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Associaçã o dos Fornecedores de Cana da Regiã o de Olímpia – OLICANA

Rua David de Oliveira, nº 137 – Centro – 15.400-000 – Olímpia – SP


(17) 3281- 1733 – contato@olicana.com.br

O TRABALHADOR NA
APLICAÇÃO E
MANUSEIO DE
AGROTÓXICOS

Associação dos
Fornecedores
de Cana da Região de
Olímpia – OLICANA

Instrutor
OMAR EDUARDO DE NADAI
Eng. Agrônomo e Eng. Segurança do Trabalho
CREA/SP 0601505528
SUMÁRIO

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Introdução .................................................................................................................... 04
Apresentação ................................................................................................................ 05
1. Efeitos dos agrotóxicos na saúde .............................................................................. 06
2 – Agrotóxicos, pragas e doenças ................................................................................ 07
2.1. Definição de agrotóxicos ........................................................................................
07
3 – Legislação ................................................................................................................ 08
4 – Agrotóxicos ............................................................................................................. 12
4.1. Seres vivos considerados nocivos .......................................................................... 12
4.2. Métodos de controle ............................................................................................. 12
4.3. Características e classificação dos agrotóxicos ...................................................... 13
4.4. O rótulo dos produtos ............................................................................................
13
4.5. Vias de intoxicação (ou contaminação) ................................................................. 14
4.6. Aquisição do produto .............................................................................................
15
4.7. Segurança no transporte ....................................................................................... 15
4.8. Armazenamento .................................................................................................... 16
5 – Equipamento de proteção individual (EPI) ............................................................. 17
5.1. Legislação quanto ao uso do EPI – NR 6 ................................................................ 18
5.2. Porque do não uso do EPI ...................................................................................... 19
5.3. Segurança do aplicador ..........................................................................................
19
5.4. Quais EPI a serem utilizado no manuseio e aplicação de agrotóxicos ................... 20
5.5. Revisão do EPI, antes e depois da aplicação de agrotóxicos ................................. 22
6 – Conceitos básicos de pulverização .......................................................................... 23
6.1. O que é um pulverizador? ......................................................................................
24
6.2. Qual o objetivo de uma pulverização? ...................................................................
24
6.3. Quais fatores que influenciam em uma pulverização (aplicação de agrotóxicos)? 24

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6.4. Qual a condição climática ideal para pulverizar .................................................... 25


6.5. Componentes do circuito de defensivos ................................................................
26
6.6. Quais cuidados tomar ao pulverizar ...................................................................... 26
6.7. Quais os volumes de aplicação mais recomendados em função da aplicação? .... 28
6.8. Quais cuidados devem ser tomados ao guardar o pulverizador? .......................... 28
7 – Pulverizador do tipo turboatomizador ....................................................................
31
7.1. Classificação e utilização de bicos, filtros e difusores ............................................ 32
7.2. Disposição dos bicos no ramal da turbina em relação ao alvo .............................. 32
7.3. Revisão dos componentes do turboatomizador..................................................... 33
7.4. Regulagem da vazão do pulverizador turboatomizador ........................................ 33
8 – Pulverizador de barras ............................................................................................ 37
8.1. Classificação e utilização dos bicos e filtros, de acordo com o tipo do produto .... 38
8.2. Revisão dos componentes do pulverizador de barras ........................................... 38
8.3. Regulagem da vazão do pulverizador de barras .................................................... 39
9 – Pulverizador costal manual (bomba costal) ............................................................ 45
9.1. Classificação e utilização dos bicos e filtros, de acordo com o tipo de produto .... 45
9.2. Revisão dos componentes do pulverizador costal ................................................. 46
9.3. Calibração de pulverizadores costais ..................................................................... 46
10 – Aplicação de agrotóxicos ...................................................................................... 50
10.1. Preparo da calda .................................................................................................. 50
10.2. Aplicação do produto ...........................................................................................
51
10.3. Período de carência ou intervalo de confiança .................................................... 52
10.4. Higienização pessoal do aplicador ....................................................................... 53
10.5. Destino dos restos do produto ............................................................................ 53
10.6. Destino final das embalagens vazias .................................................................... 54
10.7. Limpeza e conservação dos pulverizadores ......................................................... 57
11 – Primeiros socorros ................................................................................................ 57
Referências bibliográficas ............................................................................................ 62

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INTRODUÇÃO

Esta apostila tem como objetivo proporcionar aos trabalhadores e


produtores rurais, um aprendizado simples e objetivo das práticas de segurança no
manuseio, armazenagem e aplicação de defensivos agrícolas e produtos afins, com o
uso correto das tecnologias e procedimentos mais apropriados para a saúde e
integridade física do trabalhador.
O trabalhador exposto aos riscos provenientes dos agrotóxicos, adjuvantes e
afins é aquele que manuseia, transporta, aplica e se expõe aos agrotóxicos, de maneira
direta e indireta.
O aplicador é aquele que efetua a aplicação de produtos agrotóxicos nas
suas várias formas (líquida, pó, granulado, etc.) para proteger a lavoura de doenças,
pragas e plantas daninhas, evitando-se assim prejuízos à lavoura.
Para uma boa aplicação é necessário conhecer os materiais específicos, o
modo correto de armazenamento e transporte, o produto e sua forma de utilização,
sua aquisição, o EPI (Equipamento de Proteção Individual), os equipamentos de
aplicação, o modo de preparar a calda e de fazer a desinfecção das vestimentas, o
descarte de embalagens e os primeiros socorros.
Como resultado temos um ambiente de trabalho saudável, tanto para o ser
humano quanto para o meio ambiente, teremos riscos de acidentes com intoxicações
sobre controle, maior produção agrícola e melhor qualidade de vidas a todos.

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APRESENTAÇÃO

Toda vez que se pretende iniciar uma lavoura, logo se pensa nos cuidados
necessários para que ela seja de boa qualidade. Esses cuidados são muitos, como: a
escolha do lugar, a seleção das sementes ou mudas, os equipamentos, os insumos, as
pessoas que vão trabalhar e muitos outros. É preciso plantar com consciência para
colher bons resultados, produzir alimentos saudáveis e de forma econômica. Os
produtos fitossanitários são produtos importantes para proteger as plantas dos ataque
de pragas, doenças e plantas daninhas, mas podem ser perigosos se forem usados de
forma errada. Para ajudar a evitar acidentes e contaminações causados pelo uso
incorreto, iremos realizar este treinamento, direcionado para todos aqueles que
manuseiam, transportam, armazenam, preparam e aplicam os mais diferentes tipos de
agrotóxicos.
O motivo desta preocupação com agrotóxicos, levando todos a participarem
deste treinamento, primeiramente é atender a legislação. Em segundo lugar, e o mais
importante, é evitar os efeitos dos agrotóxicos na saúde. Os efeitos dos agrotóxicos
podem ser simples dermatoses; quanto casos de câncer; sequelas neurológicas;
repercussões teratogênicas; anomalias neurológicas, gástricas e ósseas; esterilidade
e intoxicações agudas.

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1. EFEITOS DOS AGROTÓXICOS NA SAÚDE


De acordo com o Ministério da Saúde, Fiocruz e Sinitox (Sistema Nacional de
Informações Tóxico-Farmacológicas), temos os seguintes dados para o Brasil.

Casos de intoxicação por agrotóxicos em geral no Brasil


Região Ano Acidente Tentativa Ignorad Total Óbitos
s de Suicídio a
Norte 2000 72 56 9 137 4
Nordeste 2000 621 1.181 29 1.831 80
Centro-Oeste 2000 448 268 14 730 28
Sudeste 2000 3.650 2.468 268 6.386 58
Sul 2000 1.865 1.015 50 2.930 43
BRASIL (*) 2000 6.656 4.988 370 12.014 213

Norte 2010 55 30 9 94 1
Nordeste 2010 384 922 7 1.313 60
Centro-Oeste 2010 1.019 867 33 1.919 49
Sudeste 2010 2.764 2.021 216 5.001 42
Sul 2010 1.737 906 25 2.668 34
BRASIL (*) 2010 5.959 4.746 290 10.995 186

(*) Não estão disponíveis dados dos Estados do Amazonas, Bahia, Santa Catarina, Mato
Grosso, Rondônia, Acre, Roraima, Amapá, Acre, Maranhão e Alagoas.

1.1. Agrotóxico e o Mal de Parkinson


Um estudo liderado pela Universidade de Aberdeen, na Escócia, avaliou
mais de 3.000 pessoas (767 portadores de Mal de Parkinson) em cinco países europeus
e mostrou que o uso de agrotóxicos tem uma influência importante no risco
ocupacional de desenvolvimento de Parkinson.

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1.2. Câncer de mama e agrotóxicos


Foram verificadas alterações mamográficas precursoras de câncer em
mulheres expostas ocupacionalmente a agrotóxicos, observando-se maior detecção de
câncer de mama na pré-menopausa.

1.3. Câncer de próstata e infertilidade


Foi verificado aumento de incidência de câncer de próstata em
trabalhadores rurais expostos a agrotóxicos. Taxas elevadas de infertilidade e câncer
de testículo em municípios com alta exposição a agrotóxicos em SP e RS.

2 – AGROTÓXICOS, PRAGAS E DOENÇAS

2.1. Definição de agrotóxicos


Agrotóxicos são definidos como produtos e agentes de processos físicos,
químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores de produção, no
armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção
de florestas nativas ou implantadas, de ecossistemas e também de ambientes urbanos,
hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da fauna e da flora, e de
preservá-las da ação danosa dos seres vivos considerados nocivos; substâncias e
produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimulantes e inibidores de
crescimento (Lei 7.802, de 11.07.1989 e Decreto Regulamentador nº 98.816, de
11.01.1990).

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3- LEGISLAÇÃO
Este treinamento vem atender ao disposto na Lei 6.514/77, mais
especificamente em sua Norma Regulamentadora Nº 31 (NR 31), no item 31.8 –
Agrotóxicos, Adjuvantes e Produtos Afins.

