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Revista Brasileira de Gevcitncas BU(2¥241-244, jumbo de 2001 RESENHAS DE LIVROS. K. Suguio, 1999, Geologia do Quaterndrio e mudancas ambientais. Passado + Present Io, 366 pp. 153 figuras em preto e branco, formato 21,1 x 14,9 em, Paulo's Editora, Sao P: [Nio é preciso voltar muitos anos na histria da geologia brasileira para lembrar @ tempo em que vastas éreas piniadas de amarelo nos ‘mapas geoldgicas eram reunidas sob a laconica designagao de Quaremério Indiferenciado, expressio mista de desconhecimento & Uesinteresse por este periodo geoldgico. O langamento do livto Geo- logia do Quaternério ¢ Mudangas Ambiemals, de autoria do Pro. Kenitiro Suguio ¢ um marco na superagdo desse passado. (0 Prof, Suguio tem se ocupado na produgio de obras didstieas de _geologia sedimentar desde 1973, ano da edigio do seu primero livto Inuvoddo a Sedimentologia, Esta sua mais recente obra trata do tema ‘que tem sido principal objeto de scu interesse cienifico desde ent. Mais do que preencher uma lacuna existente dentre os livros-texto bésicos em lingua portuguesa, destacada pelo prSprio autor na not introdutéra, esta obra 6 uma sintese de mais de 25 anos de experién= ciate intensaatividade em Geologia do Quaternério ena difil ate de eserever livros académicos. Geologia do Quaterndrio... em vérias caracteristicas encontradas ras obras anteriores do autor: objelividade, ampla fundamentagao bi bliogrtiea, bom niimero de citagbes de exemplos brailerose cuidado deliberado em encontrar tradugdes adequadas em portugués para os termos tgenicos estrangeiros, A énfase em aspectos hist6ricos © ‘etodloldgicos ¢ evidente, pois, para explicar a origem e evolugo de gtedos e conceitos do Quaterrio, o autor nfo se furtaa rtroceder ddécadas ou séculos, para valorizar os estos pioneiros ou 0 processo de gostago c amadurecimento da ciéncia do Quatemiiv. Outra earac- teristic da obra € 0 cariter artesanal das figuras, desenbadas © hnormografadas uina a uma pelo autor, priprio do seu estilo, Neste l= ‘10 somamtse 36 figuras inGditas ou exteaidas de suas publicagdes, mais 117 figures adaptadas da iteratura nacional e internacional, Parte das figuras do texto, em especial os eapitulos IV e VII, teve como ponto de parida o livro O Quateynédrio, de autoria do Prof. You "Natuse, publicado no Japfo. ‘A estrutura ¢ sequneia dos eapitulos reletem a visio do autor, consolidada através de cursos e alesis sobre o tema, oferecidos an~ almente para mais os mais diversos piblicas uiversitérios do pafs, na iraduagao e pbs-gradungio, Como se fossem as unidades de um ciclo de palestras, cada capitulo pode ser adminisiad independ sem prejuizo da compreensio, A sequencia dos respectvos todavia, concatenada de modo légico, a despertar interesse pelo prs= ximo capitulo, ‘© Capitulo I parte das questes mais lreqlentes dentre aqueles que procuram iniciar-se na ciéncia do Quatemnério: O que é 0 Quaternério? Como nascew ¢ evoluiu o seu estudo? E quais as caracterfticas marcantes desse perfodo da Hist6ria da Terra? Da abordagem destes ‘questdes vo surgindo, naturalmente, os assuntos aprofundados nos ‘apitules seguintes, Assim, da relagio histrica do Quatemrio com a ‘suposta Idade do Gelo, deriva a importncia das glaciags no registro {quatemrio, tema do Capitulo II, ea influéncia desta glaciagdes nas mudangas climsticas ¢ nas varigbes do nfvel