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Índice
1 Conceito
2 Fontes Materiais
3 Fontes Formais
4 Referências
Conceito
O termo fontes do direito permite a enunciação de definições distintas [2]. A
própria palavra fonte remete-nos imediatamente à imagem de aguá jorrando da terra,
conforme provém do significado do vocábulo fons em latim, apontando para a origem
de algo, sendo o ponto de partida no caso do direito. No entanto, serve como resposta a
indagações básicas, quais sejam: De onde surge o direito? Onde podemos encontrá-lo?
Qual a materialização de seus enunciados? Dentre outras. A metáfora adquire maior
relevância com o movimento de codificação do direito vivido pelos sistemas europeus,
desde o século XIX, já que o direito legislado passa a ter valor significativo[3].
Fontes Materiais
De acordo com Dimitri Dimoulis[7], fontes materiais são os fatores que criam o
direito, dando origem aos dispositivos válidos, sendo assim, todas as autoridades,
pessoas, grupos e situações que influenciam a criação do direito em determinada
sociedade. Nesse sentido, por fonte material indicam-se as razões últimas da existência
de determinadas normas jurídicas ou mesmo do próprio direito, sendo a busca de tais
causas mais filosófica do que jurídica. A idéia de fonte material liga-se às razões
últimas, motivos lógicos ou morais, que guiaram o legislador, condições lógicas e éticas
do fenômeno jurídico que constituem objeto da sociologia jurídica[8].
Fontes Formais
Diferente do sentido de fontes materiais, as fontes formais do direito servem
para identificar o modo como o direito se articula com os seus destinatários, ou seja,
como o direito manifesta-se. Segundo Dimitri Dimoulis[10], o termo fontes formais
indica os lugares nos quais se encontram os dispositivos jurídicos e onde os
destinatários das normas devem pesquisar sempre que desejam tomar conhecimento de
uma norma em vigor, pois, conforme estabelece o art. 3º da Lei de Introdução as
Normas de Direito Brasileiro, ninguém pode esquivar-se da aplicação da norma
alegando sua falta de conhecimento.
Como fontes próprias pode-se citar as leis no sentido amplo ou material e as leis
no sentido estrito ou formal como: constituição, emendas constitucionais, tratados
internacionais, medida provisória, decreto legislativo, resolução, portaria, súmula
vinculante, lei ordinária, lei complementar e lei delegada.
Por costume, entende-se uma norma aceita como obrigatória pela consciência do
povo, sem que o Poder Público a tenha estabelecido, pois constitui uma imposição da
sociedade. O direito costumeiro possui dois requisitos: subjetivo e objetivo. O primeiro
corresponde ao “opinio necessitatis”, a crença na obrigatoriedade, isto é, a crença que,
em caso de descumprimento, incide sanção. O segundo corresponde à “diuturnidade”,
isto é, a simples constância do ato.
Com relação à analogia, é possível afirmar que a sua utilização ocorre com a
finalidade de integração da lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a
casos análogos, ante a ausência de normas que regulem o caso concretamente
apresentado à apreciação jurisdicional, a que se denomina anomia.
As fontes formais podem ainda ser classificadas como estatais e não estatais.
Aquelas, como o próprio nome aponta vêm por determinação e poder do Estado, como
as leis em geral, a jurisprudência e os princípios gerais de direito. As não-estatais, por
sua vez, têm sua origem do particular, ou seja, os costumes e a doutrina.
Fontes principais são caracterizadas como lei em sentido geral e amplo, ou seja,
não deixando espaço para o juiz julgar com base em qualquer outra fonte. A lei é a
expressão máxima do direito.
Somente em casos de expressa omissão legal é que o juiz poderá decidir com
base nas fontes acessórias, quais seja, os costumes, a doutrina, a jurisprudência e os
princípios gerais de direito.
Referências
(1) Ferraz Junior, Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão,
dominação / Tercio Sampaio Ferraz Junior. - 6ª ed. - 3 reimpr - São Paulo: Atlas, 2011.
pp. 194.
(2) Ver citação de Luis Pietro Sanchís. Apuntes de Teoria de Direito em Dimoulis,
Dimitri. Manual de Introdução ao Estudo do Direito: definição e conceitos básicos,
norma jurídica.../4. ed. rev. atual. e ampl. - São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2011. pp. 166.
(3) Ferraz Junior, Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão,
dominação / Tercio Sampaio Ferraz Junior. - 6ª ed. - 3 reimpr - São Paulo: Atlas, 2011.
pp. 194.
(4) Kümpel, Vitor Frederico. Introdução ao estudo do direito - São Paulo: Método,
2007. pp; 59
(5) Poletti, Ronaldo. Introdução ao direito / Ronaldo Poletti - 3. ed. rev. - São Paulo:
Saraiva, 1996. pp. 195.
(6) Ferraz Junior, Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão,
dominação / Tercio Sampaio Ferraz Junior. - 6ª ed. - 3 reimpr - São Paulo: Atlas,
2011. pp. 190 a 195.
(7) Dimoulis, Dimitri. Manual de Introdução ao estudo do direito?definição e
conceitos básicos, norma jurídica.../4. ed. rev. atual. e amp. - São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2011. pp. 166 e 167
(8) Poletti, Ronaldo. Introdução ao direito / Ronaldo Poletti - 3. ed. rev. - São Paulo:
Saraiva, 1996. pp. 195.
(9) Kümpel, Vitor Frederico. Introdução ao estudo do direito - São Paulo: Método,
2007. pp. 59.
DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 1999
ROSSO, G. Sulla servitù di ‘aquae haustus’, em BIDR, 40, 1932, p. 406; COLOGNESI,
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