Para fins desta norma são considerados (31.8.1):


a) Trabalhadores em exposição direta: são os que manipulam os agrotóxicos em
qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação, descarte
e descontaminação de equipamentos e vestimentas .
b) Trabalhadores em exposição indireta: são os que não manipulam diretamente os
agrotóxicos, mas circulam e desempenham suas atividades de trabalho em áreas
vizinhas aos locais onde se faz a manipulação dos agrotóxicos em qualquer uma das
etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação e descarte, e
descontaminação de equipamentos e vestimentas, e ou ainda os que desempenham
atividades de trabalho em áreas recém-tratadas.

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31.8.3 É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos e afins por menores de 18


anos, maiores de 60 anos e por gestantes.
31.8.3.1 O empregador rural ou equiparado afastará a gestante das atividades com
exposição direta ou indireta a agrotóxicos imediatamente após ser informado da
gestação.

31.8.4. É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e afins nos


ambientes de trabalho, em desacordo com a receita e as indicações do rótulo e bula.

31.8.5. É vedado o trabalho em áreas recém-tratadas, antes do término do intervalo


de reentrada estabelecido nos rótulos dos produtos, salvo com o uso de equipamentos
de proteção recomendado.

31.8.6. É vedada a entrada e permanência de qualquer pessoa na área a ser tratada


durante a pulverização aérea.

31.8.7. O empregador deve fornecer instruções suficientes aos que manipulam


agrotóxicos, adjuvantes e afins, e aos que desenvolvam qualquer atividade em áreas
onde possa haver exposição direta ou indireta a esses produtos, garantindo os
requisitos de segurança previstos nesta norma.

31.8.8. O empregador deve proporcionar capacitação sobre prevenção de acidentes


com agrotóxicos a todos os trabalhadores expostos diretamente.
31.8.8.1. A capacitação prevista nesta norma deve ter carga horária mínima de 20
horas, distribuídas em no máximo 8 horas diárias, durante o expediente normal de
trabalho.
31.8.8.3. São considerados válidos os programas de capacitação desenvolvidos por
órgãos e serviços oficiais de extensão rural, instituições de nível médio e superior em
ciências agrárias, SENAR, entidades sindicais, associações de produtores rurais,
cooperativas e associações de profissionais.

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31.8.9. O empregador deve adotar, no mínimo, as seguintes medidas:


a) Fornecer Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e vestimentas adequadas aos
riscos, que não propiciem desconforto térmico prejudicial ao trabalhador.
b) Estes equipamentos e vestimentas devem ser fornecidos em perfeitas condições de
uso e higienização, substituindo-os sempre que necessários.
c) Orientar quanto ao uso correto dos dispositivos de proteção.
d) Disponibilizar local adequado para a guarda da roupa de uso pessoal.
e) Fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal.
f) Garantir que nenhum dispositivo ou vestimenta de proteção seja reutilizado antes da
devida descontaminação.
g) Vedar o uso de roupas pessoais quando da aplicação de agrotóxicos.

31.8.10. O empregador deve disponibilizar a todos os trabalhadores informações sobre


o uso de agrotóxicos no estabelecimento, informando área tratada, tipo de produto
aplicado, nome do produto, classificação toxicológica, intervalo de reentrada, medidas
de proteção necessárias aos trabalhadores em exposição direta e indireta e medidas a
serem adotadas em caso de intoxicação.

31.8.11. O trabalhador que apresentar sintomas de intoxicação deve ser


imediatamente afastado das atividades e transportado para atendimento médico,
juntamente com as informações contidas nos rótulos e bulas dos agrotóxicos aos quais
tenha sido exposto.

31.8.12. Os equipamentos de aplicação de agrotóxicos, adjuvantes e afins devem ser:


a) Mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento.
b) Inspecionados antes de cada aplicação.
c) Utilizados para a finalidade indicada.
d) Operados dentro dos limites, especificações e orientações técnicas.

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31.8.13. A conservação, manutenção, limpeza e utilização dos equipamentos só


poderão ser realizadas por pessoas previamente treinadas e protegidas.
31.8.13.1. A limpeza dos equipamentos será executada de forma a não contaminar
rios, córregos, poços e quaisquer outras coleções de água.

31.8.14. Os produtos devem ser mantidos em suas embalagens originais, com seus
rótulos e bulas.

31.8.15. É vedada a reutilização, para qualquer fim, das embalagens vazias de


agrotóxicos, adjuvantes e afins, cuja destinação final deve atender legislação vigente.

31.8.16. É vedada a armazenagem de agrotóxicos a céu aberto.

31.8.17. As edificações destinadas ao armazenamento de agrotóxicos e afins, devem:


a) Ter paredes e cobertura resistentes.
b) Ter acesso restrito aos trabalhadores devidamente capacitados a manusear os
produtos.
c) Possuir ventilação, comunicando-se exclusivamente com o exterior e dotada de
proteção que não permita o acesso de animais.
d) Ter afixadas placas ou cartazes com símbolos de perigo.
e) Estar situadas a mais de 30 metros das habitações e locais onde são conservados ou
consumidos alimentos, medicamentos ou outros materiais e de fontes de água.
f) Possibilitar limpeza e descontaminação.

31.8.18. O armazenamento deve obedecer as normas da legislação vigente, as


especificações do fabricante constantes dos rótulos e bulas e as seguintes
recomendações básicas:
a) As embalagens devem ser colocadas sobre estrados, evitando contato com o piso e
com as pilhas afastadas das paredes e do teto.
b) Os produtos inflamáveis serão mantidos em local ventilado, protegidos contra
centelhas e outras fontes de combustão.

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31.8.19. Os agrotóxicos devem ser transportados em recipientes rotulados, resistentes


e hermeticamente fechados.
31.8.19.1. É vedado transportar agrotóxicos em um mesmo compartimento que
contenha alimentos, rações, forragens, utensílios de uso pessoal e doméstico.
31.8.19.2. Os veículos utilizados para transporte de agrotóxicos devem ser
higienizados e descontaminados, sempre que forem destinados para outro fim.
31.8.19.3. É vedada a lavagem de veículos transportadores de agrotóxicos em
coleções de água.
31.8.19.4. É vedado transportar simultaneamente trabalhadores e agrotóxicos, em
veículos que não possuam compartimentos estanques projetados para tal fim.

4 – AGROTÓXICOS

4.1. Seres vivos considerados nocivos


Qualquer população de organismos nocivos (pragas, doenças e ervas
daninhas) que causem danos, lesões ou destruição das plantas, animais e do homem.

Ácaro da leprose (Brevipalpus phoenicis) Pinta preta em tomateiro


(Alternaria solani)

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4.2. Métodos de controle


Os principais métodos de controle de pragas, doenças e plantas invasoras
são:
a) Controle químico – uso de agrotóxicos

b) Controle físico – feito por meio do controle da temperatura e umidade


c) Controle mecânico – uso de armadilhas, enxadas, roçadeira, grade e barreiras
d) Controle biológico – uso de inimigos naturais das pragas
d) Práticas agrícolas – consiste no preparo correto do
solo, na destruição dos restos de cultura, na limpeza das
máquinas e implementos, na rotação de culturas, no
plantio de variedades resistentes, na diversificação de
culturas, etc.
f) MIP – Manejo Integrado de Pragas – utilização em conjunto de todos os métodos
aqui expostos.

4.3. Características e classificação dos agrotóxicos


Os agrotóxicos são apresentados em várias formulações (características
físicas de cada produto), que tem por objetivo facilitar o aplicador e efetuar as
aplicações no campo. São elas:
a) Formulações que já vem prontas para serem utilizadas: pó-seco (Aldrin), granulados
(formicida), UBV - Ultra Baixo Volume (Roundup);
b) Formulações que requerem diluição em água para serem aplicadas como: pó-
molhável, concentrados emulsionáveis e suspensões concentradas, com solubilização
na água.

Os agrotóxicos são agrupados de acordo com o tipo de praga a ser


controlada, como seguem abaixo:
a) Insetidas – para matar insetos que infestam a lavoura
b) Herbicidas – para matar as plantas invasoras ou ervas daninhas

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c) Fungicidas – para matar os fungos encontrados nas lavouras


d) Acaricidas – para matar os ácaros
e) Molusquicidas – para matar lesmas, caracóis e caramujos.

Todos os agrotóxicos apresentam, no rótulo, uma faixa que, de acordo com


a cor, indica a classe toxicológica, ou seja, o grau de toxicidade que cada produto
apresenta.
CLASSE TOXICOLÓGICA COR DA FAIXA
I – Extremamente tóxico VERMELHA
II – Altamente tóxico AMARELA
III – Medianamente AZUL
tóxico
IV – Pouco tóxico VERDE

4.4. O rótulo dos produtos


É no rótulo dos produtos que constam as informações sobre o uso, quais
culturas podem ser tratadas, quais doenças, pragas ou plantas daninhas que podem
ser tratadas com o produto, qual a melhor época para controlar as doenças, pragas e
plantas daninhas, qual a dose a ser utilizada, qual o intervalo entre uma aplicação e
outra e o prazo de reentrada na área, qual o intervalo entre uma aplicação e a colheita
para que o agrotóxico não contamine os alimentos (período de carência), qual a
possibilidade de se aplicar mais de um produto ao mesmo tempo (compatibilidade),
que cuidados o aplicador deve tomar para não se contaminar, tipo de formulação do
produto e princípio ativo, cuidados especiais tendo em vista o maior risco toxicológico
do agrotóxico, informações sobre o tratamento médico de emergência, antídoto
específico e as recomendações favoráveis ou contrárias aos comumente utilizados,
telefones de emergência, destinação das embalagens, enfim, todas as informações
acerca do produto.
Além destas informações,devem conter ainda mecanismos de ação,
absorção e excreção para o ser humano, efeitos agudos e crônicos e efeitos colaterais.