relative do mar, assun- tos dos Capftulos Ile LV, Da grande peculiaridade da geotogia do Quaterndrio, a necessidade de uma pesquisa integrada em que se lan cee mio de ferramentas advindas de diferentes disciplinas denteo das ‘geocigncias, deriva. os Capitulos intermedtirios do livro. O Capftu To V 6 voltado para as ferramentas da geomorfologia, como a andlise de superticies de aplainamento ea morfoestratigatia. O Capftulo VI trata dos recursos oferecidos pela geotectOnica, ligados & compensaga0 ‘gasttica ¢ as téenicas da sismotectOnica, Os Capitulos Vite VIIt voliam-se para. estratigrafia e geocronok ments de data relativa c absoluta, incluindo as curvas de var de dO ea estratigeafia do loess, E 0 Cay tespeleologia, com as clasificagbes de cavernas e espeleotemas, (s quatro capitulo finas ilustram os mSlodos etécnicas mencio- nnados, com exemplos de pesquisas do Quaternétia no Brasil, Os temas contemplads so a reconstituigfo das variagdies do nfvel rlativo do mare das madangas paleoelimétieas no final do perfodo, a evidéncias de alividade neotect6nica e, por fim, a aplicagao das pesquisa clo Quatemério, sja na exploragfo de minérios, soja na preservagao do cequilfbrio de ambientes naturais ¢ no planejamento € ocupagao em frvas urbana e costeras 'No decorrer desta sequéncia, o livro transmite a idgia de transfor= magao de eonecitos e perspectivas, numa gama de escalas, entre oft po histrico eo tempo geolégico, em que a evolugo do conhecimento iio mais poe ser desvinculad da evolueo do plancta, O nim ins tante mais recente da histGria da Terza gana as cimensdes de sua com exteaordinsria importineia na goolo plexidade ede exploradria ambiental. © homens, de sua humilde condigao de itima espécie do planeta e de mais nove componente do sistema do qual ele & parte Inseparivel, adguirea responsabilidade de tomar-se fator geol6gico, ceuja influéneia parece erescer segundo curva exponencial. A equagao dda curva, sinda enigmatica, est oculta no subtitle do livro: Passado + Presente = Futuro? Uma outra maneira de dizer que os ttimos poderio ser os primet ‘Universidade de Sto Paulo $1G-GO - Geologia-e recursos. minerais de Goids e Distrito Federal. CD-ROM. 0 Sistema de Informagdes Geogriicas da Geologia e Recursos Minorais de Goiss ¢ Distrito Federal, S1G-GO, foi desenvolvido pela Dirctoria de Recursos Naturais Nio Renovveis da Agéncia Ambiental de Goids em parceria com a CPRM ~ Servigo Geol6gico do Brasil te produto tem como base os Mapas Geolégicos ¢ de Recursos Minerais do Estado de Goiis © do Distrito Federal, na escala [:500.000, realizado pela CPRM ~ Servigo Geol6gico do Brasil, Se- cretatia de Minas e Telecomunicagdes - SMET, Metais de Goids METAGO e Instituto de Geociéneias ~ UnB e publicado em 1999. Estes mapas contemplam o vasto acervo de conhecimentos ¢ info mages até entio gerados no estado de Gots, resultado da execuso de projetos de levantamentas geolbgicas hasicos executados pela CPRM, DNPM, METAGO, Projeto RadamBrasil,IG-UnB e CNEM, desenvolvidos em diversas escalas. Incorporam ainda mapean _geolgicos em diversas escalas contidos em artigos, diss mestrado, teses de doutorado, trabalhos de graduaga Pesquisas minerais € levantamentos geofisicos e geoquimicos. (Os softwares utlizados para.aelaboragao do SIG-GO foram o Are! Infoe Ate-View da ESRI, ea disponibilizagao do produto final ¢ feita or meio do Are Explorer. ‘Organizar um Sistema