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MATEMÁTICA

Ana  Paula  Figueiredo


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Números  Reais  IR

O  conjunto  dos  números  Irracionais  reunido  com  o  conjunto  dos  números  


Racionais  (Q),  formam  o  conjunto  dos  números  Reais  (IR  ).

Assim,  os  principais  conjuntos  numéricos  são:      IN  ,  Z,  Q,  IR  .

IN  – conjunto  dos  números  naturais.        IN  =  {1,  2,  3,  .....}              

Z    -­ conjunto  dos  números  inteiros  .            Z  =  {...,  -­2,  -­1,  0,  1,  2,  ...

Q  – conjunto  dos  números  racionais.      Q  =  Z  U  {  números  fraccionários}

IR  – conjunto  dos  números  reais.                        IR  =  Q  U  I

IN            Z          Q          IR
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IR  -­ números  reais


Q  -­ números  racionais
Z  -­ números  inteiros
IN – números  naturais
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Número Racional Q – conjunto de números reais inteiros ou decimais, com


número finito de casas e daqueles com infinitas casa decimais, porém,
neste caso, seus elementos são iguais ou formam dízimas periódicas.

123
= 11,1818181818.....
11

Número Irracional I – conjunto de números decimais com infinitas casas,


cujos elementos aparecem sem estabelecer nenhuma sequência.

3 = 1,732050807568....
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Exemplo de números Irracionais

Todas as raízes quadradas de números naturais que não sejam quadrados


perfeitos, isto é se a raiz quadrada de um número natural não for inteira, é
irracional.

Logo são irracionais, com n natural e n de


um quadrado perfeito.

Números representáveis por numerais decimais ou dízimas infinitas não


periódicas.

= 1,144213562373095048801688724209698078569671
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Exemplos  de  Alguns  Números  Irracionais  famosos:

π = 3.1415926535897932384626433832795028841971693993751058209749

1.4142135623730950488016887242096980785696718753769480

Perímetro da circunferência: Medida da hipotenusa


P = 2πr
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NÚMEROS  RACIONAIS  Q

Um  número  racional  é  um  número     que  pode  ser  escrito  na  forma

onde m e n são números inteiros, devendo n ser diferente de zero.

Números racionais podem ser obtidos através da razão entre dois números
inteiros, razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais é
denotado por Q (quociente).
Assim, é comum encontrarmos na literatura a notação:

Q = {m/n : m e n em Z, n diferente de zero}


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• Um  facto  importante  que  relaciona  os  números  racionais  com  os  números  
reais é  que  todo  o  número  real  que  pode  ser  escrito  como  uma  dízima  
periódica  é  um  número  racional.  Isto  significa  que  podemos  transformar  
uma  dízima  periódica  numa  fração.

•A transformação de uma fracção num número decimal não oferece


dificuldade . No fundo basta dividir o numerador pelo denominador.

Exemplos:

(no segundo caso teremos uma dízima infinita de período 6)


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FRAÇÕES

Duas frações dizem-­se equivalentes – quando se passa de uma para a outra


muiltiplicando ou dividindo o numerador e o denominador pelo mesmo número.

Exemplos:

Simplificar uma fração -­ é obter uma fração equivalente mais simples. Para
isso podemos dividir o numerador e o denominador pelo seu m.d.c.

Exemplo:
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DÍZIMAS  PERIÓDICAS

Uma dízima periódica é um número real da forma:


m,npppp...
onde m, n e p são números inteiros, sendo que o número p se repete
indefinidamente, razão pela qual usamos os três pontos: ... após o mesmo.
A parte que se repete é denominada período.

Em alguns livros é comum o uso de uma barra sobre o período ou uma barra
debaixo do período ou o período dentro de parênteses.
Exemplos de dízimas periódicas:
•0,3333333... = 0,(3)
•1,6666666... = 1,(6)
•12,121212... = 12,(12)
•0,9999999... = 0,(9)
•7,1333333... = 7,1(3)
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Dízima Periódica Simples
Numa  Dízima  Periódica  Simples,  o  período  aparece  imediatamente  após  a  
vírgula.