4.5. Vias de intoxicação (ou contaminação)

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Como visto, os agrotóxicos apresentam diferentes graus de toxicidade. Por


isso, podem acarretar problemas à saúde do aplicador (trabalhador).
Existem 3 vias de entrada de agrotóxicos no organismo humano. São elas:
a) Via dérmica: é a penetração pela pele. É a mais frequente e ocorre não somente
pelo contato direto com os produtos, mas também pelo uso de roupas contaminadas
ou pela exposição contínua à névoa do produto, formada no momento da aplicação.
Nesses casos, nos dias mais quentes do ano, os cuidados precisarão ser
redobrados, pois, devido à transpiração do corpo, aumenta a absorção pela pele.
Podemos, também, incluir nessa via de penetração a entrada do produto
pelos cortes (ferimentos no corpo do aplicador).
b) Via digestiva: é a penetração do produto pela boca.
c) Via respiratória: o produto penetra quando respiramos sem a utilização de
máscaras.

4.6. Aquisição do produto


O Brasil possui uma lei específica sobre o uso de agrotóxicos (Portaria nº
007, de 13/01/1981 – do Ministério da Agricultura), que determina e atribui
responsabilidades a todos aqueles que fabricam, comercializam
e aplicam estes produtos. Portanto a aquisição destes produtos
precisa ser feita sob orientação de um profissional habilitado
que, após a visita à propriedade, emitirá um receituário
agronômico com a recomendação do produto e os EPI (Equipamento de Proteção
Individual) a serem usados. Cabe ao usuário seguir as orientações destes receituários e
as instruções contidas no rótulo do produto.
Verificar, no ato da compra, se o produto corresponde ao receituário
agronômico, bem como a sua validade, o estado de conservação da embalagem e as
condições do rótulo.

4.7. Segurança no transporte

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Ao transportar os agrotóxicos, algumas regras básicas devem ser seguidas, a


fim de evitar acidentes:
a) Os agrotóxicos devem ser transportados isoladamente, ou
seja, longe das pessoas, alimentos, rações, sementes e
animais, para que estes não sejam contaminados.
b) Verifique se o local de armazenamento é seguro; caso
tenha pregos, parafusos ou lascas de madeira, etc., elimine-os, evitando danificar as
embalagens.
c) No carregamento, fazer o empilhamento das embalagens de agrotóxicos conforme a
recomendação do fabricante.
d) Tenha sempre o EPI (Equipamento de Proteção Individual) no veículo, para utilizá-lo
em caso de acidentes.
e) Não se deve fumar ou comer durante a manipulação das embalagens, a fim de
evitar uma possível intoxicação ou contaminação.
f) Nunca transporte embalagens danificadas ou com vazamento.
g) O transporte dos produtos fitossanitários (agrotóxicos) deve ser feito sempre com a
nota fiscal do produto.

ALERTA ECOLÓGICO!!!
Em caso de acidentes, verifique as instruções no rótulo e notifique, imediatamente,
as autoridades competentes.

O desrespeito às normas de transporte pode gerar multas para quem vende


e para quem transporta o produto.

4.8. Armazenamento
O local de armazenamento deverá ficar distante de nascentes de água, rios,
lagos, açudes e moradias, evitando-se assim possíveis acidentes contra o meio
ambiente, o homem e os animais.

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PRECAUÇÃO!!!
É importante frisar que o depósito, para armazenar os agrotóxicos, deverá ser
somente utilizado para esse fim.

Este local deverá:


a) Ter uma boa cobertura;
b) Ser bem ventilado;
c) Ter boa iluminação;
d) Ter piso impermeabilizado com cimento liso, cerâmica, borracha ou lona plástica
resistente e o telhado sem goteiras, para permitir que o depósito fique sempre seco;
e) Ser identificado por meio de placas, indicando: Perigo! Não se
aproxime!
f) Ser cercado ou trancado, evitando-se a aproximação de pessoas
estranhas e animais.

Devemos seguir algumas regras de armazenamento, com a finalidade de


facilitar a identificação e a retirada dos agrotóxicos para sua utilização, tais como:
a) Colocar os produtos em prateleiras, mantendo-os em suas
embalagens originais e separando-os, de acordo com o tipo de
praga que controlam.
Ex.: herbicidas com herbicidas, fungicidas com fungicidas,
inseticidas com inseticidas;
b) Colocar as embalagens, com os rótulos voltados para a frente, e verificar se elas
estão lacradas ou bem fechadas, caso tenha sido utilizada parte do conteúdo;
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c) Quando armazenar no piso, colocar as embalagens sobre estrados ou tábuas,


evitando-se o contato direto com o piso.

5 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)


A segurança do aplicador está relacionada diretamente à sua exposição ao
produto e ao risco de intoxicação. Desta forma, sua segurança dependerá da escolha e
utilização correta do Equipamento de Proteção Individual (EPI), que são roupas e
equipamentos específicos para o aplicador de agrotóxicos, que tem por finalidade
evitar o contato direto com o produto durante a aplicação.
Cada equipamento de proteção tem uma função específica, como:
a) Proteção da pele – usar luvas, chapéu de abas largas e avental impermeável, camisa
com mangas longas e calça.
b) Proteção dos olhos e da face – óculos de segurança e protetor facial
c) Proteção quanto inalação do produto – máscaras com filtros específicos, para a
aplicação de agrotóxicos

Todos estes equipamentos devem ser certificados e aprovados pelo


Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e devem possuir o CA (Certificado de
Aprovação) impresso no equipamento ou na embalagem.

PRECAUÇÃO!!!
Utilize o EPI em todas as operações: transporte, armazenamento, manuseio e
aplicação dos agrotóxicos.

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5.1. Legislação quanto ao uso do EPI – NR 6


Quanto aos EPI, a legislação trabalhista prevê que:

É obrigação do empregador:
* Fornecer os EPI adequados ao trabalhador;
* Instruir e treinar quanto ao uso dos EPI;
* Fiscalizar e exigir seu uso;
* Manter e substituir os EPI.

É obrigação do trabalhador:
* Usar e conservar os EPI.

Quem falhar nestas obrigações poderá ser responsabilizado:


* O empregador poderá responder ação na justiça, além de ser multado pelo
Ministério do Trabalho e Emprego
* O funcionário poderá ser demitido por justa causa.

5.2. Porque não do uso do epi?


- Desconforto
- Não vê necessidade de utilização
- Atrapalha na execução das tarefas
- Esquecimento
- Falta de costume e adaptação
- Falta de treinamento e conscientização
- Para não perder insalubridade
- Condições insatisfatórias de serviços
- Problema de estética
- Não fornecimento de EPI por parte da empresa
- Imita as chefias no descumprimento das normas

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- EPI de má qualidade
- Não acredita na proteção do EPI
- Influência dos colegas
- Falta de fiscalização e punição por parte da chefia

5.3. Segurança do aplicador


A segurança do aplicador está relacionada
diretamente à sua exposição ao produto e ao risco
de intoxicação. Desta forma sua segurança
dependerá da escolha e da utilização correta do
Equipamento de Proteção Individual (EPI).
A higiene pessoal é de grande importância
antes, durante e após as aplicações de agrotóxicos, portanto, deve-se evitar comer,
beber ou fumar e não tocar o rosto ou qualquer parte do corpo com as luvas sujas. Ao
terminar a aplicação, é necessário tomar um banho, com água e
sabão, e, depois, vestir roupas limpas.
Ao final de cada dia de trabalho, as roupas de proteção
(EPI) devem ser lavadas, de acordo com as recomendações do
fabricante.

ATENÇÃO!!
Roupas contaminadas não devem ser reutilizadas.

5.4. Quais EPI a serem utilizados no manuseio e aplicação de agrotóxicos

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a) Protetores respiratórios (máscaras semifaciais):


proteção contra inalação dos vapores e gases oriundos
dos agrotóxicos. Podem ser
descartáveis ou não.

Modo de colocação: retire o respirador da embalagem (evite ao máximo


tocar a parte interna do mesmo). Encaixe-o no queixo cobrindo a boca e nariz e em
seguida puxe o elástico inferior e coloque-o na nuca. Puxe o elástico superior e fixe-o
na cabeça acima das orelhas. Ajuste o
respirador no rosto e pressione a presilha de
metal para ajustar no nariz.

Cuidados: Verifique se o respirador não está danificado em condições de


uso. Nos períodos de intervalo ou ao final do expediente, guarda o respirador em local
adequado. Não suje a parte interna do respirador e não deixe-o sobre locais onde ele
possa ter contato com contaminantes. Barbeie-se, pois a barba impede o uso
adequado do respirador.

b) Óculos de segurança e protetores faciais: proteção dos olhos


contra respingos, névoas e vapores.

c) Luvas: proteção das mãos contra respingos, névoas e qualquer tipo de contato com
os agrotóxicos.
Cuidados: Use sempre o tamanho
correto e certifique-se que as mãos estejam
sempre limpas antes do uso das luvas.
Verifique se estão em condições de uso e
evite usar as luvas em outra função. Quando

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for pulverizar alvos baixos, use por dentro da manga do jaleco, quando for pulverizar
alvos altos use por dentro da manga. O objetivo é evitar que o produto escorra para
dentro das luvas. Sempre lave a limpe as luvas antes de retirá-las e retire-as sem tocar
a superfície externa.

d) Botina de segurança e botas impermeáveis: Proteção dos pés, protegendo-os de


umidade, contato com defensivos e respingos de produtos
químicos. Nos serviços de pulverização utilizar sempre botinas
impermeáveis, podendo ser de borracha ou couro
impermeabilizado) e sempre
por dentro da calça.

e) Vestimenta para aplicação de agrotóxico: tem como finalidade a proteção do corpo


do trabalhador e são divididas em jaleco, calça, boné árabe e avental.
Jaleco e calça: protegem o tronco, membros superiores e inferiores,
devendo ser usadas em quase todo tipo de aplicação. Atualmente são
confeccionados em material hidro-repelente e preferencialmente de cor
claro (redução de absorção de calor). Deve-se evitar jatos diretos do
agrotóxico, pois pode ultrapassar o tecido hidro-repelente.