de Informagdes geogrficas sobre a geologia os recursos minerais do Estado de Goids, nesta escala, fi um desa- fo e uma satisfagio, no sentido de corresponder ao anscio da comuni: dade por conhecimentos einformagdes geol6gicas disponiilizados em moto magnético,faclitando © acesso ao acervo de forma compilad contribuindo para 6 desenvolvimento e avango da pesquisa das Cit cias da Terra etomada de decisdes e colaborande para a implanaga ‘de um desenvolvimento sustentado, B.J. SMITH, W.B. WHALLEY, OCD-RM do SIG-GO esta sendo distribuido gratuitamente, sendo para tanto necessiria somente uma solicitagio. Diretoria de Mine. Fagdo e Recursos Minerais da AGDIM, pelo e-mail ‘metago@terra.com br. Live Fernando Ma Diretor de Operagses ‘Metais de Goids R.A. WARKE. (EDITORES) 1999. UPLIFT, EROSION AND STABILITY: PERSPECTIVES ON LONG: ‘TERM LANDSCAPE DEVELOPMENT. GEOLOGICAL SOCIETY SPECIAL PUBLICATION, 162, LONDON, 278 PGS, Pesquisas sobre a orgem da paisagem fm uma longa e distin ta igo, Na Amétia, estulos da paisagem formam o ceme da geologia, fisica enquanto, em outras partes do mundo, ulirapssaram os limites «da geologia para estabelecer-se firmemente na geografa, partic mente na geomorfologia, Contudo, o desenvolvimento ds linhas de estudo da paisagem nao foi nem constante nem seqtencial, mas carac- terizou-se por virias mudangas conceituais importantes. Na eomorfologia, a mais importante dessas mudanges ocorreu no inicio da década de 60 quando a escola da Cronologia de Denudagio da Paisagentcedeu lugar a uma énfese voltada pata processos de Forma- ‘i de Formas de relevoindividuais,coincidindo,na geologia, com a significativa muclanga de perspectivas desencadeadas pelo Paradigina da TectOnica de Placas Nos seus primrdios, oestudo de processos foi una resposta @ umn melhor entendimento dos mecanismos de geragio © modiicagio dc formas de relevo, mas fo gradualmente sendo relegado a um segundo plano por muitos pesquisadores. Como conseqlncia,oestudo de peo- ‘es50$ passou a ser um fim em si mesmo, anes de um meio para um fim, Nos iltimos anos, no entanto, a literatura sobre geomartologia, passou a ser novamente dominada pelo estudo de processos,adquinin- do uma nova dimensio, sob o prisma de aplicagées da geomorfologia, na solugo de problemas ambientais. Uma tendéncia similar ocoreu na ‘eologia, onde 0s estucos sobre soespuimento, erosio eestabilidade claramente se dividem entre as geragbes que antecedem e as sulbsequentes ao paradigma da ‘Teet6niea de Placas ‘Annecessidade do estudo integrado de processos sua apicacio & ‘earacterizagto e moditicagbes da paisagem nao & nova, Em geral, no hhouve um desenvolvimento dessa integragZo, como esperado, por 279¢s de scala, pois ainda hi um entendimento incompletoacerea do feito muliplicador deextrapolar processos de pequena escala, tempo ral e espacialmente continados, para largas escalas de invesigagio, Enirotanto, hi uma consciéneia eescente de que esta extrapolagio & essencial que a paisagem atual nfo pode ser explieada apenas em terms de process0s em curso ou que operaram no passado recente. Este ponto de visia tem sido alimentado pela rescente compreensi de ‘que muitas das paisagons do Globo Terresre so muito mais antigns do {que 6 Quaterndro, requerendo, assim, iavestigagdes que envolvem consideragGes de longo termo e larga eseala sobre vaiageselimsicas e tectOnicas. Um fator que failitou sobremodo