e das pessoas, levando essas mudanças aos olhos de todos, estas precisam ser feitas no âmbito de tratamentos ofertados a essas pessoas, neste contexto, consegui revolucionar a psiquiatria e promover um novo olhar para saúde mental, através da criatividade, da arte e do afeto.