Boné árabe: protege a cabeça, pescoço e parte da face. É


confeccionado em tecido de algodão tratado com teflon,
sendo hidro-repelente e substitui o chapéu de abas largas.
Protege o couro cabeludo e o pescoço contra respingos. O
boné árabe deve ser ajustado sobre a viseira facial.

Avental: produzido em material impermeável, deve ser


utilizado adaptado na parte frontal do jaleco durante o
preparo da calda e na parte costal do jaleco durante as

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aplicações com equipamento costal. O objetivo é evitar que respingos do produto


concentrado e derramamentos do equipamento aplicador possam atingir o
trabalhador.

5.5. Revisão do EPI, antes e depois da aplicação de agrotóxicos


Antes de iniciar a aplicação de agrotóxicos, é necessário fazer uma revisão
no EPI; ele deverá estar sem furos ou rasgos e em boas condições de uso.
Salvo em condições especiais, o uso de EPI no preparo e aplicação de
agrotóxicos deve obedecer o seguinte:
a) No preparo da calda, onde os produtos são mais concentrados, além dos EPI
básicos, use avental impermeável;
b) A manga da camisa deve ficar sempre sobre o cano da luva;
c) A barra da calça deve ficar sempre sobre o cano da bota;
d) Na colocação da roupa e EPI, obedecer a seguinte ordem: calça, camisa, luvas,
botas, máscaras, óculos e capuz;
e) Na retirada, lembre-se que a roupa e EPI estão contaminados. Portanto proceda da
seguinte forma:
e.1) Lave as luvas com sabão e água e seque com papel toalha ou pano, para
remover o excesso de contaminação;
e.2) Retire os EPI e roupa na seguinte ordem: capuz, óculos, máscaras, camisa, bota,
calça e luvas.
Ainda usando as luvas, coloque a roupa no local para lavagem e guarde cada
equipamento em sacos separados: luvas, máscara, óculos e botas.

ATENÇÃO!!!
Para retirar as luvas, puxe as pontas dos dedos das duas mãos até folgar bem as
luvas. Vá soltando até as luvas ficarem quase fora das mãos. Em seguida retire a luva
de uma das mãos e segure pelo boca do cano, acabe de retirar a luva da outra mão
segurando pelo cano junto com a que foi retirada da outra mão. Guarde as luvas em
um saco separado dos demais equipamentos.

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Após a utilização, verifique, novamente, o seu estado de conservação.

6- CONCEITOS BÁSICOS DE PULVERIZAÇÃO


Pulverizar é reduzir um corpo em pequenos fragmentos, borrifar em gotas.

6.1. O que é um pulverizador?


É um equipamento capaz de gerar gotas em função de uma determinada
pressão exercida sobre a calda.

6.2. Qual o objetivo de uma pulverização?


Realizar uma aplicação depositando de maneira correta as gotas em
quantidade e qualidade sobre o alvo desejado e específico, a fim de controlar as
pragas que reduzem a produtividade das culturas.

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6.3. Quais fatores que influenciam em uma pulverização (aplicação de agrotóxicos)?


Para fazermos a aplicação de agrotóxicos nas lavouras, é preciso ficarmos
atentos aos seguintes fatores:
a) Porte da cultura (estágio de crescimento) – de acordo com o tamanho da planta, o
local a ser tratado será maior ou menor. Consequentemente, implicará em um maior
ou menor volume de calda gasta por área.
b) Solo – de acordo com as condições de preparo do solo, caso existam muitos torrões
ou restos culturais no momento da aplicação de herbicidas em pré-plantio incorporado
(antes do plantio) ou pré-emergentes (após o plantio, porém, antes da germinação),
eles poderão afetar o desempenho do produto. Os tipos de solo também influenciam
na dose, onde em solos argilosos a dose (concentração do produto) tem de ser maior
do que em solos arenosos.
c) Temperatura – Os produtos tóxicos deverão ser aplicados nas horas mais frescas do
dia, pois, com altas temperaturas, poderão ocorrer efeitos fitotóxicos (intoxicação e
queima superficial da planta) e perda do produto por evaporação.
d) Vento – Evite a aplicação dos agrotóxicos quando houver ventos fortes, pois
acarretará a perda do produto, que será desviado da planta. Sem os ventos, não
existirá nenhuma possibilidade de que o produto passe para outra direção, que não
seja a do alvo (a planta).
e) Umidade – Evite aplicar os agrotóxicos quando houver orvalho ou chuva, pois a
umidade excessiva prejudica o desempenho do produto aplicado.

6.4. Qual condição climática ideal para pulverizar?


* Umidade relativa do ar: entre 50% a 90%
* Velocidade do vento: entre 4 a 10 km/h
* Temperatura: entre 7° e 30°

Umidade Relativa do Ar Velocidade do vento Temperatura


Com umidade abaixo de Acima de 10 km/h, maior Acima de 30°, evaporação
50% evaporação das gotas deriva das gotas e deriva vertical das gotas

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Inversão térmica: é quando não tem vento e a massa de ar fria da atmosfera está
descendo e o ar quente da superfície está subindo. Durante este processo, as gotas de
pulverização são freadas ficando em suspensão. Depois que termina a inversão térmica
e começa a ventar, essas gotas são arrastadas para outro local.

6.5. Componentes do circuito de defensivos

Tanque: depósito de calda durante a pulverização.

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Filtro principal: retém impurezas do líquido (calda)


Comando de defensivo: distribui o fluxo de pulverização na pressão de trabalho
desejada.
Bomba de defensivo: admite e recalca a calda de pulverização.
Retorno: excedente do fluxo recalcado pela bomba para o tanque.
Bicos de pulverização: principais componentes de um pulverizador, já que dele
depende toda a qualidade da pulverização, tamanho e tipo de gotas, ângulo e
distribuição uniforme da pulverização.

6.6. Quais cuidados tomar ao pulverizar.


6.6.1. Quanto à cultura – depositar o produto na quantidade certa para que haja
um bom controle e não haja fitotoxidade (intoxicação) das plantas.
6.6.2. Quanto à aplicação – é importante
regular a máquina corretamente levando em
conta alguns aspectos como temperatura,
umidade relativa do ar, velocidade do vento e
velocidade de trabalho a fim de evitar a perda
de produto e contaminação de áreas vizinhas,
pessoas e animais.

6.6.3. Quanto ao operador – este deve estar trajando


equipamento de proteção individual protegendo-o da
contaminação.

6.6.4. Quanto ao pulverizador – este deve estar em perfeito estado de funcionamento


e estar equipado com componentes adequados para o trabalho como bicos,
acessórios, etc.

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6.6.5. Outras recomendações – não se deve comer, beber ou fumar durante o


manuseio de produtos químicos.

6.7. Quais os volumes de aplicações mais recomendados em função da aplicação?


São 3 os tipos mais frequentes de produtos utilizados nas aplicações:
- Inseticidas
- Herbicidas
- Fungicidas

Os volumes de aplicações podem variar em função do estágio de


desenvolvimento das plantas, nível de infestação, condições climáticas, marca de
produtos, entre outros.

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ATENÇÃO!!!
Para definir o volume ideal de pulverização, siga as instruções de um Engenheiro
Agrônomo ou Técnico Agrícola de confiança.

6.8. Quais cuidados devem ser tomados ao guardar o pulverizador?


6.8.1. Antes de guardar um pulverizador, coloque água limpa no tanque, retire os
filtros e os bicos e funcione o pulverizador até eliminar todo o resto da calda.

ATENÇÃO!!!
ESTA OPERAÇÃO DEVE SER FEITA NA PRÓPRIA LAVOURA!!!!
6.8.2. Lave e limpe os bicos e filtros e recoloque-os.

X X
ATENÇÃO!!!

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Nunca desentupa bicos com a boca! Nem com arames, agulhas ou gravetos! O
correto é utilizar um fio de nylon (linha de pescar), uma escova de dentes velha ou ar
comprimido.

6.8.3. Desmonte e limpe o filtro de sucção e principalmente o elemento filtrante.

Filtro de sucção Elemento filtrante Tampa

6.8.4. Lave a máquina externamente.

6.8.5. Lubrifique os componentes e aplique óleo lubrificante ns partes metálicas a


fim de proteger contra a corrosão.

CUIDADO!!!
Com lubrificantes no chão.

6.8.6. Guarde a máquina em lugar seco e coberto.

IMPORTANTE!!!

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- Mantenha as crianças e animais distantes da área de


armazenamento de defensivos.
- Não deixe que crianças ou animais se aproximem da
máquina e da lavoura durante o período de aplicação.
- Não faça aplicação próximo de rios, lagos, represas
ou residências.
- Trabalhos de pulverização devem ser feitos por
pessoas treinadas e com coordenação de um técnico,
agrônomo ou responsável.

7 – PULVERIZADOR DO TIPO TURBO ATOMIZADOR


O Turbo Atomizador é o equipamento de aplicação de agrotóxicos
recomendado para aplicação de inseticidas, fungicidas e adubos foliares em baixo e
alto volume.

Pulverizadores tipo Turbo Atomizador


1) Montados no sistema de três pontos no trator.
2) Montados sobre carretas tracionadas pelo trator.

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Componentes de um pulverizador Turbo Atomizador


1. Tanque 7. Bomba
2. Regulador de pressão 8. Ramal de pulverização
3. Agitador (interior do tanque) 9. Filtro de linha
4. Manômetro 10. Bicos
5. Filtro 11. Ventilador (turbina)
6. Tubulação de retorno

7.1. Classificação e utilização de bicos, filtros e difusores


Os pulverizadores do tipo Atomizador são equipamentos com bico tipo cone
com os quais, de acordo com o tipo de difusor, teremos maior ou menor grau de
cobertura do alvo (plantas).

Ponta Difusor

7.2. Disposição dos bicos no ramal da turbina em relação ao alvo

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De acordo com o porte da cultura e o tipo de praga a ser combatida,


devemos proceder o direcionamento dos conjuntos porta-bicos, a fim de proporcionar
uma maior eficiência dos produtos (agrotóxicos) e o grau de cobertura do alvo
(plantas).