as investigagbes sob este novo prisma tem sido o ineio de uma colaborago entre geslogos © gcomortdlogos, favorecendo novas bases para a interpretagio da evolugio da paisagem. Um ponto central dessa colaboragio tem sido ‘oadvento da habilidade de estinular estudos interiseipinares, com 0 ‘emprego de novos méiodos de trabalho, em particular a datagio de FeigBes que integram a paisagem, ‘O reconhecimento da necessidade de estos interisciplinares es- ‘imulou um SimpSsio patrocinado pela Geological Society of London, itish Geomorphological Research Group eo IGCP 317 (Rexistros de Paleointemperismo c Paleosupertcies). do qual esultoua presen- te publicagao. A obra € uma coletinea de 20 artigos que mostram os mais recentes ayangos alcangadosna relago entre o desenvolvimento ‘de longo temo da paisagem e processes tecténicos e demonstra que ‘0 processos geomorfoldgicos atuais podem ser adequaarn ridos emum areabougo de evolugio geolSgica eujanecessidade eresce 242 na medida em que eresce a dade das formas de relevo, Os artigos co brem aspectos de evolugiio da paisagem da Europa (Gri Bretanh Europa continental © meditertinea), Alrica, Oriente Médio, Asi ‘América do Sul e do Nonte © Antirtica. Os atigos abrangem aspectos Lradicionais de geomorfologia geologin, com destaque para o: mais recentes avangos conceitiais, melodol6gicos e de aplicagao de téeni- as de datagio geocronol6gica na interpretagio de paisagens geologi camente velhas e jovens, A Gri Bretanha € contemplada com quatro nigos. O primeieo abordaa evolugao geomaro\dgica do sul da Ingla. terra durante 0 Tercidrio (Jones), 0 segundo o soerguimento denudagao da regio de Weald (Jones), o terceiro os elementos ‘ercirios da paisagein modema do oeste da Inglaterra elelanda (Walsh etal.) ¢, 0 thimo, a anisotropia crustal e soerguimento diferencial ¢ sua importdneia wo desenvolvimento de longa duragio da paisagem (Battiau-Queney). Na Europa continental ¢ Escandingvia, Puura et al. descievem a paisagem pré-devoniana da bacia de folhelhos ‘oleifgenos do Biltico, Lidmar-Bergstrim a historia de soerguimento revelada pela paisagem dos domes da Escandinavia, Migon as paisa _gons herdadas do antepats sudético e suas implicagdes para arecoas ‘wugao da hist6ria de soerguimento ¢ eros da Europa Central, Basi etal a aplicagio da anilise de pelosuperticies 20 estude da teet6nica recente da Itilia e Bartolini uma visto geral das faxas de soerguimento ‘edenudagio nos Apeninos setentrionais, do Plioceno ao recente. Na Arica e Oriente Médio, Baied et a, abordam as perspectivas estrui- ris e estraligraticas sobre a histéria de soerguimento e eresio do jebel Cherichira e do Oued Grigema, um segmento do sistema de tempuntbes dos Atlas Tunisianos, Buttler et al. descrevem a evolugo te preservagio de paisagens teewGnicas ao longo da falha Yammouneh, no Libano, ¢ Erikson a influéncia de movimentos crustais sobre as formas de televo, erosH0 ¢ sedimentagdo na Tanzania Central. Na Asia, Pettley & Reid abordam 0 socrguimento estabilidade da regio de “Taroko, Taiwan, Fothergill & Ma apresentam observagies prelimins 1s sobre a evolu geomortalégica da Bacia de Guide, China e suas inplicagBes sobre 0 soerguimento da margem setentrional do Plat ‘Tibetano, ¢ Owen ef al. a evolugio da paisagem na regio de Nemegt Un, um Soerguimento transpressivo eenoz6ico da Mongélia. Na Amé rica, Conrad & Snunderson analisam a varia temporal