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Fábio Amarante – FAMARTE
- fev/2017

Quando pequeno, minha mãe, como católica


que era (tinha ela duas irmãs freiras e dois irmãos
padres), ensinou-me algumas orações: a Ave Maria
(como se a mãe de Jesus pudesse nos ouvir ou fazer
alguma coisa por nós), uma oração para o Anjinho
da Guarda, também o Pai Nosso.
Esta última, em muitas igrejas evangélicas é
chamada de "oração dominical" ou "oração do Se-
nhor" ensinada e orada nos cultos aos domingos:
Mateus 6:9―13
9. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que es-
tás nos céus, santificado seja o teu nome;
10. Venha o teu reino, seja feita a tua vontade,
assim na terra como no céu;
11. O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
12. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como
nós perdoamos aos nossos devedores;
13. E não nos conduzas à tentação; mas livra-
nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a
glória, para sempre. Amém.
O "Pai Nosso" é também rezado em grupos ecu-
mênicos, como se Deus fosse o mesmo em todas as
religiões.
O interessante desta prática é um Satanista
pode "rezar" essa oração tranquilamente pois o pai

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deles está nos céus! Um muçulmano também pode
rezá-la sem susto, pois o "pai nosso" deles é Alá.
Assim sendo, em um grupo ecumênico, a oração
não é dirigida ao Deus Único e Verdadeiro e essa ora-
ção não vai passar do teto do local.
Quando o Senhor Jesus ensinou aos seus discí-
pulos Ele estava mostrando-lhes a relação e condi-
ções do Reino QUE SERÁ INSTITUÍDO AQUI NA
TERRA, NO FUTURO, depois que a Sua Igreja for ar-
rebatada e depois do período de 7 anos de tribula-
ção na terra. Seu Reino será um período de 1.000
anos, quando então Ele estará reinando pessoal-
mente e nós, como Igreja, Sua noiva, reinando com
Ele.
Ao estudarmos o Plano das Épocas (ou Dispen-
sações), verificamos que Deus trata a humanidade de
formas diferentes em cada época — Adão, Noé,
Abraão, Moisés, etc.
Hoje estamos vivendo a Época da Graça, da
Igreja ou do Espírito Santo.
A oração do Pai Nosso, então, não é uma oração
para ser repetida como um ritual. Ela simplesmente
mostra as condições que existirão no futuro Reino
Milenar.
E esse Reino na terra foi promessa de Deus
PARA ISRAEL, não para a Igreja. Para a Igreja ne-
nhuma promessa de terra foi feita, mas está escrito
que "nossa pátria está nos céus".
Vejamos, se orarmos "perdoa nossas dívidas (ou
ofensas) assim como nós temos perdoado aos nossos
devedores (ou aqueles que nos tem ofendido)", isto
quer dizer que se perdoarmos as ofensas de nossos
semelhantes, ENTÃO Deus nos perdoará, MAS se

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nós não perdoarmos aos nossos semelhantes, DEUS
TAMBÉM NÃO NOS PERDOARÁ!
Mateus 6:14,15
14. Porque, se perdoardes aos homens as suas
ofensas, também vosso Pai celestial vos perdo-
ará a vós;
15. Se, porém, não perdoardes aos homens as
suas ofensas, também vosso Pai vos não per-
doará as vossas ofensas.
E isso não é compatível com o relacionamento
de Deus com aquele que foi salvo por Sua graça por
meio da fé ― um princípio muito mais elevado.
Para nós é ordenado:
Ef 4:32 "Antes, sede bondosos uns para com
os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em
Cristo"
Cl 3:13 "Suportando-vos uns aos outros, e per-
doando-vos uns aos outros, se alguém tiver
queixa contra outro; assim como Cristo vos per-
doou, assim fazei vós também. E "Assim como
Deus vos perdoou, assim fazei vós também"
1Jo 1:9 "Se confessarmos os nossos pecados,
ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e
nos purificar de toda a injustiça."
Não deve ser a nossa tradição do que aprende-
mos mecanicamente que nos impeça de enxergar o
aspecto puramente legalista do Pai Nosso, totalmente
estranho aos ensinos da Graça.
Nesta época da Igreja, os não-salvos são perdo-
ados como uma parte da realização total da salvação
sob a condição deles CREREM:

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Ef 4:32 Antes sede uns para com os outros be-
nignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em
Cristo.
E nós, os salvos, temos o restabelecimento da
comunhão com Deus mediante a CONFISSÃO dos
nossos pecados e o Senhor AFASTARÁ de nós o pe-
cado confessado

Bibliografia:
Chafer, Lewis Sperry - Teologia Sistemática vol. quatro, Cap. XI - Con-
trastes entre a Lei e a Graça. Editora Hagnos, S.Paulo-SP - 1a. Edição
- março de 2003.
Citações da Bíblia Corrigida Fiel da Sociedade Bíblica Trinitariana.
Revisado em 27/07/2022.

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