7.3. Revisão dos componentes do turboatomizador


Antes de iniciar a aplicação dos produtos, devemos verificar se todos os
componentes do pulverizador turboatomizador encontram-se em boas condições de
uso. Durante este procedimento, devemos verificar o funcionamento dos
equipamentos; para isso, neste momento, utilizamos somente água no tanque do
pulverizador.
Algumas recomendações ao verificar o funcionamento dos equipamentos:
a) Tanque de abastecimento e filtros – verificação quanto à limpeza;
b) Mangueiras – verificação se há furos ou dobras;
c) Regulador de pressão e manômetro – verificar o seu
funcionamento;
d) Bomba – verificar se há vazamento na parte mecânica ou hidráulica;
e) Conjunto porta-bicos – verificar se todos são do mesmo tipo;
f) Ventilador (turbina) – verificar se as pás e as correias estão em boas condições.
g) Mexedor mecânico – verifique se não há vazamentos.

h) Elemento filtrante - limpar o elemento filtrante dos filtros.


i) Bicos e filtros de pulverização – verifique se estão limpos e estão dispostos
corretamente.

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ATENÇÃO!!
Caso exista alguma irregularidade em algum componente, faça a sua manutenção ou
a sua substituição.

7.4. Regulagem da vazão do pulverizador turboatomizador


Esse procedimento serve para determinar o volume de calda a ser aplicado
numa determinada área, de acordo com as informações do fabricante.

ATENÇÃO!!!
O volume necessário de calda é fornecido pelo fabricante do produto.

Antes de proceder a regulagem propriamente dita, é necessário escolher a


marcha de trabalho do trator e a rotação do motor deverá ficar em função da rotação
exigida para o bom funcionamento do pulverizador.

ATENÇÃO!!!
Leia o manual do fabricante do seu pulverizador e também o manual do trator que
possibilitará obter informações com relação à Tomada de Potência ou Tomada de
Força (TDP).

Após ter escolhido a marcha de trabalho do trator, de acordo com a rotação


requerida na Tomada de Força (TDP) (geralmente a recomendação é de 540 rpm na
TDP!), faça a regulagem. Essa regulagem poderá ser feito pelo método simplificado.

A – Método simplificado
a) Fazer a regulagem no mesmo local da aplicação e em ruas que não sejam “bicos”;
b) Abastecer totalmente o turboatomizador com água;
c) Escolher a marcha de trabalho e a rotação do motor, necessárias para a Tomada de
Força (manter 540 rpm), objetivando o bom funcionamento do pulverizador;

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d) Escolher os bicos que julgar adequados e sua disposição, de acordo com o porte das
plantas a serem atingidas;
d) Colocar a pressão que achar adequada;

ATENÇÃO!!!
O responsável pela regulagem deverá verificar como está a cobertura da planta de
acordo com a praga/doença a ser combatida. Uma aplicação para combate ao ácaro
da leprose requer um tipo de cobertura enquanto que uma aplicação para combate à
pinta preta requer outro tipo de cobertura.
e) Manter os bicos do turbo atomizador a uma distância de aproximadamente 5
metros da primeira planta da rua escolhida;
f) Dar andamento ao trator com a embreagem da TDP acionada e assim que este
estiver em movimento soltar a embreagem da TDP, fazendo com que a pulverização se
inicie antes da planta;
g) Quando a calda se esgotar, contar quantos pés foram aplicados (lembrar que a cada
passada do pulverizador este atinge apenas ½ planta.

ATENÇÃO!!!
Algum profissional qualificado deve vir acompanhando o molhamento das plantas,
se está atendendo a necessidade de cobertura para o produto a ser aplicado.

h) Se a cobertura foi insuficiente, mudar para bicos de maior vazão, ou aumentar a


pressão de trabalho do pulverizador ou reduzir a velocidade do trator. Se a cobertura
foi excessiva, diminuir a vazão dos bicos, ou reduzir a pressão ou aumentar a
velocidade do trator. SE REALIZAR ALGUMA DESTAS ALTERAÇÕES, REFAZER O
PROCESSO E CONTAR NOVAMENTE OS PÉS APLICADOS.

ATENÇÃO!!!

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Estas sugestões de alterações de pulverização devem ser ministradas por profissional


qualificado.

7.4.1. Cálculo da área aplicada


Calcular qual a área aplicada por um tanque.
Por exemplo: 01 tanque de 2.000 litros pulverizou 260 meias árvores, em um talhão
com espaçamento 5 x 3 metros.
* 260 meias árvores significam 130 árvores inteiras
* Espaçamento de 5 x 3 metros significa que cada planta ocupa 15 m²
* 130 árvores x 15 m² = 1.950 m² por tanque
* 01 hectare = 10.000 m², e portanto 1.950 m² = 0,195 ha = 0,2 hectares.

Este tanque aplicou o defensivo agrícola em uma área de 0,2 hectare.

7.4.2. Cálculo de quanto colocar de produto por tanque


Após realizados os cálculos de vazão dos pulverizadores, devemos calcular a
quantidade de produto por tanque.
Cada produto comercial tem uma dosagem específica, indicada em seu
rótulo. Estas dosagens podem ser por hectare, por litro ou por planta. Em laranja, na
maioria das vezes, as dosagens dos agrotóxicos são dadas em litro de produto por litro
de água ou por planta.

Exemplos:
a) Omite 720 CE (Propargite 720 g/l)
Dose recomendada para ácaro da leprose em citrus: 100 ml de Omite em 100 litros de
água e aplicar 5 litros de calda por planta, para árvores de porte médio e 10 litros para
árvores grandes.
Em nosso exemplo um tanque de 2.000 litros aplicou a calda em 130 pés, ou
seja, 15,4 litros por planta (volume acima do necessário para o Omite). Se o

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responsável pela regulagem preferir que continue assim, basta então colocar a
quantidade indicada do produto no tanque. O correto seria aumentar a quantidade de
pés tratados para 200 (diminuindo-se a pressão, por exemplo).
Dose recomendada: 100 ml de Omite por 100 litros de água. Se o tanque tem 2.000
litros, devemos colocar 2 litros de Omite por tanque.

b) Dimetoato CE
Dose recomendada para cochonilhas: 190 ml/100 litros de água e aplicar 8 litros de
calda por planta adulta.
Deve-se aumentar a quantidade de pés tratados para 250 pés (250 pés x 8
litros = 2000 litros) e colocar 3,8 litros por tanque.

8 – PULVERIZADOR DE BARRAS
É um equipamento de aplicação de agrotóxicos que pode ser utilizado em
pequenas ou grandes áreas, com auxílio de trator agrícola ou mesmo automotrizes.

Tipos de pulverizadores de barras.


1. Montados sobre os 3 pontos de engate do sistema hidráulico no trator
2. Montados sobre carretas tracionadas por trator
3. Automotrizes

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Componentes de um pulverizador de barras


1. Tanque 6. Tubulação de retorno
2. Regulador de pressão 7. Bomba
3. Agitador (interior do tanque) 8. Barra de pulverização
4. Manômetro 9. Filtro de linha
5. Filtro 10. Bicos

8.1. Classificação e utilização dos bicos e filtros, de acordo com o tipo do produto
Os bicos de pulverização devem ser utilizados de
acordo com os tipos de produto a serem aplicados. O filtro do
bico deve ser utilizado, por sua vez, de acordo com a vazão
desse bico.
Os principais tipos de bicos utilizados em
pulverizadores de barra são:
a) Bico de jato plano – conhecidos como bico tipo leque, é mais
utilizado na aplicação de herbicidas. Nesse conjunto de barras, os
bicos do tipo leque devem ser montados de forma que as
ranhuras dos bicos fiquem posicionadas formando um ângulo de
6 graus em relação à barra, evitando, assim, o contato entre os
jatos dos bicos.

b) Bico de jato cônico – conhecido como bico tipo cone, geralmente é


utilizado na aplicação de inseticidas e fungicidas. Esse tipo de bico poderá
ser cone vazio ou cone cheio, de acordo com o difusor interno. Esse
dispositivo é fundamental para certas aplicações, com o objetivo de atingir
maior grau de cobertura de gotas sobre o alvo (plantas).

8.2. Revisão dos componentes do pulverizador de barras

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Antes de iniciar a aplicação dos produtos, devemos verificar se todos os


componentes do pulverizador encontram-se em boas condições de uso. Durante este
procedimento, devemos verificar o funcionamento dos equipamentos; para isso, neste
momento, utilizamos somente água no tanque do pulverizador.
Algumas recomendações ao verificar o funcionamento dos equipamentos:

a) Tanque de abastecimento e filtros – verificação quanto à limpeza;


b) Mangueiras – verificação se há furos ou dobras;

c) Regulador de pressão e manômetro – verificar o seu


funcionamento;
d) Bomba – verificar se há vazamento na parte mecânica ou hidráulica;
e) Bicos – verificar se todos estão limpos e são do mesmo
tipo.

f) Mexedor mecânico – verificar se não há vazamentos.

g) Elemento filtrante - limpar o elemento filtrante dos


filtros.

ATENÇÃO!!!
Caso haja alguma irregularidade em algum componente, faça a sua manutenção ou
a sua substituição.

8.3. Regulagem da vazão do pulverizador de barras


Este procedimento serve para determinar o volume de calda a ser aplicado
numa determinada área, de acordo com as informações do fabricante.

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ATENÇÃO!!!
O volume necessário de calda é fornecido pelo fabricante do produto químico.

Antes de proceder a regulagem propriamente dita, é necessário escolher a


marcha de trabalho do trator e a rotação do motor deverá ficar em função da rotação
exigida para o bom funcionamento do pulverizador (sempre trabalhar com a TDP em
540 rpm).

ATENÇÃO!!
Leia o manual do fabricante do seu pulverizador, também o manual do trator que
possibilitará obter informações com relação à Tomada de Potência ou Tomada de
Força (TDP).