c espacial ‘no fornecimento de sedimentos em suspensio no leste da América do Norte, Costa ef al. analisam as paleosuperfiies e neotectonica das Siesras Pampeanas meridionais, Argentina, ¢ Coltorti & Oller osig- nificado das alts superlicies de planagdo dos Andes equatorianos. Na Ultima sogao, Summerfield ef af, apresentam dadas isot6picos cosmogenicos que suportam evidéncias anteriores sobre taxas de ‘denudagao extremamente baixas na regido de Dry Valley, Anténica ‘A obra 6 da maior importdncia para os profissionais da geologia © geomorfologia, pois rene as principais tend@ncias metodolégicas & lecnolégicas modesnas aplicadas ao entendimento da paisagem e de ‘sua evolugio ¢ contem 278 piginas, 142 ilustragbes (tabelas, mapas, fotografias) e pode ser adquitida da Geological Society Publishing House, Unit 7 Brassmill Enterprise Centre, Brassmill Lane, Bath, Somerset, BAI MIN, UK, ou pelo Internet Bookshop no endereco utp bookshop.geolsoc.org.uk. Porte sido anunciada na RBG, soli- citar & Editora se hi disponibilidade de um descanto, O prego & de £ 65,0. Mardy Jost, Revista Brasilia de Geociéncias, Volume 81, 2001 W. Teixeira , Mal CoM, de ‘Toledo, TR. Fai Oficina de Textos, ‘A Universidade de Szo Paulo, em parceria com Orieina de Textos langou, recentemente, 0 livro diddtico Decifrande a Terra, o qual vem preencher uma importante lacuna na bibliogra Tinga portuguesa, substituindo, com vantagens, textos didfticos ante Fiores de Introducdo & Geologia ou Geologia Geral, tadicionalmen- {e.uilizados pela comunidade universtéria, mas que earecem de uma, atualizaglo tanto no aspecto pedagégico quanto no aspecto de atuali ‘zagio do avango no conhecimento. Além de cumprir um papel infor _makivo,o livo pretende também contibuir A conscientizagio de seus Ieitores, enfatizando o papel de agente ambiental que a Humanidade tem no Planeta Terr abordando os diferentes aspectos das Ciencias Gooldgicas, da Geologia Ambiental e do Desenvolvimento Sustenti- vel. abordagem temitica é mais ampla que obras didticas asseme- |hadas até entio disponfves, incluindo ainda um acervo deilstragdes deexemplos gool6gicos voltados 20 caso sul-americano e do Brasil em particular. A principal particularidade deste projeto est, no entanto, ‘em reunite pela primeira vez mais de 30 docentes de quatro insitutos USP em torno de uma meta comum, 0 que demonstra o espirito onal da presente iniciativa eo consenso sobre sua relevancia ica. ‘A obra €encademada em brochura, formato 21x28 em, ¢impressa «em papel couché, 6 de leitura file absorvente, contem 368 paginas isteibuidas em 24 Capitulos fartamente iustrados a cores por 602 fi _guras (fotografia e diagramas), complementadas com 6 tabelas e 6 péndices © uma lista de roferéncias bibliogrificas que compreende lo, € 121 obras com= plementares, A obra estéestruturada, por Capitulo ¢ respectivas auto res, da seguinte forma; 1.0 Planeta Terra e suas origens - U.G, Cordani 2, Minerais e rochas: constituimes da Terva sélida- 1.B, Madureia, D, Atencio & I. MeReith 3, Sismicidadee estrutura interna da Terra - M.S.D. Assungao & C. ‘de M. Dins Nevo 4, Iavestigando o interior da Terra ~ M, Emesto & LS, Marques 5.A composigdo ¢ 0 calor da Terra -1.G.1. Pacea & 1, MeReath ld, F. Taiol (organizadores). 