Exemplos:
0,4444…
0,125125125…
0,68686868…  

Dízima Periódica Composta


Na Dízima Periódica Composta, há um ou mais algarismos entre a vírgula
e período, que não entra na composição do período.

Exemplos:
0,72222222…
0,58444444…
0,15262626…  
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ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO ALGÉBRICA

Se pretendemos adicionar ou subtrair duas frações é necessário que


elas se refiram a partes duma mesma unidade dividida em igual número
de partes (ou seja que tenham o mesmo denominador) e então
adicionam-­se ou subtraem-­se os numeradores mantendo o mesmo
denominador.

Exemplos:
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Se não tiverem denominadores iguais, isto é não se referirem à mesma


unidade, então temos de procurar frações equivalentes às dadas, mas
com o mesmo denominador (é mais fácil fazê-­lo encontrando o m.m.c.
dos denominadores).

Exemplos:
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MULTIPLICACÃO

Para multiplicar duas frações multiplicam-­se os numeradores e os


denominadores.

Exemplo:

Exercícios:

Efetue os seguintes exercícios, simplificando os resultados:


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DIVISÃO

A divisão torna-­se simples se a transformarmos numa multiplicação:

Exemplo:

Exercícios:

Efetue os seguintes exercícios, simplificando os resultados:


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PROPRIEDADES  DAS  OPERAÇÕES

PROPRIEDADES DA ADIÇÃO E MULTIPLICAÇÃO:

•Propriedade comutativa -­ quaisquer que sejam dois números reais a e b,


temos que:

a+ b = b + a e ab = ba

•Propriedade associativa – quaisquer que sejam os números reais a, b e c,


temos que:

(a + b) + c = a + (b + c) e a (b c) = (a b) c

• Propriedade distributiva – quaisquer que sejam os números


reais a, b e c, temos que:

a(b + c) = ab + ac e (b + c)a = ba + ca
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• Elemento neutro – existem números únicos reais, representados


por 0 e 1, tais que:

a+0=a e ax1=a
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Potência

Definição
Potência de um número é o produto sucessivo de fatores todos iguais (base
da potência) e em número igual ao expoente da potência.
Assim, bn é a potência de expoente n do número a e representa um número
tal que:
bn = b x b x b x b..............b

n fatores

A operação através da qual se obtém um potência, é denominada


potenciação
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Propriedades da potenciação:

Após a definição dada anteriormente e convencionando que b1 = b, passamos


às propriedades de gozam as potências:
Exemplos
bm x bn = bm+n 25 x 23 = 25+3 = 28

bm : bn = bm-­n (m>n e b 0) 37 : 35 = 37-­ 5 = 32

am x bm = (a x b)m 25 x 35 = (2 x 3)5 = 65

am : bm = (a : b)m (Se b 0) 84 : 44 = (8 : 4)4 = 24

(am)n =amn (42)3 = 42x3 = 46

Em todas estas a e b são números reais (positivos ou negativos) e m e n são


números naturais maiores ou iguais a 2.
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Potência  de  expoente  nulo:

A  potência  de  expoente  nulo  define-­se   como  se  segue:                                                          


b0  =  1                      qualquer  que  seja  b            0              

Exemplos:
30   =  1                    (-­ 5)0   =  1                  10  =  1  

Potência  de  expoente  inteiro  e  negativo:


A  potência  de  expoente  inteiro  e  negativo,  define-­se  do  seguinte   modo:

Exemplo:            
1 (b ≠ 0) -4 1
b -p
= p 2 = 4
b 2
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RADICAIS

Definição
Chama-­se raiz de índice n de um número a, ao número que elevado a n
produz a.
n
a
n  – índice  da  raiz
a  – radicando
À  expressão  chama-­se  radical

No  caso  de  n=  2,  diz-­se  raiz  quadrada.


No  caso  de  n=  3,  diz-­se  raiz  cúbica.
Se  n  >  3,  diz-­se  raiz  de  índice  n.
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Radiciação -­ é a operação pela qual se determina a raiz dum número.

A radiciação é a operação inversa da potenciação.