Após ter escolhido a marcha de trabalho do trator de acordo com a rotação


requerida na TDP, faça a regulagem. Essa regulagem poderá ser feita por dois métodos
distintos:

8.3.1. Método do copo medidor (vaso calibrador)


Este método baseia-se na utilização de um recipiente graduado (tipo copo,
com medidas em ml) que, com o auxílio de algumas tabelas de conversão de litros por
hectare e litros por alqueire (essa medida encontra-se impressa no copo medidor) e,
também, de acordo com o espaçamento dos bicos de pulverização acoplado na barra,
indicará quanto vai se gastar de volume de calda na área (hectare/alqueire).
Procedimentos para a calibragem do pulverizador de barras, utilizando-se
este método:
a) Fazer a regulagem no mesmo local da aplicação;
b) Marcar, com estacas, uma distância de 50 metros;

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c) Abastecer totalmente o tanque pulverizador com água;


d) Escolher a marcha de trabalho e a rotação do motor necessárias para a Tomada de
Força (TDP) (manter sempre
540 rpm), para se obter um bom funcionamento do pulverizador;

ATENÇÃO!!!
Ligar a TDP no momento da calibração, pois faz parte da transmissão do trator

e) Ligar o trator e em seguida, iniciar o percurso 5 metros antes da primeira estaca;

f) Iniciar a marcação do tempo em relação à distância percorrida, com o auxílio de um


cronômetro ou relógio, assim que o trator ultrapassar a primeira estaca. Finalizar a
marcação quando este passar pela segunda estaca;
g) Repetir essa operação por, no mínimo, 3 vezes, obtendo-se uma média de tempo
em relação à distância percorrida;
h) Com o trator parado, na rotação utilizada para percorrer os 50 metros, abrir o
registro dos bicos e regular a pressão, de acordo com a vazão necessária.

ATENÇÃO!!!
Ao fazer essa operação, siga a orientação da tabela de bicos de acordo com o
fabricante ou por profissional da área

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i) Coletar o volume de água em 4 bicos, com o auxílio do copo calibrador, durante o


tempo gasto para percorrer os 50 metros, e faça a média para um bico;

j) Efetuar a leitura (tabelas de conversão de litros por hectare e litros por alqueire) na
coluna correspondente ao espaçamento do bico na barra do pulverizador e anotar;

l) Caso a vazão não seja a desejada, aumentar ou diminuir a pressão, a fim de obter a
vazão ideal, ou trocar bicos ou alterar a velocidade do trator (sem alterar a rotação da
TDP)
.

8.3.2. Método de calibração com o uso de fórmulas


Os volumes de pulverização podem ser obtidos através da fórmula abaixo:

Q = q x 600 (L/ha)
vxf

Sendo:
Q = volume de pulverização (l/ha)
q = vazão de um bico (l/min)
f = Espaçamento entre bicos na barra (m)
v = velocidade do trator (km/h)
600 = fator de conversão de unidades

Procedimentos para a calibragem do pulverizador de barras, utilizando-se


de fórmula:

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a) Fazer a regulagem no mesmo local da aplicação;


b) Marcar, com estacas, uma distância de 50 metros;
c) Abastecer totalmente o tanque pulverizador com água;
d) Escolher a marcha de trabalho e a rotação do motor necessárias para a Tomada de
Força (TDP) (manter sempre 540 rpm), para se obter um bom funcionamento do
pulverizador;

ATENÇÃO!!!
Ligar a TDP no momento da calibração, pois faz parte da transmissão do trator

e) Ligar o trator e em seguida, iniciar o percurso 5 metros antes da primeira estaca;

f) Iniciar a marcação do tempo em relação à distância percorrida, com o auxílio de um


cronômetro ou relógio, assim que o trator ultrapassar a primeira estaca. Finalizar a
marcação quando este passar pela segunda estaca;
g) Repetir essa operação por, no mínimo, 3 vezes, obtendo-se uma média de tempo
em relação à distância percorrida;
h) Com o trator parado, na rotação utilizada para percorrer os 50 metros, abrir o
registro dos bicos e regular a pressão, de acordo com a vazão necessária.

ATENÇÃO!!!
Ao fazer essa operação, siga a orientação da tabela de bicos de acordo com o
fabricante ou por profissional da área

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i) Coletar o volume de água em 4 bicos, com o auxílio do copo calibrador, durante o


tempo gasto para percorrer os 50 metros, e faça a média para um bico (consideremos
como exemplo 700 ml/min)

j) Calcule a velocidade do trator (V = 50 metros/tempo gasto para percorrer). Ex.:


Percorreu 50 metros em 1 minuto e 10 segundos. A velocidade do trator portanto é de
2,6 km/h.
k) Aplicando a fórmula temos:
Q = q x 600 (L/ha) = 0,7 x 600 = 420 = 323 l/ha
vxf 2,6 x 0,5 1,3

l) Caso a vazão não seja a desejada, aumentar ou diminuir a pressão, a fim de obter a
vazão ideal, ou trocar os bicos ou alterar a velocidade do trator (evitar reduzir a
rotação – mantenha sempre 540 rpm na TDP).

8.3.3. Cálculo de quanto colocar de produto por tanque


Após realizados os cálculos de vazão do pulverizador, devemos calcular a
quantidade de produto por tanque.
Cada produto comercial tem uma dosagem específica, indicado em seu
rótulo. Estas dosagens podem ser por hectare, por litro ou por planta.

Exemplos:
a) Herbicida trifluralina
Dose recomendada para solos areno-argilosos: 1,8 litros/hectare e vazão de 240 a 300
litros por hectare.
Em nosso exemplo o tanque estaria aplicando 323 l/ha (volume acima do
necessário para o herbicida, que é de 240 a 300 l/ha). Devemos diminuir a vazão

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reduzindo a pressão de trabalho ou aumentando a velocidade do trator. Nesta nova


regulagem conseguimos, por exemplo, 280 l/ha, reduzindo-se a pressão.
Dose recomendada: 1,8 litros/ha. Se o tanque for de 600 litros e sua vazão for de 280
l/ha, com um tanque aplicaremos 2,14 ha. A quantidade de Trifluralina que devemos
colocar no tanque é de 3,85 litros (2,14 ha x 1,8 l/ha).

b) Fungicida Cerconil PM
Dose recomendada para controle de antracnose em feijão: 2,0 kg/ha e aplicar 800
litros de calda por hectare.
Em nossa regulagem anterior, a barra aplicou 280 litros por hectare.
Devemos aumentar esta vazão para no mínimo 800 litros por hectare, aumentando a
pressão e reduzindo a velocidade do trator ou trocando os bicos por um de vazão
maior.
Temos portanto um tanque de 600 litros com uma vazão de 800 litros por
hectare. Este tanque aplicará portanto uma área de 0,75 ha. Se a dose é de 2,0 kg/ha e
o tanque aplicará 0,75 ha, devemos colocar no tanque 1,5 kg do fungicida (0,75 ha x
2,0 kg/ha).

9. – PULVERIZADOR COSTAL MANUAL (BOMBA COSTAL)


É um equipamento de aplicação de agrotóxicos utilizado em pequenas áreas,
em terrenos de topografia irregular e em locais de difícil acesso. Também usados para
desinfecção de instalações, aplicação de carrapaticidas, etc.

Componentes de um pulverizador costal manual

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1. Tanque
2. Câmara de compressão
3. Alavanca de acionamento
4. Alças de carregamento
5. Lança de pulverização
6. Bico(s)

9.1. Classificação e utilização dos bicos e filtros, de acordo com o tipo do produto
Os pulverizadores costais podem ter de 1 a 3 bicos e o volume do tanque é
de até 20 litros. Pode-se utilizar todos os tipos de bicos utilizados em um pulverizador
de barras, mas o mais comum é o tipo leque.

9.2. Revisão dos componentes do pulverizador costal


Antes de iniciar a aplicação dos produtos, devemos verificar se todos os
componentes do pulverizador costal encontram-se em boas condições de uso. Durante
este procedimento, devemos verificar o funcionamento dos equipamentos; para isso,
neste momento, utilizamos somente água no tanque do pulverizador costal.
Algumas recomendações ao verificar o funcionamento dos equipamentos:
a) Tanque e filtros – verificação quanto à limpeza;
b) Mangueira – verificação se há furos ou dobras;
c) Câmara de compressão – verificar o seu funcionamento, se não há trincos e se o
filtro está limpo (presente em alguns modelos);
d) Alavanca de acionamento – verificar se está instalada do lado correto ao aplicador
(se este é destro, colocar alavanca do lado esquerdo, se for canhoto, colocar do lado
direito)

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e) Alças de carregamento – adequar a regulagem para o porte físico do aplicador e


verificar se não há dobras;
f) Lança de pulverizador – verificar se o filtro está limpo, se a trava do gatilho está
operante e se o gatilho está funcionamento corretamente;
e) Bicos – verificar sua limpeza, se é adequado ao produto e terreno e se todos (caso
de pulverizadores de 2 ou 3 bicos) são do mesmo tipo.

ATENÇÃO!!!
Caso haja alguma irregularidade em algum componente, faça a sua manutenção ou
a sua substituição.

9.3. Calibração dos pulverizadores costais


Este procedimento serve para determinar o volume de calda a ser aplicado
numa determinada área, de acordo com as informações do fabricante.

ATENÇÃO!!!
O volume necessário de calda é fornecido pelo fabricante do produto químico.

9.3.1. Método utilizando o vaso calibrador


- Após os procedimentos do item 8.2, encha a bomba costal com água,
coloque-a no trabalhador aplicador, posicione a lança na altura de trabalho e peça
para o aplicador fazer uns 20 m² até se acostumar com o
equipamento. Depois, com a lança na altura de trabalho
do aplicador, meça a largura da faixa de aplicação
- Conforme a largura da faixa de aplicação, deve-se
percorrer uma distância que corresponda a 25 m².

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Largura da 0,25 0,5 0,75 1,0 1,25 1,5


faixa (m)
Distância a 100 50,0 33,3 25,0 20,0 16,7
percorrer (m)

- Fixe o calibrador à lança (remova a capa, o bico e


o filtro, monte a tampa do calibrador, reinstale o
bico, o filtro e a capa e rosqueie o recipiente na
tampa).