2000. Decifrando a Terra io Paulo, 568 pgs. 6. Teeronica Global - C.C.G. Tassinat 7. Ciclo da dgua Karmann 8. Iavemperismo e formagdo do solo - M. Ctistina M, deTotedo, Sonia MB. de Oliveira & A.J, Melfi 9, Sedimentos e processos sedimentares - PCF. Gi Riccomini 10, Rios ¢ processos aluviais -C. Riccomini, PC.F. Gianinni & PR. ‘Santos Aguas subterraneas e sua agio geolégica ~ nini & C. 1. Agiio geoldeica do gelo - PR, Santos & A.C. Rocha-Campos 12, Processos edlicos ~A agdo dos ventos -1.B. Sigolo 13, Processos ocetinicos e a fisiografta dos fundos marinhos - M.G. Tessier & M.M, Mahiques 14, Depositos¢ rochas sedimentares - PCF. Giannini 15. Em busca do passadlo do planeta: tempo na Geologia - TR, Fairchild, W. Teixeira M. Babinski 16, Rochas fgneas - G.AJ. Szab6, M. Babinski & W. Teixeira 17. Valeanismo - W. Tei 18, Rochas metamorficas - E, Rubeti, C.A.1. Szabo & R. Machado 19, Bsirururas em rockas - R. Machado & M. Egydio Silva 20. Recursos Hidricas » R, Hirata 21. Recursos Minera -J.8, Bettencourt & J.B. Moreschi ‘22. Recursos Energéticos - F.Taiolt 23.4 Terra: passado, present e futuro ER, Fairchild 24, A Terra, A Humonidede e 0 Desenvolvimento Sustemtavel - U.G. Cordani & F. Taio ‘A obra pode ser adguirda diretamente da Editora no seguinte end rojo: Oficina de Textos, Travessa Dr. Luiz Ribeiro de Mendonga 4, CEP 01420-040, Si0 Paulo, Telefone (01 1) 3085-7933, Fax (O11)- 3083-0849. WEB Site: wwwofitexto.com.br, E-mail ofitexto@ uuol.com.brhtp. Mardy Jost Reino Mineral. CD-ROM. ‘A obra é um atlas de mineralogia,ricamente ilustrado em formato digital (CD-ROM), produzido pelo Departamento de Geologia da Es- cola de Minas da Universidade Federal do Ouro Preto. Ao todo, conta ‘com cerca de 650 imagens digitas, incluindo grificos ¢ fotografias de alta qualidade, e fo elaborada com base nos acervos do Museu de CCiéncia e Téeniea (Setor de Mincralogia) e do DEGEO/UFOP. 'Na abertura do CD-ROM um video, com aproximadamente 5 rnutos de duragio, apresenta a abra ¢ fornece uma descrigao histética sucinta do Museu e sua insergdo no contextohistérico de Ouro Preto cede Minas Gerais. Ap6s a introdueo, que pode ser intertompida {qualquer momento em consultas posteriores, & esentada uma tela {que permite, de um lado, obter informagdes sobre os diversos setores| ‘do museu e, de outro, acessaro alas de mineralogia propriamente dito ‘Ao ingressar na segio de mineralogia, 0 usustio dispde de tts op es de consulta, 'Na primeira sio abordados fundamentos de mineraloga, incluindo Jnformagées sobre os conceitos de mineral rocha, um resumo da evo: Igo da mineralogia como ciéneia ao longo dos tempos, ertéios ui lizados na nomenclatura de mineras, informagies bisicas sobre as principas propriedades fisieas dos mineraise prineipios de stica eis- Revista Brasileira de Geociéncias, Volume 81, 2001 tains, ‘A segunela po leva o usustio a0 atlas de fotomicrografias, orgee nizado alfabeticamente por nome da espécie mineral, contando com 206 entradas. Aqui si apresentadas as propriedades de cada mineral 20 microsespio, suas caractersticas diagndsticas, comparagdo com tminerais semelhantes e modo de ocorséncia, A partir do texto e/ou feones obtém-se links para a seco de propriedades fisias, fotografi as de amostras,folomicrografias, © griticos. O atlas se propoe a for- rnecorferramentas para identificagdo dos minerais transparentes mais ‘comuns em limina delgada,e ndo inclu informagdes sobre minerais ‘opacos. ‘A terceira opgio leva o ususrio d descriglo das propriedadesfisicas, snese ¢ uso de 156 