Expoente  (índice)
Dados
Potência  (radicando)
Radiciação

Pedido  – base  (raiz)

Base
n
Dados
Expoente
a=b
Potenciação
Pedido  – potência
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Exemplos:

3
8=2 pois 23 = 8
4
81 = 3 pois 34 = 81

De  um  modo  geral,  temos:

n
b=n a a=b
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Definições
A  radiciação  é  a  operação  inversa  da  potenciação,  portanto,  e  atendendo  
à  definição  de  raiz,  temos:

( a) =
n
n n
an = a ( a ≥ 0,  se    n  é   par )

Exemplos:

3 3
a =a (5
a 2
)5
= a2
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POTÊNCIAS  DE  EXPOENTE  FRACCIONÁRIO


A potência de expoente fracionário é igual a uma raiz cujo índice é o
denominador do expoente e cujo expoente do radicando é o numerador do
expoente.

m
n m
a =a n
(n  natural ,  m  racional,  a m ≥ 0,  se  n  é   par )

Exemplos:

2 2
3
a2 = a 3 5
32 = 3 5
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SIMPLIFICAÇÃO  DE  RADICAIS


Se multiplicarmos ou dividirmos o índice do radical e o expoente do
radicando pelo mesmo número inteiro maior do que zero, o valor do
radical não se altera.

m n×q
n
a = a m×q
n (a m ≥ 0,  se    n  é   par )
m
q
n m q
a = a
Exemplos:
3
a2 = 6 a4 8
32 = 4 3
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ADIÇÃO DE RADICAIS SEMELHANTES

Radicais  semelhantes  – são  os  que  apenas  diferem  no  seu  coeficiente.

Exemplos:
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PRODUTO  E  QUOCIENTE  DE  RADICAIS  COM  O  MESMO  ÍNDICE

n
a × n b = n a×b (a, b ≥ 0  se  n  é   par )
n
a ÷ n b = n a ÷b (a ≥ 0,  b > 0,    se  n  é   par)

Exemplos:

3
a2 × 3 a = 3 a3 = a
a 2b4 ab
a 2b4 ÷ b 3c = a 2 b 4 ÷ b 3c = =
b 3c c
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RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES

Na matemática por vezes temos necessidade de obter fracções cujo


denominador não contenha radicais (raizes quadradas, cúbicas, etc.).
Dizemos que então temos de racionalizar o denominador.

O caminho é por vezes quase imediato, no entanto em alguns casos


necessita de cálculos mais trabalhosos. Depende da expressão contida no
denominador.

O segredo dessa racionalização é transformar o denominador em um


produto de radicais de mesmo índice, tal que a soma dos expoentes dos
radicais seja igual a esse índice.
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RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES

Exemplos:
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RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES

Exemplos:

Caso notável: ( a – b ) x ( a + b ) = a2 – b2
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RELAÇÕES DE ORDEM

• Até agora vimos propriedades dos números racionais que envolvem


igualdade.

•Para examinarmos as propriedades que envolvem desigualdades é


interessante termos uma visão geométrica do conjunto dos números reais, o
que facilitará a compreensão dos resultados. Convenciona-­se representar o
conjunto dos números racionais por uma reta e sobre ela, escolhe-­se um
ponto para ser a origem. Neste ponto posiciona-­se o número 0. À direita do 0
e em ordem crescente, encontram-­se os números positivos e à esquerda, de
modo simétrico, os números negativos.
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Todo número racional a exceto 0 (zero), possui um elemento denominado


simétrico ou oposto – a caracterizado pelo facto geométrico de que tanto a
como -­ a estarem à mesma distância da origem do conjunto Q que é 0.

Como  exemplo,  temos  que:

O  simétrico  de  3/4  é  -­3/4.


O  simétrico  de    5    é  -­5.
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Assim, dados dois números racionais distintos a e b, se a está à esquerda


de b, dizemos que a é menor que b e indicamos a < b, ou de um modo
equivalente, dizemos que b é maior que a e indicamos b > a.

Do ponto de vista algébrico, dizemos que b > a se b – a > 0 e,


analogamente, a é menor que b se a – b < 0.