- Segure a lança na posição normal de trabalho e pulverize a área de 25 m² (com o


calibrador acoplado).
- Mantenha o recipiente no nível e faça a leitura.
- O nível do líquido indicará o volume na escala correspondente.
- Esvazie o recipiente e repita a operação por umas 3 vezes e depois faça a média de
vazão.

9.3.1.1. Exemplo de calibragem


Largura da faixa de aplicação = 0,5 metros
Distância percorrida = 50 metros
Área aplicada = 25 m²
Volume coletado no bico (média de 3 medições) = 250 ml
Número de bicos = 01
Volume (litros/hectare) = (10.000 x vazão total)/área teste = (10.000 x 250)/25 =
2.500.000/25 = 100.000 ml ou 100 litros/hectare.

9.3.2. Método utilizando consumo de água


- Demarque uma área de 10 m x 10 m (100 m²)
- Abasteça o pulverizador com água e marque o nível no tanque.
- Coloque o pulverizador nas costas e ajuste as alças

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- Pulverize a área marcada a uma velocidade confortável e que seja sustentável nas
condições normais da área que será pulverizada (subida, descida) no período de
trabalho normal.

- Retire o pulverizador das costas e meça a quantidade de água necessária para


reabastecer o tanque do pulverizador até a marca feita anteriormente, com recipiente
graduado.
- Repita esta operação mais 2 vezes e calcule a média do gasto de água.

9.3.2.1. Exemplo de calibragem


Área aplicada = 100 m²
Volume coletado no bico (média de 3 medições) = 1.000 ml
Número de bicos = 01
Para determinar o volume de aplicação em 1 hectare, multiplique por 100 o
volume aplicado em 100 m².
Volume (litros/hectare) = 1.000 ml x 100 = 100.000 ml/ha = 100 l/ha

9.3.3. Cálculo de quanto colocar de produto por tanque


Após realizados os cálculos de vazão da bomba costal, devemos calcular a
quantidade de produto por tanque.
Cada produto comercial tem uma dosagem específica, indicado em seu
rótulo. Estas dosagens podem ser por hectare, por litro ou por planta.

Exemplos:
a) Herbicida Glifosato (Roundup)

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Dose recomendada para braquiária: 2,5 litros/ha ou 4% para bombas costais.


Para aplicação deste herbicida pós-emergente, o bico indicado é o tipo
leque 110.02.
Em nosso exemplo a bomba costal estaria aplicando 100 l/ha.
Dose recomendada para uso em bomba costal: 4% = 0,8 litro/bomba de 20 litros. A
quantidade de Roundup que devemos colocar no tanque é de 0,8 litros (4%). Uma
bomba costal de 20 litros, com vazão de 100 l/ha, cobrirá uma área de 0,2 ha (2.000
m²)

b) Herbicida Goal BR
Dose recomendada para aplicação em laranja para controle de sementeira de
colonião: 5,0 litros/ha.
Para aplicação deste herbicida pré-emergente, o bico indicado é o tipo
leque 80.04 ou 110.04.
Em nosso exemplo a bomba costal estaria aplicando 100 l/ha.
- Recomendação é de 5,0 litros/ha
- Nossa bomba está com uma vazão de 100 litros/ha
- Nossa bomba cobre 0,2 ha (2.000 m²)

A dose que se deve colocar no tanque é de 1,0 litro de Goal por bomba (5,0 l/ha x 0,2
ha de área).

10 – APLICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS


10.1. Preparo da calda
O preparo da calda consiste em diluir o produto na proporção correta de
água.
Procedimentos para preparar a calda:
a) Colocar aproximadamente, de 3 a 5 litros de água em um balde;

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b) Adicionar o produto no balde, de acordo com a quantidade


indicada no receituário agronômico;
c) Misturar bem;
d) Colocar água para que o balde atinja uns 10 litros de volume de
calda;
e) Despejar a mistura no tanque do pulverizador, com cuidado;
f) Lavar o balde e colocar os resíduos novamente no tanque do
pulverizador.

PRECAUÇÕES!!!
A calda deverá ser preparada próxima ao local de aplicação.
A embalagem deve ser aberta com cuidado para evitar derramamento do produto.
A dosagem do produto deverá ser a mesma indicada no receituário agronômico.
Somente preparar o volume de calda necessário, evitando assim sobras de calda no
tanque do pulverizador.
Utilize sempre água limpa para preparar a calda e evitar o entupimento dos bicos do
pulverizador
O aplicador deverá, nesse momento, estar utilizando o EPI completo, pois o produto
encontra-se em alta concentração.
Não manusear os agrotóxicos em ambientes fechados ou próximo a crianças,
animais, moradias ou nascentes de água.

ALERTA ECOLÓGICO!!!
A calda deverá ser preparada longe de córregos, nascentes e outras fontes de água.

10.2. Aplicação do produto

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Deve-se evitar aplicar o produto com ventos fortes, pois poderão ocasionar
o arrastamento (deriva) da calda para outros locais.
As consequências seriam: um mau resultado no controle esperado, além de
ser perigoso, caso o desvio da calda dirija-se ao aplicador, à água, aos animais, às
plantações vizinhas ou às habitações.
Com a calda pronta e com o trator e o pulverizador nas mesmas condições,
ou seja, com a TDP mantida na rotação indicada (540 rpm) e de acordo com a marcha
de trabalho, iniciamos a aplicação do produto (calda). Antes de a iniciarmos, porém,
devemos seguir algumas orientações:
a) O registro de vazão dos bicos localizados na barra só deverá ser aberto no momento
em que o pulverizador entrar na área de tratamento (campo);
b) Toda manobra só deve ser feita com o registro fechado;
c) Caso haja paradas durante a pulverização, por qualquer que seja o motivo, o registro
deverá ser, imediatamente, fechado;
d) Não esquecer das observações quanto à temperatura adequada e quanto à
velocidade do vento (até 10 km/hora).

Velocidade do ar
aproximadamente na Descrição Sinais visíveis Pulverização
altura do bico

Pulverização não
Menos que 2 km/h Calmo Fumaça sobe
verticalmente recomendável

Quase Pulverização não


2,0 - 3,2 km/h A fumaça é inclinada
calmo recomendável

As folhas oscilam. Ideal para


3,2 - 6,5 km/h Brisa leve Sente-se o vento na
pulverização
face.
Evitar
Folhas e ramos finos
6,5 - 9,6 km/h Vento leve em constante pulverização de
movimento. herbicidas

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Movimento de
Vento Impróprio para
9,6 - 14,5 km/h galhos. Poeira e
moderado pedaços de papel pulverização
são levantados.

10.3. Período de carência ou intervalo de confiança


É o número de dias que deve ser respeitado entre a última aplicação e a
colheita. O período de carência vem escrito na bula do produto. Este prazo é
importante para garantir que o alimento colhido não possua resíduos acima do limite
máximo permitido.
Por exemplo: se a última aplicação do produto na lavoura de tomate foi no dia 02 de
março e o período de carência é de 5 dias, a colheita só poderá ser realizada a partir do
dia 07 de março.
A comercialização dos produtos agrícolas com resíduo acima do limite
máximo permitido pelo Ministério da Saúde é ilegal. A colheita poderá ser apreendida
e destruída. Além do prejuízo da colheita, o agricultor ainda poderá ser multado e
processado.
ATENÇÃO!!!
Os locais onde foram feitas as aplicações, devem ser
sinalizados com placas alertando sobre o perigo e a
data e hora até quando está proibida a entrada de
pessoas sem proteção (EPI).
10.4. Higienização pessoal do aplicador
Após a pulverização e limpeza do pulverizador, o aplicador deverá seguir os
seguintes procedimentos:
a) Lavar as mãos, ainda com as luvas, em água corrente, utilizando somente sabão. A
luva deverá ser a última peça a ser retirada;
b) Retirar o chapéu ou boné;
c) Retirar a viseira ou óculos;
d) Retirar a máscara (protetor respiratório);
e) Retirar o camisa;
f) Retirar as botas;

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g) Retirar a calça;
h) E, por fim, as luvas;
i) Tomar, imediatamente, um banho completo, com bastante água e sabão.

PRECAUÇÃO!!
Lavar bem as unhas, cabelo, axilas e região genital.

ATENÇÃO!!
O equipamento (EPI) deverá ser lavado separado das demais roupas da casa, em
local apropriado para tal. Deve-se, também, em seguida, descartar a água da
lavagem em local apropriado.

10.5. Destino dos restos do produto (sobras de produtos)


No caso de sobras de produtos, elas deverão ser armazenadas em suas
embalagens originais que, por sua vez, deverão ser guardadas em locais específicos.
Havendo sobras de calda no tanque, aplique-a na área já tratada ou siga as
orientações do profissional responsável e/ou do fabricante.
10.6. Destino final das embalagens vazias
Após o uso dos produtos fitossanitários, restam as embalagens,
contaminadas pelo agrotóxicos que continham, e que precisam ser descartadas de
maneira correta e segura, para não contaminar o homem, os animais domésticos e o
ambiente (ar, água e solo). Portanto, antes de qualquer destinação final das
embalagens vazias, é extremamente importante que o resto do produto, que
permanece em seu interior, seja retirado e descartado de maneira correta, segura e
eficaz. Este procedimento é regulamentado pela ABNT, através da NBR 13.968.
No caso de embalagens metálicas, plásticas rígidas e de vidro, que
contiverem produtos fitossanitários para serem aplicados diluídos em água, a remoção
é feita usando a Tríplice Lavagem. Esta medida também torna possível a reciclagem

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deste material (tubos de esgoto, por exemplo). Este método não se aplica aos
produtos embalados em recipientes não rígidos como: sacos plásticos, sacos
aluminizados e sacos multifoliados. Esses recipientes deverão ser descartados
ensacados em sacos próprios, com a boca fechada e deve-se anotar em uma lista os
recipientes constantes dentro deste saco.
Quando no preparo da calda, ao se esgotar uma embalagem, retire a tampa
desta e coloque água até no mínimo ¼ do volume. Coloque a tampa e agite bem e
depois jogue esta água no tanque do pulverizador, mantendo a embalagem sobre a
abertura do tanque do pulverizador por aproximadamente 30 segundos, até esgotar
todo seu conteúdo.