minerais, acomponhada de Fotografias de espéci- ‘mes de grande beleza plistca,selecionados da seglo de mineralogia {do Musou de Ciéncia e Téeniea. Também aqui sio oferecidos links para outras segGes relevantes, como propriedades 6ticas & otomierografias, quando é o caso. Esta sego contempla tanto mine- ‘ais opacos quanto mineraistransparentes, sendo a selegio baseada emt aspectas estéticos e na importdncia ciemtfica e econdmica dos mine- 243 As bela fotogratias, assinadas pela Profa, Dra, Hanna Jordt- Evangelista (Kiminas delgadas) © por AniOnio Liccardo (amostras ‘macrose6picas), sao complementadas por textos precisos e de fécil leitua para estuantes de mineralogia, Os textos sobre dticaetistali- na sio de autoria da Profa, Dra, Hanna Jordt-Evangeisia¢ 05 textos sobre mineralogia geral so de autoria do Prof, Dr. Hubert Mathias Poter Roeser. A elaboragio da obra foi coordenada pelo Prof. Dr. Marco Antinio Fonseca. O CD-ROM Reino Mineral & uma obra claborada e organizada de forma competent, de grande interesse para estudantes e professores de dgica contém um yolume considerivel de atigos io de dobras lexurais,e fraturas associadsas, go radas por compressio paralcla ou de baixo iigulo em relagdo seam das ou trama das rochas. O volume de artigos ¢ fruto, alm do interesse relacionado aos aspectos gcométticos, dinamicos, cinematicos © reolégicos de amas feigbes, também ao importante papel dessa estat ‘urs Sobre © controle da migragio e concentrago do uidos na erosta «suas implicagées na disposigao espacial de reservatdries de gua, hidrocarbonetos © zonas mineralizadas. Contudo, hi vrios mecanis- mos altemativos que podem gerne dobras fraturas associadas, dentre 6 quais se destaca 0 responsivel por dobras e Fraturas “forgadas”, dofinidas por Steams (1978) como esteutueas nas quais a sua forma ‘orientagao finais so determinadas pela forma e orientagao de alguna feigao subjacente. Em contraste com as dobras flexurais, as dabas “Torgadas” podem ser formadas em qualquer ambiente tecténico e sto ccomuns em regimes de compactagio, compressivos ¢ distensivos resultam de-um esforeo compressivo em alto Angulo com o ‘acamadamento. Dobras Hlexurais e dobras “Torgadas” podem ser con Sidoradas como termos exteemos de umm amplo especto, CClaramente, para prever o papel que as fraturas exereem no contro: edo movimento de fuidos em mio, © no entomo de dobras de qual: (que ipo, &importante compreender a época de sua formagio. Apesar das relagdes intima entre a geometra de dabras, ¢ fraturasassociadas, sugerirem que ambas estsuturas podem se formar sob o mesmo regime de tensotes, hd uma considerivel incertezarelativa a época de forma. ‘elo das fraturas. Algumas fraturas, como as preenchidas por veios, provavelmente formaram-se durante o dobramento, Outras, no entanto, Podem se formar durante a exumago, por queda da pressio confinante e liberago do stress residual bloggieado nas rochas desde o dabram: A obra em pauta endereca os vrios aspsctos estruturais ede mig fio de Muidos relacionados com as dobrasc rturas “forgadas”. A tulo de Inradugio, os editores fazem um i geometria, organizacio espacial ¢ padres de fratutas de dobres exurais e dobras “forgadas”. A partir dat, a obra se divide em quatro segdes, totalizando 14 artigos ‘A primera seg, com irés artigos, contempla a anise numérica & cestudos de campo de dobras “forgadas” formadas durante a ‘compaetagio de