Introduzimos a seguinte notação:

a ≥ b significa a > b ou a = b
a ≤ b significa a < b ou a = b
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REFERENCIAL CARTESIANO DO PLANO

Um Referencial cartesiano do plano é constituído por duas retas


orientadas concorrentes, em que se fixaram unidades de comprimento. O
ponto de encontro das duas retas é a origem do referencial.
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REFERENCIAL  ORTOGONAL  E  MONOMÉTRICO

Um referencial é ortogonal se os eixos são perpendiculares. É


monométrico se a unidade de comprimento for igual nos dois eixos.
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COORDENADAS DE UM PONTO

As coordenadas de um ponto são os números xA e yB que constituem o


par ordenado (xA , yB ) que lhe corresponde.

O referencial cartesiano ortogonal e monométrico divide o plano em


quatro quadrantes.
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A primeira coordenada diz respeito ao eixo horizontal (eixo dos xx) e


designa-­se por abcissa e a 2ª coordenada diz respeito ao eixo vertical (eixo
dos yy) e designa-­se por ordenada.

ordenada

P ( 5 , -­2 )

abcissa

Como IR 2 = IR x IR é o conjunto de todos os pares ordenados formados por


números reais, também chamamos ao plano IR 2.
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CONDIÇÕES E CONJUNTOS

Uma condição define um conjunto.

Condição Conjunto
x2  -­‐ 4  =   0 {-­‐2  ,  2}
2  <   x  <   3 ]2  ,   3[
x  >   5 ]5  ,   +   ∞[
x2 <   0 Ø
│x│  >  -­‐2 IR

O conjunto definido pela condição é o conjunto-­solução da condição.


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OPERAÇÕES  COM  CONDIÇÔES

Vamos  estudar  as  seguintes  operações:

• CONJUNÇÃO DE CONDIÇÕES – é uma condição cujas soluções são os


elementos do domínio que verificam simultaneamente as condições dadas.

O símbolo de conjunção é Λ (lê-­se “e”).

O conjunto-­solução p(x) Λ q(x) é o conjunto interseção dos conjuntos-­


solução de cada uma das condições p(x) e q(x).
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Condição Conjunto
x2 - 4 = 0 P = {-2 , 2}
x>1 Q = ]1 , +∞[
x2 - 4 = 0 Λ x > 1 P∩Q={2}

2                0        1        2

À  conjunção  de  condições  corresponde  a  interseção  de  conjuntos


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• DISJUNÇÃO DE CONDIÇÕES – é uma condição cujas soluções são os


elementos do domínio que verificam pelo menos uma das condições dadas.

O símbolo de disjunção é V (lê-­se “ou”).

O Conjunto-­solução da condição p(x) V q(x) é o conjunto reunião dos


conjuntos-­solução de cada uma das condições p(x) e q(x).
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Condição Conjunto
x  >  3 P  =  ]3  ,  +∞[
│x│  =  3 Q  =  {-­3  ,  3}
x  >  3  V│x│  =  3 P  U Q  = {-­3}  U  [3,  +  
∞  ]

-3 0 3

À  disjunção  de  condições  corresponde  a  reunião  de  conjuntos


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• NEGAÇÃO DE UMA CONDIÇÃO

O símbolo de negação é ~ (lê-­se “não”).

O Conjunto-­solução da condição ~p(x) é o conjunto dos elementos de IR


(universo) que não são solução de p(x), ou seja, é o conjunto complementar
do conjunto-­solução de p(x).
_
P IR

_
P complementar de P P

_
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Condição Conjunto
x  <  5   A  =  ]-­∞,  5[
~(x  <  5)   ⇔ x  ≥  5 A  =  [5,  +∞[
x  ≠  3   B  =  ]-­∞,    3[  U  ]3,  +∞[
~(x  ≠  3)  ⇔ x  =  3     B  =  {3}

À negação de uma condição corresponde o conjunto complementar do seu


conjunto-­solução.
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CONJUNTO  COMPLEMENTAR  DE  OUTRO  CONJUNTO

Chama-­se complementar de um conjunto A em relação a B (ou diferença


entre B e A) e escreve-­se B \ A, ao conjunto dos elementos de B que não
pertencem a A.

B \ A = {x B : x A}

Exemplo:
P = ]1, 3[ P\Q = ]1 ; 1,3[
Q = [1,3 ; 5[ Q\P = ]3 , 5[

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Bibliografia

Matemática – módulo A – Areal Editores


Matemática – módulo A1 - Porto Editora

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