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A criação das agências reguladoras no Brasil guarda uma conexão direta com
o processo de privatizações e a reforma do Estado que teve início na metade da
década de 90. Nas palavras de MAZZA (2016): “É Inevitável ligar a origem das
Agências Reguladoras a uma concepção neoliberal de política econômica voltada a
reduzir a participação estatal em diversos setores da economia”.
De uma forma geral, as agências foram introduzidas no Brasil para fiscalizar e
controlar a atuação de agentes privados que passaram a executar tarefas em
setores que antes eram dominados pelo Estado.
ARAGÃO (2013) aduz que este novo contexto fez com que uma série de
institutos e competências administrativas, existentes no nosso Direito, esteja sendo
submetido a uma releitura, atualizando-os às mais modernas leis de regulação da
economia, cuja implementação, em sua maioria, é de responsabilidade das agências
reguladoras criadas em seu bojo.
Nesta esteira, dado o caráter ainda inicial das agências reguladoras dentro do
Estado brasileiro, entende-se ser oportuna e conveniente a realização deste trabalho
abarcando o desenvolvimento e a evolução da regulação e das agências
reguladoras no âmbito do ordenamento jurídico brasileiro e as alterações na
dinâmica do mercado e das interações entre os seus players decorrentes deste novo
cenário.