bacias sedimentares. Os dois primeiros deserevern © ‘emprego da anslise numérica, um na investigagio de wma monoctinal da Formago Navajo (Utah) (Cooke et al.) € outro em eamadas de 244 mnneralogin bem como pars 0 pli igo ineressado em minerlo ziae gemologia. Aqucles que ainda no tiverom a aportunidade de visitarpessoalmente a seg de mineralogia do Museu de Ciénci ¢ “Técniea da Universidade Federal de Ouro Preto, este CD-ROM forne- cea excelente oportunidade de um primeiro eontato com esta que & uma das colodes de minerais mais completas do munde, ‘Abra distibuida pla FundagSo Edeaiva RTV Ouro Preto (t= Jefones 0 ax 31 559,3118 ou 5593119, e-mail reinomineral@ curoprete.eop com.be) a0 preg de RS 25,00, José Affonso Brod Coaivor & MS. Ameen (editores). 2000, Foreed Folds and Fractures I Society Special Publica 169, London, 225 pgs. carvio deformadas durante a diagénese ¢ compactagso diferencial em tomo de lentes de arenito (Laubach ef al). O terceiro artigo (Cosgrove & Hillier) descreve dobras de grande escaln resultantes da ‘compactagio de rochas do Tercidrio do Mar do Norte © mostra como a fraturas associadas inieiaram a formagio de grandes diques de arenito ‘A segunda segdo contempla regimes extensionais conter quatro tigos. Os dois primeiros consideram a formago de dobeas “orga. das” durante falhamentas normais relacionados com a formagio,res- pectivamente, do Graben do Reno (Maurin & Naviere) ¢ da Bacia “Maritime, Nova Eseéein, Canada (Keller & LYnch). Otereciro aborda ‘obras “Torgadas” que ocorrem no entomo da caldeiraressurgente de Iulia (Tibald & Verzol), co quarto examina dobras de peque- a associndas falhas normnais no Golfo do México (Mansfield o contém quatro artigos que abordam dobras “forga das” cm regimes compressivos e de falhas ditecionais. O primeira (Couples & Lewis) descreve um estudo experimental na geragio des ‘ss dobras, Os demais contemplam estudes de campo respectivamente ra Pormagiio Fall River (Creticeo) junto ao soerguimento do antepats dde Black Hills (Wicks ef a.) a geomettia de dobras resultantes de Falhas do embasamento da bacia carbonifera da Silésia-Crac6via, olénia (Teper), as dobras resultanes de reativagio do embasamento apés os derrames de basaltos do Rio Colimbia, Estados Unidos (Watkinson & Hooper. ‘A quarta segio, com tr artigos, aborda as relagdes temporais e espaciais entre dabras “forcadas” e dobras flexurais, dobras de escala crustal ¢ entre dobras ¢fraturas. O primeiro contempla estudos das relagdes entre falhamentos ¢ dobramentos durante a evolugao do cinturao de Zagros (Sattarzadeh et al.). O segundo, a complexa ‘onagao metamérfica do Domo de Thaya como resultado de deforma ‘eo flexural colapso de uma seqlénciaimbricada de nappes (Stipskst eral.) ¢, oxihimo, a previsio dos padrdes de strain a partir de geome- lia dimensional de dobras, comparando dobras de superficie neutra dobras “foryadas” (Lisle). ‘A obra contem 232 paginas, cerca de 160 ilustragdes, muitas aco: res, ¢ pode ser adgurida da Geological Society Publishing House, Unit 7 Buassmill Enterprise Centre, Brassmill Lane, Bath, Somerset, BA WIN, UK, ou pelo Intemnet Bookshop no enderego hitpi// bookshop.seolsoe.org.uk. Por ter sido anuneiada na RBG, soicitar & Euitora se ha disponibilidade de um desconto. O prego & de £ 65,00. Rovieia Brasileira de Geociéncias, Volume 81, 2001

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