No caso de embalagens de tamanho médio ou grande (50, 100 ou 200


litros), após a lavagem com volume adequado de água, tampe e role-a no chão
durante aproximadamente uns 30 segundos. Complete a agitação elevando,
alternadamente, as extremidades da embalagem, apoiando uma delas no solo. Esta
operação deverá durar aproximadamente 30 segundos. A retirada da água deverá ser
feita do mesmo modo que você fez para a retirada do produto, colocando no tanque
do pulverizador.
Repita esta operação de lavagem por mais duas vezes. Assim você
completou a tríplice lavagem (enxaguou 3 vezes a embalagem vazia).
Para execução desta tríplice lavagem, não use volume de água menor que ¼
ou maior que metade do volume da embalagem.
A tríplice lavagem deverá ser executada imediatamente após o
esvaziamento da embalagem, durante o preparo da calda.
Quanto menor for a quantidade de água de lavagem que ficar na
embalagem, de uma lavagem para outra, mais perfeita e mais completa será a
descontaminação.
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A seguir inutilize as embalagens plásticas e metálicas, perfurando com um


instrumento pontiagudo o fundo das embalagens, evitando-se danificar os rótulos (o
frasco vazio deve ser identificado) e impedindo sua reutilização.
As embalagens inutilizadas poderão ser estocadas temporariamente em
local adequado aguardando destinação final.

ALERTA ECOLÓGICO!!!
As embalagens não podem ficar expostas no campo. Não deverão, também, ser
descartadas em locais impróprios (leitos dos rios, etc.)

ATENÇÃO!!!
Procure informar-se com um profissional da área, a fim de verificar a existência de
algum programa de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos em sua região.

ATENÇÃO!!!
O agricultor que não devolver as embalagens ou não prepará-las adequadamente
poderá ser multado, além de ser enquadrado na Lei de Crimes Ambientais.

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10.7. Limpeza e conservação do pulverizador

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a) Coloque água limpa no tanque do pulverizador;


b) Retire todos os bicos e filtros do pulverizador;
c) Acione o pulverizador, para limpeza do circuito hidráulico (de preferência em área
de pulverização);
d) Proceda a limpeza dos filtros da bomba;
e) Limpe os bicos e filtros, com auxílio de uma escova macia (escova de dentes em
desuso) ou de um bico de ar;
f) Guarde o equipamento em local coberto e ventilado, atentando para as regras de
segurança já vistas anteriormente.

PRECAUÇÃO!!!
Utilize-se sempre dos EPI nos procedimentos acima.

ALERTA ECOLÓGICO!!!
Não devemos lavar o pulverizador próximo à fontes de água, residências, estábulos
ou qualquer local que venha comprometer a saúde de pessoas, animais e o meio
ambiente.

11 – PRIMEIROS SOCORROS
São as primeiras providências a serem tomadas no
caso de uma pessoa ter sido intoxicada por agrotóxicos. A
prestação dos primeiros socorros pode ser decisiva para salvá-
la.
A intoxicação ou envenenamento resulta da
penetração de substâncias tóxicas/nocivas no organismo
através da pele (via dérmica), respiração (via respiratória ou
nasal) e ingestão (via digestiva ou oral).

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O contato com a pele é a forma mais frequente de intoxicação com


agrotóxicos e se dá por meio do contato direto com o produto ou por causa do uso de
roupas contaminadas.
Alguns sinais e sintomas da intoxicação
* Dor e sensação de queimação nas vias de penetração e sistemas correspondentes
* Hálito com odor estranho
* Sonolência, confusão mental, alucinações e delírios, estado de coma
* Lesões cutâneas
* Náuseas e vômitos
* Alteração da respiração e do pulso

11.1. Primeiros socorros a serem tomados em caso de intoxicação


Em caso de intoxicação por contato (pele) :
a) Retire o paciente do local de trabalho;
b) Tire as roupas do paciente e lave as partes contaminadas com água e sabão em
abundância (o jato de lavagem deve ser suave para não provocar maior irritação);
c) Encaminhe para atendimento hospitalar, mesmo se o paciente apresentou sinais de
melhora.

Em caso de intoxicação por contato (olhos):


O derramamento de produto fitossanitário nos olhos faz com que o produto
seja prontamente absorvido. A irritação que surge pode ser devida ao próprio
composto químico ou a outras substâncias presentes na formulação.
a) Se olhos forem atingidos, lave-os olhos em água corrente e limpa por 10 a 15
minutos. A água de lavagem pode ser fria ou morna, mas nunca quente ou contendo
outras substâncias usadas como antídoto ou neutralizantes. O jato de lavagem deve
ser suave para não provocar maior irritação.
b) Não dispondo de jato de água ou água corrente, deite a vítima de costas com a
cabeça apoiada sobre suas pernas, inclinando-lhe a cabeça para trás e mantendo as
pálpebras abertas, derrame com auxílio de caneca, um filete de água limpa nos olhos;
c) Não coloque colírio ou outras substâncias;

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d) Persistindo dor ou irritação, tape os olhos com pano limpo e encaminhe o paciente
ao oftalmologista, levando o rótulo ou bula do produto.

A contaminação por ingestão e inalação são muito perigosas, mas podem


ser evitadas e reduzidas com os procedimentos que o aplicador deve tomar, como: não
fumar na área tratada e quando em contato com os defensivos (preparo de calda,
manuseio, aplicação do produto, etc.); não comer na área tratada e em locais de
armazenamento; não comer sem ter lavado bem as mãos após o término da aplicação.
Não reutilize as embalagens para uso diário, como guarda-líquidos ou
alimentos.
No caso de intoxicação por ingestão, siga as instruções abaixo:
a) Retire o paciente do local de trabalho;
b) Provoque vômito se o paciente estiver consciente. NUNCA
PROVOQUE VÔMITO EM PACIENTES INCONSCIENTES!
c) Antes de provocar o vômito,faça com que o paciente tome muita
água, com a finalidade de diluir os agrotóxicos e aumentar o volume
do conteúdo estomacal;
d) Verifique o tipo de veneno que causou a intoxicação (veja na bula ou rótulo se há
alguma restrição ao vômito, pois produtos corrosivos ou cáusticos ou derivados de
petróleo podem causar queimaduras ao serem regurgitados);
O vômito pode ser provocado por processos mecânicos, colocando um dedo ou a
extremidade do cabo de uma colher na garganta.
e) Durante o vômito, posicione o paciente com o tronco
ereto e inclinado ligeiramente para frente, evitando a
entrada do líquido nos pulmões;
f) Encaminhe para atendimento hospitalar, mesmo se o
paciente apresentou sinais de melhora.

No caso de intoxicação por inalação, siga as instruções abaixo:

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a) Retire o paciente do local de trabalho e longe de qualquer odor de produtos


químicos (defensivos agrícolas, combustíveis, adubos, etc);2w
b) Retire a camisa, chapéu e EPI do paciente;
c) Coloque-o em local fresco e ventilado;
d) Encaminhe para atendimento hospitalar, mesmo se o paciente apresentou sinais de
melhora.

ATENÇÃO!!!
EM QUALQUER DOS CASOS DE INTOXICAÇÃO, PROCURE O
MÉDICO IMEDIATAMENTE, LEVANDO O RÓTULO DA
EMBALAGEM DO AGROTÓXICO.

ATENÇÃO!!!
NUNCA DÊ LEITE OU BEBIDA ALCOÓLICA PARA UM PACIENTE
INTOXICADO! SOMENTE ÁGUA!

PRECAUÇÕES!!!
Sempre que for tirar o EPI da pessoa contaminada, utilize o seu EPI.

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“CUIDAR DE SUA SAÚDE E


SEGURANÇA, SIGNIFICA
CUIDAR TAMBÉM DA
SEGURANÇA DE SUA
FAMÍLIA”

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDEF – Associação Nacional de Defesa Vegetal. Manual de uso correto e seguro de


produtos fitossanitários/agrotóxicos. Disponível em:
<http//www.segurancaetrabalho.com.br/dowload/manual_uso-fitossanitarios>.
Acessado em 03 jan 2012.

Ciati, Ronaldo da Silva; Silva, Jarbas Mendes & Oliveira, Marco Antonio. Trabalhador
na aplicação de agrotóxicos: aplicação de agrotóxicos com pulverizador
turboatomizador. SENAR, São Paulo, 2000, 40 p.

Ciati, Ronaldo da Silva; Silva, Jarbas Mendes & Oliveira, Marco Antonio. Trabalhador
na aplicação de agrotóxicos: aplicação de agrotóxicos com pulverizador de barras.
SENAR, São Paulo, 2009, 33 p.

Compêndio de Defensivos Agrícolas – Guia Prático de Produtos Fitossanitários para


Uso Agrícola. Organização Andrei Editora. 6ª Ed., São Paulo, 1999.

Departamento de Marketing e Comunicação Técnica – Jacto Pulverizadores. Conceitos


básicos sobre pulverização. Enviado via email por Neto, Rafael Arcuri – Coordenador
de Treinamento Jacto. 19 dez 2012.

Departamento de Marketing e Comunicação Técnica – Jacto Pulverizadores. Segurança


do Aplicador e do Meio Ambiente Enviado via email por Neto, Rafael Arcuri –
Coordenador de Treinamento Jacto. 19 dez 2012.

Guia de Pulverização Jacto. Clínica do Pulverizador. Enviado via email por Neto, Rafael
Arcuri –Coordenador de Treinamento Jacto. 19 dez 2012.

Manuais de Legislação Atlas. Segurança e Medicina do Trabalho. Atlas, 63ª Ed., São
Paulo, 2009.

Sinitox – Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas. Série Prevenindo


Intoxicações. Publicada por Vinicius, Rafael, em 23.09.2009. Disponível
em:http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/cgi/cgilua.exe.sy. Acessado em 20 jan 2012.

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