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In Cambridge
University Press: Popular Music, Cambridge, n. 2, p.37-65, 1982. Disponível em:
<http://tagg.org/articles/pm2anal.html>. Acesso em: 06 maio 2011.
“Ou a música popular é tão sem valor que não deveria ser levada a sério (...) ou
acadêmicos são tão sem esperança (...) que a ideia de eles tentando lidar com algo tão
importante quanto música popular é simplesmente absurda.” (p. 1-2)
“(...) o estudo sério da música popular não é uma questão de tornar intelectuais
“moderninhos” (hip ou of mods) e roqueiros virando acadêmicos. É uma questão de (a)
juntar duas partes importantes de experiência, o intelectual e o emocional, dentro de
nossas cabeças e (b) se tornar capaz como professores de música de encarar pupilos do
qual ponto de vista tem sido invalidado por aqueles que apresentam ‘música séria’ como
se nunca pudesse ser ‘divertida’ e ‘música divertida’ como se nunca pudesse ter
nenhuma implicação séria” (p. 2)
“Todo compositor brasileiro é um complexado. E por que então esta vontade de parecer herói ou
professor universitário (aquela tal classe que, ou
Por que então esta mania danada, esta passa a aprender com os alunos - quer dizer, com
preocupação de falar tão sério, de parecer tão a rua - ou não vai sobreviver)?
sério, de ser tão sério, de sorrir tão sério, de chorar
tão sério, de brincar tão sério, de amar tão sério? Porque a cobra já começou a comer a si mesma
pela cauda, sendo ao mesmo tempo a fome e a
Ai, meu Deus do céu, vai ser sério assim no comida.”
inferno!
(Tom Zé - Complexo de Épico)
Por que então esta metáfora-coringa chamada
"válida", que não lhe sai da boca, como se algum
pesadelo estivesse ameaçando os nossos
compassos com cadeiras de roda, roda, roda,
roda?
“Com certeza, devaria-se começar pelo pressuposto que nenhuma análise do discurso
musical pode ser considerada completa sem a consideração do aspectos social,
psicológico, visual, gestual, técnico, histórico, econômico e linguístico relevantes para a
situação de gênero, função, estilo, (re-)performance e atitude de escuta conectado com o
evento sonoro sendo estudado.” (p. 3)
“Está claro que uma abordagem holística para a análise da música popular é a única
viável se alguém deseja alcançar o entendimento completo de todos os fatores interaginfo
com a concepção, transmissão e recepção do objeto estudado.” (p. 6)
Método de análise
“As partes mais importantes desse modelo analítico são (1) uma lista de checagem de
parâmetros de expressão musical, (2) o estabelecimentos de musemes (unidades
mínimas de expressão) e musemes compostos por comparações interobjetivos, (3) o
estabelecimento de relações figura/chão (melodia/harmonia), (4) análise tranformacional
de frases melódicas, (5) o estabelecimento de padrões de processos extramusicais, e (6)
a falsificação de conclusões por meios de substituições hipotéticas.” (p. 6)
“Parece sábio escolher um objeto de análise que é criado e recebido por muitos, grupos
sócioculturais heterogêneos de apreciadores em detrimento de música usada por grupos
mais exclusivos, homogêneos porque é mais lógico estudar o que é comunidado
geralmente antes de tentar entender particularidades.” (p. 8)
“(...) usando meios de Comparação Interobjetiva para descrever música usando outra
música; significa comparar o Obejto de Análise com outra música em um estilo relevante
com funções similares.” (p. 9)
“In other words the analysis of popular music should in no way be considered a job
reserved
for ‘experts’ (although I will admit that describing its mechanisms may require
some specialist knowledge).” (p. 20)
“Em outras palavras a análise da música popular deveria de jeito nenhum ser considerada
como um trabalho para ‘experts’ (no entanto eu vou admitir que descrever seu mecanismo
possa requerer algum conhecimento especialista).” (p. 20)